Ele apertou a gravata borboleta, e fechou o botão da manga da camisa branca. Ele vestiu o smocking, e checou, uma última vez, a onda que o cabelo dava para o lado.

Ele suspirou, puxou a arma, com silenciador, da gaveta, e desceu pelo elevador do hotel.

- Seu carro, Sr. Choi - o manobrista entregou a chave de seu carro.

Choi.

- Obrigado - ele agradeceu e entrou no carro, que não era seu, e partiu para longe dali.

As mãos firmes abraçaram o volante, enquanto suas costas encostavam-se perfeitamente no banco confortável de couro, os olhos escuros e atentos focaram-se na estrada.

Cometeria um crime. Mais um. Não era o primeiro, nem seria o último.

- Jungkook, você vai para o inferno, e vai sozinho, porque ninguém vai querer descer até lá com você! - era uma das frases que sua mãe lhe dissera, e Jungkook sempre se lembrava dela.

A senhora morreu há nove anos, após um enfarte, quando soube que o marido à traía.

Talvez Jungkook encontrasse o padrasto no inferno. Dois assassinos.

Deixando os pensamentos sobre sua família, Jungkook parou o carro em frente à casa grande, mirou a arma escondida no forro falso so banco, e desceu.

Entregou a chave ao manobrista da festa, e subiu as escadas, que davam até a entrada luxuosa da casa milionária.

Uma festa, para comemorar os cinquenta anos de uma empresa de construção. E Park Jimin estaria ali.

Jungkook deu à recepcionista seu convite, e adentrou o lugar.