Eleventh Danger.
..CHARLOTTE PAGE..
Lágrimas, algumas lágrimas escorriam de seus olhos, suas mãos apertavam algo prateado que refletia a luz do sol, fazendo contraste com o dia claro que entrava pela pequena janela daquele lugar, parecia que era um dia feliz, um estúpido dia feliz, talvez até fosse, mas não para mim, não para ele, não para nós.
Ele virou-se.
Seus olhos estavam em mim, mas era como se ele estivesse morto, sem expressões, sem aquele sorriso presunçoso que sempre estava em seus lábios. O que formava sua personalidade que eu tanto gostava.
- Então esse é o nosso fim?
Sua voz saiu em um fio, quase inaudível, se não estivesse tão perto, talvez nem ouviria.
Suspirei. Era difícil demais toda aquela situação.
Meu coração estava partido.
- Você obrigou-me a escolher...
- E VOCÊ ESCOLHEU ELE! - Gritou, o rancor, a raiva e a tristeza estavam expressas em seu duro tom de voz.
Tentei aproximar-me mas ele ficou de costas novamente, como se tentasse esconder seus sentimentos, que claro, não estava dando certo.
- Eu sinto muito. - Minha voz embargou com o choro preso em minha garganta, tentei tocar seus ombros, mas desisti quando ele afastou-se bruscamente.
Horas, minutos, segundos, não foram o suficiente, em menos de milésimos do que pensei ser segundos, Henry estava sobre Oscar, desferindo diversos socos em seu rosto.
O caos havia começado, a multidão de pessoas formou-se em volta dos dois, eles estavam rolando no chão, no meio da sala de aula.
De repente, o estalo de seus corpos batendo em uma das mesas, tirou-me dos devaneios que estava; corri desesperada, tentando passar no meio daquela multidão, com seus celulares, risadas, e gritos.
Óbvio que a maioria naquela roda, torcia para meu melhor amigo, principalmente as meninas.
Quando finalmente estava ajoelhada ao lado dos dois, os socos cessaram. Henry que estava por cima de Oscar, olhou-me, havia raiva e preocupação em seus olhos. Procurei Jasper com o olhar, mas ele parecia não estar mais na sala.
- CHARLOTTE! NÃO CHEGUE PERTO, SAI DAQUI! - Henry gritou, olhando-me desesperadamente, eu sabia que ele estava preocupado comigo, pois estando tão perto, eu estava sujeita a ser atingida, a qualquer momento.
Mesmo com os lábios sangrando, o sorriso presunçoso estava pairando em seus lábios, Oscar sorriu para mim, logo após virou por cima do corpo de Henry.
- Isso, princesa, melhor ir! Não quero que veja quando eu matar seu namoradinho.
- Não somos namorados! - Aquilo era irrelevante, naquele momento, mas aquela reposta tão patética, sempre saía quase automaticamente de meus lábios.
- Oh! Eu sabia que ele nunca conseguiria satisfaze-la. - Sorriu, um sorriso sujo, havia malícia em seus olhos, combinando com seu estúpido sorriso. - Não dá forma que deveria.
Aquele foi o fim, Henry estava por cima de Oscar novamente, os socos não paravam, eu tentava segurar sua camisa xadrez azul e puxa-lo para longe, mas minha força era nula, quase inexistente.
- OSCAR, VOCÊ NÃO MORREU NAQUELE MALDITO INCÊNDIO, MAS EU VOU TE MATAR AGORA! - O loiro gritou, sua voz estava carregada de ódio, ele estava completamente fora de si, desfilando ódio no garoto embaixo de seu corpo.
Era ridículo, que todas aquelas pessoas não faziam nada, era como se fossemos algum tipo de espetáculo barato, mas não éramos, aquilo era vida real, e se eu não fizesse algo, Henry mataria Oscar, ele estava fora de si, era como se estivesse entrado em um modo sombrio.
- HENRY! PELO AMOR DE DEUS, NÃO VALE A PENA!
Meus olhos molhavam com as lágrimas, os socos não paravam, Hart distribuía socos atrás de socos, escorria sangue do nariz de Oscar, sangue de sua boca, enquanto meu melhor amigo parecia não ligar.
Já Henry estava intacto, não havia uma gota de sangue em seu rosto, isso era devido aos treinos que ele tinha frequentemente com o Ray.
Ouvindo minhas preces desesperadas, senhora Shapen entrou na sala de aula, com Jasper logo atrás, ele havia ido chama-la, fiquei orgulhosa dele.
Então a roda foi abrindo-se aos poucos, ela respirou fundo, parando seus olhos nos dois, minhas mãos ainda estavam na camisa de Henry, o puxando fortemente.
Seu dedo apontou em forma de ordem para eles, ela revirou os olhos, talvez cansada do seu trabalho, provavelmente ela ganhava pouco para lhe dar com aquilo. Com dois adolescentes briguentos.
- Os dois para diretoria, agora!
Então seus olhos pararam em mim, ainda segurando a camisa de Henry.
- Os três! - Aumentou seu tom de voz, ordenando, e obviamente obedecemos, já que não queríamos encrencas maiores, pelo menos eu não.
Os dois garotos briguentos separaram-se, com os olhos negros, a raiva estava presente em seus olhares, eles haviam parado com a briga física, mas seus olhares continuavam aquela patética disputa sem sentido.
Oscar levantou, limpando o sangue de seu rosto com as mangas da blusa, mas senhora Shapen o entregou um lencinho, não era algo profundo, senti alívio quando observei que o lencinho parou aqueles sangramentos.
Meu melhor amigo idiota, parou ao meu lado, enquanto caminhávamos em direção à porta, Oscar estava logo atrás de nós
- Nossa! Que visão privilegiada. - Oscar provocou Henry, falando sobre estar atrás de mim.
Percebi seu corpo enrijecer ao meu lado, então antes que ele caísse naquela estúpida provocação, segurei em sua cintura, tocando seu rosto delicadamente, o virando para mim novamente.
- Não vale a pena, Hen! - Sussurrei, focando seus olhos nos meus, tentando passar segurança para ele. Era como se estivesse falando com uma criança, o que ultimamente ele estava sendo.
- Ele está falando de você, está falando de você na minha frente, com seus olhos maliciosos, e esse sorriso sujo, ele é nojento...
- Ele quer te provocar, e está conseguindo, por favor, só o ignore!
Henry respirou fundo, segurando em minha cintura, de forma possessiva, como se disesse a White, que eu era dele, o que não era verdade, mas preferi não contrariar para não criar mais problemas, mais do que já estávamos tendo.
Quando chegamos a diretoria, a porta estava trancada, sentamos nas cadeiras forradas de vermelho, na sala de espera; Henry sentou-se ao meu lado e Oscar um pouco distante, o que eu agradeci mentalmente, mas seus olhos provocavam Henry, mesmo de longe. Isso era patético.
Decidi fazer algo antes que as cadeiras não fossem mais o suficiente para separa-los e aquela briga anterior continuasse. O que faria eu mesma querer mata-los, com a raiva que estava de toda aquela situação.
Situação que foi gerada por conta dos flertes de Oscar e do ciúmes estúpido de Henry.
Levantei sentindo os olhares dos dois grudados em mim, medindo cada passo que eu dava, encostei-me ao balcão da secretaria, tentando resolver aquela patética situação.
- Com linceça!
- Charlotte querida! - Era Sônia, já tivemos diversas conversas quando eu costumava ficar aqui esperando Henry e Jasper saírem da aula de basquete, e a vezes Jasper ficava até mais tarde na detenção.
- Ola, Sônia, quanto tempo!
Ela sorriu, enquanto seus óculos escorregavam por seu nariz.
- E como está você, o loirinho simpático e o cacheado sorridente?
- Hum, bem, continuamos amigos. - Sorri, pensando nos dois, quando saímos para diretoria, Jasper tentou vir atrás, mais a professora o mandou sentar. - Mas Jasper, não tem mais cachinhos, eram falsos. - Sussurrei como se houvesse contado um segredo. O que realmente era para Dunlop.
Ela riu, olhando para Henry que aproximava-se do balcão.
- Char! - Chamou-me, segurando o copo de plástico com água que ele havia acabado de encher no bebedouro daquela sala. O tirei de suas mãos, bebendo a água, ele apenas encarou-me fazendo bico, seu típico bico adorável.
- Olha o loirinho simpático! - Ela sorriu ternamente. - Desde pequenos formam um belo casal.
Engasguei com a água, fazendo todo líquido espirrar nele, enquanto Sônia ria da cara de bravo que ele estava. Seu bico havia aumentado, o tornando ainda mais adorável.
- Hum... acho melhor ir me secar... - Virou-se ainda nervoso, enquanto eu e Sônia seguravamos o riso. - E você vem comigo! - Segurou em meu braço, forçando um sorriso para Sônia.
- Essas crianças! - Ouvimos ela murmurar, ainda sorrindo.
Aproveitei a deixa segurando na mão direita de Henry, ignorando o choque que senti quando sua pele entrou em contato com a minha, o levando para parte de trás do colégio.
- Charlotte! Eu ainda estou molhado. - Murmurou, nervoso mas não impedindo-me de puxa-lo. Ele era exagerado, logo a camisa secaria sozinha, ainda mais com o sol que estava lá fora.
- Secamos isso depois! Temos coisas mais importantes para pensar.
- Realmente, para estar aqui matando aula, é realmente importante.
- É irritante quando você faz isso, sabia? - Perguntei sentando no degrau, ao lado da porta que dava para os fundos.
- Hum?
Revirei os olhos, o vendo sentar ao meu lado.
- Conhecer-me dessa forma.
- Ah isso! Fazer o que, são anos te aguentando. - Ele sorriu de forma travessa.
Sorri também, dando um soco leve em seu braço.
- Eu sei, confesso que é um pouco fofo.
- Digo o mesmo para você, Page.
Nossos olhos prenderam-se um ao outro, enquanto o sorriso estava escondido no canto de nossos lábios.
Henry Hart era ridículamente bonito demais, com suas madeixas loiras arrumadas em um topete impecavel, fazendo contraste com o sol que parecia fazê-lo brilhar, seus olhos transmitiam-me paz e seguranca.
Ele era praticamente perfeito, mas isso não mudava o fato de que ele a beijou, mesmo dizendo amar-me, ele beijou ela, entao não deveria exerga-lo dessa forma, mesmo que meu coração sempre errava as batidas com o seu olhar profundo preso ao meu.
Por esse motivo, decidi quebrar nosso intenso contato visual, trazendo-nos de volta à vida real, começando a contar-lhe sobre o plano:
- O plano consiste basicamente na minha aproximação de Oscar, para descobrir como ele sobreviveu ao incêndio, e descobrir todos os seus malditos segredos.
- De jeito nenhum!
Sorri com desdém. Era hilário ele tentar controlar-me da forma que estava fazendo.
- Por que não?
- Porque ele é Oscar maldito vilão White.
- Não vejo motivo suficiente.
Ele bufou, passando as mãos no rosto, irritado com aquela conversa.
- Ele sabe quem somos, então não tem como isso dar certo.
- Não seja burro Hart! Ele sabe quem somos, mas ele não sabe que descobrimos sua identidade secreta, para ele, não sabemos que ele é o maldito vilão, sabemos que ele é apenas: Oscar White.
- Como consegue ser tão inteligente?
- Da mesma forma que você consegue ser tão idiota.
- Aí, pega leve!
- Deveria? Porque eu ainda não te perdoei.
- É... eu sei
- Então, por que eu deveria pegar leve?
-Porque pode parecer que não, mas eu tenho sentimentos.
-Tem mesmo?
Perguntei sarcasticamente, de forma áspera.
- Tudo bem, eu já entendi!
Seu tom também era áspero.
- Entendeu mesmo? Porque você costuma ser lerdo.
-Eu sei que está com raiva de mim, mas você está magoando-me de verdade.
- Ótimo! Não queria que fosse de mentira.
- Desculpe!
- O que?
- Desculpe-me! Eu sei que nada do que disser vai melhorar o que está sentindo, mas eu realmente sinto muito!
Suspirei. Não era tão fácil esquecer a dor que estava assolando meu coração, estúpido coração, mas isso não impedia-me de perdoa-lo, afinal, suas desculpas pareciam sinceras.
- Tudo bem, eu o desculpo, mais...
- Essa é a Charlotte! Sempre tem um mais... - Murmurou, zombando de minhas palavras, o que fez meus olhos revirarem, dando uma volta completa.
- Sinta-se feliz porque o desculpei, nem isso você merecia, Hart.
- Estou super feliz. - Suspirou, sendo sarcástico.
Ele abaixou a cabeça, demonstrando estar de alguma forma abalado com as minhas duras palavras, mas eu não podia seder, ainda estava doendo.
Não era como se não tivesse acontecido, desculpas não tirariam a patética lembrança dele a beijando.
Um longo suspiro saiu de meus lábios.
- E também, o foco não somos nós e nossos confusos sentimentos, o foco é o nosso plano.
- Que eu odeio.
- Isso tudo é ciúmes? - Zombei, sentindo a intensidade de seu olhar, que agora estava novamente preso ao meu.
- Não gosto de pensar que ele ou qualquer outra pessoa vai tocar no que é meu. - Sussurrou, como se dissesse para si mesmo, e não para mim.
Ri com desdém. Eu não era dele, nunca fui e nunca serei.
- Você nunca me teve, Hart!
- Ainda não, Charlotte, ainda não, mas logo terei! - Sussurrou como se fosse um vilão de um estúpido filme infantil.
- Isso foi uma ameaça?
- Isso foi uma afirmação.
O sorriso convencido, que tanto iritava-me, estava estampado em seu rosto.
- Só na sua imaginação, Hart!
- Não está certa disso. - Desafiou-me, ainda sorrindo daquela forma irritante.
- Você sabe que estou. - Imitei seu maldito sorriso, como se aceitasse o seu olhar desafiador, mantendo-o fixo ao meu.
- Vocês vão se beijar?
- O que ?
-Ele vai tentar te beijar!
- Por que acha isso?
- Já viu a forma que ele te olha?
E o ciúmes, estúpido ciúmes estava de volta.
- Henry, será uma aproximação, apenas como amigos.
- Também eramos amigos e olha onde estamos agora!
- Continuamos amigos. - Bufei.
- Você continua, porque eu já me declarei, já deixei claro tudo o que sinto, Char! Eu... eu disse que te amo, isso não significou nada para você? - Suspirou, demonstrando um pouco de tristeza em seu tom e olhar.
- Significaria, Henry. - Suspirei. - Se eu realmente conseguisse acreditar em suas palavras.
Eu estava sendo sincera, ele havia quebrado minha confiança, e não era tão fácil conquista-la. Era quase impossível.
- E por que não consegue?
Sussurrou, segurando em minhas mãos, fazendo-me engolir em seco, sentindo o choque elétrico que sentia toda vez que ele tocava-me.
- Porque você moveu os lábios para dizer que me ama, mas também os moveu para beija-la.
- Char, era um beijo de despedida.
- Isso era para fazer-me sentir melhor?
- Não deu certo?
- Não!
- Por que?
- Porque sendo de despedida ou não, você quis beija-la. - Soltei de suas mãos, sentindo a raiva voltar novamente, com força e sem aviso prévio.
- Acho melhor me calar...
- Também acho!
O silêncio durou cerca de dois segundos, logo o tom aveludado e suplicante de sua voz, atravessou meus ouvidos, fazendo-me olha-lo novamente.
- Não tem outro jeito?
- Achei que ia se calar. - Murmurei, lembrando-o que seu silêncio durou apenas dois segundos, dois míseros segundos.
- Eu vou! Mas não tem outro jeito, além desse plano?
- Não! E também... teremos que brigar. - Sussurrei com receio de sua reação.
- Hum? - Seus lábios formavam uma linha reta, enquanto ele fingia que não havia entendido-me.
- Temos que fingir uma briga, ficará mais fácil para que ele acredite que quero estar perto dele.
Ele suspirou, puxando uma certa quantidade de ar.
- Quando?
- Quando, o que?
- Quando vamos fingir brigar?
- Não sei ainda, mas logo.
Teria que ser no momento perfeito, para que nada desse errado, e Oscar caísse em nosso plano.
- E Jasper?
- Manteremos ele fora disso.
Era o melhor a fazer, não envolver mais ninguém além de nós dois, não envolveriamos Ray, Schwoz, Jasper e muito menos Piper.
- Estou realmente acreditando que quer estar perto dele.
Resolvi provoca-lo.
- Talvez eu queira.
- Qual é? - Seu tom suplicava-me para que parasse com aquela tortura, porque era isso que parecia para ele, tortura psicológica.
Mentiria se dissesse que não estava gostando de vê-lo assim.
- Seus olhos verdes me atraem. - Suspirei.
Isso não era mentira, os olhos de Oscar sempre atrairam-me.
- Para Charlotte! - Ele fingiu tapar os ouvidos com as mãos, elevando um pouco o tom de voz.
- Parece que quando chega na fase difícil do jogo, você desiste de joga-lo não é mesmo?
- Nunca foi um jogo para mim!
- Será? Porque é o que sinto.
- Você só está com raiva e magoada demais.
- Nisso você tem razão.
- É eu sei... - Sussurrou. - Mas você vai beija-lo?
- Se for preciso. - Mordi os lábios, decidida a continuar a provocação, era hilário vê-lo com ciumes, afinal, costumava estar sempre no seu lugar.
Sentindo o patético ciúmes de todos os seus namoros fracassados.
- Hum? - Ele sabia o quanto essa palavra iritava-me, mas ele continuava usando-a propositalmente.
- Se for preciso, para o bem do plano, eu vou beija-lo, Henry!
- Oh merda!
- O karma é uma merda mesmo, Hen.
Sorri, logo em seguida mostrando-lhe a língua.
- Então... posso te beijar antes?
- O que?
- Você sabe... antes desse maldito plano começar.
- Nem pensar! - Levantei-me, tentando fugir daquela situação embaraçosa, mas ele levantou-se junto comigo, fazendo com que lhe desse as costas, dispostas a fugir dele.
O que obviamente não deu certo.
E talvez, só talvez, eu realmente quisesse ser beijada por ele.
Ele segurou meus braços, virando-me para ele, e segundos depois seus lábios estavam no meus, tentei relutar, colocando as mãos em seu peito, mas ele aprofundou o beijo, encostando-me na parede mais próxima, prensando seu corpo ao meu, automaticamente minhas mãos foram para suas madeixas enrroscando-se ali, sua lingua encaixou-se a minha, e era patético a forma que meu corpo reagia, entregando-se totalmente a ele.
Henry Hart ainda iria matar-me, eu tinha certeza disso, matar-me de tanto tentar lutar para resistir a ele. O que de fato nunca dava certo.
Ele tinha-me, mesmo negando, eu sabia que era dele, e ele estava certo disso. Totalmente certo.
Quando o ar fez falta, separamos lentamente, minhas mãos o empurraram, mas o sorriso estava no canto de meus lábios.
- Eu não resisti. - Ele piscou.
Ainda sorrindo caminhamos para nossa próxima aula, aula de educação física, que claro, eu odiava; o fato de ter que correr, ficar suada, era horrível só de pensar.
Eu normalmente ficava sentada ao banco, mas hoje o professor avisou que era aula de queimada, e dessa aula eu até que gostava. Avistamos Jasp parado ao lado do professor com o apito, ele era o juiz.
O professor explicou as regras que já conhecíamos sobre o jogo, logo após escolheu Henry e Oscar para serem capitães de times opostos, enquanto algo parecia alertar-me que aquilo não daria certo.
- Certo, meninos, escolham a primeira pessoa para o time de vocês!
- Charlotte! - Arregalei os olhos, ouvindo os dois garotos rivais falarem meu nome.
- Não seja tolo, Oscar, Charlotte ficará no meu time! - Henry cerrou os punhos, mostrando que estava novamente ficando nervoso.
- Que tal deixarmos ela escolher, Hart! - Oscar disse entre dentes, e seus olhos pareciam queimar Henry, literalmente.
Respirei fundo, revezando meu olhar entre eles, sem saber ao certo o que fazer, para o bem do plano eu deveria escolher Oscar, mas para o bem da minha amizade com o loiro, amizade de anos, eu deveria escolher Henry.
Certo a amizade era ainda mais importante, o plano poderia esperar.
- Hum... Estou no time do Henry, sinto muito! - Tentei sorrir para Oscar, que bufou.
- Eu ainda serei sua primeira escolha, Charlotte!
O arrepio subiu desde meus pés até a minha cabeça, como se houvesse passado uma corrente eletrica por todo meu corpo, mas nao era uma sensação boa, estava longe de ser.
Após sua fala possessiva Henry puxou-me para seu lado, como se tentasse proteger-me de algo, proteger-me dos olhos famintos de Oscar.
O jogo seguiu normalmente, a quadra dividida entre os dois times, Henry versus Oscar, nosso time permanecia ainda com cinco jogadores e o de Oscar havia sobrado apenas três, contando com ele.
Isso fez com que Henry mantivesse um sorriso presunçoso em seu rosto, exibindo para Oscar sua previsível vitória.
- Ora, ora, parece que alguém já perdeu não é mesmo, Oscar? - A provocação continuava, e mais uma vez algo alertou-me que aquilo não daria certo. Não para mim.
- Não deveria comemorar vitória antes da hora, Hart!
- Esse jogo já está ganho, desde que Charlotte escolheu-me ao invés de escolher você!
Oscar sorriu, o sorriso sujo estava de volta em seu rosto.
- Não esqueça, Hart, quem ri por último ri melhor!
A partir de sua fala, tudo aconteceu de forma rápida, rápida demais, Oscar jogou a bola vermelha que estava em suas mãos, a força usada foi tão excessiva, que parecia um foguete vindo na direção de Henry, mas ele desviou.
- CHARLOTTE! - O grito de Henry ecoou pela quadra.
Assim como a briga de hoje mais cedo, não foram horas, minutos ou segundos, foram apenas menos milésimos de segundos que senti meu corpo voar para longe, caindo fortemente no fim da quadra.
E contra a minha vontade, tudo escureceu...
NÃO ME MATEM!!! 😇😇😇
QUEM VAI SALVAR A CHAR, AGORA????????
Oie meus amores ( a louca da madrugada)
Não canso de agradecer, todo carinho, comentário e apoio que recebo, me faz tão feliz, obrigada ❤
Perdoem pelos erros e quantidade de palavras, 3 mil - socorro - mais esse capítulo precisava ser longo. E eu estava inspirada☺😥
Acho que nesse capítulo se vai voltar a gostar do Hen, em? Alli_br kkkk
Gente quem viu que vai ter live amanhã(no caso hoje) de HD e eles prometeram responder todas as perguntas Chenry, tô ansiosa mais com medo, afinal, a nick adora iludir a gente né???
Leiam as histórias dessas deusas que roubaram meu coração
Alli_br Goneg1rl AdharaGoldstein AutoraMediana
❤❤
Escrevi uma one (Jaele) caso se interessem só clicar nesse ícon lindo e ler no meu perfil
🤗💗
Ps: Tem referência de teen Wolf ( do meu casal Stydia que esperei 5 temporadas para ser endgame) e Elite nesse capítulo, eu amo
💗😊
Sua estrelinha e comentário vai me deixar
muito feliz
🌟❤️
E seguimos na quarentena, então vamos ler histórias né???
Beijos Dangers ❤❤
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