Twenty Eight
Era incrível o como tudo estava sempre piorando na minha vida. Além de ter que lidar com todo esse rolo relacionado a Tenjiku e seu líder maldito, ainda tinha que aguentar toda a situação com minha mãe. Honestamente, aquilo estava muito, muito estressante, e eu só queria desaparecer por alguns dias e apenas voltar quando tudo tivesse magicamente se resolvido. Era isso que eu precisava, só um dias de paz. E Kazutora também, porque só a ideia de talvez voltarmos a morar com nossa mãe já era o suficiente para fazer ele se irritar.
Eu estava bem inclinada a passar o sábado inteiro dormindo e morrendo na cama, mas claro que percebi que não faria nada disso quando Keisuke apareceu e ficou me encarando até que eu me levantasse.
Conhecia bem meu namorado para saber que ele não me daria um segundo de paz, motivo pelo qual eu o expulsei do meu quarto e me troquei. Bom, não adiantaria de nada discutir com ele, e, sendo honesta, eu nem queria. Sinceramente, Keisuke era o único capaz de me distrair o suficiente de toda essa merda que tinha se tornado minha vida, então eu não iria protestar.
-O que a gente vai fazer?- eu perguntei arqueando uma sobrancelha antes de aceitar a mão estendida dele e me sentar atrás de Keisuke na moto. Passei os braços ao redor da cintura dele e suspirei, o abraçando com força.
-Não é da sua conta.- ele retrucou. Revirei os olhos, o dando um beliscão, fazendo ele reclamar e eu rir.
Não protestei mais, apenas me agarrei a Keisuke, desejando imensamente que as coisas continuassem assim, simples. Mesmo que eu sentisse que não demoraria muito para tudo virar mais um caos em nossas vidas miseráveis. Mas, pelo menos... Pelo menos eu tinha Kei comigo e isso bastava.
Fechei os olhos e suspirei. Não posso dizer que nossas vidas sempre foram calmas e pacatas, porque seria uma puta mentira. Acho que calma é a última coisa que minha vida foi, e isso graças aos meus pais que sempre fizeram questão de deixar tudo uma merda do caralho.
Kazutora e eu passamos tanto, tanto tempo sozinhos, tendo apenas um ao outro nos piores momentos. Mas... Isso mudou. Na verdade, muita coisa mudou, e apesar de tudo, eu era grata a essas mudanças.
Kisaki podia ser um merda do caralho e estar arranjando formas de destruir nossas vidas, mas ele não venceria. Ele tinha tentado tirar de mim a pessoa que eu amava, então eu mostraria a Kisaki que você não pode mexer com um membro da Toman sem se fuder no processo.
Keisuke parou a moto e eu franzi o cenho enquanto me afastava dele e descia. Então, me virei para olhar meu namorado e dei risada.
-Você deveria ter avisado que ia me trazer na praia, não acha não?- eu falei arqueando a sobrancelha e ele deu de ombros, vindo até mim e segurando minha mão na dele.
-Acho que ver seu sorriso surpreso valeu muito mais a pena.- ele comentou, passando a mão pela minha bochecha e eu sorri que nem uma idiota. Porque eu não conseguia ser outra coisa que não uma trouxa apaixonada quando estava perto de Keisuke, e tudo o que mais queria no mundo era ficar para sempre com ele. -Vamos.
Ele me puxou para dentro da praia e eu não pensei nem duas vezes antes de tirar o tênis e deixar que meus pés entrassem em contato com a água gelada do mar. Dei um longo e pesado suspiro, fechando os olhos enquanto sentia a brisa suave bater contra meu rosto, bagunçando meu cabelo que já estava consideravelmente comprido.
-Você me conhecê tão bem que me assusta.- eu brinquei, abrindo os olhos para fitar os dele. Keisuke deu risada, me puxando para perto dele e beijando meus lábios com leveza e carinho. -Eu amo você.
-Também amo você, Akemi. - ele falou, enroscando os dedos nas mechas do meu cabelo e eu fechei os olhos para aproveitar o carinho.
Me aproximei mais de Keisuke, me inclinando para grudar a boca na dele. Keisuke riu, descendo as mãos pelas minhas costas e me puxando para si, aproximando nossos corpos. Eu levei a mão até o cabelo dele, o puxando para mim e aprofundando aquele beijo, deixando que minha língua percorresse a dele com calma.
Quando estávamos ambos sem ar, Keisuke se afastou, segurando meu rosto em suas mãos e sorrindo para mim daquele jeito carinhoso que sempre fazia meu coração bater um pouquinho mais forte. Deus, como eu o amava, o amava tanto que às vezes era até difícil de respirar.
-Obrigada por ser o melhor namorado do mundo.- eu disse abraçando o pescoço dele e Keisuke arqueou a sobrancelha, o sorriso crescendo ainda mais nos lábios.
-Nem parece que você me xinga de desgraçado infeliz e maldito todo dia.- ele zombou, enrolando uma mecha do meu cabelo no dedo. Revirei os olhos, o empurrando de leve.
-Você é um maldito, mas também o amor da minha vida.- eu disse dando de ombros e ele deu risada antes de me apertar com força contra si, até que eu reclamasse. Ainda assim, Keisuke não me soltou e eu nem me importava, não de verdade. Estar assim, pertinho dele, grudada com ele, era a única coisa que importava.
-Eu te amo.- ele disse me apertando e eu sorri, me inclinando e o beijando de novo e de novo. -Você quer tomar sorvete?
Eu abri um sorriso ainda maior. De fato, Kei me conhecia bem até demais.
-Depende, você vai pagar?- eu zombei e ele revirou os olhos, me dando um beliscão de leve.
-Eu sempre pago mesmo.- ele resmungou e eu ri, abraçando a cintura dele.
E, pelo menos naquele dia, não me preocupei com Tenjiku, Toman ou minha mãe. Porque tudo o que importava era que Kei estava ali, comigo, e estávamos bem e felizes. E isso bastava.
Boa tarde meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Eu ia escrever um cap todo pow pow, mas decidi fazer um bem fofinho porque neh, aniversário do Baji, de tristeza já basta ele tá morto k
Espero que estejam gostando!
Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana
Data: 03/11/21
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