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Capítulo 15: Os Suspeitos

CAPÍTULO 15 – Os Suspeitos
DELILAH DANVERS

Naquela noite, eu havia telefonado para a minha mãe. Estava caminhando em direção ao escritório, porque Trevor mandou um funcionário do hotel me chamar. Disse que era de urgência falar comigo em particular.

Confesso que estava estranhando toda aquela história de já ser provado que não matei Lisa Castillo, coisa e tal. É claro que eu sabia que não havia matado Lisa. Mas como ele poderia ter tanta certeza disso?

— Ah, mamãe, queria que você tivesse aqui. Está tudo uma bagunça, um caos. Não vou mentir e dizer que sinto falta de Lisa, porque não sinto! Mas me assusta estar convivendo com o seu assassino, que eu provavelmente já tive a coragem de dizer que amo... que é meu amigo. Sei que não foi o Miles, é claro. Nunca cogitei essa opção. A Devon, também não... impossível, impossível. Embora todos estejam sendo interrogados.

Delilah, querida, não confie tanto nas pessoas. Elas não são tão boas quanto aparentam, aprenda isto. Mas jamais seja rude com nenhum dos seus colegas, minha filha... Pois somente Deus sabe o que a pobre alma da Lisa está fazendo no céu agora... se é que está lá! — falou a minha mãe, do outro lado da linha, sendo interrompida vez ou outra pelos ruídos de gravação.

Mamãe sempre foi uma mulher muito cortês e reputada, mas sarcástica. Costumava ser o centro das atenções por isso. É raro o caso das pessoas que estão acostumadas a ver mulheres-feitas andando por aí com o nariz empinado sem parecerem esnobes. Mamãe tem e sempre teve um ar encantador; um ar magnético. Senti muito a sua falta durante esta viagem.

— É verdade. Lisa era muito culta, mas duvido que Deus tenha pena de sua alma. Até porque uma coisa não tem nada a ver com a outra. Era muito convencida, aquela garota.

De repente, me assustei com o disparate de Detetive Gauthier assim que me avistou adentrar o escritório.

— Todos pensam que sou um tolo, não é possível — ele vociferou. — Todas estas histórias tão... tão mal contadas! Tão absurdas!

Me despedi da minha mãe e desliguei a chamada.

— Mal contadas?

— Ora, Ms. Danvers, sim. As histórias não se encaixam.

Não o pedi para que ele me explicasse, porque era certo de que ele o faria em breve.

— Comecemos então pelo depoimento de Devon Radke. Ms. Radke relatou ter ido ao banheiro enquanto estava completamente vazio e, ao sair, o lugar ainda estava vazio. Então, viu Lauren Cannon e Lisa Castillo caminharem em direção do banheiro.

"Segundo o que nós assistimos nas filmagens de segurança esta tarde, Lisa entrou no banheiro pela entrada principal e Lauren ficou do lado de fora. Não assistimos Ms. Radke sair do banheiro por ali em momento algum, como a mesma relatou! Então isso unicamente nos sugere que ela não saiu ou que saiu pela porta traseira."

"Mas caso Ms. Radke houvesse saído pela porta traseira, então como ela teria visto Lauren Cannon e Lisa Castillo em frente ao banheiro, se ambas estavam de frente para a porta principal e não para a porta dos fundos?"

Eram muitas informações para absorver de uma só vez, mas foi uma explicação clara. Fui entendê-la mais tarde.

— O que o senhor está sugerindo?

— É muito cedo para tirar conclusões. — Ele passou o polegar pelo bigode grisalho; o olhar tenso. — Este é apenas um ponto à ser revisto em outro momento, mais tarde... E Devon Radke não é a única à mentir.

Esbugalhei os olhos.

— Não?

— Há um pequeno ponto de interrogação na questão sobre Joshua Morris, mon cher. Fácil de ser respondido, mas ainda, uma incógnita. — O detetive cruzou os braços com uma expressão no rosto muito entufada. — Miles Boucher e Lauren Cannon alegaram terem visto Joshua Morris discutindo com mademoiselle Castillo em uma varanda. Então, em certo momento da discussão, Joshua sai furioso. Sai para onde? Para onde ele foi? Mr. Morris não foi visto novamente naquela noite até o momento em que Lisa Castillo foi assassinada! Onde ele estava quando ouviu-se os tiros?

— Ah, mas isso de fato não é difícil de descobrir. Primeiro o senhor deve questionar ele, caso já não tenha o feito. Também têm as câmeras de segurança...

Dr. Gauthier balançou a cabeça de um lado para o outro, insatisfeito.

— E por último, o mistério das joias de rubi.

É claro. As joias de rubi. Não sei se algum dia conseguirei ver qualquer pingente de pedra vermelha sem lembrar deste sumiço. Impossível esquecê-lo.

— Ah! Juro que não entendo qual diferença faz se Camille perdeu um brinco ou mil! Este não é um caso de jóias desaparecidas, detetive, é um caso de assassinato.

— Veja, Ms. Danvers: Ontem pela manhã, Ms. Camille Belmont me mostrou um brinco de cor escarlate belíssimo e me jurou que a outra peça do par soltou-se de sua orelha. O outro brinco desapareceu no salão. A joia é uma herança de família e considerei ser de boa qualidade. Também não é nada frágil. Posso garantir que brincos como aquele não se soltam da orelha de alguém de repente. Portanto, só existem três soluções para este caso: A primeira, o brinco foi surrupiado sem que Camille notasse. A segunda, Camille inventou essa história e ela mesma tirou o brinco de sua orelha. E a terceira, o brinco nunca esteve lá.

— Por que ela mentiria sobre isso?

— Por quê? É o que estamos tentando descobrir! — O detetive gesticulou impaciente para mim. — Mademoiselle Cannon relatou não ter visto os brincos em Ms. Camille Belmont naquela noite. Mais tarde, Devon Radke relatou a mesmíssima coisa. Os brincos sequer estiveram lá? Você viu, Ms. Danvers? Você viu os malditos brincos?

— É claro que vi. Quero dizer, Camille me mostrou somente uma parte do par. Ela pediu para que eu a ajudasse a procurar a outra parte que sumiu no salão.

Trevor era um detetive tarimbado, mas este caso estava o deixando com os nervos à flor da pele. O assassinato de Lisa Castillo foi um mistério complexo e suas suspeitas estavam se tornando cada vez mais difíceis de provar.

— E à propósito... — ele fez uma pausa para ponderar. De repente, olhou para a papelada na mesa e pareceu lembrar-se de algo. — A mãe de Ryan Moreau...

— O quê?

— O nome da mãe de Mr. Moreau me soou deveras familiar. Um nome bem único, aliás. O vi no arquivo do rapaz hoje mais cedo e não pretendo pesquisar sobre. Sei que vou me lembrar de onde ouvi este nome...

— Odette Moreau, cantora de ópera. — Não pareceu adequado atrapalhar as suas próprias conclusões naquele instante, mas não levei isso em consideração.

— Cantora de ópera, é claro! Odette Moreau... Como pude me esquecer? Ela faleceu, não é?

— Há pouco tempo.

Esperei que ele não me fizesse mais perguntas, por mais que eu fosse adorar respondê-las. A mãe de Ryan e a sua morte eram questões em aberto. Nenhum de nós conversávamos sobre isso, mas nenhum de nós havíamos nos esquecido.

O problema de todas as questões em aberto é que elas sempre retornam em algum momento para que você as resolva.

Trevor pareceu ter uma ideia, mas não arriscou-se em me contar. Não naquele momento.

— De que isso importa? — perguntei.

Ele respirou fundo antes de responder.

— A senhorita parece sempre estar com uma visão limitada, Ms. Danvers. Quer todas as respostas no raso do mar! Todas as informações são valiosas, portanto tudo importa: até a morte omitida da mãe de um de seus colegas. Podem ser pistas para algo, madame — disse o detetive. — Mas não será fácil de seguir.

Visão limitada.

Isso ficou martelando na minha cabeça durante vários dias. É engraçado como estas bobeiras motivam as pessoas à consumar coisas que nem elas mesmas sabiam ser capazes. Eu nunca tive visão limitada para nada. Muito pelo contrário, aliás. Quis mostrá-lo que estava errado e como estava errado.

𓈒ׁ♥︎⬞︎ⴾⴾ䕽❜💬!ᰢꫬ • "mon cher": minha querida.

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