A.M
As ruas monegascas pareciam extremamente solitárias. Diferente do que todos estavam acostumados a ver, talvez a explicação para aquele comportamento incomum da badalada ilha estivesse no dia que se passava, ou melhor, na noite. Dia 24 de dezembro de 2020 estava diferente assim como todas as outras vésperas de natal que haviam se passado anteriormente. Maya era acostumada a tudo isso. As várias facetas da capital de Mônaco eram inusitadas para os turistas que costumavam passear por lá durante todas as fases do ano, acostumados aos verões luxuosos, passeios de barco, corridas milionárias, eventos extravagantes e tudo de mais caro e pomposo que se pudesse imaginar vindo de pessoas podres de ricas.
Elas não imaginavam que noites como aquela aconteciam. As luzes coloridas e decorações de natal dos mais variados tamanhos e formatos eram os responsáveis pelo pouco movimento em Monte Carlo, poucos barulhos eram escutados, na verdade os únicos sons das ruas eram de músicas natalinas aleatórias que eram irradiadas de qualquer loja central que havia decidido alegrar aquele local. Os tradicionais clubes não estavam abertos, muito menos lojas ou mercados, então a pergunta que provavelmente qualquer um faria ao ver Maya saindo de casa às escondidas poucos minutos antes de ser oficialmente Natal seria o que a menina fazia ali andando noite adentro, sozinha.
A ruiva de cabelos longos e encaracolados andava radiante em seus saltos brilhantes, vestido branco rendado que alcançava a altura do seu joelho, abraçada em um sobretudo grosso e pesado que havia sido comprado poucos dias antes já visando essa exata ocasião. Os olhos fixos ao chão eram uma tentativa de esconder a excitação que extravasavam de suas orbes azuis como o céu que era visto da sua casa de veraneio nos dias mais quentes do ano caso fosse questionada por algum antigo vizinho o motivo de estar passeando sorrateiramente como um gato fujão em uma noite tão especial e que é tradicionalmente passada ao lado da família. Ela tentava não demonstrar para si mesma o quão nervosa estava ao finalmente ir ao encontro dele, para cumprir o que vinham combinando há dias.
Cada metro que andava a sensação de frio na barriga aumentava, ela imaginava se ele já a esperava, se havia acontecido algum imprevisto, ou se ele simplesmente tinha decidido não esperar mais por ela, que havia se atrasado alguns minutos a mais que o esperado na festa de família até que estivessem todos ocupados ou distraídos o suficiente para que não notassem a ausência dela.
Ela sempre se sentia assim em relação ao monegasco, confusão e nervosismo eram sentimentos frequentes para a mais nova, embora ele sempre fizesse de tudo pra deixar claro seus sentimentos pela mesma, talvez a incerteza da distância que separava os dois falasse um pouco mais alto à partir do momento em que eles se despediam dos encontros esporádicos e escondidos.
O local onde eles haviam marcado era o mesmo de sempre. O píer de Monte Carlo já os esperava, muito mais solitário do que de costume, rodeado de lanchas esbranquiçadas que lotavam os corações dos dois de apreensão pela possibilidade de serem encontrados por algum dos proprietários, ao mesmo tempo que tomado de adrenalina, só aquele lugar transmitia a segurança que eles precisavam e sentiam por serem ambos velhos frequentadores dali, o píer nunca deixou de esperar para testemunhar encontros importantes daquele bonito e jovial amor. Eles sabiam cada ponto e ponta daquele lugar, sabiam exatamente onde se procurar e se encontrar, e numa das extremidades mais antigas dali ela viu quem tanto ansiava ver.
Arthur estava lá. Exibindo seu terno preto usado apenas em ocasiões especiais, exuberante como sempre. Seus fios dourados iluminados pela árvore de Natal grande e solitária que havia sido colocada e decorada de forma no mínimo satisfatória por causa da distribuição proporcional das cores das pequenas luzes posicionadas ao redor de todo o ornamento natural natalino, faziam os olhos da mais nova brilharem enquanto passava pela cabine de controle.
Para outras pessoas, tentar entrar ali naquelas condições seria praticamente impossível, mas não para aquele casal. Eles sempre tiveram um raro aliado e apoiador nato, de matar de inveja qualquer personagem principal de filme de ação, em que acontecia aquela típica cena de uma perseguição sangrenta recheada de lutas corporais e diálogos sensacionalistas que precisasse de um bom lugar para se esconder e que só conseguia com a ajuda de um bom amigo e recruta. Todas essas foram palavras de Arthur anos atrás após Sr. Francesco ajudá-los a se encontrar pela primeira vez ali, durante um dos castigos que a ruiva cumpria. Depois desse dia tudo se tornou relativamente mais fácil, pois os dois sabiam que tinham uma pessoa em que podiam confiar.
A comparação pareceu um pouco sensacionalista, mas se encaixava bem na história dos dois. Maya e Arthur foram criados em famílias monegascas tradicionais, a amizade entre os Fournier e os Leclerc ultrapassava gerações e elas eram bem próximas até o início da adolescência dos dois quando seus avós se desentenderam por causa de negócios, o que fez tudo mudar e de uma hora para outra um clima pesado se instalar entre as famílias. Eles cresceram juntos, iam ao parque nos mesmos dias e horários, a garota assistia os campeonatos de karting que ele concorria e era sem dúvidas um dos amuletos favoritos de Arthur, iam aos mesmos almoços, jantares e churrascos de família até que foram abruptamente separados por adultos egoístas e orgulhosos quando tinham entre quatorze e quinze anos.
Nessa história as lutas eram representadas pelas famílias e os conflitos que foram enfiados na vida deles, o bom amigo era Francesco, e o vilão era o tempo. Conforme foram crescendo restava cada vez menos tempo para que os dois se encontrassem apesar do amor que sentiam um pelo outro só crescesse cada vez mais. O loiro estava crescendo no automobilismo, focando mais a cada dia visando a tão sonhada carreira na Fórmula 1 enquanto a ruiva se dedicava aos estudos para um dia se tornar uma arquiteta de sucesso.
Maya ainda não conseguia ver os olhos verdes de Leclerc por causa da distância que ainda os separava, mas eles estavam como os dela, expiravam sentimentos confusos e ao mesmo tempo bons, eles almejavam vê-la logo. O mais velho cantarolava uma música que Maya ainda não conseguia decifrar, mas que com certeza não era estranha aos seus ouvidos e que conforme foi se aproximando reconheceu ser a mais clássica de todos os natais. All I Want For Christmas Is You se tornava um pouco menos irritante na voz de Leclerc e talvez a morena cogitasse pedir uma versão no piano quando tivesse a oportunidade. Mal imaginava que se ele soubesse criaria todas as oportunidades possíveis só pra ver o sorriso meigo e apaixonado que ela o direcionava. Se ela pedisse ele daria um jeito de içar um piano bem ali e fazer um concerto exclusivo para ela com todas as músicas natalinas já lançadas na história do mundo, ele poderia percorrer o mundo inteiro só pra vê-la feliz. E ela achava que já tinha deixado bem claro que não precisaria de nada de lugar nenhum pra ser feliz se estivesse junto a ele.
— Não sabia que você é do tipo Mariah Carey natalina, boo — Maya provocou andando em passos lentos enquanto encarava as costas largas do homem à sua frente.
— Quando chega o fim de ano parece que todo mundo é obrigado a incorporar ela, ouvi dizer que o salário dela aumenta muitos dígitos no natal — Respondeu ele tentando uma voz séria mas logo soltando um risinho nasalado, se sentando na beirada e deixando suas pernas suspensas no ar. — Não é à toa as trezentas versões da mesma música, né?
— Músicas de natal são chatas, elas tentam passar um espírito totalmente irreal, falso — Ela falou enquanto se encostava em um dos pilares daquele lugar e recebeu um olhar do loiro, ele nunca entendera ao certo o desgosto dela por um dos feriados favoritos dele, mas não era algo para ser questionado no momento.
Depois disso um silêncio tomou de conta do lugar em segundos, Maya sentiu um vento forte e frio que a obrigou a se agarrar ainda mais em seu agasalho. O clima monegasco naquele momento parecia ser misterioso e intrigante, totalmente diferente do que o calor aconchegante e amigável das outras temporadas, parecia ser um sinal para que os dois se aproximassem e deixassem que o calor emanante entre eles esquentasse e arrancasse à força todo aquele combo de sentimentos incertos e estranhos que pairava pelo ar naquele momento.
Era sempre assim, nem parecia que os dois confidenciavam as características e segredos mais obscuros um do outro há anos. O nervosismo era palpável e qualquer um que presenciasse uma cena daquelas veria dois adolescentes envergonhados como se tivessem sido sorteados como casal principal de uma peça teatral na escola, era engraçado se visto de fora mas os dois em questão só desejavam que aquele clima estranho e maciço fosse quebrado por alguma piada ou assunto aleatório jogado ao vento que viraria mais uma das inúmeras pautas improváveis de um dos poucos encontros que o casal tinha direito ao longo do ano, era uma mania deles, especial e significativa aos olhos dos dois e apenas deles dois.
— Sabia que Aurora é o nome de muitas cidades ao redor do mundo? — Arthur quebra o silêncio, virando para olhá-la ainda em pé, colocando a mão ao lado de onde estava num pedido para que ela o acompanhasse e assim o fez, sem muitos questionamentos.
— Não sabia — Ela respondeu em um fio de voz. — Talvez a gente devesse viajar e conhecer todas elas, hum? — Enquanto se sentava ao lado dele pôde ver um sorriso ladino se formando nos lábios do outro, eles gostavam de fazer planos desde muito mais novos.
— Com certeza a gente vai, talvez eu até deixe você escolher qual a gente vai visitar primeiro — Provocou.
— Meu amor, o jeito que você pensa que decide alguma coisa me diverte bastante. — Riu depois de rebater a provocação do loiro.
Já fazia um tempo que Aurora era um assunto recorrente nos encontros deles, eles haviam encontrado numa simples palavra um código que assim que dito deixava tudo mais leve e tranquilo entre os dois. Tudo havia começado cerca de quatro anos atrás quando, após uma briga, Maya contou para Arthur o resultado de mais uma de suas recorrentes pesquisas sobre astronomia na internet.
Há pouco, cientistas haviam observado uma aurora fora do sistema solar pela primeira vez, sua luz sendo a mais acentuada já vista, superando qualquer outro tipo de luz antes observada na Terra.
Uma informação, uma simples informação que provavelmente nunca faria falta na vida de Arthur se ele não tivesse escutado ali naquele jardim onde suas mães os deixavam brincar desde criança, se eles não tivessem discutido naquela madrugada absurdamente estrelada para uma cidade tão iluminada tentando decidir que rumo o relacionamento dos dois tomaria depois do primeiro beijo na noite anterior. A partir desse dia, Arthur descobriu que uma simples palavra nomeava inúmeras coisas, uma deusa, um fenômeno óptico, nascer do sol, cidades, plantas, filmes, automóveis e mais incontáveis definições para uma única combinação de letras. Ele percebeu a semelhança com uma palavra de quatro letras nomeava a variedade de sentimentos que rodeavam sua cabeça, apertavam seu peito e enchia seu estômago de borboletas, a mesma palavra que nomeava a garota que não saia dos seus pensamentos mesmo depois de todos esses anos.
Os mesmos efeitos eram causados em Maya e era tolo o quanto eles nunca conseguiram colocar os sentimentos em palavras, talvez até aquele momento nunca tivesse havido essa necessidade, eles demonstravam o que sentiam por gestos, um nunca deixou de estar do lado para ajudar, encorajar e apoiar o outro desde os momentos mais conturbados como a derrota num campeonato e como nos momentos de triunfo de que havia sido anunciado dias mais cedo, Arthur conseguiu a almejada vaga para correr na Fórmula 3 e ali, finalmente estando frente a ele ela sentiu que precisava falar e dessa vez colocar em palavras tudo que já enchia o coração dela de orgulho.
— Eu já perdi as contas de quantas vezes te disse isso, mas eu não consigo me segurar de tanto orgulho que sinto de ti, Arthur, ver o quanto você se esforçou pra conseguir isso, o quanto se empenhou pra sair da sombra do nome do teu irmão e mostrar que você chegou até aqui e vai subir cada vez mais por mérito próprio. É claro que eu sinto muita falta tua, mas nessas horas a gente vê que todo o sacrifício tá valendo a pena, e vai valer cada vez mais e eu espero que me permita ver de perto você conquistando o que já é predestinado como teu. — Lágrimas teimosas praticamente travavam uma luta com a ruiva e Arthur sentia os seus próprios olhos cheios d'água enquanto a olhava.
— Eu te amo, sabia? — Ele surpreendeu a garota, nesse momento a adrenalina já corria livremente nas veias dos dois e cada um tinha certeza de que seus batimentos cardíacos poderiam facilmente serem escutados pelo outro. — Minha Aurora eu te amo há anos, te amo desde quando você ia me ver correr e quando chegava lá fazia questão de me provocar falando o quão bonitos ou rápidos meus adversários eram, eu já te amava desde muito antes do nosso primeiro beijo, eu te amava desde antes da gente precisar se encontrar às escondidas
— Arthur... — Tentou verbalizar mas foi interrompida.
– Por favor, me deixa terminar — Implorou com a voz vacilando. — Eu amo cada pequeno detalhe teu, da cabeça ao pé. O jeito que você deixa seus cabelos soltos e insiste em passar gloss e passa o encontro todo reclamando de como o vento te irrita. — A garota, que agora já se debulhava em lágrimas, sorriu enxugando algumas lágrimas em uma tentativa de permanecer com os olhos abertos, encarando-o. — O jeito que você me olha com seus olhinhos azuis brilhando quando digo que vou passar as próximas semanas em casa, o jeito como você sussurra coisas desconexas quando está quase dormindo ou quando pega no sono enquanto assistimos o mesmo filme pelo celular. O jeito como você sempre me apoiou e me fez sentir abraçado mesmo estando há horas e problemas de distância. Eu te amo com todos os seus jeitos e picuinhas e não quero nunca te perder. Você sempre foi imprescindível em todas as partes da minha vida e sempre vai ser, Maya.
E a mais nova não hesitou em beijá-lo assim que as últimas palavras foram ditas, um beijo calmo cheio de significado, um beijo que os dois precisavam e queriam naquele momento que foi prolongado até que sentissem a necessidade de buscar ar e quando se separaram, ainda com as testas coladas, Maya falou:
— Eu também te amo, muito. Você não faz ideia da luz que você traz pra minha vida, não tem ideia do quanto me encanta e me apaixona cada dia mais, o quanto eu sou feliz por falar com você, o quanto eu sou feliz por ter você comigo e pra mim todos os dias. E por você eu não ligo se tô sendo melosa pela primeira vez na vida porque por você tudo vale a pena.
Os dois soltaram risadas baixas enquanto se separavam para que Arthur pegasse algo em seu bolso.
— Aqui, pra você. — Arthur entregou um pequeno embrulho que estava bem guardado desde que ele saiu de casa. — Não precisa se assustar, não é uma aliança ou algo do tipo — Brincou. — Espero que goste.
— Não é nenhum tipo de aliança, ainda. — O lançou uma piscadela enquanto terminava de rasgar o papel de presente verde e quando olhou novamente para o presente reconheceu ser uma estrela, uma linda estrela artesanal feita de uma combinações de arames prata e vermelho, seus olhos brilharam ao perceber que Arthur que havia feito quando viu o jovem sorrir inquieto.
— Ainda. — Completou tentando disfarçar o nervosismo a espera de uma reação da amada àquele pequeno enfeite que ele havia decidido fazer algumas semanas antes, a decisão das cores havia sido tomada quando o primeiro vídeo que ele havia encontrado na internet mostrava os materiais necessários, o vermelho foi inspirado na cor dos fios de seus cabelos e o prata era a opção do aço mais parecido com o branco de sua pele que havia encontrado na loja de artesanatos, talvez contasse isso a ela mais tarde se questionado sobre.
Mas ali, naquele momento, isso não importava, Maya sorriu agradecida enquanto pedia com as mãos que ele fosse um pouco mais para trás para que pudesse deitar em seu peito e assim foi feito, entrelaçando suas mãos logo em seguida e recebendo um beijo terno no topo de sua cabeça.
A verdade era que eles não sabiam que tipo de relacionamento teriam dali em diante, tudo que sabiam era que se estivessem lado a lado nada mais importaria. E realmente naquela noite nada mais importava.
De longe, viram a única pessoa que sabia dos dois sorrir e entrar novamente na sua cabine, Sr. Francesco com certeza soltava fogos por dentro por ser o maior apoiador do casal desde quando ainda eram apenas duas crianças implicantes especialmente uma com a outra .
Para Maya, não importava os olhares tortos da família quando ela chegasse em casa pela manhã fingindo que nada de diferente aconteceu, ou ouvir reclamações da mãe durante todo o ano novo. Nada importava pois ali, naquela madrugada do dia 25 de dezembro, ela estava nos braços dele, e ele era a única coisa verdadeiramente importante.
E para Arthur, ver os longos cabelos ruivos descansando em seu peito, tomando variadas formas conforme uma nova brisa batia de encontro a seu corpo era um dos significados de paz mais bonitos que ele presenciara, ele dessa vez não queria ressignificar mais nada em relação a ela, gostava exatamente de como estava. Os dois, sozinhos, apaixonados, saboreando a sensação de finalmente estarem em paz com seus sentimentos, era a expressão do universo ao demonstrar uma das formas mais puras e genuínas de Amor.
EEEEEEEEEEEEEEEEEEOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO CHEGUEI
Cheguei mais cedo do que muitos esperavam mas é que eu não conseguiria guardar isso pra mim nenhuma hora a mais ou acabaria entregando tudo no grupo so here i am
Acho que ficou bem explícito quem é minha amiga secreta, né Laurinha? Só eu sei o nervoso que você me fez passar quando começou a afirmar com toda convicção que eu tinha te tirado, realmente te tirei e acho que não soube muito bem contornar tua desconfiança hein, nem falei muito do Lelequinho por lá. Enfim, mesmo com todas as provocações eu te amo muito e sou extremamente grata por ter tido a oportunidade de te conhecer esse ano, você é extremamente especial pra mim. Espero que tenha conseguido atingir suas expectativas nesse conto 🤍
Pras minhas mundinetes: Eu amo demais cada uma de vocês, do fundo do meu coração, espero que a gente possa ficar juntas por muito mais tempo e que possamos comemorar mais datas comemorativas surtando, ainda quero muito encher vocês de áudios e de fofocas.
E pra todo mundo que acompanha a gente, muito obrigada ❤❤
Beijinho, Lavs 🤍
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