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Capítulo 17: Narrativa de Camille Belmont

CAPÍTULO 17 — Narrativa de Camille Belmont

Conto aqui a minha narrativa dos principais fatos ocorridos na viagem para Cannes até o dia 23 de setembro.

Primeiramente, gostaria de destacar que muito do que será escrito aqui será provavelmente construído conforme a minha opinião. Talvez algo não tenha acontecido do mesmo jeito que me lembro e só estou exagerando.

Tudo começou quando Delilah acabara de trancar o curso... Não tinha como eu me esquecer deste detalhe. Ela já queria desistir da faculdade há um tempo. Acredito que ela tenha ficado entediada e quis viajar. Delilah é assim. Não para quieta e não consegue ficar em um mesmo lugar durante muito tempo, ou sempre tem de fazer algo novo... é o jeito dela.

Então convidou todos nós para essa viagem. Já estava bem decidida que o destino principal seria a França. Parecia já ter tudo muito organizado.

Não me lembro de como cada um reagiu a essa sugestão. Lisa, no entanto, sei que aprovou com gosto a ideia. Como uma clássica europeia, Lisa gostava muito da França. Devon com certeza também gostou e provavelmente até pensou na ideia com a própria Delilah. E também me lembro que Lauren não gostou muito disso tudo. Ela ficou relutante em vir. Mas agora não me vem a mente o porquê.

Lembro-me de ela murmurar para Ryan coisas como "Delilah não tem mais com o que se preocupar? Deveria estar estudando! Ou folgando seu velho pai e tentando arranjar um trabalho". Lauren não costuma ser birrenta assim, mas havia algo familiar em suas falas. Dor de cotovelo, é claro. "Com certeza ela não tem mais com o que gastar dinheiro. Nosso semestre acabou de começar."

Mas com o tempo ela mudou de ideia. Delilah não se afeta com nada do que Lauren diz, é o que percebo... Ela explicou que a viagem seria nas férias e que já tinha deixado tudo planejado. Comprou a passagem de Lauren e tudo mais. Achei isso muito estranho.

Alguns dias antes da viagem, Lauren nos convidou para o apartamento da família dela em Bervely Hills. É bem comum ela nos chamar para lá, na verdade. E desta vez, todos nós fomos, mas Devon e Delilah rejeitaram o convite. Lauren as chamou, tal como sempre chama, mas elas não foram conosco. Não sei o motivo.

Veja, certamente não é a minha intenção insinuar coisa alguma. Ambas Delilah e Devon são minhas amigas. Mas é impossível achar que toda essa situação fora normal, levando em consideração o contexto que me leva a escrever este relato...

Nós chegamos a Cannes no dia 15 de setembro, por volta das dez horas da manhã. Nosso voo atrasou um pouco. Devon e Delilah chegaram bem mais cedo. Eu não havia comido direito naquele dia, então estive enjoada a manhã inteira.

Veja, Dr. Gauthier, está longe do meu perfil ser atenta, mas reparei algo a caminho do hotel neste dia: há muitas ruas em Cannes que não me passaram despercebidas e certamente não pela beleza! Passamos por uma, em especial, muito acanhada e tomada por buracos. Nunca me contaram sobre essa parte da França, a propósito. Aqui há muito lixo no chão, também... Ouvi dizer que vem de Paris. Nunca experienciei nada do tipo em toda a minha vida morando em Barcelona.

O carro balançava muito em consequência dos buracos e, é claro, o meu enjoo piorou. Então pedi um comprimido à Devon, que também havia tomado um outrora. Ela abriu sua mochila para pegá-lo, e então, com todo aquela roda-viva, algumas de suas coisas caíram no assoalho do carro e outras no banco. Dois envelopes surrados caíram em meu colo. Eu não os li, naturalmente, embora tenha ficado bastante interessada quando Devon os tomou de mim tão rápido... Depois de todo o ocorrido com Lisa, considerei por um instante serem os envelopes das cartas que Delilah recebeu.

Vou pular os acontecimentos até o dia em que Lisa foi assassinada, dia 23. Essa é a parte mais importante, de qualquer jeito.

Nós fomos para o Boulevard de la Croisete às pressas. Delilah estava apressada, na verdade, e eu ainda não sabia o porquê. Ela não sabia exatamente onde seria o baile, mas estava tentando se localizar. No final, quem de fato achou o tal lugar, foi Lisa. Lisa sempre foi muito observadora. Ela tinha o costume de caminhar devagarinho, olhando tudo ao seu redor para lembrar-se dos detalhes depois. Era uma característica muito particular.

"É ali", lembro-me de Lisa dizendo. "É ali o evento. Creio que seja em um hotel."

E ela estava certa. Era um prédio bege, largo e não muito alto. Havia muita gente bem vestida na frente dele.

"Como você sabe?", Devon a questionou.

Lisa falou: "Eu não sei. Suponho que seja. Todos que entraram estão vestidos com as mesmas cores que nós."

Depois, entramos e eu não a vi mais. Estive conversando com Ryan e Lauren durante o pouco tempo que aproveitamos a festa. Minutos depois, Ryan saiu no meio da conversa para fazer algo que já não me lembro mais, então fiquei conversando somente com Lauren. Até que finalmente pus a máscara de baile no rosto e seguidamente um dos meus brincos caiu no chão.

Minhas joias de escarlate foram muito elogiadas naquela noite. Como estavam todos de máscara, não consigo me recordar do rosto de ninguém. Além disso, não teria como alguém ter surrupiado. Eu senti o brinco caindo. Senti soltando-se da minha orelha. Sei que o senhor discorda fortemente disso, mas a joia realmente caiu! Depois, desapareceu no chão e está perdida até hoje, como o senhor bem sabe.

O procurei por toda a parte. Fiquei totalmente exaltada. Lauren tentou me ajudar a procurar e depois não a vi mais. Todos parecem ter sumido naquela noite. É um fato curioso que só percebi em meados desta semana: somente Delilah estava a minha vista no momento em que Lisa morreu. Bem, é algo a se pensar sobre, visto que posso testemunhar que não é possível ela sequer ser uma suspeita para o crime.

Levando isso em conta, volto a narrar os acontecimentos após o sumiço da minha jóia no salão de baile: assim que Lauren saiu, eu vi Delilah parada, em pé, encarando um quadro na parede. Não sei por que, mas ainda guardo essa lembrança. Ela estava muito plácida ali e parecia deslumbrar um museu. Ficou muito espantada e pálida quando eu chamei seu nome. Parecia ter visto um fantasma.

Ela disse: "Que susto, Camille."

Então perguntei muito calma: "Você viu o meu brinco?", e ela pareceu não entender.

Delilah perguntou: "Não está na sua orelha?"

"Só um, eu... eu perdi o outro. Acho que caiu assim que coloquei a máscara."

Então ela negou ter visto o brinco. Eu insisti para que ela me ajudasse a procurar, mas ela não quis, é claro. Pedir ajuda à Delilah significa receber um não a qualquer momento.

E aí foi quando a agitação começou. Os tiros foram rápidos e bruscos, mas de som muito alto. Eu quis correr para fora do hotel, assim como todos, mas Delilah, curiosa como é, quis subir para descobrir do que se tratava. Acredito que tenha sido mais instinto do que meramente uma curiosidade. Ela sabia que tinha algo a ver com as cartas que recebera.

Delilah correu para o andar de cima e eu fui atrás. E o que vem depois, bem, o senhor já sabe. Delilah e eu vimos a tragédia que fizeram com Lisa. Foi a cena mais traumática que presenciei. Havia sangue entornado por todo o chão.

E confesso que fiquei muito surpresa quando vi todos lá. Joshua chorando em cima de Lisa, Ryan gritando... Não ter respostas sobre como tudo isso aconteceu é angustiante.

Lisa era uma garota muito bondosa. Era a minha melhor amiga. Ela era o tipo de pessoa muito quieta, muito lastimosa, que não fazia mal nem sequer a um inseto. Portanto, ainda não faz sentido para mim alguém desejar tanto matá-la, ainda por cima daquela forma. Não vejo como um dos meus amigos pode ter cometido tamanho... dislate. Havia muitas pessoas naquele salão de baile. Pode ter sido qualquer um.

Esta foi a conclusão que tardei a chegar. Espero tê-lo ajudado, Dr. Gauthier.

Atenciosamente,
Camille Belmont.

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