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Capítulo 15

      Vou saindo pela porta e Flower vinha vindo, ela olha para mim e para o Gael que estava caído no chão e o copo quebrado. Desvio o olhar e suspiro enquanto ela me encarava e penteava seus cabelos com os dedos. Não sei se eu devia me preocupar, mas ela pode me parar aqui.

— Ed, me contou o que você está querendo fazer. Acha mesmo que vão deixar o Gael em paz? Eles não inimigos — afirma ela

— Flower, ele vai esquecer de proteger a si mesmo se ele ficar tentando me proteger. — concluo

— Você sabe de quem está falando? Ele é o chefe da máfia. Ele com certeza está fazendo algo, apenas confie nele — diz ela tentando me convencer

— Me perdoa, mas é uma escolha minha — concluo. Pego uma arma que estava na minha roupa e atiro na perna dela. Ela cólica a mão na perna gemendo de dor e sinto uma lágrima molhar meu rosto.

— O Gael vai ficar puto com você — diz ela sentando no chão.

— Eu sei, mas avisa ele que nunca é tarde para amar — digo enquanto guardo a arma. Saio de lá e monto no carro, na estrada eu sentia meus olhos lacrimejar e minha respiração ficar pesada. Gael vai ficar puto comigo, ele nunca vai me perdoar e a Flower se eu sobreviver ela ainda vai me devolver esse tiro. Encosto o carro e ligo para o Azi.

    Ligação on...

— Onde você está? — pergunto

— Sempre sábia, essa é a minha garotinha, sempre fazendo a coisa certa — ele gargalha comemorando sua vitória.
— Vou te mandar o endereço — diz ele desligando a ligação.

     Ligação off...

    O local onde ele quer é bem distante, então vou ter que dirigir por muito tempo ainda.

    Algumas horas depois...

   Depois de algum tempo Gael já ligava sem parar e eu estava totalmente sem forças para atender. Por fim acabo atendendo

      Ligação on...

— Porra, o que você pensa que está fazendo? Que merda você está fazendo, Laura? — pergunta ele. Posso perceber o quão irritado ele está agora

— Você não devia... — sinto minha voz ser abafada pelo choro. — Não devia ter ligado. Me deixa ir, agora estou atravessando a fronteira do meu vício. Dê outra chance para o amor, dê outra chance a você, nunca é tarde para amar. Espero que encontre a sua felicidade, espero que se encontre primeiro em si mesmo. Adeus ou até já.

       Ligação off...

  Ligo o carro novamente e a chuva estava forte e não tinha como dirigir, o parabrisa não estava conseguindo limpar toda aquela água que estava caindo no vidro. Desligo o carro e desço para comprar algo para comer. Saio do carro e sinto o frio congelar meu corpo e a água gelada da chuva me molhando. Corro até o coberto e começo a observar como a chuva está forte.

— Garota se quiser sobreviver aqui vai ter que por uma roupa maior calças, tocas, blusas, um guarda chuva. Como consegue sair de casa assim? Olha só esse tempo — diz um homem que estava do meu lado

— Eu não sou daqui é temporário vou sair do país daqui alguns dias — respondo

— Quase me esqueci, prazer sou o Mike — o mesmo me estende a mão

— O prazer é meu. O meu nome é Laura — aperto sua mão

— Que bom que nos esbarramos senhorita, trabalho para o Gael, faz ideia de como ele tá preocupado? Ele está muito puto com sua atitude — diz Mike

— Tudo aconteceu muito rápido, não deu tempo de me despedir — digo suspirando satisfeita de ter conseguido me secar e estar quentinha.

— Azi está aqui. Você pode correr por favor? Deixa o carro aqui porque não consegue passar nas próximas ruas estão em reconstrução — ele me avisa enquanto acende um cigarro. Saio de lá e entro em uma rua deserta, os meus saltos estavam acabando com meus pés e Azi estava logo atrás de mim. Me escondo atrás de um poste, mas ele me vê. Sempre fui péssima em esconde-esconde

— Laura, pensei que ia se entregar pelo Gael como combinamos — diz ele colocando as mãos no bolso do seu casaco

— Eu devia, mas nem deu tempo. Olha você aí cara, já está aqui perto de mim — respondo tentando alcançar um pedaço de pau que estava do meu lado. Espero ele destruir e bato na cabeça de com força e ele cai desmaiado no chão. Suspiro aliviada e quando olho tinha um policial se aproximando

— Merda, merda, merda, merda — sussurro para mim mesma. Ele se aproxima e olha Azi no chão

— Foi você? — pergunta ele — Me acompanhe até a delegacia, tudo que disser poderá ser usado contra você no tribunal — diz ele pegando sua algema e se aproximando de mim. Ouço um disparo de um tiro e o policial cai no chão. Foi o Azi, ele se levanta do chão com a mão na cabeça e gargalhava enquanto olhava para mim com desprezo.

— Não foi assim que te criei sua mal criada — diz ele

— Eu cresci sozinha — respondo e ele me dá um tapa no rosto

— Vamos jogar? Se conseguir andar na corda bamba que atravessa os dois prédios no último andar eu deixo você e o Gael em paz. Se você cair já não haverá nada que eu possa fazer.

   Contínua... 

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