Capítulo 29
— o que foi?-Flower me pergunta me olhando estranho, pego meu casaco e as chaves do carro, mostro o celular para ela e ela fica observando a foto, tento ligar para o Gael um monte de vezes mas era inútil
— Laura, se acalma sua respiração está alterada você sabe que é perigoso por conta do afogamento—me levanto da cadeira e abro uma garrafa de champanhe saio pela porta e Flower vêm atrás
— espera
— pode ser o Gael Flower então eu vou voltar para ficar vou voltar por nós eu não consigo me achar se eu perder ele
— como vai dirigir bebendo- sem dar ouvidos a ela dou partida no carro e saio, tento ligar para Gael enquanto eu estava no carro cada vez era mas inútil quando chego nem encosto o carro somente abro a porta e saio correndo lá para dentro, não tinha ninguém na casa só tinha sangue pelo chão, ouço mais um carro chegar era a Flower. Sigo a trilha do sangue que levava ao banheiro quando abro as cortinas antes da banheira vejo um cadáver dentro de um saco
Busco uma tesoura e corto as fitas para que o saco revelasse de quem era o cadáver, era o Victor ele estava morto vejo Flower se aproximando e corro para abraça-la talvez para tentar conforta-la mas ela ainda não sabia do que se tratava, mas com passos lentos ao se aproximar ela vê, ela se ajoelha no chão e da um grito talvez seja um desabafo antecipado ela bate com as mãos no chão, vejo suas lágrimas caindo em poças de sangue
— Flower, eu sinto muito—digo engolindo seco e o choro que estava vindo fácil
— sai daqui Laura me deixe sozinha, você sente muito tem certeza? Se você não estivesse aparecido acha que ele estaria morto agora?—ela diz e na hora cruzo os braços
— Talvez ele estivesse e a culpa não é minha— digo virando as costas paro antes de sair do cômodo e olho para trás— reflete, eu vou indo porque você não está bem, vou para o quarto e começo a chorar escondido e bebendo ainda meu champanhe é como se os problemas nunca fossem embora talvez a cada vez em que achamos que acabou estava só começando
Talvez um novo surto, novas lágrimas, novas partidas novos vilões, novas torturas, cada vez mais problemas. Já fazia um bom tempo que eu estava escutando Flower chorar no banheiro eu já tinha tomado toda minha garrafa de champanhe fico a pensar sentada na cama
ouço barulho na porta mas Flower ainda está chorando no banheiro me levanto da cama saindo do quarto bem de vagar quando chego perto do banheiro tinha um cara com a arma apontada para Flower ela não tava ném vendo corro em direção a ele e com força quebro minha garrafa de champanhe na cabeça dele e ele cai no chão a pancada foi forte ele vai morrer
— olá, bonitão cadê todo mundo?—digo rindo e Flower me olha com cara de deboche
— Você tá bêbada?—começo a gargalhar da cara dela
— não, vem vamos procurar os outros—digo saindo e tropeçando nas coisas
— tem câmeras lá para cima podemos ver se tem mais alguém—olho em direção ao porão onde Azi e Mary estavam pela última vez quando chegamos lá eles estavam vivos e eu fiquei surpresa
— nossa mais vocês ainda estão vivos?— ouço dois tiros e vejo eles baixando a cabeça — acho que morreram, Flower, dessa vez não fui eu
— ném eu — ela diz e um homem aparece armo a arma e aponto para ele e ela faz o mesmo
— Poxa meninas vim de longe e assim que vão me receber — ele indaga e ainda sorrindo
— assim para pior, quem é você?— ele se encosta na parede e repito a pergunta com um Tom de voz mais alto
— primeiro baixem as armas, em questão de segundos eu posso acabar com o Gael. Aquele cara que matei hoje cedo acho que é Victor o nome dele, ele implorou pela vida ele disse um nome antes Flower, e deixou uma carta de despedida não podem dizer que eu sou ruim deixei ele se despedir de alguém— ele joga a carta em nossos pés
— Seu desgraçado de merda—Flower aponta a arma e me aproximo dizendo para que ela abaixasse a arma mas ela tava tão alterada que não me ouvia
— acha isso justo Laura?eu e o Victor íamos casar e eu... Eu...— ela coloca a mão na barriga e eu levo minha mão na boca e digo ah, meu Deus
— atira querida e eles matam o Gael— ele resmunga ainda encostado na parede ele estava muito calmo, tiro a arma da minha cintura e aponto para ele novamente
— Desgraçado, insensível— quando ele vê que eu iria atirar ele mostra uma gravação da câmera do elevador tinham dois caras estavam com uma arma apontada para o Gael ele desencosta da parede e antes que saísse do local ele diz
— acha mesmo que sou insensível acabei de matar meus únicos filhos— ele sai e Flower cai em prantos dou um abraço nela e puxo as câmeras do elevador e a imagem que vejo estava bem clara
— desgraçado— saio correndo do porão e Flower pergunta o que foi mas eu não respondo só corro em direção do elevador quando faço a volta que unia paredes era o Gael deitado lá, grito em forma de desabafo e ajoelho no chão me sentindo sem forças para continuar meu choro vinha bem do fundo me tirava toda respiração, e toda a força que ainda me restava, o tempo que eu e Gael ficamos longe não reconstruiu nada apenas destruiu. Flower se apoia contra a parede chorando
— Por... Por... Fa...Favor Flower vai volta para onde estávamos, va... Vamos resolver isso— indago quase não conseguindo falar ela me olha e sorri irônica em forma de deboche
— desculpa mas não vamos trazer mortos de volta a vida—ela sai chorando, mesmo sem forças engatinho até o Gael tentando o levantar o apoio em meu colo minhas lágrimas caem e meu choro não sai mais baixo não tive nem coragem de ver se ele estava vivo por medo da resposta que eu iria obter
— da para parar de chorar em cima de mim? — vejo ele levantando sua mão e colocando uma mecha do meu cabelo para trás. Puxo ele mais perto e o abraço em questão de segundos ele me beija
— Pensei que não voltaria mais não por mim— ele diz ainda com os olhos fechados
— mas eu não voltei por você, voltei por nós você está bém?— ele sorri tímido
—Eu tô foi só uma pancada na cabeça, Pode dizer para o Victor vir aqui—quando ele fala isso olho para cima mas não consigo impedir minhas lágrimas de rolarem, ele me abraça e se levanta me dando a mão para que eu levantasse ele me abraça tentando me confortar
— vai ficar tudo bém fica calma meu Amor—ele fala assim mas ele sabe que não vai ficar nada bém é só o começo de tudo é só o começo entre um conflito de máfias onde vai sair choro, desespero, mortes, desentendimentos, brigas, troca de tiros, Guerra, vingança e no fim só no fim talvez não estejamos tão próximos talvez separados, talvez um só de nós sobre a terra ou os dois no mesmo cemitério ou talvez seguiremos o mesmo caminho .Ele me pega no colo com uma perna de cada lado de seu corpo e encosto a cabeça em seu ombro e ele sai andando dali comigo ainda em seu colo
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