Like angel of darkness
Shortfic.
Categoria: Gângster.
Casal: Chenry.
CAPITULO 01- Me chame de Hart.
- Pare o carro!
- Não!
- Pare a merda do carro!
- Não!
- Ótimo então eu vou descer com ele em movimento!
Ela agarrou a maçaneta da porta determinada a abri-la, buscando sua liberdade, mesmo que tivesse que pular do carro em movimento para que isso fosse possível. Mas antes que conseguisse, o movimento do automóvel parou e ela ouviu um longo suspiro; ele parecia estar arrependido, mas isso não era o suficiente, ela não queria olha-lo, não quando ela ainda lembrava da cena anterior que repetia-se categoricamente em sua mente, fazendo a adrenalina causada por raiva percorrer suas veias.
- Gatinha, por favor...
- Vai se foder!
Ela saiu apressadamente batendo a porta com uma certa força e começou a andar, caminhando entre a escuridão densa da madrugada iluminada apenas por postes de luzes, que falhavam algumas vezes, transformando o cenário facilmente propício à um filme de terror.
Enquanto praguejava e amaldiçoava sua decisão inútil de ter escolhido ir em uma festa com o seu ex namorado, e ter decidido usar saltos finos e um vestido preto coberto por lantejolas que pinicavam diversas partes de seu corpo.
Fazendo o vento gélido da madrugada atravessar e arrepiar todo o seu corpo descoberto, tentou usar suas pequenas mãos como cobertores contra o frio arrebatador, mas foi inútil, tudo que ela conseguia imaginar era o macio e quente de seus endredons que deveriam estar sobre seu corpo nessa madrugada se ela optasse por ter feito a escolha certa.
A garota solitária em uma fatídica madrugada olhou aos céus e perguntou com raiva: " Tem como piorar?"
E como se o universo conspirasse contra ela desde o momento em que escolheu sair de casa ao invés de ficar de pijamas embaixo das cobertas vendo Friends, gotas grossas de chuva começaram a despencar do céu, molhando-a pouco a pouco.
Sempre ouviu trocadilhos de que a chuva era como se fosse o choro do céu, embora soubesse que era resultado do fator climático e da temperatura, ela gostava de acreditar que o céu também chorava, mas aquele momento em questão ela nunca desejou tanto que o céu segurasse suas malditas lágrimas e engolisse o melancólico choro que a molhava da cabeça aos pés.
- Obrigada, acho que agora não pode piorar, certo?
Errado, ela não deveria ter perguntado, era tão físico quanto derrubar uma torrada e o lado da geléia cair virado para baixo, sempre que a tendência fosse piorar, fisicamente, psicologicamente e consequentemente iria piorar, foi por isso que no momento seguinte o seu salto quebrou a fazendo retira-lo e segura-lo em suas mãos, molhando seus pés no chão molhado e áspero das calçadas.
- Uma princesa feito você não deveria andar sozinha a essa hora da noite.
Definitivamente essa terrível madrugada só tendia a piorar, seus olhos analisaram a figura que havia dito as palavras nojentas para ela. As ousadas e enojadas palavras entraram como uma camada fina de medo em seus ouvidos, a alertando que pisar em uma poça não era nada igualado ao que viria a seguir.
- Eu falei com você, vadia!
Ela correu, como se sua vida dependesse de seus passos apressados e falhos, como se fosse campeã de corrida, ou como se estivesse presa em um sonho no exato momento em que sente o seu corpo despencar; as mãos soam, o coração acelera e bate descompassado contra o peito, é o momento exato que ciente de que está sendo perseguida você sente a vida passar diante os olhos, como um borrão de tinta em um quadro branco, como um pingo de chuva percorrendo até chegar ao chão.
Ela o sentiu perseguindo-a, sua respiração falhava conforme lágrimas escorriam por seu rosto igualndo-se ao molhado das gotas de chuvas que pairavam sobre suas maçãs altas.
- Você não vai conseguir fugir por muito tempo, vadia!
Aterrorizada, sentindo-se violada verbalmente, imaginando e submetendo-se a situações que infelizmente diversas mulheres eram obrigadas a passar diariamente sem terem culpa de nascerem nessa sociedade machista e cruel, ela avistou como uma luz em meio a escuridão, o caminho ao fim do labirinto, ou apenas um beco mal iluminado com uma lixeira enorme, onde dominada por desespero decidiu esconder-se, sentindo o cheiro amargo empreguinar em seu nariz, dando náuseas momentâneas.
- Vadia!
Seu corpo tremia, encostada atrás da lixeira, uma de suas mãos subiu até seus lábios tampando para que soluços e gritos não escapassem, ela sentiu as lágrimas escorrerem até encontrarem sua mão.
O barulho alto da porta do que parecia ser um galpão ecoou preenchendo qualquer som naquele beco, seus olhos observaram através da lixeira aquele mesmo homem que a perseguiu, era como encarar de perto o seu pior pesadelo, o bicho papão dentro de seu armário, o monstro que dorme embaixo de sua cama; sua respiração travou e ela apertou a mão mais forte em sua boca para que não emitisse som algum.
- Cadê ele? Precisamos do carregamento agora!
- Ele ja esta a caminho, mas por que você esta cansado e eufórico, cara?
- Eu estava correndo atrás de uma gatinha que passou por mim, e que adoraria me divertir com ela, mas ela era arisca e correu até que a perdi de vista.
Ela passou os olhos tentando enxergar cada detalhe das duas figuras, não pareciam ser moradores de ruas, ao contrário, através da fraca iluminação, ela percebeu que eles pareciam ter sua idade, suas roupas eram limpas e pareciam ter custado caro, seus rostos eram bem marcados, eles não pareciam monstros, nem pesadelos, mas agiam como tal, provando que a beleza exterior não muda o interior do ser humano.
- Que pena cara! Adoraria dividir a gatinha com você!
Eles riram, risadas amargas e cruéis.
E obviamente como tudo naquela noite de terror tinha como piorar, a garota sentiu seu nariz coçar dando indícios de que iria espirrar a qualquer instante, ela implorou para que a vontade fosse embora, mas como uma necessidade biológica de seu corpo, o barulho do espirro o deixou antes que ela conseguisse segurar. Como um alerta, revelando o seu esconderijo amador, como uma sirene alertando onde estava escondida a vítima.
- Você ouviu isso cara?
- Esta vindo detrás daquela lixeira.
Seus olhos fecharam brevemente com o ato em questão e quando abriram, ela preferia não ter feito, as duas figuras medonhas estavam em sua frente, a olhando como se ela fosse um pedaço de carne. Ela sentiu seu corpo congelar, não pelo vento gélido da madrugada, ou as gotas molhadas de chuva, mas pelo temor que o atravessou junto com o medo e repulsa.
- Oie gatinha arisca.
- Então você que tentou fugir do meu amigo aqui?
- Por favor, não me machuque!
Ela implorou, enquanto o moreno mais alto segurou seu pulso a levantando e o o loiro segurava suas bochechas a apertando com força. Implorou para que tudo não pasasse de um pesadelo e no instante seguinte ela acordasse sã em salva nos seu quarto cor de rosa, cintilado por luzes brilhantes, emaranhada em seus cobertores felpudos e aconchegantes, mas infelizmente era real, ela estava prestes a ser cruelmente violentada em um beco sujo.
- Relaxa, gatinha você vai se sentir tão bem!
- Não, por favor, não!
Eles riram, como as hienas cruéis de Rei leão, como Scar riu quando matou Mufaza, como Belatriz riu quando matou Sirius, eram risos cruéis, doentios como as almas doentes que habitavam seus corpos.
Enquanto com as mãos ágeis tentavam rasgar o seu vestido festivo e caro da marca: Versace, ela queria fechar os olhos, ainda implorando para que quando abrisse encontrasse a tela de sua televisão piscando nos créditos de um filme qualquer no netflix, ou que a musica tema de abertura de Friends preenchesse e entorpecesse seus ouvidos, mas as pálpebras continuaram abertas esperando o pior, afinal sabia que aquela madrugada tendia a piorar, então mesmo que implorasse, o universo estava disposto a tortura-la.
Talvez fosse castigo por ter mentindo aos seus pais antes de sair do palácio presidencial, fugindo de seu guarda costa, ou por ter descido do carro de seu namorado.
Ela lembra vagamente de seu pai dizendo em letras garrafais um sonoro "não" e lembra também do semblante confuso de seu guarda costa quando ela o enganou, prendendo-o em seu quarto, lembra até mesmo do rosto de Caleb em arrependimento, pedindo para que ela não descesse do carro. Ela queria ter os escutado, pelo menos escutado o seu pai, talvez assim não teria visto o seu namorado beijando outra garota, ou estaria agora a mercê de dois homens nojentos prontos para deleitar-se com o seu corpo virgem.
- Sera que a gatinha mia, cara?
- Vamos descobrir agora!
Eles zombaram, a fazendo sentir fortes indícios de o que comeu atravessaria sua garganta pronto para sair por seus lábios, enojada com as palavras masculinas; enquanto o vestido já encontrava-se fora de seu corpo, suas lágrimas escorriam deliberadamente, sua garganta doía por tantas vezes que havia gritado e levado alguns socos e tapas por isso, mas ela não parou, se fosse ser violada, gritaria até o último minuto por sua vida, imploraria até o ultimo suspiro por liberdade, por misericórdia.
- Deixem a garota em paz!
O barulho alto ressoou, perfurou o ar como um estalo cru, ela gritou agoniada e assustada, presa ao fato de que algo pior aconteceria, pois eventualmente aquela madrugada tendia a piorar a cada milésimo de segundo em que tentava respirar, mas quando os dois rapazes caíram em sua frente inconscientes e pareciam mortos, os corpos moles, com sangue escorrendo, ela aliviou o peito respirando, soltando todo ar preso, como se ela fosse um carcereiro e o ar o seu pobre prisioneiro.
Seu corpo trêmulo escorregou contra a parede até bater ao chão, seus joelhos dobraram, a fazendo suspirar, enquanto tentava cobrir o seu corpo semi nu com as próprias mãos suadas, seus olhos queriam fechar e perde-se na escuridão, no breu que estava presa sua mente.
- Por favor, não me machuque!
- Você percebe que eu acabei de te salvar, certo?
Errado, ela estava em estado de choque, era impossível enxergar um palmo a sua frente, estava perdida em um submundo de misericórdia, muito absorta no trauma que acabou de presenciar para entender que ele era o seu salvador, não era um cavalheiro de armadura, nem um príncipe em seu cavalo branco, era apenas mais um homem perambulando naquela maldita madrugada.
O garoto guardou a arma recente usada em sua jaqueta de couro preta e olhou a pobre menina amendrotada, respirou fundo se ajoelhando até estar em sua altura. Não era de seu feitil ajudar donzelas indefesas, mas também não era do seu feitil presenciar dois marmanjos insolentes violentarem uma pobre garota indefesa.
- Por favor não me machuque!
- Eu não vou.
Ela sussurrava, implorando diversas vezes para que ele não a machucasse, e mesmo sendo uma pessoa fria, desprovida de sentimentos quentes, como um cubo de gelo preso a forma ao canto da geladeira, um iceberg em meio a antartida, ele sentiu pena da pequena figura aterrorizada, sua mente gritava para que a deixasse ali, afinal ja havia feito muito em salva-la, mas algo impedia que o fizesse e sem pensar sua mão estendeu-se para ela.
- Eu não vou te machucar, confia em mim, eu vou cuidar de você!
Ela olhou para o seu rosto, depois para a sua mão, agora descendo da adrenalina que dominava seu corpo, ela analisou a figura parada em sua frente, ele parecia um anjo.
As brazas fervilharam seus olhos quentes e acolhedores, onde era possível perdesse incansavelmente, suas maçãs do rosto desenhado dando um rubor rosado fazendo contraste com sua pele bronzeada, sua mandibula era afiada, tão afiada que seria possivel cortar as mãos nela talvez, e seus cabelos corriam sua testa em madeixas claras que pareciam ter sido beijadas pelo sol, a junção de todas essas características o fazia parecer um anjo.
Ainda presa entre a reladidade e fantasia, batalhando para entender o que passava ao seu redor, sendo subjacente com a relaidade terrível e sentimentos providos após o trauma aterrorizador que passou em alguns segundos atrás, ela segurou em sua mão, sentindo o calor dominar cada mínima celula de seu corpo, sem perder o contato com seus olhos profundos, queimando-se em suas brasas que pareciam ter virado carvão.
- Você é o meu anjo?
- Se você quiser que eu seja.
Ele riu, um riso que a fez paralisar, o som envolveu os seus ouvidos em uma melodia satisfatória, como se o som de sua risada a fizesse fugir do caos que dominava sua mente, ela estava hipnotizada com seus dentes brancos e perolados. Ele não poderia ser real.
- Se não for meu anjo, por que me salvou então? Quer dizer, por que não tentou fazer o que eles estavam fazendo?
- Eu não preciso disso, little cutie! As mulheres imploram para estarem em minha cama, fora que repugno essa atitude com todas as minhas forças.
- Little cutie?
- Se não quer ser chamada dessa forma então deve me dizer o seu nome, little cutie!
Ela calou-se diante a frase do loiro alto, proferida com escárnio. O som de sua risada não foi mais satisfatório, mas áspero como facas cortantes.
- Little cutie é melhor.
- Foi o que eu pensei.
Afinal ele não poderia saber que ela era uma figura importante na sociedade.
Filha do presidente.
E assim que ouvisse o seu sobrenome de elite, ele reconheceria e talvez tentasse sequestra-la em troca de resgate.
O diálogo monótono entre duas pessoas que não conheciam-se, duas pessoas estranhas um ao outro, continuou enquanto ela caminhava ao seu lado, ele havia colocado a jaqueta sobre seu pequeno corpo. Ela sentiu o quente da peça sobre os ombros e de alguma forma o seu cheiro amadeirado trouxe conforto para ela, como se remetesse ao aconchego de sua cama.
Henry havia bebido de toda a sua aparência intrigante e encantadora antes de colocar a jaqueta sobre seus ombros, ele correu seus escuros olhos flamejantes sobre seus cachos gloriosos e rolinhos selavagens presos por um brilhante na lateral fazendo o restante cair feito cascatas ao redor de seu rosto bonito, com maçãs marcadas e altas, sua pele chocolate que parecia ter sido amaciada pela lua e seus olhos grandes e brilhantes que pareciam o horizonte onde ele poderia facilmente se perder, quase afogou-se em cada uma de suas curvas milimétricas e perfeitas, seu corpo esguio curvando-se em um quadril avantajado.
Nunca a expressão "tirar o fôlego" fez tanto sentindo para ele como no momento em que quase afogou-se deliberadamente na beleza de chocolate ao seu lado.
Ele a guiou com uma de suas mãos nas costas dela até o seu carro preto parado no acostamento da avenida.
A garota analisou o automóvel comparando com o carro do filme: Batman. O loiro riu quando seus olhos arregalaram o vendo abrir a porta e a guiar para o banco passageiro.
- Não precisa ficar com medo, eu não vou machucar você!
Ela não tinha certeza, e dado as circunstâncias de que aquela noite estava sempre zombando dela e piorando cada segundo, ele poderia facilmente a machucar, a sequestrar em troca de resgate, a matar em um matagal deserto, ou apenas a obrigar a algo cruel, como: Prostituição, pois mesmo com sua aparência de anjo, ele também poderia ser um cafetão, por que não?
Mas ela não tinha muita escolha.
Ficar sozinha, semi nua e perdida naquele beco sombrio, ou entrar ao carro do homem que a salvou e que parecia um anjo caido direto do céu.
- Talvez você tenha caído direto do céu para me salvar então...
Ela optou pela segunda opção o fazendo rir, zombando das palavras proferidas por ela.
Ele não se consideraria um anjo, talvez um anjo das trevas.
Rindo de seus próprios pensamentos eminentes, achando de primeira a garota atrevida, intrigante e lindamente esculpida; ele ligou o carro, ouvindo o barulho do motor potente, enquanto a olhou uma ultima vez antes de sair cantando pneus.
- Posso saber o nome do meu anjo salvador?
Ao contrário da garota, ele não tinha receio em dizer.
- Me chame de Hart, Henry Hart.
O seco atravessou sua garganta, ela queimou a lateral de seu rosto com os olhos arregalados, sua mente praguejou por ter entrado em seu carro que mais parecia um: Batmóvel.
Como esperava, sentindo a fina camada de medo atravessar o seu corpo, aquela maldita madrugada tendia a piorar cada vez mais se fosse possível, era como achar uma porta de saída tracanda em meio à uma sala em chamas.
Ele sentiu seu olhar e virou o rosto por instantes com um sorriso de canto divertido desenhado em seus lábios rosados.
- Hart, como o gângster mais procurado de Miami?
- Ou Hart, como o seu salvador anjo das trevas, little cutie!
Ele piscou com um sorriso malicioso, voltando os olhos para a estrada, enquanto ela encostou a cabeça ao vidro ainda dominada por a fina camada de medo atravessando sua alma, como o frio que sentiu horas atrás, ou o calafrio que sentiu quando foi perseguida.
Ela estava ao lado do maior gângster de Miami, cruel e calculista Henry Hart; foragido e destemido, ela tinha quase certeza que se olhasse bem encontraria em alguma parte de seu corpo coberto alguma tatuagem escrita: Cruel.
O universo estava conspirando contra ela mais uma vez, quando o seu anjo salvador era na verdade o diabo disfarçado de anjo, o ser das trevas com a aparência adoravel de luz.
Ou como ele mesmo havia dito:
Como o anjo das trevas.
Alguém perdido na madrugada igual eu????
Nova shortfic para vocês, não iria postar por agora, mas começarei um livro hoje - se houver amanhã(Sidney Sheldon) e provável que suma por um tempo. (aposta da minha mãe para comprar o livro 3 de para todos os garotos que ja amei) tive que aceitar.
Anyway, continuação de Hold on ja esta quase acabada, amém?
Espero que gostem do primeiro capitulo da shortfic: Like angel of darkness. - Quase um livro novo em que estou dedicando minha vida na escrita detalhada minimamente detalhada dele, ufa.
Curiosidades:
• Sempre quis escrever uma fic gângster mas nunca achei que consegueria - ainda acho.
• Little Cutie foi tirado do episódio: Escape room(Henry Danger).
obrigada por todo apoio e feedback, amo vocês ❤
Não preciso nem dizer:
FIQUEM EM CASA, SE CUIDEM, PASSEM ÁLCOOL EM GEL, LEMBRE-SE DE SORRIR E AMAR A SI MESMO SEMPRE, BYEEEEEE
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