Pecado da carne
{Capítulo I: Péché de la chair}
"O lema da tentação: Você quer pecar, você precisa pecar, não tem problema se você pecar.
Marcelo Rissma"
— Você continuou a se encontrar com esse rapaz? - A menina perguntou atenta a cada detalhe, o encontro deles deixou ela bastante animada. Marinette via a euforia no olhos da jovem donzela, reconhecia aquela euforia e sabia que, um dia, ela havia sentido aquele mesmo sentimento.
— Nos encontravamos algumas noites, às vezes ele não aparecia e eu ficava triste com isso, até porque eu esperava o dia inteiro para a noite chegar, claro que isso afetou-me negativamente em alguns aspectos, eu ficava mais distraída com bobagens e era constantemente advertida pelas freiras. - Marinette sorriu ao lembrar-se de Madre Bustier chamando sua atenção quando cometia alguma gafe. - Eram bons tempos.
— Alguma coisa aconteceu? - A moça perguntou ao ver o sorriso da mulher se desfazer.
— A vida não é repleta de rosas, coisas boas acontecem, mas não sempre, o amor floresce, mas quando você chega em algum momento critico há uma escolha a ser feita. - A madre olhou para a imagem de Virgem Maria. - Eu errei muito, alguns erros foram por amor, mas nunca justificou meus atos, eu amei um homem casado como nunca amarei outro homem em toda a minha vida. Rezo todos os dias para me redimir do meu pecado, mesmo que, no fundo, eu não esteja totalmente arrependida.
— Isso é muito triste. - A jovem abaixou a cabeça. Marinette sorriu e colocou a mão sobre o queixo da menina fazendo-a levantar o rosto.
— Não lamente, fico feliz por ter conhecido esse sentimento. - Ela tirou a mão do rosto da menina. - Voltando a história...
“E você continua voltando, voltando novamente
(And you keep coming back, coming back again)
Continua correndo em volta, correndo em volta, correndo em volta da minha cabeça
(Keep running round, running round, running round my head)
E tem certas coisas que adoro
(And there's certain things that I adore)
E há certas coisas que eu ignoro
(And there's certain things that I ignore)
Mas tenho certeza que sou seu
(But I'm certain that I'm yours)
Certo que sou seu
(Certain that I'm yours)
Certo que sou seu
(Certain that I'm yours)”
Vinte dois anos antes...
A feira matinal estava bastante animada. Alya, Marinette e Isabele estavam bastante eufóricas, raramente tinham a oportunidade de sair das grossas paredes do convento, quase beijaram as mãos da Madre Bustier quando ela pediu-lhes para comprar algumas coisas. Não era sempre que precisavam de compras, na maioria das vezes elas eram entregues mensalmente no próprio convento ou montavam uma pequena horta no jardim. Provavelmente, a madre queria que a nova integrate ficasse mais a vontade, parecia ter surtido efeito.
Isabele estava agraciada pela companhia de suas novas amigas. Marinette andava bastante distraída nos últimos dias, mas fez questão de estar perto da menina para apoiá-la, as pessoas novas sempre sentiam-se mais reclusas e às vezes não mantinham a mesma rotina que elas tinham no convento. Porém, Isabele parecia estar se adaptando rapidamente, e era isso que importava.
Estavam no caminho da volta, era um pouco desanimador pensar em voltar, mas, estavam felizes por poderem ter tomado um ar. Mas foram paradas por duas figuras incomuns, no caso, homens bêbados e nojentos que viram ali uma boa oportunidade de incomodar três donzelas.
— Olha o que temos aqui. - Falava um com a voz arrastada, às vezes dando soluços quase como se fosse vomitar. - Três belas moças.
— Senhores, por favor, queremos passar saiam do caminho antes que faça vocês saírem. - Alya falou em um tom ameaçador, quando ela falava assim bons tempos não viriam.
— Olha só. - Falou o outro homem, este não soluçava tanto, mas olhava muito descaradamente para os seios das meninas. - Uma delas é bastante nervosinha, imagine em outras ocasiões.
Ambos riram como hienas, quase perdendo o ar. Aquilo foi a gota d'agua para Alya, ela já estava pronta para armar um barraco quando foi interrompida por duas figuras ilustres.
— Senhores, creio que esqueceram-se que estão desrespeitando três damas em público, peço-lhes que parem antes que eu, Príncipe de Lutetia, tome medidas drásticas. - A voz de Adrien chamou a atenção de Marinette e a deixou mais tranquila, mesmo que ela não soubesse exatamente o porque.
— Acredito que tenham entendido o recado de Sua Alteza. - Nino reafirmou a ameaça com um de suas mãos descansando encima do cabo de sua espada que, por enquanto, ainda estava dentro da bainha.
Os dois homens fizeram uma espécie de reverência torta e saíram de perto do grupo. Mexer com três damas era completamente diferente do que irritar o príncipe herdeiro.
As meninas apresaram-se em fazer uma reverência para Sua Alteza enquanto respiravam aliviadas por terem sido dispensadas da presença incomoda daqueles homens.
— Obrigada pela ajuda, meu irmão. - Isabele sorriu. - Fico feliz em vê-lo.
— Sua Alteza veio tratar de alguns negócios, justo quando estavamos pensando em visitá-la, demos de cara com essa situação, devem tomar cuidado, as ruas são perigosas mesmo durante o dia. - Nino as alertou, Alya virou a cabeça emburrada estava sentindo-se mal por ter sido defendida como uma donzela indefesa.
— Obrigada mesmo assim. - Marinette apressou-se em agradecer no lugar de sua amiga, ela não dava o braço a torcer um minuto sequer.
— Podemos levá-las de volta ao convento, seria uma honra acompanhá-las. - Adrien sugeriu com um sorriso gentil direcionado a Marinette, está por sua vez corou. Isabele sorriu travessa ao ver aquela interação.
— A Marinette fica bastante bonita envergonhada, não é mesmo, meu irmão? - Isabele falou casualmente deixando a mestiça ainda mais envergonhada.
— Você tem razão, minha querida irmã. - Marinette não sabia mais onde enfiar a cabeça.
— Olhem, Alya e Nino já estão indo, temos que alcançá-los. - Ela apontou para o casal que andava na frente brigando feito gato e rato.
Isabele sorriu satisfeita e correu na direção do outro casal, deixando, propositadamente, seu irmão e Marinette sozinhos logo atrás.
— A princesa é bastante esperta. - Marinette comentou ainda envergonhada, não estava acostumada a receber elogios, principalmente vindo de rapazes, ainda mais de príncipes.
— É um dom de família. - Adrien deu de ombros, a mestiça não conseguiu evitar a risada.
— Modéstia também deve ser. - Ela comentou sem pensar muito, ficou envergonhada por agir de forma tão informal com Sua Alteza. - Desculpe-me pela minha falta de modos.
— Não se cobre tanto, eu gostei da sua resposta. - Ele sorriu, um sorriso capaz de roubar o coração de qualquer dama indefesa, inclusive o de Marinette. - Em contrapartida, te darei uma resposta ainda melhor, nossa família também é agraciada pela sinceridade, então, se lhe digo que és bela é porque é verdade.
Marinette novamente ficou envergonhada. Instintivamente, queria dizer-lhe que também o achava belo, mas ela não queria passar mais dos limites. Então ela disse algo que era completamente educado de se dizer após um elogio:
— Obrigada.
⚔️
Odiava sua rotina com princesa. Porém, amava os luxos que este título lhe trazia. Mal via a hora de ser nomeada rainha, já estava pensando em algum tipo de acidente que pode acontecer com seu sogro em um futuro próximo.
Contudo, antes de pensar no trono, tinha que ter a garantia absoluta de que seria a rainha. Tinha que manter-se firme em seu casamento, mas, o único meio para que uma mulher consiga tal garantia era por meio de descendentes. Tentou de tudo para que pudesse engravidar do príncipe, mas de nada adiantou. Temia que acabasse sendo jogada fora caso não engravidasse logo.
Seus temores se intensificaram quando uma serva sussurrou em seu ouvido que seu marido estava caindo nos encantos de uma donzela crescida em um convento. Além de ser uma humilhação, era um terrível escândalo. Se alguém do Alto Clero soubesse de um mínimo rumor ao respeito, a reputação da família real estaria jogada na lama.
Chamou uma das servas com a mão e pediu-lhe com gestos que ela colocasse o ouvido rente ao seu rosto, assim ela fez, mantendo uma curta distância.
— Espalhe um rumor no reino, diga que a Princesa Lila, esposa do Príncipe Herdeiro, está gravemente doente. - Lila falou friamente, a serva a olhou confusa.
— Sente-se mal, Sua Alteza? - Ela perguntou inocentemente, Lila a olhou afiada preste a cravar suas garras no pescoço magrelo da plebeia.
— Apenas cumpra com o que eu disser, ordene aos guardas de que ninguém pode entrar em meus aposentos, inclusive o príncipe, apenas o médico. - Sorriu maliciosa, mataria dois coelhos com uma achatada só, se Adrien não lhe daria filhos haverá alguém que lhe dará. - Chame um inquisidor, denuncie a existência de uma bruxa no convento onde está a minha cunhada e o diga que ela enfeitiçou o meu marido.
— Como desejar, Sua Alteza, vou cumprir tudo como ordenado. - A serva fez uma reverência para a princesa antes de sair deixando-a sozinha.
Bem que havia estranhado as frequentes saídas noturnas de seu esposo, achava que ele havia se interessado por alguma meretriz qualquer, isso seria mil vezes melhor do que se interessar por uma mulher que pode virar uma freira. Não era segredo que algumas freiras não vivem em total celibato, mas uma noviça adúltera ainda mais com um príncipe, futuro herdeiro do trono. Ela rezava para que este caso não se tornasse ainda mais profundo ou público. Ou pior. Que a adúltera acabasse engravidando.
Apertou as mãos.
Não podia deixar que isso acontecesse, a qualquer custo. Seu marido que escolhesse outra pobre coitada para iludir. Ela também passaria o tempo com outras companhias.
⚔️
A taverna era agraciada pelo som alto da banda esquecida no canto do cômodo. Os homens, em sua grande maioria nobres, velhos e gordos, estavam mais concentrados em olhar para os peitos enquanto passavam a mão nas pernas das prostitutas em seus colos. Podia-se ver claramente a cara de nojo delas disfarçada por um sorriso falso, enquanto deixavam eles fazerem o que quiserem com seus corpos. Às vezes eles tiravam suas roupas em público sem o menor pudor. Odiava aquele tipo de homem. "Nobres" abusando de meninas. Mas, mesmo que fosse um príncipe, não podia fazer nada, afinal, aquela humilhação era o único meio de sustento daquelas mulheres.
Ele também usufruia do corpo de algumas delas para seu próprio prazer, não diria que era diferente, pois não era. Ou pelo menos antes não era diferente deles. No momento atual, seus pensamentos eram invadidos pela imagem do sorriso inocente de Marinette. Dizia a si mesmo que estava cometendo um erro seguindo as suas vontades acima de sua moral, porém, não conseguia manter-se afastado dela.
Era uma daquela raras situações que tinha que dar o braço a torcer e dizer que Nino estava certo. Acabaria por ficar apaixonado por aquela donzela. E foi o que aconteceu. Não a visitava mais por luxúria, quando notou, queria vê-la sorrir, queria saber mais sobre seus gostos ou sobre sua história, fazia brincadeira com ela ou lhe dava conselhos quando ela precisava, até mesmo recebia conselhos dela. Via que ela queria saber sua identidade por trás da máscara, pela primeira vez, Adrien sentiu-se afugentado pela sua presença. Terminou que ele havia passado uma semana sem vê-la.
Durante este período, soube que sua esposa estava adoecida e recebia visitas constantes de um médico. Não era idiota, sabia que Lila estava aprontando alguma. Certificou-se que sua rede de informações soubesse o que a princesa estava planejando e lhe avisasse de imediato.
— O Adrien que eu conhecia estaria em júbilo dentro de uma taverna tão animada. - Ouviu a voz tediosa de Nino, este era outro que não estava animado dentro daquela taverna, mesmo com duas mulheres ao seu lado assim com estava Adrien, elas riam de piadas que Adrien e Nino nem mesmo sequer haviam contado e ambos continuavam com cara de paisagem pensando em outras moças.
— Sabe como é, eu aceitei a idéia de meu amigo para vir até aqui, na esperança de conseguir tirar de minha cabeça uma certa moça de um convento. - Adrien ironizou tomando um gole de sua bebida. - Mas, desde o momento em que pisei aqui, não paro de pensar nela.
— Que coincidência, meu amigo, eu também não paro de pensar em uma certa moça que tira-me do sério. - Nino ergueu seu copo e ambos brindaram por sua própria decadência.
Estavam de quatro por elas.
— Eu nunca mais dúvido da sua capacidade de ler os acontecimentos. - Adrien prometeu, mesmo sabendo que ignoraria os próximos avisos de Nino quando corresse atrás de Marinette novamente.
— Eu vou pedir a sua ajuda quando for para descobrir algo sobre algo. - Nino também prometeu, mesmo que ele ainda não confiasse totalmente nos meios que Adrien usava para arranjar informações, coisas da realeza, nunca entederia.
Adrien sorriu. Conhecia a si mesmo e o melhor amigo para ter certeza que aquelas eram promesas vazias. Tomou mais um gole de sua bebida. Olhou para a entrada do bar e viu duas figuras conhecidas, os homens que haviam atormentado Marinette, Alya e sua irmã há uma semana. Talvez fosse por causa do álcool, mas queria muito dar neles o soco que tanto teve vontade de dar ao vê-los desrespeitando-as.
— Nino, olha lá. - Apontou para os caras e logo Nino os viu. - Quer tentar um tipo diferente de diversão?
— O que você está armando agora, Adrien? - Nino perguntou desconfiado ao ver o sorriso sombrio no rosto do amigo.
— Não sei, talvez arrumar uma briga, faz dias que eu estou querendo socar a cara deles depois de vê-los olhando, descaradamente, para os seios da minha Princesa. - Ele disse com a voz fria, demonstrando possessividade e ira.
— Você é um Príncipe, deve ter modos, mesmo que esteja em uma taverna. - Nino o alertou.
— Não estou falando que o Príncipe Adrien vai dar-lhes uma surra, estou falando que o Chat Noir e o Carapace vão ensiná-los a respeitar uma dama. - Adrien sorriu travesso e Nino arqueou uma sobrancelha.
— Carapace? - Perguntou-lhe indignado pelo codinome. - Enfim, mesmo que tenha trago a sua fantasia de Chat Noir, não existe nenhuma para esse tal Carapeca.
— É Carapace, Nino, e eu trouxe uma fantasia para te dar de presente, assim, quem sabe você não consegue amolecer o coração de pedra da amiga da Marinette como um admirador secreto? - Adrien sorriu vitorioso sem nem mesmo Nino ter lhe dado alguma resposta. - Vamos vai ser divertido.
Nino suspirou e levantou-se, para irem se trocar em alguma cômodo.
— Eu, com certeza, vou me arrepender disso.
⚔️
A brisa fria da noite levava os cabelos de Marinette, de certa forma também acalmava seus ânimos. Já havia se acostumado a ficar o dia inteiro tendo expectativas e, quando a noite chegasse, acabava por ficar frustrada e sozinha. Sem mais, nem menos, a sua única companhia noturna tornou-se ausente durante o decorrer da semana. Ela queria saber o porquê, mas não tinha o direito de interrogá-lo ou julgá-lo antes mesmo de saber seus motivos.
Suspirou, já sentia o frio da noite incomodar a sua pele. Estava pronta para deixar de esperar uma companhia ausente e ter uma boa noite de sono, caso conseguisse dormir. Entretanto, uma movimentação estranha chamou sua atenção e, quando viu, lá estava sua aguardada companhia largada no chão de sua minúscula varanda e com o rosto repleto de hematomas.
— Céus, o que houve? - Marinette correu em direção ao seu amigo e puxou o rosto dele para vê-lo melhor.
— Oi, Princesa, esperou muito por mim? - Ele ainda tentava fazer alguma graça, ela olhou feio para ele mas estava se importando mais em ficar preocupada com ele do que com a mania dele de fazer piadas em momentos inapropriados.
— Deixe-me cuidar disso, Jesus, eu desvio o olhar de você e tu me apareces em um estado horrível. - Ela resmungava enquanto ia buscar um pano molhado, logo estava de volta limpando os ferimentos do rapaz. - Deveria tirar a máscara para que eu posso limpar melhor seus ferimentos.
— Eu não vou cair nessa, Princesa. - Ele sorriu travesso sacando a jogada dela.
Ela resmungou mais uma vez e retornou à limpar seus ferimentos. Com ela perto de si ele podia sentir seu cheiro e seu calor, aquilo fazia o coração dele acelerar e sua respiração descompassar.
Ela estava tão concentrada em ajudar ele, que nem notava que estava próxima o suficiente para que Chat pudesse ver o formato de seu rosto e o quão claro eram seus olhos. Nenhum detalhe de Marinette saia despercebido pelos olhos esverdeados dele. Ele havia percebido que os olhos dela eram levemente puxados, havia percebido o pequeno nariz arrebitado dela e não conseguia mais tirar os olhos da boca um pouco carnuda da menina.
Perguntas pairavam sobre sua cabeça, será que ela havia beijado alguma vez? Será que ela aceitaria beijá-lo? Ele não tinha coragem de pronúncia-las, pelos menos não de um jeito sério que deixasse claro seu interesse e que não fizesse ela pensar que era mais uma de suas brincadeiras de mal gosto. Mas, já que estava tão relutante em tomar uma iniciativa, ao menos diria uma verdade incontestável.
— Você é linda. - Sussurrou rente ao rosto dela. Achou adorável quando ela ela corou, da mesma forma como havia feito quando a elogiou como Adrien.
— Você também é lindo. - Marinette não estava mentindo, estava bastante focada com os ferimentos dele, mas nunca achou o rapaz mascarado com uma aparência ruim, ele tinha olhos verdes que deixavam Marinette nervosa, os cabelos loiros, constantemente bagunçados, faziam com que Marinette quisesse tocá-los, a boca, um pouco fina, era alvo da atenção de Marinette há um bom tempo, às vezes ela sentia envergonhada por tais pensamentos por um amigo.
Mas, preferia mil vezes quando pensava dessa forma com Chat Noir do que com o Príncipe. Fazia com que ela se sentisse menos culpada, mesmo que o rapaz mascarado paresse mais um galanteador do que um moço sério.
Ele sorriu empolgado ao ouvir o elogio da moça, raramente conseguia fazê-la elogiá-lo. Mordeu o lábio inferior com força enquanto seus olhos brilhavam como os de uma criança e seu rosto levemente ruborizava.
— Ei! Vai machucar a boca. - Marinette o alertou preocupada, então parou ainda com um sorriso enorme.
Ela também não sabia como agir quando ele sorria daquele jeito, como se fosse uma criança que havia acabado de receber um presente que tanto queria. A única coisa que podia fazer, era sorrir junto com ele, enquanto continuava a limpar os ferimentos daquele gato briguento.
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