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Capítulo 8 - Kiss Me (Beije-me) - Bárbara

Oh, kiss me beneath the milky twilight

(Oh, beije-me sob o crepúsculo)

Lead me out on the moonlit floor

(Me conduza para fora no chão iluminado pela lua)

Lift your open hand

(Levante sua mão aberta)

Strike up the band and make the fireflies dance

(Faça a banda tocar e faça os vagalumes dançar)

Silver moon's sparkling

(A lua prateada está brilhando)

So kiss me

(Então me beije)

Kiss Me - Sixpence None The Richer

Ele precisava calar a boca.

A última coisa que eu precisava, trancafiada nesse elevador, era que ele começasse a compartilhar comigo suas memórias. Eu já estava enfiada nos meus próprios devaneios, não precisava que ele ficasse lembrando ainda mais, thank you very much.

Mas era difícil. Era tão difícil que eu até gargalhei, pelo amor de Deus. Acho que não tinha soltado nem uma gargalhada desde que tinha pisado nessa terra horrenda. E pronto, era só Rafael dar um sorriso e lembrar de uma história engraçada que me corpo resolvia me sabotar e liberar essa sensação maravilhosa que era rir até sentir falta de ar.

Eu não devia nem estar querendo sorrir na presença de Rafael e subitamente estava até gargalhando. As lágrimas brotavam do cantinho dos meus olhos enquanto eu lembrava do dia seguinte, quando Diretora Markanders praticamente nos arrancou pelas orelhas da sala de aula e nos deu o maior sermão da história do colégio. Ele durou exatamente 48 minutos e 37 segundos, segundo o cronometro do Rafael. Também ocasionou um castigo de exatamente duas semanas para cada um de nós e uma quantidade infinita de gambiarras para burlar esse castigo.

Eu só percebi que Rafael tinha esticado sua mão na minha direção quando a senti no meu rosto. Seus dedos deslizaram lentamente pela minha bochecha, primeiro de um lado e depois de outro, limpando as lágrimas ocasionadas pela minha gargalhada. Parei de rir na hora.

Seus dedos se demoraram na minha bochecha e, ao invés de estar focada em como provavelmente meu rosto agora estava cheio de areia, eu estava novamente mergulhada em lembranças difíceis. Ele me olhava com olhos tímidos, baixando-os e levantando-os para me encarar novamente com frequência, me fazendo lembrar de outra situação, muitos anos antes, na qual ele me lançava o mesmo olhar. O que era apenas ridículo. O que ele estava fazendo? Rafael não tinha olhos tímidos – não mais. Mas seu sorriso, ah seu sorriso. Era também exatamente igual ao daquela noite, debaixo do céu estrelado. Só um cantinho da sua boca estava levantado mas, lentamente, seus dentes começavam a aparecer e, muito em breve, o sorriso se espalharia para a boca toda.

Levantei num salto. Tão rápido que o elevador balançou. Eu ficaria encucada com meu peso ter feito toda aquela comoção, mas a verdade é que eu não conseguia pensar em nada que não fosse a boca de Rafael.

Ele não levantou, o que por si só já foi uma benção. Voltou a apoiar os braços nos joelhos, assumindo novamente sua postura costumeira postura relaxada. Seus olhos, no entanto, continuavam fazendo o caminho do meu rosto para o chão com uma cadência impressionante.

As coisas estavam mesmo saindo de controle com uma rapidez assustadora. O que tinha acabado de acontecer? Me apoiei contra o elevador, sentindo-me fraca. Não queria contestar Rafael naquele estado. Minha voz provavelmente fraquejaria e a penúltima coisa que eu preciso é que ele perceba como aquele pequeno momento tinha me afetado.

Mas por um momento eu pensei... Entende?

Por um momento parecia que éramos adolescentes de novo. Por um momento ele era o menino sorridente, espontâneo e lindo pelo qual eu tinha me apaixonado na escola. Eu achava que esse menino estava morto, entende? Ou melhor, que ele nunca nem tinha existido. Passei a acreditar que aquela versão de Rafael era um completo mito que eu montei na minha cabeça depois que ele se mostrou o completo oposto do que eu pensava, no nosso término.

Mas, mas, mas...

Eu o tinha visto. Naqueles olhos, naquele sorriso, naquele momento.

Eu gritaria, se conseguisse. Como não conseguia, olhei para o teto do elevador, torcendo para aquela lataria me engolir.

— Você lembra, né? — Rafael disse, mas eu não desviei os olhos para encará-lo. — Do meu aniversário.

Eu sacudi a cabeça, sem encará-lo. Não, não, não.

— A gente foi jantar naquele restaurante — ele continuou. — Na beira da praia. Você lembra?

— Rafael — eu tentei. Não tenho certeza se ele ouviu. Minha voz era fraca e fina, mas eu queria que soasse forte e rígida. Eu estava perdida. Perdida. — Pare.

— Não, Bárbara, você lembra? — Ele deu um pequeno sorriso. — Eu só quero saber se você lembra.

Eu olhei para ele, sentindo meu lábio tremer. Ah, pelo amor de Deus, eu não choraria. Eu estava realmente perdida se chorasse. Seria um caminho sem volta. Eu não conseguiria controlar, choraria a droga do tempo todo e Rafael acharia que eu ainda sentia alguma coisa por ele. Alguma coisa que não fosse ódio, pelo menos.

Mas, mas, mas...

— É claro que eu me lembro, Rafael — eu disse, revirando os olhos. Queria que ele pensasse que eu estava achando aquilo tudo um saco. — E tem lá como esquecer?

Ele sorriu. Um daqueles sorrisos típicos.

Meu peito doeu e eu sacudi a cabeça, descrente. Estava perdida. Perdida.

~~~~~~

8 anos antes – Mês de Outubro - Monterey, Califórnia

Rafael estava fazendo dezessete anos. Parecia meio estranho, porque eu ainda tinha quinze mas, na verdade, a estranha era eu. Eu tinha pulado uma série quando era muito novinha e todo mundo que estudava comigo era sempre um ano mais velho que eu. Como Rafael fazia aniversário em outubro e eu em fevereiro, entre esses meses, nossa diferença aumentava. Nós tínhamos nos tornado bons amigos alguns meses antes, quando nossa professora de Química nos colocou juntos em um trabalho. No mesmo dia que eu tinha ligado para ele, para marcarmos sobre o trabalho, ele me chamou para sair.

Fizemos o trabalho de química, convivemos horrores, ficamos ainda mais amigos e saímos.

E nada aconteceu.

Nós tínhamos ido ao cinema e assistimos o filme inteiro, presos em nossas cadeiras e sem a menor ideia do que fazer com nossos braços. Aquele encosto de braço era meu ou dele? Dúvidas que vou carregar para minha vida. Comemos no McDonalds depois do filme, conversando sobre seus acontecimentos. Rafael me levou até em casa e eu senti as típicas borboletinhas no meu estomago. Nunca tinha sentido aquilo antes. Comecei a mexer as mãos, ansiosa. Eu queria que ele me beijasse. Eu tinha passado grande parte do tempo imaginando como seria. Ele tinha uma boca perfeita, um sorriso esplendido e eu estava perdida naquele pacote.

Mas nada aconteceu.

Rafael se despediu sem graça, deu meia volta e foi embora.

Eu fiquei lá parada, sem entender nada, me sentindo a pior pessoa do planeta.

Comecei a achar que, talvez, eu tivesse interpretado errado os sinais. Mas ele continuava dando os sinais. Vivia andando comigo no colégio, sempre me levava até em casa, queria ficar todo tempo que podia ao meu lado. Conversávamos, riamos e estudávamos juntos. Fomos ficando cada vez mais grudados mas, toda vez que eu achava que ele ia finalmente tomar alguma iniciativa, a única coisa que acontecia era um grande nada.

Era frustrante.

Então, seu aniversário chegou. Rafael disse que não queria celebrar, mas é claro que eu não ouvi. Juntei nossos amigos e criei um plano – porque, nessa altura, seus amigos já eram meus amigos e minhas amigas já eram amigas dele. Inclusive, dois amigos nossos já estavam juntos.

Montamos uma festa surpresa para ele no sábado. Na praia. Um luau, na verdade. Até seus pais estavam cientes e me ajudando na armação, mantendo-o ocupado durante o dia. Eu e nossos amigos estendemos grandes tendas brancas para nos proteger de uma possível chuva, montamos uma fogueira discreta, levamos caixas de som e músicas ruins, enfeitamos tudo com balões e eu até fiz a droga de um bolo. Tinha o formato de um mundo, porque nós sabíamos que seu sonho era conhecê-lo por inteiro. Eu só queria conhecer Rafael por inteiro. Tanto que estava até fazendo bolos! Pelo amor de Deus, quando penso me sinto um pouco idiota...

Mas na época era simplesmente esplendido. Cada pequeno passo que eu caminhava em direção a um beijo era motivo para grandes celebrações na minha mente. Verdade seja dita? Se eu quisesse, talvez pudesse ter quase qualquer outro garoto. Eu sabia que me consideravam bonita no colégio. Popular. Mas eu queria aquele.

E ele parecia ser o único que não tinha o menor interesse, apesar de ser meu melhor amigo e ter me chamado para sair.

Quando estava tudo pronto, deixei todo mundo por lá e fui encontrar Rafael. Tinha combinado com seus pais (que claro, a essa altura, eu também já conhecia) que passaria na casa deles perto das sete da noite e convidaria Rafael para jantar. É claro que não íamos jantar em lugar algum, mas sim ir para festa. O plano correu como planejado. Eu bati na porta, ele sorriu, meu coração disparou e, alguns minutos depois, nós estávamos a caminho da surpresa. Seu pai se ofereceu para dar uma carona e Rafael aceitou de bom grado. É claro que eu já tinha combinado tudo com ele também – inclusive já tinha até mostrado onde exatamente ele teria que nos deixar.

Quando entramos no carro, mandei mensagem para Ruth, avisando que estávamos a caminho. Mantive Rafael distraído a maior parte do trajeto, conversando sobre seu dia, dando palpites sobre jogos de futebol (ainda que eu não fizesse a menor ideia do que eu estava fazendo) e tentando fazer minha boca reproduzir palavras que não envolvessem deixá-lo saber como eu queria beijá-lo. Foi só quando seu pai parou o carro e disse que havíamos chegado que ele olhou pela janela. Antes estava completamente absorto em nossa conversa.

— Não estou vendo o restaurante — ele disse, reticente. — Olha, acho que está tendo uma festa.

— Ah, o restaurante do outro lado da rua — eu respondi, me debruçando sobre ele para abrir a porta. Se ele olhasse um pouquinho melhor, reconheceria todos os participantes da festa. — Vamos.

Rafael deu de ombros e saiu do carro. Nossos amigos berraram parabéns no momento que ele parou em pé, do lado de fora. Ele congelou no chão e eu dei uma risada, saindo do carro. Acenei para o pai dele e ele foi embora, rindo consigo mesmo.

— O que é isso? — Rafael perguntou, ainda inerte.

— Uma festa surpresa! — Eu respondi, dando-lhe um abraço sem graça. — Feliz aniversário, Rafael.

Ele afastou o rosto, sem desvencilhar nosso abraço. Seus braços se apertaram na minha cintura e nossos olhos se estudaram com cautela. As borboletas voltaram, fazendo bagunça no meu estomago. Eu aposto que elas estavam cantando beije a moça, de Pequena Sereia.

— Você não cansa de ser incrível — ele disse, inclinando-se na minha direção.

É agora, é agora, é agora.

Seus lábios estalaram na minha testa.

Eu tentei sorrir, mas provavelmente fiz uma careta. O que havia de errado com ele? O que havia de errado comigo? Eu não era tão não-beijável assim!!! Rafael andou na direção dos nossos amigos, me puxando pela mão. Eu fui atrás, escancarando os olhos para Ruth, que estava rindo da minha desgraça.

— Você acha que ele é gay? — Foi o que ela perguntou, quando cheguei perto dela e lhe dei um abraço.

— Ah, meu Deus, tomara que não — eu ri.

Eu sabia que não. O problema dele era comigo, em específico.

A festa foi o maior sucesso. Rafael cumprimentou todo mundo com uma animação que eu não esperava para alguém que dizia que não queria comemorar o aniversário. Nós dançamos, comemos e rimos. Alguém tinha levado bebida contrabandeada sem a minha ciência, mas no final todo mundo bebeu um pouco e não o suficiente para causar estragos. Perto das dez horas, desligamos o som. Não queríamos que alguém chamasse a polícia por causa do barulho, especialmente porque éramos um monte de adolescentes consumindo álcool ilegalmente. As pessoas se dispersaram um pouco, sentando-se em rodinhas e conversando. Alguns casais deitaram na areia, outros estavam começando a se formar em pequenas rodas e eu olhei em volta, procurando por Rafael.

Ele não estava em lugar nenhum.

— Pensando na chance que está desperdiçando — Ruth apontou com a cabeça na direção do oceano. Eu levantei os olhos para seguir sua indicação e avistei Rafael, olhando para o mar, com as mãos enfiadas no bolso da calça jeans. — Vê se você não desperdiça a sua, viu?

Eu sorri, sacudindo a cabeça. Ruth me desejou sorte e eu caminhei lentamente na direção dele. Ora, o que eu falaria? "Olá, te vi aí, fiquei com medo de você pular na água e se afogar?". De certa forma parecia menos pior do que "Olá, te vi aí e te quero, me beija". Eu ri comigo mesma de tamanha idiotice. Rafael não percebeu minha aproximação. Só se deu conta da minha presença quando eu dei um pequeno pulinho, encostando minhas mãos nas suas costas e gritando bu.

Super maturo, eu sei. Me poupe, eu tinha quinze anos.

Ele olhou em volta, confuso e surpreso. Então me avistou e sorriu. Ai, senhor. Era muita tortura. Já tinha sido tortura o bastante ter conversado com ele, abraçado ele e dançado com ele várias vezes naquela noite. Observá-lo sorrir daquele jeito, sob o céu estrelado, com o vento gelado daquele outono balançando seu cabelo, era demais para meu coração. Minhas borboletas estavam em curto.

— Gostou? — eu disse, forçando um sorriso. — Da festa.

— Sim — ele tirou as mãos do bolso e esfregou-as. — Obrigado, Bárbara.

— Você merece — eu dei de ombros, fazendo charme.

— Vou discordar, mas agradeço mesmo assim — ele me olhou pelo canto dos olhos, devolvendo as mãos para os bolsos.

— No que você estava pensando, tão contemplativo? — eu questionei, sem me importar com nada, além de prorrogar a conversa e nosso contato. — Está com saudades do Brasil?

— Na verdade, não — ele respondeu, tirando as mãos do bolso de novo. Virou na minha direção, depois virou de volta para o oceano e, depois, mais uma vez na minha direção. — Sabe, eu não sei o que fazer...

— De repente eu posso te ajudar — eu dei de ombros de novo, dando um passo à frente.

Ele riu. Uma risada esquisita, que parecia ligeiramente desesperada e um pouco duvidosa. Ele olhou para o mar, depois olhou para mim de novo. Apertou os lábios e deu uma leve mordida no inferior, me fazendo ter que olhar para o mar. Aquilo era tortura. Do pior tipo.

— Tem essa garota, sabe? — ele disse, lentamente.

Eu senti minhas borboletas caírem no fundo do estômago, todas de uma vez só. Mortas por uma simples fala. Elas se debatiam e estrebuchavam na mesma frequência que meu coração acelerado batia. Eu juntei o ar, tentando controlar a onda de tristeza, para responder.

— Quem? Eu posso tentar falar com ela...

Na verdade, eu preferia me jogar no mar de verdade do que fazer isso. Mas era Rafael. Ele era meu melhor amigo. Claramente não estava interessado em mim. Eu deveria conseguir superar um crush e fazê-lo feliz. Ainda que isso significasse dividir sua atenção com outra garota e nunca conseguir o beijo que eu tanto almejava.

— Não — ele disse, sem jeito. — Quer dizer, não é isso.

— Você acha que ela não gosta de você? — eu perguntei, sentindo a dor.

Ai, meu Deus. Eu querendo ficar com Rafael e ele querendo ficar com outra garota, esse tempo todo! Por que o mundo era assim? Que cupido maldito! Ele não podia apontar as flechas para as pessoas certas?

— Meus amigos dizem que sim, mas — ele levantou os olhos para me encarar. — Eu não acredito.

Eu estiquei a mão e toquei seu ombro, simplesmente porque não sabia mais o que fazer. Ele desviou os olhos para minha mão, depois olhou para mim novamente.

— Você só vai saber se tentar, não é mesmo? — as palavras saíram mansas, mas eram furos no meu coração.

Eu estava incentivando-o a tentar ficar com outra garota. Era doloroso. Era meu pesadelo.

— Eu até chamei ela para sair — ele gesticulou, como se falar isso fosse a coisa mais difícil que ele já tinha feito na vida. — Mas fiquei com medo, entende?

— Não, Rafael, não entendo não — eu ri, apertando seu ombro de leve. Seus olhos se desviaram de novo. — Você não tem motivo nenhum para ficar com medo.

— É que ela é muito bonita, sabe? E legal — ele continuou a falar, levantando os olhos para meu rosto novamente. — E, ao mesmo tempo que eu me sinto completamente a vontade do seu lado, também me sinto um completo idiota...

A definição da minha vida em uma única frase. Eu dei um sorriso discreto, amargurada por ter que ouvir aquilo da boca dele sobre outra garota. Uma mais bonita, mais legal e com quem ele se sentia mais a vontade do que eu. Pensava que éramos melhores amigos.

— Rafael — eu disse, soltando seu ombro e cobrindo meu rosto, cansada de sofrer daquela forma. — Você também é muito bonito — aas palavras saíram da minha boca antes que eu pudesse pensar melhor. — E legal — eu continuei, porque o estrago já estava feito. — Qualquer menina sã adoraria ter você.

O estrago estava tão feito que eu comecei a sentir meu rosto queimar. Que droga, será que ele descobriria que eu estava afim dele agora? Qualquer um entenderia, não? Droga! Ele já estava apaixonado por outra garota, provavelmente ia pegar essa injeção de confiança e ir falar com ela agora mesmo. Olhei para o oceano, tentando controlar lágrimas que brotaram lentamente nos meus olhos. Qualquer menina sã adoraria ter Rafael como namorado, sinceramente. Ele era leal, engraçado, inteligente, espirituoso e tinha aquela boca.

— Eu com certeza adoraria — minha boca falou sozinha, juro.

Ela abriu e fechou e minhas cordas vocais pronunciaram as palavras sem que eu desse autorização para que isso acontecesse. Eu estava tão cansada, tão frustrada e foi só quando eu terminei de falar e enxerguei Rafael se sacudir com o susto, como se se as palavras tivessem o atingido na cara, que eu me dei conta que queria que ele soubesse.

— O que você disse? — ele inclinou a cabeça para frente, se aproximando.

— Nada — se ele não tinha ouvido, talvez fosse o destino me dando uma chance para fingir que nada tinha acontecido. Se eu falasse e ele não se sentisse da mesma forma, nossa amizade seria arruinada.

— Bárbara — ele repetiu, esticando a mão e segurando meu ombro. — O que foi que você disse?

Eu não sei o que me deu.

Pensando agora, talvez o pouco álcool contrabandeado que eu tomei tenha sido o responsável pelo que eu disse anteriormente e, mais ainda, pelo que eu fiz quando ele perguntou o que foi que eu disse pela segunda vez.

Eu simplesmente joguei meus braços em volta do pescoço dele e o beijei. Rafael permaneceu inerte por alguns segundos, enquanto eu me aproximava um pouco mais. Foram realmente só alguns segundos. Sua mão escorregou do meu ombro para minha cintura momentos depois e ele me puxou ainda mais para perto, me beijando de uma forma que eu nunca seria capaz de sonhar.

Porque era ainda muito melhor do que meus sonhos.

Era a realidade.

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CONFORME PROMETIDO (mil vezes), cheguei com o bônus!!!!!!!!!

Meus planos eram postar no sábado, mas lembrei que já tinha o bônus de Tiete! para postar (se você não viu, corre lá. Boatos que é sobre um certo casamento nerd). De todo modo, ESPERO que a espera de vocês tenha valido a pena. Foi uma delícia escrever esse capítulo. Me senti com quinze anos de novo. Exceto que, no meu caso, quando eu tinha quinze anos, eu nunca era realmente o fruto do crush do meu crush, rs. A vida é uma ingrata mesmo. Mas essa sensaçãozinha de gostar de alguém é uma delícia...

E não se preocupem: o capítulo de amanhã está confirmado. E será sobre Natal. Aguardem :)

Obrigada pelas leituras, estrelas, comentários e todo resto! Vocês fazem minhas semanas 100% mais feliz e são minha maior injeção de ânimo!!! Obrigada por todo carinho e não esqueçam das estrelinhas <3

Até amanhã!

Beijos, 

Clara


Música do capítulo (maravilhosa! AMO! As cenas na tevê são do filme Ela é Demais, se alguém ficar curioso):

https://youtu.be/8N-qO3sPMjc



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