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01☃️

Boa leitura🎄

He was my best friend and that was that was the worst part

2004 - 05 anos de idade
Denver, Colorado

   ERA um dia quente de agosto, o tipo de tarde em que o sol parecia refletir em cada janela e fazer o ar vibrar com uma sensação de preguiça e verão interminável. Amelie tinha apenas cinco anos quando viu pela primeira vez o novo garoto que se mudava para a casa ao lado. Ela estava sentada na varanda de sua casa, com um livro de Harry Potter no colo e seu ursinho, que usava um tutu rosa e se chamava Belly, encostado na madeira ao seu lado, enquanto os pais dela jogavam cartas.

Andrew desceu do carro depois de suas cinco irmãs mais velhas com um olhar curioso, segurando firme uma bola de basquete que parecia ser sua posse mais preciosa. Ele vestia uma camiseta azul um pouco grande para o seu tamanho e uma bermuda. Quando seus olhos encontraram os de Amelie, ele hesitou por um momento, como se estivesse tentando decidir se ela parecia legal o suficiente para se aproximar.

— Oi! — Amelie gritou primeiro, sem pensar duas vezes. Ela fechou o livro, deixou-o na varanda com seu ursinho e desceu correndo os degraus, parando no último, sem saber se devia ou não se aproximar.

— Pode ir até lá, querida. — Lily, mãe de Amelie, disse para a garota.

— Oi, eu sou a Amelie Hunter.

— Eu sou o Andrew Mayfield.

— Você gosta de histórias?

Andrew franziu a testa, apertando a bola contra o peito. Amelie esperava por uma resposta ansiosa, mexendo nervosamente nas pontas de seu cabelo, que estavam presos em um rabo de cavalo, deixando apenas sua franja solta.

— Histórias? Que tipo de histórias? — Andrew perguntou.

— De aventura e fantasia! — Amelie respondeu, os olhos brilhando. — Sobre dragões e castelos e cavaleiros e bruxos! Eu tenho um livro cheio delas. — ele parecia desconfiado, mas não o suficiente para sair correndo dali e deixá-la sem uma resposta.

— Eu gosto, mas você gosta de basquete? — Andrew perguntou e Amelie torceu o nariz, nunca foi muito boa com os esportes, mas os olhos ansiosos do garoto a fizeram sorrir de leve.

— Acho que sim. Já joguei algumas vezes com meu irmão, mas ele sempre ganha de mim. — Amelie disse dando de ombros. Andrew sorriu para a garota.

— Eu te ensino a jogar e depois você me conta uma de suas histórias, pode ser? — Andrew perguntou estendendo a mão para Amelie.

— Tudo bem.

Aquele foi o dia em que tudo começou. Em poucos minutos, os dois estavam correndo pelo quintal da casa de Amelie, jogando a bola de um lado para o outro enquanto riam de suas próprias trapalhadas. Mais tarde, quando o sol começou a se pôr e suas mães os chamaram para dentro, Andrew já sabia que Amelie era a garota mais legal que ele tinha conhecido.

Aquele era o início de uma amizade que, na época, nenhum dos dois sabia que mudaria suas vidas para sempre. 

2012 - 13 anos de idade
Denver, Colorado

Amelie bufou irritada quando seu cabelo insistiu em permanecer armado, mesmo depois de escová-lo, e chamou por sua mãe. Lily entrou no quarto da garota com um pequeno sorriso e se aproximou, fez Amelie se sentar em frente a penteadeira e fez babyliss no cabelo da filha.

— Porque acordou tão nervosa com seu cabelo hoje? — Lily perguntou enquanto finalizava a última mecha.

— Só não gosto quando ele arma.

— Nunca se importou com isso.

— Mas agora me importo, mamãe. — Amelie disse, olhando rapidamente para a mãe. — Posso ir ao parque hoje?

— Com o Andrew?

— Ele vai estar lá, mas vou sair daqui com a Maddie. — Amelie respondeu e Lily assentiu.

— Leva uma bolsa para guardar sua carteira. — Lily disse e Amelie assentiu. — Porque está tão quieta? Normalmente você sempre fica animada em saber que vai estar com o Andrew.

— Não é nada.

— Amelie…

— É sério! Eu só não queria encontrar com a Jenny e talvez ela esteja lá. — Amelie disse e Lily soltou um suspiro.

— Bom, eu sou muito mais você.

— Você é minha mãe, não vale.

— Na verdade, vale mais do que você pensa. — Lily disse dando um beijo na bochecha da filha antes de sair do quarto e ir atender ao bebê que havia começado a chorar no quarto ao lado.

Naquele dia, Andrew havia comentado casualmente que estaria no parque para o treino de basquete com os garotos do time. Não que ela estivesse planejando aparecer por lá sem motivo, era isso o que ela dizia para si mesma.

Vestindo seu moletom favorito, que ela havia pego emprestado com Andrew há algumas semanas e ele o deu definitivamente para ela, Amelie ainda assim hesitou ao se olhar no espelho. Talvez fosse melhor trocar por algo menos comum, mas ela sabia que Andrew perceberia ser seu moletom azul que ele disse combinar com os olhos dela. Então, depois de muito pensar, ela decidiu permanecer com o moletom.

— Filha? — Lily chamou ao ver Amelie saindo. — Está linda.

— Obrigada, mamãe.

Quando chegou ao parque, o barulho familiar das bolas batendo no chão e as vozes dos meninos gritando instruções dominavam o campo. Amelie se sentou num dos bancos mais distantes junto de Maddie e as duas começaram a conversar sobre os meninos. Mas é claro que a última coisa que Amelie conseguia fazer era prestar atenção na conversa. Seus olhos insistiam em seguir Andrew, que corria com a bola, o sorriso fácil iluminando seu rosto. Mas então ela a viu. Jenny Williams, estava sentada na grama, um pouco mais perto do campo, mexendo nos cabelos castanhos enquanto ria de algo que Andrew disse. Amelie franziu o cenho. Maddie olhou para a amiga e a cutucou com o cotovelo.

— Está com aquela carranca, Amy. — Madison disse.

— Não estou com carranca nenhuma, Madison.

— Parece que vai matar a Jenny. — Madison disse rindo de leve e Amelie revirou os olhos.

Não era só pelo fato de Jenny ser bonita, embora ela fosse, com aqueles olhos verdes escuros e o sorriso encantador. Era o jeito como Andrew a olhava quando fazia uma cesta, como se quisesse garantir que ela tivesse visto. Amelie fechou o livro que fingia ler com força, chamando a atenção de uma mãe que estava sentada no banco ao lado. Ela sorriu timidamente em desculpas e tentou não olhar para Andrew de novo. 

— Ei, Amelie! — A voz de Andrew quebrou seus pensamentos, e ela congelou. Ele estava ali, a alguns metros, com o cabelo bagunçado e as bochechas coradas pelo esforço físico. — Oi, Maddie.

— Oi, Andrew.

— Andrew, oi. — Amelie tentou soar casual, como se não tivesse acabado de passar os últimos minutos absorvendo cada detalhe dele. 

— O que você está lendo? — Andrew perguntou com um sorriso, curvando-se para olhar a capa.

— A Marca de Atena, cheguei na metade. — Amelie disse e Andrew sorriu.

— Passei você, estou no penúltimo capítulo. — Andrew disse rindo de forma convencida.

— Consigo terminar em algumas horas.

— Eu duvido.

— Nunca duvide de mim. — Amelie disse rindo e Madison olhou os dois com um pequeno sorriso.

— Você é tão diferente dela. Tipo, no bom sentido. A Jenny nunca lê nada. — Andrew comentou. — Ela nem sabe o que é Percy Jackson.

— O quê?

— Pois é, em que mundo ela vive? É esquisito.

Alguns dias depois, Amelie estava sentada no degrau da varanda da casa, com os cotovelos apoiados nos joelhos e o queixo descansando nas mãos. O céu alaranjado do fim de tarde em Denver pintava tudo com um brilho dourado, mas, para ela, parecia que as cores haviam desbotado. Andrew estava do outro lado da rua, rindo alto enquanto ajudava Jenny a se equilibrar na bicicleta que ele mesmo havia emprestado a ela. Amelie apertou os lábios. Aquele riso, que sempre a fazia sorrir, agora causava uma sensação estranha, como se houvesse uma pedra no fundo do estômago dela. Ela queria odiar Jenny,  e em certa medida, ela odiava. Era irritante o jeito como a menina jogava o cabelo de um lado para o outro, sempre sorrindo como se fosse dona do mundo. Mas o que realmente incomodava Amelie era o brilho nos olhos de Andrew quando ele olhava para Jenny. Um brilho que ele nunca tinha quando olhava para ela.

— Que coisa mais idiota. — Amelie murmurou para si mesma, balançando a cabeça. Andrew era seu melhor amigo, e nada mais. Ela sempre soube disso. Então por que aquilo doía tanto? 

— Millie! — a voz familiar de Andrew a fez erguer os olhos rapidamente. Andrew estava atravessando a rua, ainda com um sorriso no rosto, as bochechas coradas. Jenny vinha logo atrás, segurando a bicicleta com uma expressão satisfeita. 

— Ei! — Amelie respondeu, forçando um sorriso enquanto Andrew se aproximava. — Está ensinando ela a andar de bicicleta agora?

— É, ela nunca soube, acredita? — Andrew falou como se fosse algo extraordinário, os olhos brilhando com entusiasmo. Amelie sabia que a garota havia mentido, as duas aprenderam a andar de bicicleta juntas poucos meses antes de Andrew se mudar para Denver, quando elas ainda eram melhores amigas. — Mas ela pegou o jeito rápido. É só prática.

Amelie lançou um olhar rápido para Jenny, que acenou de forma educada, mas desinteressada.

— Bom pra ela. — Amelie respondeu, tentando parecer casual. — Então, tá ocupado, né? Não vou atrapalhar. — ela disse e Andrew franziu a testa, percebendo algo no tom dela.

— Você nunca atrapalha, Millie. Tá tudo bem?

— Claro que está. — Amelie respondeu apressadamente, se levantando. — Na verdade, eu preciso entrar. Minha mãe tá me chamando pra ajudar com o jantar. — ela disse mentindo, mas ela não queria ficar ali, observando os dois. 

— Ok, então. Vejo você amanhã? — Andrew perguntou meio chateado.

— Claro, Andrew. Até amanhã.

Quando entrou em casa, subiu para o quarto e bateu a porta do mesmo, respirando fundo ao ouvir seu irmão mais velho chamando sua atenção por bater a porta. Estava claro para ela agora: ela não apenas gostava de Andrew, ela estava apaixonada por ele. Mas ele estava apaixonado por Jenny e isso era o pior que poderia acontecer. Amelie fechou os olhos, tentando conter as lágrimas que ameaçavam cair. Ela sabia que não podia mudar o que ele sentia pela garota, mas isso não tornava aquilo mais fácil. E naquele momento, percebeu que esconder seus sentimentos seria o único jeito de proteger a amizade que eles compartilhavam.

2015 - 16 anos de idade
Aspen, Colorado

Era uma tarde fria, quando Amelie e Andrew chegaram ao chalé da Abigail Mayfield, avó do garoto, em Aspen. O lugar tinha uma atmosfera acolhedora, com uma lareira na sala e o cheiro suave de madeira que se espalhava por cada cômodo. Os pais de ambos pediram que tomassem conta do chalé enquanto a avó do garoto estava em Denver fazendo companhia para o marido que havia feito uma cirurgia, sem imaginar que uma nevasca inesperada os deixaria presos ali por mais tempo do que esperavam. 

— Eu não acredito que vamos ficar aqui o fim de semana todo. — Andrew comentou, jogando a mochila no sofá, tirando o casaco e se espreguiçando. 

Amelie deu um sorriso, mais animada do que gostaria de admitir. Ela havia adorado a ideia de passar o fim de semana com Andrew em um lugar tão isolado, sem as distrações da escola e da cidade, e principalmente, sem a Jenny. Mas, ao mesmo tempo, sentia uma pontada de nervosismo.

— Não acho que vá ser só o fim de semana. Acabaram de emitir um alerta de nevasca. Então, a gente tá preso aqui mesmo. — Amelie disse, rindo.
— Bom, pelo menos o chalé é legal. — Andrew respondeu, olhando ao redor. — Vai ser divertido. A gente pode até fazer alguma coisa pra comer. Aproveitar para preparar uma pizza ou algo assim.

— Pizza? — Amelie riu. — Você acha que a gente vai fazer pizza de verdade ou vai ser aquela bagunça de sempre? — ela perguntou e Andrew sorriu, com o olhar divertido.

— Claro que vai ser uma bagunça, Millie. Até parece que não ia ter bagunça. — Andrew disse rindo.

— Bom, enquanto a gente come a pizza, que tal ver um filme?— Amelie sugeriu e Andrew assentiu bagunçando levemente os cabelos da garota.

A noite caiu lentamente sobre o chalé, a luz quente da lareira lançando sombras suaves pelas paredes enquanto Amelie e Andrew se moviam pela cozinha. A fome começava a se fazer presente, e, depois de um rápido debate sobre qual seria o sabor da pizza, os dois decidiram preparar uma pizza metade mussarela e metade calabresa. 

— Certo, Mestre Cuca. — Amelie começou, com um sorriso provocador enquanto prendia seu cabelo com duas trancinhas. — Por onde a gente começa? — Andrew revirou os olhos teatralmente e abriu um dos armários, puxando uma tigela grande.

— Gostei das trancinhas. — Andrew disse puxando uma delas de leve. — Certo. Primeiro, a gente mistura a farinha com a água. Bem simples. Eu vou liderar e você pode me assistir e aprender. — Amelie riu, cruzando os braços.

— Ah, claro. Assistir você cometer erros culinários é sempre uma diversão. — Amelie disse sorrindo.

Os dois começaram a trabalhar, enchendo a cozinha com o som da música que Andrew tinha colocado no celular. Enquanto ele mexia a massa, Amelie o ajudava a medir os ingredientes, ocasionalmente errando de propósito apenas para irritá-lo. 

— Isso é muita água, June! — Andrew exclamou, tentando salvar a mistura, que já parecia meio desastrosa. 

— Ninguém gosta de massa seca. — Amelie brincou com um sorriso inocente. — E para de me chamar de June!

— Chega de água nessa massa…June. — Andrew disse e Amelie bateu nele, fazendo o mesmo rir. — É um segundo nome lindo, gosto de te chamar assim.

— Tudo bem, então vou te chamar de Benjamin. — Amelie disse e Andrew riu.

— Mistura um pouco, vou fazer o molho. — Andrew disse sorrindo.

Eles tinham acabado de misturar os ingredientes da massa, e Amelie, com sua habilidade questionável, estava tentando amassar a mistura pegajosa. 

— Isso não parece uma massa. — Amelie provocou, tentando soltar a massa de suas mãos. 

— Você não tem fé no meu talento culinário. — Andrew respondeu, fingindo indignação. — Vou jogar um pouco de farinha na sua mão. — ele se aproximou de Amelie e virou o pacote na mão de Amelie.

— Sua vez de amassar, Drew. — Amelie disse depois de tirar a massa da mão. — Já estou livre de sujeira.

— Se você acha que vai sair daqui limpa, está muito enganada. — Andrew disse e antes que ela pudesse reagir, Andrew pegou um punhado de farinha de um dos sacos abertos na bancada e jogou para o alto, cobrindo parte do cabelo de Amelie com o pó branco. 

— Andrew! — Amelie gritou, mais surpresa do que irritada, enquanto olhava para o garoto,que ria alto.

— Foi um acidente. — Andrew disse com um sorriso inocente. 

— Ah, é? Pois aqui vai o meu acidente! — Amelie respondeu, pegando um punhado de farinha e jogando direto no rosto dele.   

E então, foi instaurado o caos. Andrew se abaixou para pegar mais farinha, enquanto Amelie corria para o outro lado da bancada, rindo. Ele tentou acertá-la novamente, mas ela desviou, jogando um punhado no peito dele. A cozinha se transformou em um campo de batalha improvisado, com farinha voando para todos os lados. Amelie correu para o outro lado da mesa, mas acabou tropeçando em um saco de ingredientes no chão, espalhando mais farinha ainda pelo ar. 

— Paz, paz! — Andrew gritou, erguendo as mãos em rendição. — Se continuarmos assim, não vai sobrar farinha para a pizza.

— Tudo bem. Paz por agora. Eu aceito sua rendição. — Amelie disse tirando farinha do rosto.

Eles voltaram a trabalhar na massa, agora mais focados, ou pelo menos tentando. Mas a atmosfera parecia diferente. Mais leve, mais íntima. Enquanto Andrew abria a massa na bancada, Amelie se aproximou para ajudar, seus ombros se tocando levemente. Depois eles começaram a rechear a pizza e enquanto Amelie passava o molho na massa, Andrew pegava os outros ingredientes. Ele se aproximou por trás de Amelie e colocou o queijo na pizza junto dela, Amelie parou de cantarolar a música da Cristina Aguilera que estava tocando e se concentrou em não se arrepiar e distrair com a presença tão próxima de Andrew.

— Você está bem? Você ama essa música. — Andrew disse sorrindo.

Amelie abriu a boca para responder, mas as palavras pareciam presas na garganta. E então, antes que pudesse pensar demais, Andrew se inclinou ligeiramente. Foi um movimento quase imperceptível, como se ele também estivesse hesitando, mas seus rostos estavam tão próximos agora que parecia inevitável. Amelie virou levemente a cabeça e antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Andrew quebrou o espaço entre eles com um beijo.

Quando se separaram, ambos estavam um pouco surpresos. Andrew coçou a nuca, rindo nervosamente e Amelie voltou a mexer na pizza.

— Acho que essa não estava nos planos da pizza. — Andrew comentou e Amelie riu baixo.

— É... mas não foi tão ruim assim.

— Com certeza, não.

2018 - 19 anos de idade
Denver, Colorado

Amelie e Andrew já estão juntos há 03 anos. O namoro deles começou, oficialmente, dois meses depois do primeiro beijo deles, que aconteceu enquanto faziam pizza no chalé da avó de Andrew em Aspen.

Uma semana após o Natal, os dois se encontraram na casa de Andrew para abrirem as cartas das faculdades. Ao descobrirem que Amelie havia passado na Julliard, em Nova York, e Andrew em Oxford, no Reino Unido, os dois permaneceram em silêncio por alguns segundos antes de Andrew soltar um longo suspiro e passar a mão pelos cabelos.

— Acho melhor terminarmos. — Andrew disse e Amelie o olhou incrédula.

— Terminar? Como assim, Andrew? — Amelie perguntou com sua voz ficando trêmula.

— Ames, você passou na Julliard! Esse é o seu sonho, algo pelo qual você trabalhou a vida inteira. — Andrew disse pegando as mãos da garota. — E eu passei em Oxford... São países diferentes, vidas diferentes... Não seria justo com você e nem comigo tentarmos continuar assim. 

— Isso que você está fazendo não é justo. — Amelie disse com lágrimas surgindo em seus olhos. — Porque não me contou que aplicou para Oxford?

— Eu não pensei que fosse passar. — Andrew disse e Amelie olhou para a lareira da casa, torcendo que ninguém estivesse em casa. — Millie, eu não quero que você sinta que está presa a algo que não funciona.

— É isso, então? Você simplesmente decidiu sozinho que não podemos mais ficar juntos? Nem sequer pensou em me incluir nessa decisão antes de tomar ela? — Amelie perguntou se levantando da cadeira de forma abrupta.

— Amelie, eu estou pensando em nós dois. A distância vai ser impossível de lidar. Nós dois estaremos ocupados com a faculdade, novos amigos, novos desafios... Não quero que isso nos desgaste. — Andrew argumentou com a voz calma. Ele sempre foi o mais calmo dos dois, enquanto Amelie se irritava facilmente quando as coisas não saiam como ela planejava.

— Desgaste? Acha que somos tão frágeis assim? Ou será que você só quer uma desculpa para se livrar de mim e ter caminho livre para as meninas de lá? — Amelie perguntou extremamente irritada.

— Me livrar de você? Escuta o que você está dizendo, Amelie! Eu estou tentando ser realista, enquanto você está presa a uma ideia de conto de fadas que não existe! — Andrew disse começando a se irritar. — São 5.240 km! Quase nunca vamos conseguir nos ver!

— Porque é mais fácil pra você fugir do que enfrentar qualquer coisa difícil? — Amelie perguntou quase gritando. — Você sempre foi assim, Andrew! Sempre escolhendo o caminho mais fácil.

— E você sempre quer tudo do seu jeito! Sempre acha que tem que ser como você planeja, sem nem pensar no que eu estou sentindo! Você acha que isso é fácil pra mim? Porque não é! — Andrew falou aumentando o tom de voz, assim como Amelie.

— Eu achava que você me amava de verdade, achava que éramos melhores amigos acima de tudo! Você devia ter me contado antes. — Amelie disse com decepção. — Você prometeu pra mim que nunca me deixaria, e eu nem digo pelo fato de estar indo para o Reino Unido. Você é um covarde!

— E você é egoísta! Não consegue enxergar além do que você quer! Eu estou tentando fazer o que é melhor pra nós dois, mas você só pensa no que te machuca. Talvez isso só prove que não daríamos certo mesmo. — Andrew disse, se arrependendo no mesmo instante em que uma lágrima escorreu pela bochecha de Amelie.

— Quer saber? Talvez você tenha razão. Talvez eu só tenha perdido três anos da minha vida com alguém que não sabe lutar por nada. — Amelie disse com a voz baixa. — Então acabou mesmo. Não precisa me procurar, porque eu não vou procurar você.

Amelie saiu da casa de Andrew chorando, torcendo que ele fosse atrás dela. Ela não saiu de casa até descobrir que ele já havia se mudado, mas passou meses esperando por uma ligação ou qualquer mensagem. Mesmo que ela brigasse consigo mesma por quase ligar para ele diversas vezes. Então ela começou a escrever músicas sobre ele.

Andrew jogou a carta no chão no mesmo segundo em que Amelie bateu a porta de sua casa. Ele correu para o lado de fora atrás dela, mas ela já havia ido embora. Andrew só voltou a sair de casa no dia de sua mudança e esperou vê-la no aeroporto, mas ela nunca apareceu. Resistir a vontade de ligar para Amelie foi difícil, ele sempre queria contar sobre seu dia para ela, mas nunca teve coragem o suficiente para ligar. Então ele começou a escrever cartas para ela.

Oi gente! Tudo bem com vcs? Espero que sim!

Nem acredito que comecei a postar esse conto! Estava tão animada com ele.

Por favor, comentem. Por ser algo totalmente original, eu preciso saber sobre o que vcs estão achando. Então comentem bastante, sem vergonha.

Espero que tenham gostado!

Com amor e carinho,
Ana.

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