Hold on.
Songfic|Sadfic.
Baseada na musica: Hold on - Chord Overstreet.
Casal: Jaele.
Amando e lutando, acusando, negando
Não consigo imaginar um mundo em que você se foi
A alegria e o caos
Os demônios de que somos feitos
Eu estaria tão perdido se você me deixasse sozinho.
As discussões eram rotineiras, e partiam sempre do mesmo motivo: A má fama de Jace Lee Norman.
Riele não era considerada uma pessoa que importava-se com a opinião das outras pessoas, ou com rumores da internet, pelo menos ela achava que não.
Até começar a namorar com Jace Lee Norman.
Não foi um início de namoro clichê, foi normal para os dois.
Em um dos encontros do elenco após o fim da série, ambos amadurecidos, decidiram viajar para o Havaí, o clima romântico das praias paradisíacas e as noites sentados juntos a beira mar, os fizeram recordar do amor que guardaram por anos, ela o deixou na área de amigos, pois conhecia sua má fama com as garotas e não queria ser mais uma da sua lista.
Mesmo que ele tentasse flertar com ela diversas vezes.
Óbvio que eles tiveram alguns momentos durante os anos juntos, a química acontecia dentro e fora das telas, entretanto a relação que tinham nunca foi definida e Jace sempre acabava a magoando saindo com outras mulheres e a fazendo de última opção.
Não segunda, nem terceira, mas última opção.
E lógico que cada vez mais amadurecida, Riele cansou, e decidiu que não seria mais usada por ele, e esse foi o momento em que definitivamente eles passaram de amigos com benefícios para a área de amigos, ou colegas apenas.
Mas o futuro decidiu uni-los, parecia obra do destino.
Riele só não sabe se o destino está lhe pregando uma peça, ou realmente quer que ela seja feliz.
Ao fim da viagem, como todos suspeitavam, o casal estava junto novamente, e após seis meses de namoro, decidiram por morar juntos.
Tudo correu bem por um ano, até que de repente as brigas começaram a ser algo comum, aconteciam dia após dia e a tendência era sempre piorar.
O estresse começou a alarmar dentro de Riele, pois Jace não era racional quando brigavam e as palavras dele a atingiam mais do que facas afiadas, já ela tentava manter a calma, mas em questão de segundos estava jogando pratos, xícaras e qualquer objeto contra ele.
A relação estava cada dia mais desgastada, ao ponto de que ele não conseguia mas resolver tudo com chocolates ou flores; nem ao menos conseguiam fazer as pazes na cama, como diversos casais costumam fazer.
Isso criou diversos problemas emocionais para Riele, que de fato, mesmo não demonstrando era a mais sensível, e após uma das piores discussões que tiveram, ela estava tomando remédios (pílulas antidepressivas) para acalma-la.
Mas nessa noite em questão ela exagerou na dose.
- Quantas vezes eu preciso te dizer que fomos pegos de surpresa e os organizadores do evento disseram para tirarmos essa fotos juntos? - Jace bufa, enquanto a sua namorada lhe mostra uma recente foto em um evento para caridade, onde ele está sorrindo enquanto segura a cintura de sua ex namorada mais recente: Shelby Simmons.
- Foi a mesma resposta semana passada na sua foto abraçado com a Isabela, e também na semana retrasada na sua foto beijando a bochecha de Danielle, francamente Jace você não sabe nem inventar desculpas melhores!
Ela o jogou o celular no rosto, enquanto subia as escadas em passos pesados com o rosto derramando em lágrimas.
Ele a seguiu, a segurando pelo braço, com a mandíbula travada, e fúria nos olhos, ele escolheu dizer as piores frases que poderiam ser ditas naquele momento.
Mas ele não sabia o quanto aquele momento mudaria a sua vida, não até tudo de repente acontecer.
- Você quer que eu diga a verdade, então eu vou te dizer a verdade, eu estive com cada uma delas, da forma que você esta pensando Riele, e foi tão bom! (feels good!). - Sua crueldade no momento era tão absurda que o loiro acastanhado fez questão de usar a sua frase de assinatura do seriado que fizeram juntos.
Com lágrimas escorrendo de seus olhos e sentindo cada pedaço do seu coração quebrar, ela levou a mão em seu rosto desenhado e o desferiu um tapa estalado, soltando de seu aperto e correndo desesperada, tropeçando em alguns degraus até o banheiro.
E ele assim que percebeu a dor que havia lhe causado, tentou correr atrás dela para consertar tudo mas já era tarde demais, ela havia trancado-se no banheiro, e ele sabia que ela tomaria muita de suas pílulas antidepressivas.
Como fazia todas as vezes que brigavam.
- Riele, baby, me perdoa, abre essa porta pelo amor de Deus! - Ele implorou, arrependido, com os olhos repleto de lágrimas e soluços saindo de seus lábios.
Mas não adiantou.
- Meu amor, por favor, eu menti, eu não quero nem uma outra mulher que não seja você, Rie! - A essa altura, ele esmurrava a porta, era possível a ouvir chorar e gritar, enquanto ele era uma bagunça do lado de fora.
Mas suas palavras não foram o suficiente, nem suas batidas descontroladas contra a porta.
Tudo o que recebeu em resposta, foi o torturosos e doloroso:
Silêncio.
- Amor pelo amor de Deus!
Silêncio
- Baby, me perdoa, eu te amo!
Silêncio.
- Eu te amo muito, Rie!
Não importa quantas vezes ele esmurrou a porta, ou quantas vezes ele gritou por ela (até sua voz ficar rouca) e pediu perdão, a porta nunca foi aberta.
Não por ela.
- Riele! - Gritou enquanto arrombava a porta que a separava do seu amor, e talvez ele preferia não ter feito.
Ela estava deitada, o pote de comprimidos estava jogado ao seu lado e claro, estava vazio.
Jace sentiu uma dor como nunca havia sentindo em toda a sua vida, desesperadamente jogou-se ao chão e a segurou contra o peito, implorando para que ela estivesse viva.
Ele sentia-se pulando num lago raso e ao mesmo tempo afogando-se em um oceano profundo, e como um choque de realidade naquele momento a segurando forte contra o seu peito, ele percebeu que apesar de todas as brigas.
Ele não saberia viver sem ela.
- Riele, baby, por favor não me deixe! - As lágrimas escorriam por seu rosto e pingavam em seus corpos abraçados, ele fechava os olhos enquanto um grito de desespero escapava de sua alma.
E tudo que ele pedia era que ela não o deixasse.
Pois ele não imagina viver em um mundo onde ela não esteja.
Você se trancou no banheiro
Estava caída no chão quando eu entrei
Eu te puxo para sentir seus batimentos
Você pode me ouvir gritando:
Por favor, não me deixe?
Jace sentiu como se estivesse segurando o mundo com as mãos, e ele estivesse lentamente escapando de seus dedos escorregadios.
E na verdade, ele estava.
Sentindo as mãos trêmulas, ele conseguiu segurar o aparelho móvel em mãos e discar o número da primeira pessoa que veio em sua mente.
- A Ri... Ri.. Riele ela... ela... - Sua voz falhava diante as lágrimas dolorosas que escorriam em seu rosto, tentou recuperar um pouco do fôlego para enfim sussurrar aflito. - Liga para ambulância, pelo amor de Deus!
- O que aconteceu? O que você fez, merda Jace, se você fez alguma coisa com a minha amiga eu vou...
- Lizzy porra, só... - A dor que assolava seu peito era tamanha que ele sentia que nem ao menos conseguiria dizer o que disse a seguir. - A Riele está morrendo, ela... ela está morrendo!
Depois do que pareceram longas e incansáveis horas para o loiro arrependido que em momento algum soltou o corpo de sua amada; o barulho ensurdecedor de sirenes ecoaram ao lado de fora.
Os acontecimentos a seguir passaram em um flash para Jace, em desesperadores e torturosos segundos a estavam tirando de seus braços e a colocando dentro da ambulância.
Ele entrou e sentou-se na parte traseira, segurando sua mão com temor. Tudo o que ele pensava era:
Ele poderia estar a segurando pela última vez.
- Volte para mim, baby, eu juro que as coisas serão diferentes e eu vou te amar por toda a minha vida!
Espere, eu ainda te quero
Volte, eu ainda preciso de você
Me deixe pegar a sua mão, eu vou consertar tudo
Juro te amar por toda minha vida
Espere, eu ainda preciso de você.
O caminho parecia interminável para Jace, mas ele sabia que era devido ao fato de que quanto mais tempo demorasse para chegar ao hospital, menos chances ela teria de sobreviver.
E seria tudo culpa dele.
Silenciosamente ele rezava pedindo para que Deus a desse mais uma chance de vida e mais uma chance para ele consertar tudo que havia feito de errado. Sentindo todos os ossos de seu corpo tremeram em desespero e culpa.
Numa longa estrada sem fim
Você está em silêncio ao meu lado
Conduzindo um pesadelo do qual não posso escapar
Rezando sem esperança, a luz não está apagando
Escondendo o choque e o frio em meus ossos.
Quando chegaram ao hospital ela foi rapidamente levada a sala de emergências, e sentindo cada pedaço do seu coração se partir em agonia, ele a observou sendo colocada em uma mesa de cirurgias e coberta com lençóis de hospitais brancos.
Pálida.
Era como uma estrela apagada, sem brilho, naquele momento ela havia perdido todo o brilho que um dia já teve.
Ele havia encoberto a sua luz.
- Eu vou te matar, Norman... eu... eu... - A loira, melhor amiga de Riele adentra a sala de esperas gritando com Jace e levantando a mão para ele.
- Me perdoa, eu... eu deveria estar em seu lugar, eu... eu mereço morrer, Lizzy... não ela, eu só quero morrer agora!
Mas ela para, quando vê a dor em seus olhos profundos e vermelhos de tanto chorar.
Trocam um olhar silencioso, ela meio hesitante leva a mão em seu ombro e ambos sentam a cadeira da sala de esperas.
Os corações quase saindo pela boca.
Impacientemente ele levanta e começa a andar de um lado para o outro, quase fazendo um buraco ao chão com seus passos pesados, enquanto palavras de dor deixam seu lábios, e lágrimas pesadas molham o seu rosto bonito.
Ele só quer a sua Riele de volta.
Faz o caminho obscuro até a sala onde a sua amada está, deitada e imóvel, percebe os médicos em sua volta a segurando com pena em seus olhos.
Eles tentam reanima-lá.
Uma.
Duas.
Três.
Jace perde as contas, e ainda com o rosto colado ao vidro, ele percebe que ela está quase morta, mas com um fio quase invisível de esperança, fecha os olhos e sussurra contra o vidro:
- Por favor, Rie, por favor não me deixe!
Eles te levaram em uma mesa
Caminho para lá e para cá enquanto você está imóvel
Eles te pegam para sentir seus batimentos
Você pode me ouvir gritando:
Por favor, não me deixe?
_____
Um mês, quatro semanas, trinta dias exatas setecentas e trinta horas que Jace está presente todos os dias ao hospital.
Sua nova casa.
Sua vida resumiu-se em dormir desajeitado em uma das cadeiras ao lado da sua cama, ou muitas vezes nem dormir.
Riele está em coma.
Desde então, ele não a deixou nem por um segundo, até mesmo os pais da Riele que obviamente levaram quase esses dois meses para perdoa-lo, (ou tentar perdoa-lo), o mandaram ir para casa, mas ele permanece vivendo entre cadeiras de hospitais, comidas da lanchonete e conversas com a sua amada.
Conversas que ela nem ao menos responde.
Apesar de ele ser o causador de tudo aquilo, e agora estar lidando com as consequências; até mesmo Lizzy que nunca gostou muito do loiro, sente a dor dele, e consegue entender o quanto ele está arrependido e o quanto ele ama a sua melhor amiga.
Nas primeira semana, ele era visto como monstro, causador do coma dela, inconsequente, irresponsável, vilão, e todos adjetivos que seus pais deixavam claro para ele junto aos pais de Riele, ainda sendo completo com os tapas de Lizzy.
Mas ele não deixou se abater.
Duas semanas, e ele ainda era um monstro, mas eles o o mandaram comer.
Ele não comia a dias.
- Por favor, baby, espere, eu ainda preciso de você! - Ele sussurrou, segurando a sua mão fria, como se segurasse a sua vida.
Que era o significado dela para ele.
Volte, eu ainda preciso de você
Me deixe pegar a sua mão, eu vou consertar tudo.
Três semanas, os familiares e Lizzy já estavam ficando com certa pena do loiro que lutando contra todos, ainda estava sentado na cadeira ao lado de sua cama.
Eles o mandaram ir para casa, tomar um banho, mudar de roupas.
Ele estava com a mesma roupa a dias.
- Baby, eu estou aqui de novo, sabe você faz tanta falta, faz duas semanas que você se foi, mas eu ainda tenho esperanças que você volte, e eu juro, baby, eu juro que vou te amar por toda a minha vida!
Juro te amar por toda minha vida.
Quatro semanas, dentre essas quatro semanas, o loiro não sabe definir quando e nem como, mas haviam o perdoado, os familiares dele e dela o abraçavam com pena e dor, e a melhor amiga loira depois de tantas conversas quase o obrigando a não tirar a própria vida com remédios fortes, havia de certa forma virado melhor amiga dele também.
Seria eufemismo dizer que sua vida não havia mudado dentre essas quatro semanas, ou sua cabeça.
Ele havia decidido que seria um alguém melhor, um alguém que a sua amada sempre mereceu, um alguém que em todos os anos que a conheceu ele não foi capaz de ser.
Mas ele seria a partir do momento em que ela abrisse seus olhos lindos e brilhantes.
- Baby, sou eu de novo, fazem quatro semanas desde que você se foi, confesso que foram tempos difíceis. - Ele soltou um curto riso, segurando suas mãos, como sempre fazia quando conversava com ela. - Seus pais, meus pais e a sua melhor amiga tentaram me bater, e expulsar-me do hospital, mas eu continuei aqui, amor, eu continuei firme por você, baby, agora eles me amam, e até a sua melhor amiga (que nunca gostou de mim), ela se tornou uma boa amiga. - Ele sorriu internamente, pensando o quanto desenvolveu sua relação fraternal com a loira durona. - Tudo o que eu preciso é que você volte baby, eu não posso seguir sem você.... - Segurando os soluços em sua garganta e com os olhos debulhando em lágrimas, ele debruçou sobre seu corpo, a abraçando com amor e dor, e ainda trêmulo, sussurrou contra seu ouvido. - Fazem quatro semanas, Rie, mas eu ainda preciso de você, eu sempre vou precisar de você, baby!
Espere, eu ainda preciso de você.
_____
- Acho que temos que aceitar, que ela não vai voltar... - A loira murmurou, com dor nos olhos e debruçando a cabeça no ombro de Jace, enquanto ambos estavam sentados na lanchonete do hospital.
- Eu nunca vou perder as esperanças, Lizzy, ela vai voltar, e enquanto permitirem que eu esteja ao seu lado, eu estarei! - Ele também sentiu o olho repleto de lágrimas, mas tentou sorrir para a loira.
Ele tentava a todo custo ser forte por ela.
Eu não quero desistir de você
Sei que não sou tão forte assim.
Mesmo que estivesse desmoronando por dentro.
______
Estava para completar mais um mês em que ela estava imóvel, desacordada, em coma, e apesar de os médicos dizerem com todas as palavras que as chances dela voltar eram uma em um milhão.
Jace ainda não desistiu. Ele nunca desistiria.
Estava com seus cabelos um pouco mais compridos, desgrenhados e despenteados, já que ele não tinha vontade nem de cuidar-se sem ela ao seu lado. Suas roupas amarrotadas, e sua barba por fazer já havia virado algo comum a sua aparência.
- Ei, meu amor sou eu novamente, essa noite enquanto você dormia, eu a olhei relembrando de todos nossos momentos felizes. - Respirou fundo, já sentindo os olhos encherem de lágrimas. - E parece absurdo mas faz tanto tempo que você está desacordada que tentei puxar na minha memória mais profunda para recordar a sua voz, sabe eu tentei lembrar da sua tonalidade, da suavidade e como ela me fazia sentir, tentei até mesmo ouvir seus áudios, mas não é a mesma coisa. - Ele riu sem humor; como estava acostumando a fazer, deitou ao seu lado na cama, e a abraçou com cuidado, a segurando como se fosse a coisa mais frágil do mundo.
E ela era.
Ele fez um carinho acolhedor em seus cachos amassados contra o travesseiro, e contornou cada traço de seu rosto com as mãos, sentiu suas lágrimas molharem as bochechas, mas ele já estava acostumado a chorar.
- Eu só queria ouvir a sua voz dizendo para irmos para casa, meu amor, eu só queria ver seus olhos abrirem, dói tanto porque eu fiz isso com você, mas tudo que eu quero agora é você de volta baby, eu só quero te levar para casa e te amar pelo resto de nossas vidas, por favor se você pode me ouvir, acorde, amor, eu preciso de você, todos nós precisamos! - Ele sussurrou, a apertando contra seu peito, enquanto fechava os olhos, imaginando como seria quando ela finalmente despertasse, como seria a ter novamente em seus braços, a ouvir dizer uma simples palavra, a ver sorrir lindamente, ou apenas a ver com vida de novo e não em uma maldita cama de hospital, vivendo através de aparelhos.
Ainda de olhos fechados, ele pediu mais uma vez, uma segunda chance para consertar tudo, e de repente seus olhos abriram com o barulho da máquina que registrava os batimentos cardíacos.
Ele levantou rapidamente, chamando desesperadamente os médicos através do botão ao lado de sua cama. Após o seu segundo de desespero, ele a olhou, e quase paralisou diante seus atos com o que presenciou.
Ela estava com os olhos abertos e ainda fraca, olhando para ele, sussurrou com a voz quase inexistente:
- Jace.
Espere, eu ainda quero você
Volte, eu ainda preciso de você.
Boa tarde meus amores ❤
Desculpem por fazerem vocês lerem exatas 3018 palavras.
Se você assim como eu também chorou, me perdoe and don't crying baby.
E pretendo trazer para vocês a parte dois, ( se vocês quiserem, claro).
Espero que tenham um ótimo dia.
Se cuidem.
Kisses e bye 😋
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