Songfic.
Baseada na música: Escreve aí - Luan Santana.

O loiro acastanhado caminha em direção ao camarim de Riele Downs certo do que faria, suas mãos suam e tremem antecipadamente em uma mistura de ansiedade, agonia e medo.

Ele sabe que é como tentar enxergar no escuro, afinal, sua relação com a mais nova é um tanto quanto complicada.

Dada a análise de toda a história que viveram desde o dia em que trocaram o inocente e infantil primeiro beijo ao dia que tiveram a primeira noite de amor juntos e finalmente ao triste dia em que tudo de repente desmoronou, como um avalanche sem freios, ou como uma tempestade impetuosa.

O loiro esfrega as têmporas, enquanto hesita antes de bater a porta.

- Você não se importa com ninguém além de si mesmo, Jace!

- Eu não me importo? Você que sempre anda com o nariz empinado como se fosse melhor que todos, Riele!

Ambos eram uma bagunça de lágrimas, dor e gritos.

- Se eu fosse melhor do que todos você não teria me substituito da forma que fez!

- Talvez eu tenha feito isso por ter cansado de lutar sozinho por um maldito relacionamento secreto!

- Não precisa mais lutar, afinal já fez questão de mostrar sua nova namorada para todos, inclusive para mim, meus parabéns Jace, espero que seja muito feliz!

Naquele mísero e torturoso momento o loiro percebeu o erro que cometerá, ele havia a perdido.

Eles estavam brigados, poderia ser apenas uma vírgula, entretanto levando sua nova namorada ao KCA de 2019, Jace estupidamente declarou o ponto final, antes mesmo de perceber o erro que cometia.

Respira repetidas vezes fundo, tentando livrar sua mente das torturosas lembranças de como tudo de repente terminou.

Eles estão em meados da última temporada de Henry Danger, o loiro não esta mais namorando, pois mesmo tentando nunca consegue esquecer de fato a sua melhor amiga, paixão e personagem principal de seus sonhos.

No começo não é fácil voltar para a nova temporada, afinal, o clima é pesado, quase sendo possível de cortar a névoa de tensão ao ar com uma faca. Entretanto é o trabalho e obrigação deles, então precisam ser algo como:

Colegas de trabalho.

E Norman pensa que consegue fazer isso, trabalhar com a morena sem querer beija-la, toca-la ou apenas trocar olhares com ela.

Mas não é.
É impossível.

E após um mês, trinta dias segurando-se ao máximo ele percebe que de forma alguma consegue viver sem ela, sem a sua Riele.

Passa horas em frente ao espelho ensaiando cada uma de suas falas, as mesmas que dirá assim que adentrasse o seu camarim disposto a voltar para ela.

Para a sua amada.

Mas o ato não parte do nada, começa logo após ele perceber que aos poucos ela voltara a sorrir para ele, deixava ele toca-la( mesmo que fosse sem querer) ria de algumas de suas piadas(inclusive fez bastante isso na live de Ella) e para completar a sua esperança, quando estavam gravando o episódio do: Encontro na caverna man( que ele teve que segurar-se para não interferir cada vez que o ator convidado aproximava-se dela) ela permitiu trocar olhares ao piano com ele, o que era quase imperceptível, mas de modo algum passou imperceptível para Jace Norman.

Esses sinais o levam a estar agora respirando fundo, sentindo o ar travar diante os pulmões, com as mãos ao ar pronto para bater a porta de seu camarim, e declarar todos os sentimentos reprimidos, sem enrolação, sem precedentes, ele só quer ama-la até perder todas as energias do corpo.

Até voltar completamente para ela.

Ainda com o braço levantado sem tocar a madeira, sentindo hesitação, ele fecha os olhos forçando sua mente novamente a lembranças.

Sua mente o leva de volta à última briga deles.

Estavam sentados ao carro de Jace, estacionados em frente ao condomínio de Riele.

Obviamente estavam discutindo por um assunto que definitivamente sempre é pauta em suas discussões rotineiras.

Tornar a relação pública.
Oficializar Jaele.

Ele quer.
Ela não quer.

E em um piscar de olhos a discussão está iniciada.

- Eu não entendo qual o problema de finalmente assumirmos nossa relação!

- O problema Jay, é que eu não quero ser conhecida ou lembrada por um rótulo que com certeza seria concretizado a partir do momento que declaramos nossa relação.

- Rie, eu não entendo, eu só quero declarar para todos que você é minha, sem precisar enconder-me para beijar, abraçar, ou apenas elogiar a minha namorada.

- Você não entende que eu não quero ser conhecida como mais uma: Namorada de Jace Norman.

As palavras o atingiram como uma facada nas costas, ele sentiu uma fisgada em seu peito e seus olhos brilharem em lágrimas dolorosas.

Te falo tanta coisa enquanto tento segurar a lágrima que insiste em cair.

- Então esse é o problema, você não quer ser mais uma de minhas namoradas?

Sua voz embargou, ele respirou fundo, e a viu descer de forma ágil de seu carro, fazendo questão de bater a porta.

- O problema é que as pessoas lotam minhas publicações ou qualquer coisa relacionada a mim com perguntas sobre você, imagina o que aconteceria se realmente souberem que estamos juntos, passarei de Riele Downs à namorada de Jace Fucking Norman.

- Rie, eu ainda não entendo qual o problema...

- Se você não entende, então não devemos mais estar juntos!

O mundo dele desmoronou de forma lenta e dolorosa, como um vidro sendo estilhaçado, ou simplesmente seu coração sendo dilacerado.

Ele a olhou uma última vez, a observando pela fresta do vidro recém aberto de seu carro ela afastar-se.

Ele havia a perdido.
Ela não ousou olhar para trás, mas ele não ousou desviar os olhos dela.

A raiva o preencheu de uma forma intensa, ele aproximou a cabeça da abertura do vidro e gritou o seu nome, quando ela o olhou ele quase perdeu a coragem, mas determinado gritou de forma mais alta e clara.

- Eu ainda vou te esquecer, Riele!

E antes de ir embora eu te digo olha aqui, ainda vou te esquecer, escreve aí.

Assim que seus pés tocaram o chão da entrada principal de sua casa, ele respirou fundo enxugando as recém lágrimas com as mãos.

Seus olhos percorreram o comprimento de sua escada e sem que perceba seus olhos pararam no quadro pendurado acima de sua lareira, estava emoldurado uma foto de toda a equipe de Henry Danger, incluindo ela.

Riele Claire West Downs.

Chego em casa dou de cara com a sua foto.

Sua mente praguejou quando seu coração apertou de saudades, mas ele lembrou-se da discussão recente e tentou ignorar a vontade de voltar para o carro, dirigir até a casa dela e fazer amor com ela até suas pernas bambearem

Mas ele não pode.

Decidiu por tomar um banho quente e relaxante em sua banheira enquanto serve-se de uma taça de vinho seco.

Uma ducha e um vinho para acalmar.

O loiro acastanhado deitou a cabeça para trás encostando os cabelos desgrenhado a borda de mármore da banheira, ele fechou os olhos suspirando.

Pensou diversas formas de esquece-la, e cogitou a possibilidade de partir para outra, de tentar inutilmente a tirar se sua vida.

E eu penso vou partir pra outra logo.

Mas apenas o pensamento de viver sem ela, o faz enlouquecer, as lágrimas voltam deliberadamente para o seu rosto enquanto pingam exageradamente sobre a taça de vinho recém colocado.

Mas quem é que eu tô tentando enganar.

O garoto alto parado enfrente a porta sacode a cabeça de um lado para o outro de forma desesperada, tentando mais uma vez limpar suas mente das lembranças dolorosas.

De repente em um ato impensável de coragem ele escorrega a mão e a deixa tocar a madeira, fazendo o som de suas batidas pairarem sobre o ar.

- Jace.

Seus olhos amêndoas estão arregalados, enquanto ela abre a porta pela metade, o vendo apenas por uma fresta média.

Ele limpa a voz, forçando uma tosse seca.

- Talvez eu tenha me precipitado e...

- Não! Também sinto que precisamos conversar.

Em um ato inocente ela estala os dedos o chamando para entrar em seu camarim.

É só você fazer assim( som do estalar de dedos) que eu volto

Os dois caminham impetuosos em direção ao sofá posicionado ao meio do camarim.

- Então...

Ela sussurra, encontrando seus olhos âmbar, o fazendo ofegar.

- Rie, eu não aguento mais guardar tudo o que estou sentindo, tentei lutar com todos esses sentimentos desde o dia em que terminamos, mas...

- Mas...

Sua voz sussurra, quase inaudível, segurando suas mãos trêmulas, fazendo um calafrio percorrer o seu corpo.

- Eu te amo, e eu precisava dizer que eu ainda te amo,Rie, eu não sou nada sem você, literalmente nada!

É que eu te amo e falo na sua cara, se tirar você de mim não sobra nada.

- Jace, eu... hum... eu não sei o que dizer.

- Diga que ainda me ama também Riele, eu sei que o faz, afinal eu percebi os seus sorrisos, olhares e até mesmo flertes dentre esse um mês.

A cacheada sorri, o branco e perolado de seus dentes perfeitos preenchem todo o seu rosto delicado.

Percebe o loiro perdido a encarando sem pudor, ela leva as mãos em frente ao seu rosto e estala os dedos, o tirando do transe.

O seu sorriso me desmonta inteiro até um simples estalar de dedos.

- Jace, isso não significa nada, eu estava apenas sendo amigável...

- Não Riele, você costuma ser quieta, eu te conheço o suficiente para entender todos os seus sinais!

Ela respira fundo, e levanta-se caminhando em direção à porta disposta a fugir; ela quer fugir dele e todos os sentimentos confusos que ainda residem em seu coração.

- Jace, acabou, você sabe que eu te deixei ir...

- Você me deixou ir, apenas para ter o gosto de ver aqui não foi? Desesperado, agoniado e fraco demais para continuar sem você!

Talvez você tenha deixado eu ir, pra ter o gosto de me ver aqui, fraco demais para continuar, juntando forças para poder falar.

- Jace, eu não quero sofrer de novo, por favor, não insista...

- Mas Riele, nós...

- Não existe um nós e nunca vai existir Jace!

Em um ato rápido antes que ela alcance a maçaneta ele segura firme o seu corpo e a prensa bruscamente contra a parede.

- Eu quero que exista um nós Riele! Diga que não sente saudades das nossas noites juntos, dos nossos beijos, das minhas mãos tocando cada parte de seu corpo, ou das tardes em que ficávamos abraçados, dos passeios ao parque, das viagens juntos, de tudo Riele, diga que não me ama e então eu te deixo ir!

A mão direita dele sobe fervorosamente até sua bochecha, e faz um leve carinho, ele aproxima o rosto, até que seus narizes tocam-se e era possível sentir o quente da respiração um do outro.

- Jay, eu...

Ela não consegue formar uma frase coerente diante a proximidade do amor da sua vida, seu corpo queima em desejo e sua mente vira mingau; os lábios da cacheada batem contra o dele e a explosão de saudades espalha-se deliberadamente pelo corpo de ambos.

O que é lento e receosos, torna-se quente e feroz, as mãos do loiro descem encontrando suas pernas fazendo pressão para que ela suba em seu colo, e ela o faz, ele caminha com ela até o sofá e a deita de forma desesperada.

Exploram a boca um do outro com as línguas, como um explorador explora uma caverna, gemendo em uníssono.

Ele desliza a mão parando na barra de sua camisa listrada enquanto desce beijos molhados por seu pescoço, ele sente tanta falta de como seu corpo arrepia-se com seus beijos e toques e como seus seios encaixam-se perfeitamente em suas mãos.

O ambiente fica quente e sensual quando ambos estam sem roupas, entregues de alma e coração, deixando os sentimentos agirem, matando a saudade que estava a tempos guardada dentro deles.

Depois de uma sessão intensa de preliminares prazerosas que deixam explícitas o quanto sentem falta um do outro, eles finalmente estão prontos para unirem-se e eventualmente tornarem-se um só corpo e alma.

Ele alcança o preservativo em sua carteira sem desviar os olhos dela, mantendo contato visual a todo momento; assim que posiciona-se em sua entrada ela segura o seu rosto com ternura e amor vislumbrando em seu olhar.

Ele voltou para ela.

Independente do tempo, das circunstâncias, e de todos os acasos e desencontros sempre voltariam um para o outro, ou pelo menos ele sempre voltaria para ela.

- Então, você ainda me ama?

Ela não o responde, mas permiti um sorriso desenhar seus lábios carnudos.

Que eu volto é só você sorrir.

Novamente o loiro esta perdido a encarando, paralisa diante seus atos enquanto acompanha o seu sorriso apaixonado.

Repetindo seus atos ela leva suas mãos em frente ao seu rosto e estala os dedos.

Que eu volto é só fazer assim,(som do estalar de dedos)que eu volto.

Notas finais:
Olá leitores maravilhosos❤

ABOUT US - SERA UM LIVRO DE ONES, SONGFICS E SHORTFICS JAELE/CHENRY.

A minha querida sis pediu para escrever essa One para ela baseada em nossas teorias e músicas que são totalmente Jaele.

Eu não iria publica-las, entretanto recebi o apoio e incentivo das minhas felicidades diarias: Celly, Alli, Mi, Clara ❤

E por fim decidi ultilizar desse livro para dedicar: ones, songfics e shortfics do nosso casal maravilhoso para vocês.

Apenas por diversão.

AGUARDEM ATUALIZAÇÕES.

Até breve ❤