Quem dera.

Jeon não atirou, seus dedos travaram e seu braço perdeu a força.

Ele nunca falhou antes. Mas nenhuma de suas encomendas eram Park Jimin, ou sequer chegavam perto do garoto.

Jungkook encarou o jovem que mexera com sua cabeça, e sorriu. Sorriu porque o menino merecia viver.

Merecia ter a chance de encarar os pais e descobrir o mundo, merecia poder encantar mais pessoas.

Ele virou as costas e trilhou o caminho do banheiro, tamborilando o revólver na coxa, assobiando baixinho.

Jeon parou em frente ao espelho e analisou o próprio reflexo. As cicatrizes repugnantes na pele, marcas de suas centenas de brigas. Ele olhou nos próprios olhos, viu a vergonha, viu a indecência, viu a alma de um homem corrompido.

- Deus não irá te receber - sussurrou à si mesmo, olhando sem emoção para a imagem refletida no espelho.

Quase trinta anos de vida, e nem mesmo sua adolescência fora perdoada, maldade estivera presente em sua casa desde criança. Nem foi chocante matar a primeira pessoa.

- Sim, mamãe, eu vou para o inferno - ele murmurou, praticamente sentindo a presença da alma de sua mãe. - Você sempre teve razão.

Jeon não tinha emoção dentro do peito, não tinha uma vontade, não tinha desejos ou sonhos, não tinha expectativa de futuro e nem rancor do passado.

Seu coração ainda bombeava sangue para as veias, seu cérebro ainda comandava deu corpo. E era só isso.

Não há mais nada sobre ele.

O sentimento mais forte que tivera, fora exatamente o de ter Jimin em suas mãos.

Por uma noite, não foi o cão de aluguel, e sim um homem apaixonado.

Jungkook deixou a arma sobre a pia e voltou para a cama.

Ele se deitou ao lado de Jimin, e abraçou seu corpo quente, ele sentiu-o se mover, acomodando-se ao abraço, afundando as unhas afiadas na pele dele.

Era apenas isso que ele precisava sentir, a pele morna de um corpo belo, que carregava um ser encantador.

E que se foda o resto.

//ah uau que surpresa ele não matou o jimin ninguém esperava por isso voce sabe mesmo surpreender gabriela

mas ainda não acabou :)

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