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Fourteen

-É véspera de Ano Novo, sério que você quer ficar largada no sofá vendo televisão?- minha madrinha repreendeu pela terceira vez no dia. Eu apenas a ignorei, apertando a almofada contra o peito. Sinceramente, eu não queria sair de casa! Mesmo que as coisas tivessem dado certo e isso me deixasse feliz, ter brigado com Kazutora tinha acabado com meu ânimo de sair de casa. Porra, ele literalmente me largou e foi passar o Ano Novo sozinho. Puta cuzão! -Akemi, seus amigos todos já ligaram umas três vezes cada!

-Porra, eu não quero sair. - eu falei meio revoltada. -Só quero ficar na minha, quieta, vendo filmes péssimos de romance.

-Ah, puta que pariu! Desisto. Tô saindo. Feliz ano novo depressivo pra você, beleza?- ela disse, pegando as chaves encima da mesa e saindo. Eu bufei.

Eu estava cansada, estressada e irritada com Kazutora. Não estava afim de sair, ter que me arrumar e sei lá. Não era algo que eu costumava fazer nem quando estava de bom humor. Eu odiava datas assim, como está. Só me fazia lembrar do quão patética minha vida sempre foi, do quão sem família eu fui a vida toda. Quer dizer, claro, eu tinha meu irmão, mas cadê o desgraçado agora?

E só pra melhorar meu dia, estava sem celular porque o otário do Inupi tinha quebrado o meu. E não tinha me comprado um novo. Ainda, tudo era questão de tempo. Ele tinha me emprestado o dele, pelo menos! Mas eu que não ia ficar com a porra do celular do Inupi, então devolvi para o infeliz. Ok, se eu for ser sincera, Inupi e Koko podem ser dois imbecis irritantes, mas até que eu gosto deles.

Eu nem deveria estar pensando nisso, mas... Não conseguia parar de pensar no futuro. No como eu desejava que ele tivesse mudado. Que as coisas estivessem melhores agora. Porra, era pedir demais? Droga. Eu estava começando a surtar de novo. Como Takemichi aguentava? Como aguentava carregar todo aquele peso, praticamente sozinho? Mesmo que Chifuyu e eu soubéssemos toda a verdade, era diferente de saber e viver aquilo. Deve ser difícil para Takemichi estar aqui vindo de uma outra época, deve ser difícil para ele ver tudo isso acontecer, deve ser difícil saber que se ele não tomar uma atitude, todos nós vamos nos fuder.

Passei a mão pelo rosto com força; odiava quando começava a pensar nisso e fritava meu cérebro com aquilo. Me incomodava pra cacete! E esse último futuro que Takemichi tinha dito... Porra, que bela merda, viu? Espero que isso tenha mudado. Tipo, oi? Eu e Mitsuya nem combinamos!

Eu sei, eu sei. Por mais que a gente queira acreditar que um amor que você vive na adolescência pode durar para sempre, as chances disso rolar são bem baixas (alguém avisa o Hanagaki por favor), mas eu posso sonhar, né? Posso desejar que meu futuro seja com o Kei, não posso? Porra, vida cruel, é pedir demais por isso?

Afundei a cara no travesseiro, irritada. Meu Natal tinha sido um pesadelo e o Ano Novo estava sendo um inferno.

Foi ai que senti uma mão se fechando no meu ombro. Dei um grito e me sobressaltei, caindo do sofá, meu coração indo parar na garganta. Apenas para me deparar com meu namorado me olhando meio horrorizado.

-Como você entrou aqui? Quer me matar do coração? Porra, Keisuke, não sabe bater na porta? Cacete!- eu disse com a mão sobre o peito, tentando me acalmar. O desgraçado quase me deu um ataque cardíaco de presente!

-Desculpa.- ele disse, rindo, e me levantou com facilidade. Fiz uma careta. -Sua madrinha me deixou entrar.

-Tá aqui porque?

-Caralho, você é grossa, hein? Tô aqui pra você não ficar sozinha, mas sabia que eu devia ter ido sair com o Chifuyu. - ele disse e eu torci meu nariz.

-Você é um ridículo. - eu resmunguei cruzando os braços. -Vai lá com o Chifuyu então!

-Você sabe que eu vou mesmo, então melhor não me testar, Akemi. - Keisuke disse sorrindo. Eu bufei e me sentei no sofá, voltando a olhar para televisão. Mesmo que a presença de Keisuke fosse o suficiente para tirar toda minha atenção.

Ele sentou do meu lado e enfiou uma almofada na minha cara, o ridículo. Eu estava preparada para enfiar um soco em Keisuke, mas ele deitou no meu colo, me fazendo apenas bufar em irritação. Levei a mão até o cabelo dele.

-Porque você tá puta da vida, hein?- ele disse.

Eu suspirei e enrolei o cabelo dele no meu dedo. Eu não sabia exatamente como explicar toda a merda rondando minha mente, sinceramente. Era coisa demais. Porra, eu tinha quinze anos. Keisuke segurou meu pulso, me fazendo parar.

-Para.- ele disse me olhando seriamente. -Você só faz isso quando tá nervosa. Que foi?

-Ai, Keisuke, sei lá!- falei me soltando dele e cruzando os braços. Ele me olhou feio. Keisuke segurou minha mão e a levou de volta ao cabelo dele. Como sou uma otaria, voltei a mexer no cabelo dele. -Eu só odeio essa época do ano. Eu odeio me sentir sozinha, mas também não consigo ficar perto das pessoas. Sei que ter partido naquela época depois que Kazutora foi preso foi uma escolha minha. Mas só piorou tudo. Eu passei Natal e Ano Novo completamente sozinha. Eu nunca tive família de verdade, mas eu tinha meu irmão, porra. Sei lá. As vezes sinto que ele ainda tá muito distante de mim.

Kei se sentou e me puxou para perto de si. Suspirei e passei os braços ao redor da cintura dele, o abraçando com força. Pelo menos eu tinha ele. Pelo menos Keisuke ainda estava do meu lado, apesar de todas as merdas que eu tinha feito com ele. Kei passou a mão pelo meu cabelo e eu fechei os olhos com força.

-Ele só precisa de tempo. - Keisuke disse, por fim. Eu resmunguei. -Não foi fácil. Tudo o que aconteceu. Na verdade, ainda não é.

Eu sei. Sei bem disso. Sei que Kazutora e Keisuke carregam a mesma culpa, sei o buraco que isso causou na vida de Mikey. Porra, se eles tivessem apenas dado um cartão de aniversário... Tudo seria melhor!

-Sei que eu fiz merda, mas...

-Akemi, isso é passado. - Keisuke disse me puxando para que eu o olhasse. -Muita coisa rolou desde então. Porra, você não, sei lá, pensou que talvez ele esteja te evitando porque ainda se sente culpado por quase ter te matado?

Fiz uma careta.

-Mas eu perdoei ele!- protestei. Keisuke suspirou. -Vocês meninos são muito complicados.

-Olha quem fala. - ele zombou. -Ainda não esqueci que você foi se meter em problema com a Black Dragons. E sem mim! Consideração zero.

-Ridículo. Você é ridículo, Keisuke. - eu falei dando um tapa na nuca dele. Keisuke me olhou feio e eu ri. 

Segurei o rosto dele em minhas mãos e o beijei. O beijei com calma, a língua deslizando pela dele enquando Keisuke subia as mãos pelas minhas costas e eu o puxava para mais e mais perto de mim.

Era impressionante o como Kei sempre aparecia no momento certo, quase como se ele soubesse quando eu estava a beira de um colapso. Eu o amava tanto que sequer era capaz de descrever.

E era por isso que eu queria tanto que o futuro mudasse. Era por isso que eu queria... Que tudo entre nós pudesse estar bem no futuro. Porque se não tivesse... Eu não sabia se ia suportar isso.

Então tudo o que eu podia fazer era sentar e rezar para que as coisas se acertassem. E que nossos esforços tivessem sido suficientes.

Data: 21/08/21

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