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Eight

Dois anos e meio atrás

O dia estava chato. Eu tinha brigado com Kazutora, então não quis sair com ele e os meninos quando eles apareceram. Eu simplesmente me enfiei no quarto e bati a porta, esperando até que fossem embora. Ainda tive que escutar os idiotas perguntando se eu estava "naqueles dias". Meninos idiotas, não sabem nada sobre mulheres! Eu deveria ter saído do quarto e batido em todos, mas estava com minha cabeça explodindo de dor. Odiava discutir com Kazutora, mas as vezes ele era irritante demais. Tudo bem. Fazia parte. Eu já sabia muito bem como lidar com isso e com situações como essa. Não significava que eu gostava de brigar com ele. Eu suspirei e afundei o rosto no travesseiro. Meu estômago estava roncando, mas eu não queria ir até a cozinha buscar algo para comer, apesar de saber que os meninos já tinham saído, há alguns minutos. Com um suspiro pesado, rolei para fora da cama e me levantei. E, quando saí do quarto, dei um grito.

-Keisuke, porque está aqui como um esquisito?- eu disse, o coração batendo na garganta graças ao susto que esse maldito me deu. Ele deu um sorrisinho e cruzou os braços.

-Ei, Kazutora disse que você não estava bem, então fiquei para ter certeza que você não ia, sei lá, morrer.- ele disse. Torci o nariz e revirei os olhos.

-E Kazu nem quis comprar briga com você por querer ficar perto de mim?- zombei. Ele deu de ombros.

-Ele estava mais ocupado reclamando da vida.- Keisuke respondeu me seguindo até a cozinha. Eu resmunguei.

-Quer comer?- eu perguntei olhando Baji. Ele apenas deu um passo na minha direção, tirando a panela que eu tinha pego da minha mão.

-Eu pensei que, sei lá, a gente podia ir tomar sorvete.- ele disse e eu sorri.

-Você vai pagar, é?- eu disse e ele fez uma cara de quem já estava se arrependendo da decisão. Eu dei risada. -Estou brincando, Kei. Tá bom, eu prefiro mesmo sorvete.

Eu voltei para o quarto apenas para colocar meu tênis e voltei rápido para sala onde Keisuke me esperava. Nós não falamos nada enquanto saíamos juntos e iamos em direção a moto dele. Ai que me dei conta que nunca tinha andado de moto com ele. Eu já tinha andado com todos os meninos, mas nunca com Baji. E, por algum motivo, pensar em ficar tão próxima assim dele já me deixava em pânico. Por Deus, eu era patética. Ele subiu e me encarou, franzindo o cenho para mim.

-Vai ficar ai me olhando, Akemi? Vem logo.- ele reclamou e eu bufei. Porque eu tinha ficado nervosa mesmo? Garoto irritante e insuportável, é isso que Keisuke Baji é.

Eu me ajeitei na parte de trás e fiquei sem saber como me segurar ali. Eu deveria me apoiar nele? Segurar nele? Ai, droga, porque estou tão nervosa?

Keisuke se virou um pouco, me olhando como se eu fosse idiota. Eu o olhei com raiva e ele revirou os olhos com irritação, pegando minhas mãos e as passando ao redor de sua cintura. Quase desmaiei com aquela proximidade. Eu conseguia sentir os músculos dele por baixo da camiseta fina que usava. Ai meu Deus, eu vou desmaiar.

-Quer cair da moto? Me segura com mais força, caramba.- ele reclamou e eu fiz uma careta, mas me aproximei até meu corpo estar colado no dele.

Tentei não pensar muito no calor do corpo dele contra o meu conforme ele dava partida e ia para as ruas. Tentava não pensar no como estar perto dele fazia eu me sentir estranha, de uma forma engraçada. O vento batendo no meu rosto e fazendo o cabelo balançar ajudava a me distrair o suficiente. Eu dei um longo e pesado suspiro e fechei os olhos. Porque estou tão preocupada e nervosa? Baji é meu amigo. Ele não se importa. Eu também não deveria estar surtando por qualquer coisa. Então, me inclinei um pouco para frente e deitei a cabeça nas costas dele, minha bochecha pressionada contra a camiseta de Keisuke. Ele ficou tenso, o que achei bem engraçado, mas não disse nada. Provavelmente estava imaginando as mil e uma formas que Kazutora ia bater nele se visse nós dois assim, juntinhos. Honestamente, não dou a mínima. A sensação que eu estava sentindo naquele momento... Era algo bom. Algo que não tinha sentido antes com mais ninguém.

Baji nos levou para a sorveteria de sempre. Eu já estava sonhando com o como eu ia me encher de sorvete e depois voltar para casa e dormir feliz quando entramos e demos de cara com os meninos. E eles estavam olhando para gente. Ah, sério? Estavam com sorrisinhos idiotas no rosto, e nem tinham falado nada, mas conhecia bem os imbecis para saber o que estavam pensando naquele momento, me vendo chegar junto com Keisuke.

-Ah, só pode ser brincadeira. - Baji murmurou, irritado. Provavelmente mais para si mesmo do que para mim, mas não importa.

-Ei, vocês dois estão tendo um encontro?- Mikey perguntou, lambendo a colher. Eu engasguei com a saliva e Keisuke começou a gaguejar.

-Claro que não, de onde você tira essas coisas idiotas, Manjiro?- eu disse irritada.

-Você está muito na defensiva, Mimi. - Mitsuya provocou. Nossa, sério, eu amava Mitsuya, mas ele era um belo filha da puta.

-Calem a boca.- Keisuke disse, desviando o olhar e cruzando os braços. Ele estava... Sem graça?

-Certo, se não é um encontro, porque chegaram juntinhos, hein?- Draken perguntou com um sorrisinho.

-Eu estava com fome.- eu respondi antes que Keisuke pudesse falar algo. -Pedi para o Keisuke me trazer aqui já que ninguém mais presta para algo.- não tinha sido exatamente isso, mas não era da conta deles. -Cuidem de suas vidas, que inferno!

-Não precisa se estressar, Keke.- Kazutora disse, olhando atentamente para mim e para Baji. -Vem, senta aqui com a gente.

-Não.- eu disse. Eles todos me olharam chocados.

-Não?- os meninos falaram em coro.

-Não mesmo?- Baji perguntou. Torci o nariz.

-Não! Vou pra casa. - eu disse. Minha cabeça já estava começando a doer de novo. -Não tô no clima, não tô afim.

-Ei, a gente estava só brincando!- Mikey disse. Eu fiz um gesto de tanto faz e virei de costas para eles. Me virei para Baji.

-Você me leva de volta?- eu pedi. Eu realmente não queria voltar a pé. Nem sozinha, para ser bem sincera. -Por favor?

-Claro, né, Akemi. Você não precisa pedir.- ele disse meio baixinho e me seguiu para fora.

A gente fingiu que não conhecia os idiotas gritando atrás que formariamos um belo casal. Eu estava queimando de vergonha quando chegamos na esquina onde ele tinha parado a moto. Porque eu não tinha amigos normais, que viam uma garota e um garoto juntos e não ficavam agindo como um bando de retardado? Keisuke apenas se apoiou contra a moto e me olhou, também meio sem jeito.

-Foi mal, não sabia que eles iam estar aqui. E que iam agir assim.- ele disse, desviando o olhar. Eu dei risada.

-Tudo bem, não importa. Eu só queria entender porque eles só ficam agindo assim quando sou eu e você que estamos juntos. Ninguém me zoa com o Mikey, com o Draken, com o Mitsuya, com o Pah. É literalmente só com você.- eu disse e torci o nariz. Keisuke desviou o olhar e começou a ficar vermelho. Ah, ai tem! Eu cruzei os braços e o dei um chute de leve na perna para que ele me olhasse. -Desembucha, Keisuke, o que você disse pra eles?!

-Hã? Eu não disse nada!- ele protestou, irritado. E completou, baixinho: -Só que talvez eu goste de você.

-Hein? Fala mais alto, eu não escutei nada!- eu disse. Será que tinha escutado certo? Não podia ser. Meu coração deu um salto, mas mandei se acalmar e parar com aquilo, que inferno! Eu não podia ficar com falsas esperanças assim.

-Eu disse que talvez goste de você!- ele gritou e depois arregalou os olhos. Abri a boca uma, duas, três vezes, mas nada saiu. Apenas fiquei olhando para os olhos de Keisuke, para o cabelo negro que ele estava deixando crescer.

-Bem, que bom. Eu sou sua amiga, né? Seria meio triste se você não gostasse.- eu disse torcendo o nariz. Keisuke deu um tapa na própria testa, como se não estivesse acreditando no que estava escutando. Fiz uma careta.

-Não, sua idiota! Eu quero dizer que eu gosto de você, não só como amiga!- ele disse.

Ah. Ah.

Bem, que legal. Acho que é legal, né? Não sei o que dizer. Não sei lidar com isso, afinal, nunca precisei. Os garotos da minha escola me odiavam, então nunca tive que passar por uma situação dessas, com alguém se declarando para mim. Todo mundo diz que dar um fora em alguém é horrível, a coisa mais complicada que você pode fazer. Mas será mesmo? Porque, eu gosto de Keisuke também (não que eu vá admitir isso para alguém, e se perguntarem eu falo que isso é loucura), mas não faço a menor ideia do como falar isso. Nem do que fazer. E ele ficou ali, me olhando, com aquela cara de cachorro sem dono e eu estou oficialmente condenada. Porque nunca me apaixonei antes, e ele é a primeira pessoa. E eu, honestamente, não sei lidar com isso. O que as pessoas fazem a seguir? O que fazem quando se gostam? O que é namorar? O que é gostar de alguém? Ok, talvez eu esteja surtando e entrando em pânico.

-Akemi? Você não vai falar nada?- ele perguntou meio magoado. -Eu preferia que você me xingasse, me batesse como sempre ou sei lá, mas ficar em silêncio é meio merda, sabia?

-Cacete, Baji. Me deixa pensar por dois minutos, beleza?- eu falei irritada. Porque eu gostava dele, afinal? Ele é irritante!

-Se você gosta de outra pessoa, beleza. Não tô nem ai. Se não gosta de mim, ok. Também não tô nem ai. - ele disse cruzando os braços e virando a cara para mim. Eu bufei com irritação. Só essa atitude dele já dizia que ele se importava sim.

Dei um passo na direção dele, ficando de frente para Keisuke, e segurei o rosto dele com força nas minhas mãos para que ele me olhasse.

-Para de ser um idiota! Eu não gosto de ninguém!- eu falei. E pela cara que Keisuke fez, percebi que tinha dito a coisa errada. Ele começou a se afastar de mim. -Espera, não foi isso que eu quis dizer!

-Não me importo. Eu não deveria ter falado nada. Tipo, você já deixou bem claro que não gosta de mim, que só me suporta. Vive me xingando, me batendo. Já me chamou de insuportável milhares de vezes. Eu realmente não deveria estar surpreso. Eu nem devia ter dito nada!

Ele começou a falar e a falar e eu entrei em pânico. Tipo, pânico real mesmo, porque ele achava que eu não gostava dele e eu gostava sim! E muito. Acho que por isso eu segurei o rosto de Keisuke com força, mas dessa vez não para que ele me olhasse. E ai, aproximei meu rosto do dele e o beijei. Tipo, eu nem sabia o que estava fazendo. Apenas tinha visto outros adolescentes fazendo e achei que era assim que fazia, né? Você fazia isso quando gostava de uma pessoa, né? Não sei o que deveria fazer, mas meus lábios encostaram nos dele e Keisuke parou de falar, de se mexer, de respirar. Eu me afastei dele e ele nem piscava de tão chocado.

-Para de me olhar assim!- eu disse, começando a ficar vermelha. Dei um murro no braço dele. -Desculpa, não devia ter feito isso.

-Devia sim!- ele retrucou.

Nós apenas nos olhamos por alguns instantes e ai ele começou a rir, ou fui eu que comecei a rir? Não importa, porque estávamos ambos rindo. Por Deus, como éramos idiotas! Sempre complicavamos tudo entre nós.

-Eu não te acho insuportável, Kei.- eu disse baixinho, olhando para meus pés. -Só irritante.

-Olha quem fala.- ele disse com sarcasmo, mas esticou a mão e pegou a minha. Não dava para ignorar a eletricidade que eu senti quando ele me tocou. -Namora comigo?

Eu dei risada.

-Meu irmão vai te matar.- eu disse e ele revirou os olhos.

-Posso lidar com seu irmão.

Eu apenas balancei a cabeça e sorri. Como eu diria não para ele? Caguei se sou muito nova, se não entendo nada de relacionamentos. Gostar dele deveria bastar, certo? E era isso que importava.

Data: 05/08/21

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