🌟 ℭ𝔞𝔭í𝔱𝔲𝔩𝔬 𝔒𝔦𝔱𝔬
"𝖁𝖎 𝖚𝖒𝖆 𝖊𝖘𝖙𝖗𝖊𝖑𝖆 𝖙ã𝖔 𝖆𝖑𝖙𝖆, 𝖁𝖎 𝖚𝖒𝖆 𝖊𝖘𝖙𝖗𝖊𝖑𝖆 𝖙ã𝖔 𝖋𝖗𝖎𝖆! 𝖁𝖎 𝖚𝖒𝖆 𝖊𝖘𝖙𝖗𝖊𝖑𝖆 𝖑𝖚𝖟𝖎𝖓𝖉𝖔 𝕹𝖆 𝖒𝖎𝖓𝖍𝖆 𝖛𝖎𝖉𝖆 𝖛𝖆𝖟𝖎𝖆."
- 𝕸𝖆𝖓𝖚𝖊𝖑 𝕭𝖆𝖓𝖉𝖊𝖎𝖗𝖆.
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𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 𝕺𝖎𝖙𝖔
— Nas poucas horas que passei junto à ela dentro do sanatório, desejei ser capaz de desenvolver a mesma destreza que ela tem para elaborar argumentos tão perspicazes quando a questionamos. — Confessou Zeus, que agora andava pelo shopping ao lado de seu irmão, olhando hora ou outra de relance para as vitrines das lojas.
Haviam desfrutado de um almoço razoavelmente agradável. Após a conversa desastrosa e um tanto calorosa envolvendo conceitos relacionado à mitologia, filosofia e ciência que teve como base o questionamento acerca de Athena poder vir a ser ou não uma recente estrela morta, os irmãos permaneceram calados durante um tempo considerável, silêncio esse que se manteve até que David tomasse a iniciativa de dirigir-se ao seu irmão para perguntar-lhe de forma brincalhona se ele limitaria seus esforços à apenas beber mais taças de vinho ou se iria se permitir experimentar algumas das delícias gastronômicas que o restaurante poderia oferece-los.
Nos momentos seguintes, ambos procuraram distanciar-se de assuntos que remetessem a seus respectivos ambientes de trabalho e deram espaço para os tópicos que falassem a respeito da vida pessoal de cada durante os últimos meses, nos quais ficaram demasiadamente distantes um do outro.
Fazia algum tempo desde que David e Zeus haviam se encontraram pela última vez. Após a morte de Liz, Zeus se distanciou de uma forma drástica e repentina de seus familiares. Não houve aviso prévio, a dor da perda havia o consumido por completo, enquanto seu ego, que certamente era a característica mais próxima que ele tinha de um deus além de seu nome, não o permitiu aceitar que precisava de ajuda. E durante as duas semanas que se procederam após o trágico falecimento de sua noiva, o psicólogo procurou incessantemente por um novo lar, e após encontrá-lo as pressas, preparou toda mobilha de seu apartamento rapidamente a fim de que pudesse realizar a mudança o mais rápido que pudesse. Tudo pelo que ele ansiou naquele momento, foi por estar longe do lugar que o lembrava a dor de amar alguém que jamais poderia retornar a ver. Contudo, não demorou para concluir que aquele era o preço terrivelmente amargo de se apaixonar genuinamente por alguém, a saudade que resta quando essa pessoa não está mais presente em sua vida.
Em sua mente, as lembranças do trágico acidente retornavam gradualmente todas as noites, atormentando o sono de Zeus, que já não conseguia dormir tão bem quanto antes. Constantemente ele se recordava de seus familiares carinhosamente batendo na porta de sua antiga residência, oferecendo-lhe apoio emocional e companhia, enquanto suplicavam incessantemente para que ele os deixasse entrar. E por mais que o homem se negasse a admitir, se arrependia amargamente por ter recusado a oferta de ajuda oferecida por seus entes da qual tanto necessitava.
Por isso, durante os meses seguintes ele permaneceu sozinho. Isolado de todos aqueles que poderiam efetivamente ajudá-lo, mantendo-se escondido em seu novo lar enquanto sucumbia lentamente ao amargo toque da solidão que preenchia sua casa nova.
Logo, evidentemente foi uma surpresa para David ter recebido finalmente uma ligação de seu irmão propositalmente desaparecido em uma tentativa desesperada de curar-se no vazio solitário de sua vida monótona. Portanto, Zeus não se surpreendeu quando notou que durante o almoço os assuntos que estariam em pauta, além da vida de seu irmão mais velho, seriam majoritariamente sobre o tempo em que se manteve distante da sociedade.
— Parece ser uma moça inteligente, me surpreende que sua sandice seja tão grande. — Pontuou David parando em frente à vitrine de uma joalheria.
— Talvez ela seja a pessoa menos fora de si dentro daquele lugar. — Zeus responde, permitindo que um pequeno sorriso discreto ganhe forma em seus lábios.
— Não consigo enxergar maior loucura do que acreditar ter vivido por centenas de anos no espaço, irmão.
— Consegui perceber verdade durante a fala dela, David. Não estou dizendo que seja verdade tudo aquilo que ela alega ser, todavia não posso deixar de ouvi-la e tão pouco informa-la que ela não passa de uma louca. — Disse em um suspiro. — Ela precisa confiar em mim. Estou analisando-a minuciosamente. Não é o meu trabalho julgar, e sim ajudar.
— E o que conseguiu concluir nesse primeiro dia? — David o perguntou colocando uma de suas mãos no bolso e arqueando as sobrancelhas.
— As mesmas coisas que já havia lhe dito anteriormente, medo da morte e dificuldade de lidar com ela. — Respondeu. — Além disso, o medo constante de seguir em frente após uma perda e a necessidade de autoafirmação sobre quem ela acredita ser, também me preocupam um pouco. São as únicas análises que poderia ter feito com base naquilo que conversamos hoje.
— Parece que será um tratamento intenso, Z.
— Acredito que sim. Todavia hoje foi apenas o primeiro dia de tratamento, não podemos esperar que tudo melhore em apenas uma consulta. Acreditar nessa possibilidade de recuperação relâmpago é um otimismo exacerbado. Retornarei depois de amanhã pelas primeiras horas do dia. Espero que ela tenha guardado com cuidado o panfleto que a entreguei.
Após a conclusão de Zeus, os dois irmãos permaneceram calados por um tempo. Dentro de David, a vontade de questionar o irmão sobre as consultas psicológicas que ele deveria fazer devido aos acontecimentos recentes, e sobre a forma com a qual estava lidando com o luto, crescia de maneira avassaladora. Ele havia evitado esse assunto durante todo o bate papo no restaurante, a fim de que pudesse manter um ambiente calmo e fortalecer um pouco mais a relação entre ambos antes que demonstrasse preocupação para com o irmão. David sabia o quanto Zeus poderia ser teimoso tanto quanto tinha consciência de que as questões que se formavam em sua própria mente muito provavelmente jamais seriam respondidas pelo seu amado irmão caçula.
— O que te chamou a atenção? — Perguntou Zeus, quebrando o silêncio que havia pairado entre ambos.
— Como? — Indagou David sem entender a pergunta do caçula.
— Você parou em frente à uma Joalheria. Tem algo para me contar? — Respondeu com um sorriso bobo, enquanto empurrava levemente o braço de David com o cotovelo de maneira a implicar com ele.
— O que te faz pensar que tenho algo a esconder de ti, Z?
— Não me diga que não vais contar mais nada para seu irmão mais novo aqui?! Se abra comigo, cara. Tem alguém especial? - Questionou limitando-se a abaixar a cabeça envergonhado.
— Você passou muito tempo fora, Zeus. — David disse em um suspiro após exitar um pouco. — Aconteceram muitas coisas nesses meses em que você optou por ficar sozinho. As coisas mudaram. — Concluiu.
As feições de Zeus não tardaram a mudarem drasticamente. David estava certo, ele se afastou por tempo demais. Muito embora já não fosse a primeira vez, sentiu um sentimento equivalente a dor da perda o consumir com mais voracidade mediante a fala daquele com quem foi criado e passara a infância junto. Tinha convicção de que havia se distanciado demasiadamente de tudo e de todos, e que o fato de ter estado tão isolado se deve à sua própria escolha.
Encarar a realidade estava tão difícil quanto havia imaginado. Pensou na hipótese de que tudo voltaria a ser como um dia havia sido, mas sabia que isso era impossível. Agora, ele e seu irmão pareciam nada mais do que dois estranhos, todavia estranhos com memórias compartilhadas, que infelizmente, eram cobertas pela tristeza de uma perda recente que levou à diversas outras perdas.
Diante da sensação avassaladora que o assolou naquele instante, Zeus se viu como a paciente que havia deixado no hospital horas antes. Da mesma forma que a garota não conseguia lidar com as perdas em sua vida, e permanecia presa em um passado que não retornaria negando-se veementemente a viver no presente, ele mantinha-se da mesma forma que ela, entretanto em uma circunstância diferente. Afinal, ele não estava internado, embora sua família tenha cogitado a possibilidade de internação inúmeras vezes após a morte de Liz.
Surpreendeu-se ao perceber e afirmar para si mesmo aquilo que já havia concluído há muito tempo, mesmo que involuntariamente, ele não queria viver em um mundo onde sua amada não existisse mais. Talvez a ideia de que quando um humano pereça na terra e se transforme em um lindo astro brilhante vagando pela imensidão do universo, e sua existência se expanda para um outro nível, o confortasse inconscientemente, pois nessa hipótese, Liz ainda estaria viva em algum lugar no mundo, mesmo que não estando ao seu lado. Mas jamais admitiria isso para si mesmo, seria um conforto baseado na loucura, em uma sociedade onde todos querem apenas se encaixar no normal.
— Eu sei disso. Porém eu precisava de um tempo, e você sabe que estou certo sobre isso. — Zeus se pronuncia finalmente, percebendo a tristeza que se manifestava no olhar de seu irmão.
— E todos nós entendemos isso faz um tempo, maninho. — Pontuou David em um suspiro cansado enquanto esfregava levemente sua mão esquerda em seu rosto demonstrando cansaço. — Todavia essa conclusão não muda o fato de que você foi embora. Se afastou por si só, mesmo com todas as tentativas da mamãe de tentar te ajudar.
— Não precisa me dizer aquilo que eu já sei, David. — Respondeu com a voz um pouco mais alta do que o normal, atraindo os olhares daqueles que por ali passavam naquele instante.
— Acalme os seus nervos, Zeus. Meu intuito não é te julgar, mas você não pode se afastar durante meses e voltar como se nada tivesse acontecido. — Disse David, dando uma rápida pausa em sua fala para acariciar carinhosamente o braço do irmão antes de continuar sua fala. — Somos sua família, sempre te receberemos de braços abertos, contudo, você sabe que tempo não é a única coisa da qual precisa.
— Discordo, acho que o tempo é sempre uma das melhores soluções, irmão.
— Zeus, você não consegue enxergar? Como pode estar tentando ajudar uma paciente a superar o seu passado hipotético quando nem sequer consegue ao menos superar o seu?! — Questionou em um misto de exclamação e espanto. — Todos nós precisamos de ajuda psicológica, Zeus, e não é vergonha admitir isso. Você precisa arranjar um jeito de superar a morte da sua noiva e seguir em frente. Era isso que ela iria querer, maninho.
— Está me dizendo que ela iria gostar que eu a esquecesse.
— Não Zeus! Claro que não. — David nega o encarando de maneira mais profundo. O rapaz parecia procurar no olhar ferido do irmão, a brecha que demonstrasse que no fundo, ele sabia que precisava de ajuda tanto quanto um dia poderia admitir. — Superar não significa esquecer. Ela te amou, Zeus, amou genuinamente, e enquanto esteve aqui, procurou te mostrar o significado desse sentimento em sua forma mais simples e sincera. Não estou dizendo para jogar as coisas fora e suprimir lembranças para começar a viver em um mundo onde você tenta pensar que ela nunca existiu. Ela sempre será uma parte de você. Estou apenas lhe mostrando que a última coisa que ela gostaria de saber é que você escolheu se afundar em um oceano de tristeza ao invés de espalhar pelo mundo a face da felicidade com a qual ela lhe presenteou. Você merece viver, não deixe que sua alma morra junto com a dela, Liz odiaria saber disso.
As lágrimas haviam se tornado presentes nos olhos de Zeus. Não demorou para que sentisse sua visão embaçar devido as recordações saudosistas do tempo em que passou com sua amada ao seu lado. David estava correto, se sua falecida noiva tivesse a oportunidade de o encontrar em um estado deplorável de confinamento social e infelicidade eminente no qual ele se estabeleceu nos meses que sucederam a sua morte, tomou para si que muito provavelmente seu conselho para ele seria semelhante, senão idêntico ao que David lhe deu, ela o falaria para seguir em frente.
— Viver em um mundo, onde não há a risada dela, o seu toque, os beijos de bom dia e as cartas carinhosas que ela fazia questão de me escrever à mão em cada data comemorativa é angustiante. Estamos aqui parados em frente a uma joalheria e tudo o que consigo pensar é que jamais poderei a presentear com o colar de estrelas prateadas que iria entregar-lhe naquela noite. — Começou Zeus com a voz extremamente trêmula de alguém que se esforçava para segurar o choro, todavia sentiu a necessidade sufocante de pausar a sua fala para que pudesse recuperar o ar que havia perdido em meio a sua declaração. — Eu me sinto quebrado. Não consigo acessar as lembranças daquele dia, e tudo ainda parece confuso. Eu sei que ela gostaria que eu seguisse em frente, assim como tenho ciência de que talvez um dia eu encontre um novo amor. Mas me desculpe, eu não estou preparado para deixar ela ir, não ainda.
— Uma hora você vai precisar superar o passado e começar a viver no presente, Zeus. Seguir em frente é o primeiro passo.
— E eu já dei esse passo, David. Aceitei uma nova oferta de emprego, estou trabalhando em um anúncio que divulgue os meus serviços e comecei a atender uma nova paciente hoje. Não é tão fácil quanto se parece. — Retrucou limpando as lágrimas que escorriam por sua face, e suspirando profundamente, continuou — Seguir em frente significa que um ciclo da sua vida se fecha, irmão. Você já sentiu dor? Existem diferentes tipos de dor. Há aquela de quando nascemos, a dor de usar o pulmão pela primeira vez, que faz com que os bebês nasçam chorando. Há também a dor de quando nos machucamos, ou aquela de quando temos os sentimentos feridos por alguém. Contudo, não desmerecendo a dor que outros já sentiram, porque cada um tem a sua dor, a que estou sentindo nesse momento é avassaladora. Essa dor prende-me o ar quando quero falar, tira-me a fala quando quero me expressar e cala meu corpo para que eu não consiga demonstrar. Ela me consome, pouco a pouco todos os dias desde que ela se foi, e não é apenas saudade, é a aflição de não saber como me livrar dela por mais que eu tente.
— E é por isso que eu e o restante da nossa família estamos tentando te ajudar, você precisa disso.
— Errado, irmão. O que eu preciso nesse momento é de apoio emocional. Da última vez em que eu e você nos falamos, me perguntou do lado de fora de meu antigo apartamento o motivo de eu não a ter levado flores em seu enterro e até mesmo após dele. Eu não te respondi, mas se quer saber o porque, eu lhe explico o motivo. Eu a dei sementes de plantas e flores em vasos quando ainda estava viva. Eu lhe presenteei com uma vida que poderia prosperar junto à sua, e lhe proporcionei todo o carinho que um homem apaixonado poderia dedicar à mulher que ama. Não houve motivos que me levassem a tirar a vida de uma flor, para vê-la perecer ao lado de seu túmulo. Nenhum ser vivo merece perecer em detrimento de outro. Eu preciso não perecer, e não conseguirei fazer isso se vocês apenas me olharem e me apontarem que necessito de amparo. Todos já entendemos isso, David. Todavia, o que você, a mamãe e o papai não entenderam por hora, é que esse apoio não vem de julgamentos e apontamentos do que seria prudente que eu fizesse, contudo de um abraço, apoio e amor. O amor é o remédio para a dor que sinto nesse momento, e enquanto não compreenderem isso, receio que jamais serão capazes de me ajudar efetivamente.
— Acha que não estamos lhe oferecendo carinho o suficiente nesse período, Zeus? — Interrogou David, com a voz carregada pela mágoa e a tristeza que crescia perante a situação. Em tempo algum imaginou que um dia poderia ver seu irmão naquele estado. Sentiu seu coração comprimir dentro do peito, era o irmão mais velho, e mesmo assim não conseguiu proteger do mundo um daqueles que mais amava. Sentiu-se impotente.
— Evidentemente sua interpretação de minha fala foi errônea, irmão. Apenas pontuei que o que necessito nesse momento, a ajuda da qual realmente preciso para continuar a seguir em frente, é da minha família. Não esperem que minha situação mude de uma hora para a outra, já pontuei isso anteriormente e creio que esse otimismo exagerado acerca de uma recuperação rápida, em todo e qualquer tipo de caso, é fantasioso demais. Um processo de mudança é demorado e muitas vezes complicado. Não espero que entendam aquilo que estou sentindo nesse momento, mas espero que possam compreender que preciso de vocês, mesmo que eu tenha negado isso anteriormente. Eu estou tentando, eu te liguei hoje, não liguei? Então me dê uma chance, sem julgamentos ou imposições. Isso é a última coisa da qual necessito.
David apenas sorriu para o irmão, e a fim de evitar mais discussões entre ambos, limitou-se a abraçar Zeus, permitindo-se a sanar toda a saudade que sentiu de seu irmão e que suprimiu dentro de si. Após soltar-se de seu abraço, que demorou a ser correspondido por Zeus devido a atitude inesperada, David voltou a encarar a vitrine da joalheria, perguntando-se se deveria ou não contar ao irmão o verdadeiro motivo de a loja ter lhe chamado tanta atenção. De forma a espantar todas as incertezas, o rapaz balançou a cabeça e deixou que um sorriso tomasse conta de sua face, considerou que talvez o momento não fosse propício para falar sobre o tema com o seu irmão caçula, e por mais que doesse não poder contar-lhe suas verdadeiras intenções e segredos, julgou que mantê-lo alheio à alguns assuntos naquele momento seria a melhor alternativa.
— Um colar para a mamãe. — Disse David colando as mãos no bolso, e percebendo o semblante confuso de Zeus, continuou — Eu queria comprar um presente para ela, você sabe, o aniversário dela está chegando. Foi por isso que parei para observar a vitrine. Você recebeu o convite por e-mail na semana passada, ela está esperançosa contando com a sua presença.
Entretanto, antes que Zeus pudesse responder seu irmão acerca do aniversário de sua progenitora, o qual certamente ainda se encontrava em dúvida se compareceria ou não, sentiu seu celular vibrar em seu bolso, e não demorou até que o som suave de uma melodia qualquer ecoasse pelo local, indicando a chamada que estava sendo recebida. No visor do aparelho, escrito em letras maiúsculas, a TRABALHO se encontrava devidamente destacada.
Estreitou as sobrancelhas em sinal de estranhamento, e tentando disfarçar a preocupação, fez um gesto educado e se afastou o suficientemente de seu irmão para que tivesse privacidade em sua conversa. Fechou os olhos e tentou acalmar a ansiedade diante da situação, não faziam muitas horas desde que havia deixado o hospital. Se lembrou então do papel que havia entregue para Athena minutos antes do término de sua consulta, e com os dedos trêmulos, deslizou o botão verde para que pudesse atender a ligação, fechou os olhos com força ligeiramente e levou o aparelho até sua orelha desejando que a menina não tenha sido descuidada ao ponto de ser descoberta pelos enfermeiros.
— Senhor Barker? — Ouviu a voz do diretor do outro lado da linha, fazendo com que seu corpo se tencionasse ao ser chamado pelo seu sobrenome
— Sim senhor, em que posso ajudá-lo, Marco? — Pergunta com um tremor disfarçado na voz.
— Fui informado mais cedo sobre sua petição para a ida de Athena à biblioteca. — Fala, e logo Zeus solta todo o ar que nem havia percebido que havia prendido, ficando instantaneamente mais aliviado.
— Gostaria de discutir isso melhor com o senhor, não acho prudente essa autorização. Poderia vir até aqui mais tarde para conversarmos, senhor Barker?
— Infelizmente já tenho um compromisso, porém estarei disponível depois de amanhã antes da minha consulta com a senhorita estrela. Passarei cedo em sua sala para que possamos dialogar, e qualquer de humor no quadro de Athena, peço que me notifiquem. Ainda estou em processo de conhecer minha paciente. Tenha uma boa tarde, Diretor. — Concluiu desligando a chamada logo em seguida.
David havia voltado a encarar as joias expostas pela joalheria, concentrou-se de tal maneira que nem ao menos se deu conta de que Zeus já estava em seu lado novamente, acompanhando-o em sua apreciação pelos colares e pulseiras expostos. Empurrou levemente o irmão, a fim de o retirar do transe em que se encontrava e sorriu para ele agradecido pelo encontro que haviam tido.
— Avise para a mamãe que eu irei comparecer, Irmão.
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Olá Estrelas, tudo bem? Demorei um pouco para postar, mas tive que ter certeza de que o capítulo seria bem revisado.
O que acharam do Capítulo de hoje?
Não se esqueçam de votar e comentar, isso é muito importante para que eu possa saber se estão gostando ou não da história!
Um grande beijo, amo vocês! Xx
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