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Um


...Na calada ela vem,
Refém da vingança,
Irmã do desespero,
Rival da esperança
Pode ser causada por vermes e mundanas
E o espinho da flor,
Cruel que você ama...


Jesus chorou
Racionais MC's —

O silencio antecede a dor

Cada gota de sangue que sai de mim, tem um proposito, um destino...um dono.

A rua está deserta apesar de ser sábado, porém, hoje é dia de caçada, um dia em que os demônios sugadores de sangues podem se alimentar livremente pelas ruas de São Petersburgo e pelo o resto do mundo. Ando em passos apressados pela Rubinstein Street, meu sobretudo não me protege do vento gélido, é final de novembro e o inverno já se faz presente.

Um vulto passa por mim, não me assusto ou fico receosa. A fita vermelha amarrada em meu tornozelo descoberto é um lembrete para os outros que sou propriedade de um vampiro. Em outras palavras eles não podem me tocar, não acredito que isso sirva como uma proteção significativa, por isso mantenho minha cautela, até porque se eles são animais, são predadores.

E eu sou principal fonte de alimento, e hoje eles tem livre arbítrio para atacar nos humanos, é o que se consegue com um deles no poder, em pensar que teve humanos que votaram neles, como isso virou algo normalizado no mundo? Simples, vampiros ricos e importantes, eles precisam disso, precisam que tenhamos medo deles. Funcionou, durante bastante tempo, mas agora que as pessoas se acostumaram com às criaturas da noite, muitas não se importam de sair no dia 30 de novembro.

Mesmo distante eu consigo ver as luzes da Neon Pulse, ela era um coração vibrante na escuridão noturna de São Petersburgo, o letreiro em néon, piscando em tons de vermelho e azul, iluminava a rua fria, um brilho colorido que se reflete nas poças d'água congeladas ao longo da calçada, criando um efeito quase hipnótico, as paredes do exterior do clube são decoradas com grafites ousados e decadentes, retratando a luxúria e a violência.

Tem uma fila considerável do lado de fora, e eu com toda certeza não iria ficar esperando na fila. Passo entre as pessoas, que em suma maioria são humanos, que amam ser bolsa de sangue humana, os dois seguranças da entrada notam a fita vermelha em meu tornozelo, um símbolo claro de que eu estou fora dos limites deles, embora não por escolha própria, eles me deixam passar, escuto algumas pessoas lá fora reclamarem por isso mas é algo irrelevante.

O ambiente escuro iluminado por luzes vermelhas, é definitivamente mais acolhedor que o frio do lado de fora, passo por um grupo de homens e um deles toca no meu cabelo, frio, a sensação é de gelo contra fogo e apesar do seu toque inofensivo, havia uma ameaça implícita, como se ele estivesse testando os limites do que é permitido, ele me chamou, sua voz carregada de um charme barato, sigo sem dar atenção, eles podem até serem imortais mas são idiotas assim como os mortais.

Tenho a leve impressão que hoje não esta tão lotado como de costume, sento no banco do bar principal e espero até que Veroni esteja livre para conversar, tiro meu sobretudo e coloco no banco do meu lado. Assim que Veroni me nota ela abre um sorriso de felicidade, ela esta servindo um copo de whisky para um cara e faz um sinal, avisando que já vem falar comigo. Espero pacientemente, sentada no banco do bar, observando o movimento ao meu redor, a Neon Pulse com toda a sua energia crua, o tipo de lugar onde você podia perder-se tanto no tempo, quanto nos corpos e na luxuria.

Veroni trabalha aqui tem apenas um ano e meio, mas nos conhecemos tem 7 anos, Veroni é uma vampira, entretanto, é uma das minhas pessoas favoritas no mundo e porque ela é minha amiga desde dos meus 11 anos, Veroni foi transformada há 5 anos e meio, e desde de lá eu tenho sido sua companhia para quase todos os momentos.
— Amei o vestido, Alyn. - elogiou Veroni, deslizando um shot de vodka para mim com uma precisão incrível.
— Adorei o cabelo novo...Ele esta aqui? - ela confirma enquanto anota um pedido de uma mulher de cabelos roxos espetado. — Eu irei pedir para sair, já cansei disso.
— E vai para onde?...Ele te paga muito bem, melhor que o governo, que paga o mínimo do mínimo para doadores voluntários.
— É...Pode até ser, mas o governo não toca as minha coxas no processo. - retruquei, sentindo a queimação da vodka descer pela garganta, Veroni riu com ironia, compreendendo mas do que qualquer um a minha fala.

Com um suspiro resignado, peguei meu sobretudo do banco ao lado e acenei um beijo no ar para Veroni, que retribui com um sorriso. Atravessar a pista de dança é como atravessar uma selva urbana, com corpos suados e colados um nos outros, o cheiro de álcool, suor e sangue esta impregnado no ar, criando um ambiente intoxicante, o olhar de alguns vampiros se destacam na multidão, seus olhos brilhando na penumbra, observando com uma fome velada.

A música na Neon Pulse era uma batida constante que ressoava no corpo, quase como se estivesse sincronizada com as batidas do meu coração. Enquanto atravessava a pista de dança, os corpos ao meu redor se moviam em um frenesi quase predatório. A cada passo, eu sentia os olhos dos vampiros me seguindo, seus olhares famintos, embora nenhum se atrevesse a ultrapassar o limite imposto pela fita vermelha em meu tornozelo.

Quando finalmente alcancei o elevador, o som do mundo exterior foi subitamente abafado, deixando-me sozinha no silêncio opressor do pequeno espaço metálico. As portas se fecharam com um som seco, e por um instante, eu me vi refletida no espelho manchado, meus olhos escuros e cansados.

Apertei o botão para o último andar, sentindo o elevador iniciar sua lenta ascensão, o cheiro metálico de sangue estava por toda parte, mesmo que o elevador parecesse limpo.

O elevador parou com um leve solavanco, e as portas se abriram para revelar um corredor longo, onde as paredes cobertas por tapeçarias escuras que parecem absorver a pouca luz das lâmpadas de cristal do teto. O chão é forrado com um tapete macio que silenciava meus passos. Cada movimento que eu faço é um esforço consciente para manter a compostura, para não sucumbir à avalanche de emoções que ameaçava me engolir.

Quando finalmente cheguei à porta dupla no final do corredor, hesitei por um momento, antes que meus dedos pudessem tocar a superfície esculpida da madeira, as portas se abriram com um movimento suave, como se ele já soubesse que eu estava ali, como se ele pudesse sentir a pulsação acelerada do meu coração. E eu sei que pode.

O ambiente além das portas é decorado com um luxo opulento e gótico, cortinas pesadas de veludo vermelho cobriam as janelas, bloqueando qualquer traço do mundo exterior, a luz suave de candelabros de cristal lançava sombras sinuosas nas paredes, criando um jogo de luz que refletia perfeitamente o caráter do ser que ocupava aquele espaço.

Ele estava sentado em uma poltrona de couro negro, seu corpo relaxado, mas seus olhos fixos em mim com uma intensidade que queimava minha pele. Quando ele sorriu, foi como se uma lâmina fria tivesse cortado o ar entre nós.
— Alyn. - sua voz era um sussurro suave, mas carregada de uma força subjacente que não precisava ser elevada para ser temida. — Chegou atrasada, amor.

Ajoelhei-me diante dele, o peso do meu próprio corpo parecendo muito mais pesado do que realmente era, como se a gravidade tivesse se intensificado apenas naquela sala.
— Perdoe-me, senhor. - minha voz saiu baixa, mas clara, projetando uma submissão cuidadosamente cultivada ao longo dos anos.

Raphael se inclinou ligeiramente, seus dedos frios como mármore erguendo meu queixo para que nossos olhares se encontrassem.
— Há rumores, Alyn. - Raphael começou, cada palavra gotejando veneno disfarçado de doçura. — Rumores de que você pensa em me deixar. - eu forcei meu rosto a permanecer impassível, meus olhos fixos nos dele, sem vacila.
— Esses rumores são infundados, senhor. - respondi, meu tom firme.

Um sorriso quase imperceptível curvou os lábios dele, mas não houve nenhum calor naquela expressão.
— Veremos, minha querida. - disse ele, levantando-se com a graça letal de um predador prestes a atacar.

Raphael começou a caminhar ao meu redor, e o som de seus passos ecoava pelo silêncio da sala, cada clique dos sapatos contra o chão de mármore ressoando como uma batida de tambor em meu coração. Ele parou de andar e inclinou-se sobre mim, sua voz rouca sussurrando em meu ouvido como um vento gélido.
— Não haverá espaço para erros. - Raphael profere de maneira ameaçadora, e eu permaneço ajoelhada em meu lugar.
— Eu nunca cometi um erro, senhor. - eu me atrevi a responder, mantendo minha postura.

Ele sorriu novamente, dessa vez com os dentes à mostra, os caninos pontiagudos brilhando, seu dedo passou suavemente pelo meu rosto, um toque delicado.
— E que bom ouvir isso. Mas, Alyn, você sabe que eu sempre descubro a verdade. - levantei-me devagar, mantendo os olhos fixos no chão.
— Eu sou sua. - murmurei, sabendo que ele adoraria ouvir essas palavras.

Raphael riu, um som suave, mas afiado como lâminas, sua mão descansou no meu ombro, me guiando até a poltrona diante da dele. Com um leve gesto, me obrigou a sentar, enquanto ele se acomodava na poltrona à frente.
— Eu sei... eu te tirei da miséria, do desespero. Sem mim, o que você seria agora? Apenas mais uma alma perdida neste mundo... eu dei propósito à sua vida, e agora, você ousa pensar em me deixar?

Ele estava certo sobre uma coisa, sem ele talvez eu estivesse morta ou pior, presa em uma vida sem saída. Mas isso não significava que eu queria continuar assim.
— Eu nunca esqueceria o que fez por mim, senhor. - respondi, ele sorriu, satisfeito com minha resposta.
— Eu sei. - responde ele, inclinando-se para frente, seus olhos me observando. — Mas... sabe o que eu gosto de fazer com quem tenta fugir? - ele puxou um cigarro de um maço de prata, acendendo-o sem tirar os olhos de mim.

O cheiro do tabaco preencheu o ar, não respondi, pois sabia que qualquer resposta seria idiota.
— Eu os caço. - ele soltou a fumaça lentamente, como se estivesse apreciando o momento. — E quando os encontro... Ah, como eu gosto de brincar.

Meu coração acelerou, batendo forte demais no peito, e luto para manter a respiração calma, sei o que ele quer ver, meu medo. Ele se alimentava disso tanto quanto do sangue.
— Eu nunca o trairia, senhor. - reforcei. Ele deslizou o dedo levemente sobre meu pescoço.
— Eu faço questão de garantir isso, amor. - seus olhos faiscavam com uma malícia perigosa.
—Bom. - ele murmurou, virando-se para uma mesa de madeira escura onde repousava uma taça de vinho tinto. — Palavras podem ser vazias, Alyn. - ele tomou um gole, o líquido escorrendo lentamente por seus lábio.
— Mostre que você me pertence, de corpo e alma, como tem sido desde o dia em que a salvei de sua insignificância.

Aquelas palavras perfuraram minha mente. Ele sempre fazia questão de lembrar o quanto eu devia a ele, o quanto ele havia me resgatado de uma vida miserável. Levantei-me lentamente, tentando esconder a amargura que crescia dentro de mim, sei que ele não toleraria nenhuma forma de rebelião, não agora.

— O que deseja, senhor?

Seus olhos faiscaram em diversão, como se ele estivesse saboreando o controle que exercia sobre mim. Raphael estendeu a mão, um gesto silencioso de comando. Com relutância, ajoelhei-me diante dele novamente.
— Prove que a lealdade ainda corre em suas veias. - suas palavras são suave, quase gentis, seu toque se torna mais exigente, suas mãos frias me segurando com uma força que parecia contradizer a suavidade de sua voz.

O silencio entre nós era denso e eu sinto a tensão no ar, o poder que ele exala e a sensação inebriante de esta presa na órbita dele.
— Diga-me, Alyn... - sua voz em um sussurro, um veneno doce que desliza sob minha pele. — Esta disposto à provar sua lealdade? - minha respiração ficou presa na garganta e a sensação de sua proximidade fez minha pele formigar.
— Senhor... - comecei, mas minha voz vacilou, ele inclinou a cabeça e um sorriso malicioso se formou em seus lábios.
— Me mostre. - ele ordena, sua mão fria deslizando até a base do meu pescoço. — Mostre-me o quanto sua lealdade me pertence. - seu toque é uma dança perigosa que eu não consigo recusar.

Ele puxou-me para mais perto, seus olhos capturaram os meus, quanto sua mão desliza pela minha cintura, apertando-me contra ele. Sinto seu corpo frio e duro, se contrastando contra o calor do meu.
— Você gosta disso, não é? - Raphael murmura perto do meu ouvido. - Do poder que eu tenho sobre você.

Suas palavras são um feitiço, e eu estava enfeitiçada. Sem perceber, meus lábios se entreabriram e uma respiração trêmula escapa. Raphael nota e seu sorriso se alarga, seus dedos se moveram com uma rapidez calculada, roçando minha intimidade, sem pressa, sem permitir que eu escapasse da armadilha que ele criava.
— Responda-me, Alyn. - ele comanda. — Você quer isso? - o desejo dele parece uma força esmagadora, e eu, uma simples marionete. Meu corpo respondeu antes que pudesse pensar de maneira lógica.
— Sim. - minha voz sai em um sussurro fraco.

Ele se inclinou, seus lábio quase tocando os meus, provocando, mas sem nunca chegar lá. Ele quer que eu faça o movimento, que eu vá até ele, cada segundo que passa está infelizmente carregando de um desejo não consumado.
— Boa garota. - Raphael sussurra, sua voz rouca tão baixa, que é quase inaudível.

Finalmente ele quebrou a distância, seus lábios capturando os meus com uma intensidade que me faz perder o fôlego. O beijo é exigente, possessivo. Meu corpo queima sob o frio dele.

Mas no fundo, enquanto o prazer e a submissão se misturavam, eu tenho consciência que isso é apenas mais uma forma de controle.

A sala parecia se encolher, como se ar fosse feito apenas da presença dele. Os dedos de Raphael roçaram o meu pescoço, perco a respiração conforme ele seguia contornando a minha clavícula com uma suavidade que diverge com o perigo de seus movimentos.

— Eu posso sentir seu medo. - murmurou Raphael, ele inclinou a cabeça, os olhos predatórios observando cada pequeno movimento meu, me sinto presa pelo magnetismos dele, como se qualquer tentativa de fuga fosse inútil. Brincando com fogo, como uma mariposa atraída pela chama.
— Nunca deve se esquecer de quem eu sou. - ele sussurrou, com os lábios a milímetros da minha pele.

A mão dele em minha cintura me puxando mais para si, seu corpo contra o meu, as presas dele visíveis tudo prometendo perigo e prazer juntos. Raphael aproxima os lábios dos meus, a respiração dele se misturando com a minha, seu toque é como um veneno doce que vicia.
— Você nunca deve se esquecer de que pertence a mim . - ele murmura com lábios roçando em minha boca me fazendo arfar e fechar meus olhos.

Cada toque parece eletrizar meu corpo, criando uma tensão crescente que me deixa sem folego.
— Eu posso sentir. - ele continua com o lábios roçando em minha orelha, fazendo com que eu estremecesse. — O que você tenta esconder de mim. - eu sei que deveria afastá-lo, mas é mais forte que eu, meus dedos encontraram o peito dele, sentindo a firmeza de seus músculos sob o tecido da camisa, Raphael segura minhas mãos ali, pressionando-as contra o seu peito.
— Você pertence a mim. - sussurrou quase como uma promessa sombria.

Eu abro os olhos e encaro aqueles olhos intensos que me observam com uma fome indomável, Raphael abaixou a cabeça lentamente, seus lábios encostando a pele exposta do meu pescoço, meu coração começa a bater mais forte, cada pulsação reverberando pelo quarto silencioso.
— Você, não tem ideia do quanto eu gosto disso. - uma antecipação estranha, quase intoxicante me domina, Raphael passou lentamente a língua sobre a minha pele, fazendo me arquear o corpo involuntariamente em direção a ele, senti o calor se acumular em meu ventre, quando os dentes dele finalmente se cravam em meu pescoço, a dor inicial foi aguda, mas rapidamente substituída por uma sensação inexplicável de prazer, uma onda profunda que se espalha por todo o meu corpo, deixando-me tonta e entregue.

Eu arfo e agarro seus ombros, com as unhas fincando-se em sua pele, enquanto meu sangue é sugado, cada gota que ele tomava, parece nos conectar de uma forma visceral, intima em demasia. O prazer distorcido cresce dentro de mim. Os olhos de Raphael brilham de puro êxtase, os lábios machados de carmesim, seus olhos escuros e predatórios, ele estava saboreando mais do que o sangue - esta saboreando a minha reação, o jeito que o meu corpo me entrega.

E para o meu declínio, eu gosto.

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