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Capítulo 12

   Leon me puxa para trás e tapa minha boca com sua mão. Aquele lugar estava escuro então Gael não viu quando eu fui  puxada, Leon segurava uma faca no meu pescoço e eu evito me mexer ou gritar

— Laura, vem para cá — Gael insiste em me chamar

—  Vocês vão matar mais alguém do meu povo? Eu quero vingança e seu pai o chip e claro eu vou ficar com boa parte desse dinheiro — Leon sussurra no meu ouvido

— Leon, por favor... — o chamo quase em sussurro e ele tira a faca do meu pescoço me puxando para trás. Mordo a mão dele que estava cobrindo minha boca e quando tento correr ele me puxa pelo cabelo e me joga na árvore onde acabo caindo

— Laura — escuto Gael gritar de longe

— Você se acha muito esperta não é? Mas você vai pagar sua vagabunda, vai pagar por tudo — ele pega a faca novamente e vem para cima de mim. No mesmo momento Gael aparece e Leon enfia a faca na minha barriga — Eu voltarei — Diz ele removendo a faca e sai correndo como um covarde. Flower, Victor e Ed vão atrás dele

— Laura, por favor aguente firme —  Diz Gael tentando tapar meu ferimento. Eu já estava vendo estrelinhas, é ruim estar em um cenário onde eu jamais imaginei estar, e ainda assim ser o alvo principal. De alguma forma eu sei que eles não vão parar até pegarem o chip e para isso vão ter que me machucar

— Eu só quero sobreviver — sussurro com a voz falha e sinto muita dor e estava quase impossível me manter acordada. Gael me pega delicadamente e acabo desmaiando nos braços dele

Gael narrando...

  Nunca vi alguém querer tanto assim sobreviver. Ela é uma menina meiga e ainda vê soluções para tudo e não entende o quanto as coisas se complicam a todo momento principalmente para ela eu não poderei protege-la o tempo todo por mais que eu esteja disposto a tentar.
  Como ela vai lembrar de mim quando tudo isso acabar? Ela lembrará de mim? Eu espero que tudo acabe bem pelo menos para ela.

Levo ela para o hospital mesmo sabendo das perguntas que iriam me fazer chegando lá eles já colocam ela na maca. Enquanto ela estava na sala eu não tinha notícias alguma sobre ela e eu espero que ela sobreviva e possa viver a vida que sempre quis seja lá como for a versão dela.
  Algum tempo depois o médico vem em minha direção

— Senhor, tenho boas notícias — diz o doutor todo alegre — O corte não foi fundo então não precisou de cirurgia e nem nada do tipo. A menina desmaiou por uma batida na cabeça e pelo susto, não foi pela facada — afirma o doutor

— Já podem liberar a minha entrada? Eu quero vê-la — digo me aproximando.

— Como a garota se machucou? — pergunta ele curioso

— Eu não sei, ela é uma amiga, eu a encontrei caída na rua, ela estava ferida e pálida então a trouxe para cá imediatamente — respondo

— Me desculpe senhor, mas apenas familiares podem entrar no momento. Qual o nome da garota? Sabe algum número que eu possa ligar? — pergunta ele

— Não, ela não tem familiares e eu sou a única pessoa próxima dela e quero ver como ela está — digo passando por ele e ele me segura

— De acordo com as regras... — ele continua a falar

— Fodam-se as regras. Eu não ligo — continuo andando e ele vem atrás de mim

— Se perguntarem diga que é um familiar.  Pode entrar ela está tomando soro, mas assim que acabar já pode levá-la para casa.   E não se esqueça de comprar os
remédios e preencher os papéis antes de sair — avisa o doutor abrindo caminho para que eu passasse

Vou até o quarto e ela já estava acordada e me sento em uma cadeira que se encontrava ao lado da cama. Ela sorri ao me ver, mas continua em silêncio

— Eu fiquei assustado — digo cabisbaixo

— Posso pedir uma coisa? Olhe para mim quando falar comigo e isso não foi culpa sua — ela responde colocando dois de seus dedos em meu queixo e levantando a minha cabeça e nossos olhares se encontram, como em um filme dramático de romance, mas a cada minuto que passa o seu tempo de vida vai ficar  menor se não agirmos logo

— Laura... — murmuro, mas ela impede que eu continuasse

— Vai sempre precisar de alguém para culpar? — ela diz olhando para cima enquanto uma lágrima molhava seu rosto

— Por que quer tanto viver? — pergunto tentando mudar de assunto

— Eu ainda não acabei aqui — ela responde limpando a lágrima que insistia em cair

— E quando vai acabar? — pergunto e ela me encara como se quisesse me matar
— Entendi e vou levá-la para casa hoje. Vou preencher sua alta e já volto. Toma uma arma se caso alguém suspeito entrar pode puxar o gatilho — Concluo. Dou um beijo em sua testa e saio do quarto

Laura narrando...

   Cada vez eu penso mais o quanto é impossível sobreviver. É tudo tão difícil e eu nem sei como vou sair de tudo isso viva, mas de qualquer forma eu sei e pelo visto Gael também sabe que eu estou em perigo e a cada minuto que passa os problemas aumentam e meu tempo diminui. Alguns minutos  depois o médico entra no quarto e achei estranho, não se parece com o médico que estava me atendendo, tiro a agulha do meu braço já ciente de que tinha algo errado e de cabeça baixa aquele homem se aproxima com uma seringa na mão e aplica no meu soro. Ele tira suas luvas e máscara

— Agora pegamos você -— diz ele com um sorriso vitorioso. Puxo a arma que Gael havia me dado e aponto para ele

— Será que pegou mesmo? — pergunto sarcástica. Armo a arma e atiro na perna dele. Me levanto da cama e bato a arma na lateral da cabeça dele o fazendo desmaiar, mas tenho certeza que ele não é o único que está atrás de mim

Continua...

___

— Você nasceu para ser real não para ser perfeito ❤️

— Min Yoongi. 💜❤️
 

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