Capítulo III
Marinette acordou do mesmo jeito.... Tendo o pesadelo de sempre....
Suspirou e olhou para o relógio, eram 5:00. Se xingou mentalmente por não ter dormido muito. Foi para o banheiro, fez sua higiene matinal e tratou de se arrumar bem rápido. Pegou sua bolsa e trancou o apartamento. Queria organizar e colorir sua casa hoje, mas tinha de conseguir mais dinheiro antes, afinal tinha estourado tudo o que possuía ontem, comprando os móveis (que chegariam hoje à noite) e pagando a matrícula da faculdade.
Chamou um táxi e deu o endereço do seu novo trabalho. Chegou em frente ao local pensativa, ela precisava urgentemente tirar uma carteira de motorista, os taxistas cobravam muito caro, e ela já estava com pouco dinheiro, não podia se dar ao luxo de ficar andando pela cidade em carros confortáveis. Saiu de seus pensamentos entrando na loja.
Marinette: Olá?
Fu: Ah, olá Bridgette! Que bom que veio hoje, mas não chegou muito cedo meu bem?
Marinette: Desculpe por isso, é que.... Eu estava empolgada para começar o trabalho.
Fu: Isso é ótimo, mas precisa descansar direito! – Fu viu a garota ficar um pouco abalada e decidiu mudar de assunto – Bem, que tal experimentar seu uniforme?
Marinette: Uni...forme? Pensei que eu poderia usar minhas roupas normais...
Fu: Bom querida, fica mais organizado assim sabe, por quê? Tem algum problema?
Marinette: O quê?! Ah claro que não! Só fiquei um pouco surpresa!
Fu: Tudo bem então. Acho melhor você ir se arrumar, vou abrir a loja daqui a 30 mim. O uniforme está no armário. – a azulada concordou com a cabeça e se direcionou ao vestiário.
Chegando nos armários, ela logo percebeu que de 10 apenas um estava aberto. Logicamente aquele seria o seu. Abriu-o eufórica, porém assim que se deparou com a roupa que teria de usar perdeu toda a confiança que tinha, era uma roupa de empregada com laços rosas e tons de preto e branco.... ELA NUNCA COLOCARIA UMA ROUPA DAQUELAS!
Respirou fundo, mesmo que achando o Sr. Fu tinha um gosto peculiar para roupas, precisava encarar aquela situação de maneira madura. Além do mais, precisava daquele emprego, e daria muito trabalho procurar por outro. Vestiu aquele look absurdo, tomou coragem e saiu do vestiário.
Marinette: P-Pronto – Ela observou o velho a olhar de cima para baixo.
Fu: Você ficou adorável! Realmente combina com você – Ela corou e tentou não gaguejar em resposta, mas falhou.
Eles ficaram algum tempo conversando, o senhor passava informações que seriam muito úteis a menina enquanto nenhum cliente chegava. Minutos depois Mari ouviu o sino da porta tocar, rapidamente correu para ela e disse docemente:
Marinette: Bem vindo – Seu sorriso desapareceu dando lugar a uma expressão surpresa – Você?
Adrien: O-Olá – O loiro tentava ao máximo não parecer envergonhado, mas era impossível. Sua boneca de porcelana estava mais encantadora do que já era com aquela roupa delicada e fofa. – Parece uma empregada.... – Ele a viu ficar irritada – U-Uma empregada muito fofa – Ela ainda continuava irritada porém ele percebeu que as bochechas da mesma tinham ficado levemente coradas.
Marinette: B-Bom, o senhor gostaria de uma mesa? – Ele a viu respirar fundo e sorrir.
Adrien: Ah, sim claro. A mais escura possível, por favor. – Ela começou a andar e ele a seguiu – Sabe, não precisa ser tão formal comigo, nos conhecemos ontem e somos quase amigos então – A garota logo o cortou antes que terminasse a frase.
Marinette: Um, não somos amigos e sim conhecidos! Dois, estou no trabalho, então mesmo se estivesse atendendo meu avô eu o trataria da mesma maneira que estou o tratando – Assim que percebeu que deixou o rapaz sem graça, Mari logo se arrependeu de ter aberto a boca. Mas o que ela podia fazer? Não conseguia controlar sua língua afiada – M-Me desculpe pela grosseria, estava de mal humor e descontei em você Sr. Felix – Ela logo percebeu o rosto do rapaz ganhar mais brilho.
Adrien: A-Ah tudo bem, eu sei que também não fui nada profissional. Como sabe meu nome? – Ele sabia o porquê, mas gostava de ouvir a voz da garota.
Marinette: Eu escutei da vez em que o Sr. Fu o chamou e memorizei – Ela sorri – Não consigo evitar, gravo tudo o que escuto.
Adrien: Isso é uma bela qualidade não acha? – Ele vê a garota novamente corar e lhe mandar outro de seus encantadores sorrisos.
Marinette: O que gostaria de pedir? – A azulada estava confusa, não sabia o porquê... Mas os olhos do garoto a lembravam de um certo alguém que possuía orelhas de gato. Ela não sabia dizer o que estava havendo, ele parecia extremamente familiar, sua presença era muito nostálgica... Mas não importava o quanto se esforçasse para lembrar, nada vinha na cabeça...
Adrien: Acho que uma porção de panquecas e um copo de suco de morango. – Ele observou a menina contorcer o rosto e deu uma leve risada – Desculpe, é que vi você pedir isso da vez anterior e pensei em experimentar – Ela sorri, ah como ele adorava olhar cada traço de seu rosto suave e delicado....
Marinette: Quer dizer que nunca comeu panquecas também? – O loiro concorda com a cabeça – Você vai adorar! E só pra esclarecer, daquela vez eu pedi suco de laranja, então se quiser uma recomendação... – Ele sorri, ficou feliz da azulada começar a falar com ele normalmente, sem toda aquela formalidade, mesmo que ela não tenha percebido.
Adrien: Você que manda – Mari deixou escapar uma leve risada, anotou o pedido e foi em direção a cozinha, sentindo um olhar galanteador pesando sobre seu corpo, o que curiosamente a deixou envergonhada.
Voltou já com o pedido do rapaz, pousou a badeja e o colocou sobre a mesa:
Marinette: Bom apetite, Felix – Antes de se afastar, sentiu seu pulso ser segurado por uma mão estranhamente familiar – O-O que foi? P-Precisa de mais alguma coisa? – Por que diabos ela estava gaguejando?!
Adrien: Será que você não poderia me fazer companhia? – Ele fica contente ao perceber que tem tanta influência sobre sua princesa (diz isso por que Mari estava novamente corada).
Marinette: E-Eu até gostaria, mas estou em horário de trabalho e – De repente ela vê o rapaz olhar para algo atrás dela e sorrir.
Fu: Bom Sra. Bridgette, por que não aproveita para relaxar um pouquinho? Algo me diz que o movimento de hoje será agitado, porém como está muito cedo, acho que você vai ter tempo para algumas coisinhas antes, certo? – Ela sorri para o senhor e senta em frente ao par de olhos esmeraldas.
Marinette: Bom, você venceu.... Por que não as experimenta? – Aponta para as panquecas.
Adrien: Ah, ok – Ele colocou um pedaço na boca logo se deliciando com aquele gosto, era tão doce e macia. De repente percebeu que a garota o olhava com brilho nos olhos – Quer um pouco?
Marinette: A-Ah, n-não. Desculpe se estava encarando muito.... G-Gostou? – Ela observou o rapaz arquear uma das sobrancelhas, estava curiosa para saber o que ele faria – O-O que foi? – O loiro estendeu o garfo com um pedaço do doce em direção a boca dela.
Adrien: Eu sei que você quer um pedaço, não precisa negar.... Vamos, diga “ahhh” - Viu a garota corar violentamente – Se você não abrir a boca vai se sujar – Dizia enquanto aproximava cada vez mais o garfo daqueles lábios rosados e carnudos.
Marinette: A-Ahhh – Ela se aproximou e pegou o pedaço do doce, depois se afastou com as bochechas consequentemente vermelhas.
Adrien: Viu, eu não mordo Sra. Bridgette. – Ele percebeu a expressão envergonhada da garota dar lugar a uma confusa.
Marinette: Como sabe meu nome? Não me lembro de ter dito para você – “Droga”, Adrien tinha esquecido que quem sabia o nome da azulada era Chat Noir, não ele...
Adrien: A-Ah.... É-É que…Eu ouvi o Sr. Fu chamá-la por esse nome a pouco tempo... – Agradeceu por ter pensado em uma desculpa boa tão rápido – Você esqueceu sua bobinha?
Marinette: É mesmo né?
Eles conversaram por alguns minutos. Mari percebeu que Félix não era nem um pouco parecida com Chat Noir. Ao contrário dele, o rapaz não era malicioso ou audacioso, era calmo e atencioso. A única coisa que tinham em comum além da coloração do cabelo, eram os olhos felinos, os quais encantavam a garota e a faziam soltar suspiros.
Adrien observou a moça se levantar e começar a atender os clientes que chegavam. Percebeu o quão gentil e doce ela era. Assim que o local começou a encher, o rapaz tratou de colocar os óculos escuros e o boné. Normalmente ele iria embora, porém decidiu ficar mais alguns minutos para observar sua princesa.
Ouviu o sino da porta tocar novamente, atentou-se para ver quem era “Espere.... Esse cabelo ruivo... Será que é o....”
Fu: Nathaniel! Como vai meu jovem?
Nathaniel: Vou bem, e o senhor? – Diz o rapaz sorrindo docemente.
Fu: Estou ótimo, principalmente agora que ganhei uma garçonete! Espere que eu vou chamá-la – O senhor se afasta e chama por um nome ao qual o ruivinho não consegui escutar direito.
Fu: Querida, esse é um amigo meu,
Nathaniel. – O garoto paralisa, a menina era incrivelmente bela, cabelos escuros como a noite e olhos claros como o dia.... Tão linda que ofuscava a beleza de qualquer um ao seu redor.
Marinette: Olá, é um prazer conhecê-lo Sr. Nathaniel! – Ela sorri calorosamente, o que o faz corar violentamente.
Nathaniel: P-Por favor me chame de Nath, como se chama?
Marinette: Bridgette. Gostaria de uma mesa? – Ele concordou com a cabeça e seguiu a garota com cheiro de cereja...
Assim que se sentou tratou de tirar seus materiais de trabalho da bolsa e pôr a mão na massa, afinal depois de encontrar uma musa, sua cabeça não parava de produzir ideias. Estava tão entretido com o caderno e lápis na mão que se esquecera totalmente que uma bela jovem estava parada a sua frente o observando.
Marinette: Gostaria de pedir alguma coisa Sr. Nath? – Ele corou violentamente, como uma garota que acabara de conhecer poderia lhe causar um aperto tão forte no coração?
Nathaniel: A-Ah, s-sim claro... Gostaria de uma torta de limão e um capuchino. – Nathaniel absorvia cada traço da menina enquanto ela anotava seu pedido.
Marinette: Bom, volto já com seu pedido. – Acompanhou a moça com o olhar enquanto ela se afastava. De repente sentiu como se estivesse sendo fuzilado por alguém. Procurou atentamente pelo lugar. Observou uma mesa bem escura no canto perto do balcão. Sorriu friamente, reconheceria aquele chapéu idiota em qualquer lugar, afinal quem o desenhou foi ele…. Adrien... O garoto deu sinais ao loiro para que percebesse que já tinha sido descoberto, o viu sorrir do mesmo modo.
Ele não odiava, simplesmente sentia mágoa por ele. O ruivo já teve o azar de trabalhar como assistente de seu pai, Gabriel Agreste, um dos mais prestigiados, e exigentes, designs de moda do mundo. Adrien e Nath eram bons amigos, porém quando o loiro sem querer estragou uma das criações do pai o colocou a culpa nele, foi o bastante para Gabriel o demitir sem arrependimentos. Desde aquele dia decidiu que nunca mais falaria com Adrien de novo, se ele era aquele tipo de pessoa então seria melhor manter distância. Deixou isso de lado e começou a esboçar um modelo de um bolo inspirado em sua musa.
Estava tão concentrado em sua obra que nem percebeu uma certa pessoa se aproximar.
???: Nossa, você é incrível!
Nathaniel: H-Hã?! – O rapaz se atentou para a garota com a voz aveludada.
Marinette: Eu desenho um pouco também mas não chega nem perto dos seus esboços! – Ele sentiu suas bochechas arderem com a aproximação repentina da azulada – É um belo bolo, mas acho que ficaria ainda mais encantador se o recheio fosse de morango em vez de amoras azuis – Deixou a vergonha de lado e a encarou com curiosidade – Desculpe a intromissão....
Nathaniel: N-Não tudo bem, p-por que vermelho em vez de azul? – Ele vê os olhos da garota ganharem um brilho maravilhoso.
Marinette: Particularmente... – Ela se aproximou e sussurrou em seu ouvido como se fosse um segredo ao qual ninguém mais poderia saber – Acho vermelho a cor mais bonita que existe no mundo – O ruivo corou intensamente, mesmo que não tivesse sido uma indireta, ele gostava de pensar como se fosse uma – É a única cor que eu não acho falsa...- Ela sorri gentilmente e volta a manter a mesma distância de antes- Aqui está sua torta e seu capuchino - Diz pousando delicadamente o prato e a xícara sobre a mesa – Se me der licença – Ele a observou um pouco mais, até dar atenção a seu lanche.
Adrien estava com os nervos à flor da pele, toda vez que Bridgette atendia qualquer garoto seus olhos faltavam pular do rosto de tanto encarar, mas conseguia se controlar. Pelo menos era o que ele pensava, assim que avistou o ruivo o desconforto começou a surgir, entretanto ele tinha se tornado pior quando ele observou como Nathaniel olhava para a azulada…. Era do mesmo jeito que ele a olhava...
Estava se mordendo para não levantar e puxar sua princesa de perto dele o mais rápido possível.
Ela estava sorrindo a cada cinco segundos!!! O que diabos eles estavam falando?!?!
Ele respirou fundo, assim que percebeu que ela tinha se afastado dele se acalmou, pelo menos não queria mais avançar no ruivo.
Chamou-a o mais alto possível, o que atraiu atenção para ele... Maldição... Agora teria de dar o fora de qualquer jeito, pediu a conta para a garota e tratou de ir embora. Pelo menos tinha um conforto.... Se Adrien não podia admirá-la, outra pessoa faria isso com mais privacidade.... Chat Noir...
______________________________
Olá! Primeira vez que eu começo a falar sem " Caso haja a presença de erros ortográficos...."
Kkkkk
Só vim passar pra dar um oi! Espero que estejam gostando da história!
Aiii gente! Eu sou Marichat e Adrianette, mas acho o Nath TÃO FFOFINHOOO!!!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro