Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Dez

Entre o silêncio e o desejo
Entre o prazer e a dor

Alyn

A luz fluorescente da sala piscava levemente, refletindo o tom paládio das paredes de concreto ao meu redor, o som rítmico do soro gotejando pelo tubo que ia direto para minha veia era o único barulho constante naquele espação sufocante, estou sentada numa poltrona de couro rígido, tentando me acostumar com a sensação desconfortável do liquido frio se espalhando pelo meu corpo, Raphael poderia me dar o sangue dele, assim minha recuperação seria muito mais rápida e eficiente, mas não o fez. Raphael sempre encontra novas maneiras de me lembrar quem está no controle, sempre me mantendo à beira, nunca completamente quebrada, mas também nunca inteira.

Meus olhos vagam pela sala, tudo aqui parece limpo demais, esterilizado demais, como se nada de verdade pudesse sobreviver neste lugar, mas eu se que estou aqui para ser curada. A porta de madeira se abriu com um som sibilante, revelando Raphael, seguido por sua sombra particular Dimitri, logo em seguida Orlov e uma garota ruiva que entra por último. Minha atenção se fixa nela, seus cabelos cor de fogo caindo em cascatas perfeitas por seus ombros, mas foi a fita vermelha em volta do seu pescoço que me fez prender a respiração, ela pertence a alguém... a Orlov.

Tentei desviar o olhar da garota ruiva, mas não consegui, o modo como ela mantinha a cabeça baixa, os olhos fixos no chão, me incomoda profundamente, há uma aceitação silenciosa em sua postura, ela sabia seu lugar. Por mais que talvez tenhamos tenhamos posições muito parecidas nessa vida, Raphael nunca exigiu que eu me anulasse como pessoa. Raphael me lança um olhar rápido, um lembrete mudo de que eu deveria observar em silêncio.

E então as enfermeiras chegam, duas mulheres de aparência rígida, quase tão frias quanto o ambiente ao nosso redor, elas se movem com a agilidade vampírica, suas mãos ágeis preparando uma bandeja de instrumentos prateados que reluziam sob a luz. É como se eu estivesse presenciando um ritual, um ritual de destruição e criação, onde a humanidade da garota ruiva será extirpada, substituída por algo imortal.

As enfermeiras a conduzem até a maca, começando a prender seus braços e pernas com tiras de couro grosso, o som da fivela sendo apertada ecoou pela sala, a garota não protesta, nem um único gemido de resistência, seus olhos de um verde apagado, finalmente se erguem por um um breve segundo, encontrando os meus. Aquele olhar vazio, sem esperança, é um olhar de alguém que já havia perdido tudo.

Orlov se aproxima da garota, seu sorriso era quase paternal, mas há algo de terrivelmente cruel em seus olhos, ele inclinou-se ligeiramente, um predador preste a reivindicar seu troféu.
— Ela está pronta? - sua voz é baixa, mas constante. As enfermeiras assentiram em uníssono, enquanto uma delas preparava um seringa com um liquido escuro viscoso. A seringa penetrou a pele da garota, e por um instante o mundo parece prender a respiração. Eu quero desviar os olhos, mas algo me força a observar, há uma inevitabilidade nesse processo que me fascina e me aterroriza ao mesmo tempo.

A garota apertou os olhos, suas mãos, embora presas, se contraíram em um gesto involuntário, o coração dela iria parar. Então quando a respiração dela cessa, Orlov faz um pequeno corte em seu próprio pulso, o sangue cai nos lábio da jovem. Sua pele se tronando cada vez mais pálida, tão pálida que perece ser translucida, suas pupilas se dilatam, engolindo a íris verde até que seus olhos se tronem poços de escuridão. O mundo dela havia acabado ali.
— Assim começa uma nova vida. - uma das enfermeiras fala.

As palavras dela me atingem como um golpe silencioso, ecoando na minha mente enquanto eu observo a garota se contorcer, como se algo queimasse de dentro para fora, e em silêncio eu me pergunto se isso foi uma escolha dela. O ambiente ao meu redor prece ter congelado no tempo.

O som das fivelas sendo desfeitas ressoou em meus ouvidos quando as enfermeiras começam a soltar a garota ruiva da maca, Orlov parece satisfeito com o resultado, ele faz um leve aceno de cabeça para Raphael antes de se dirigir à porta.
— Cuidem bem dela. - ele diz antes de sair. Quando a porta se fechou com um estalo suave, o silencio pareceu ainda mais sufocante, Raphael se aproximou de mim lentamente, sua postura relaxa, mas seus olhos atentos aos meus, ele inclina a cabeça levemente ainda olhando para mim.
— Alyn, você está bem?

Eu balancei a cabeça, tentando processar tudo que tinha acabado de acontecer, meu corpo esta em recuperação, o soro gotejando lentamente em minhas veias, mas não é apenas o desconforto físico que me incomoda, Raphael suspirou levemente, cruzando os braços e olhando para o ponto onde a garota esta deitada.
— Ninguém sabia que ele possuía uma humana. - ele faz uma pausa, como se refletisse sobre o que acabou de falar. — Ele é discreto com esse tipo de coisa. - Raphael desviou o olhar momentaneamente, um toque de desprezo cruzando suas feições. — É complicado, ela não era como você, Alyn. - Raphael raramente se abre sobre outros vampiros, e quando faz isso é sempre de forma cautelosa.

Ele se abaixou levemente de forma que nossos olhos se encontram ainda mais perto, e o brilho predatório que costuma dominar seu olhar está ausente.
— Você... não é como ela, Alyn. Eu nunca exigiria isso de você. - sua voz suavizou. — O que quer que esteja passando pela sua cabeça, deixe para depois. - ele sorri, um sorriso suave. — Olha só, seu soro já acabou irei chamar por sua enfermeira.

A enfermeira entrou e começou a retirar o tubo do soro do meu braço com um movimento eficiente, Raphael observa tudo como se quisesse garantir que nada saísse do controle, eu me levantei lentamente, ainda me sentindo fraca, Raphael faz um gesto sutil em direção à porta, me convidando a segui-lo, e eu o fiz, sem dizer uma palavra. Antes de sair da sala de recuperação, olho uma ultima vez para a garota desacordada, a porta se se fecha e Raphael fala de como eu preciso me alimentar melhor e que eu irei retornar para minha casa em breve, por algum motivo essa informaçao me deixa um pouco infeliz. Sou tão bem tratada aqui.

Eu mal consigo sentir minhas pernas, o peso da cena que acabara de presenciar ainda esmagando meus sentidos.
— Alyn. - a voz de Raphael cortou o silêncio. — Não adianta lutar contra o que você viu, isso é o que somos e o que sempre seremos. - eu não respondi de imediato, minhas mãos estão tremulas e por um momento, forcei a apertá-las contra o corpo, tentando esconder o quanto aquilo me afeta.
— Ela já estava morta antes do sangue de Orlov, eu vi. Você viu. - ele parou abruptamente e se virou para me encarar, os olhos intensos prendendo os meus.
— Ela... não é você. - ela ala devagar. — Eu faço o necessário para garantir que você nunca precise chegar a esse ponto.
— Você esta tentando me convencer que isso é melhor? - eu o desafio, finalmente, encontrando minha voz. — Que a maneira como você me mantém... em suspenso, é uma forma de bondade? - ele deu um passo à frente, o rosto a centímetros do meu, seus olhos estão calmos, mas não de um jeito que me conforta.
— Bom... sim, obviamente.

Raphael sorriu de canto e seus olhos cintilaram com algo que perece diversão.

— Você acha que eu sou cruel, Alyn? - eu permaneço em silêncio. — Mas a verdade é que estou te preservando. Te mantendo viva. Você já viu o que acontece com aqueles que não têm essa... proteção - ele lança um olhar de volta para a sala, onde a garota agora estava desacordada, em sua nova realidade.
— E o que isso faz de mim? - perguntei sentindo a fúria crescendo dentro de mim. — Uma prisioneira em uma gaiola dourada? - Raphael deu um leve suspiro, como se minha reação fosse algo esperado, quase que banal.
— Você não é uma prisioneira, não realmente. - ele deu mais um passo em minha direção, seus dedos tocando levemente meu queixo, erguendo-o para que eu o olhasse diretamente. — Eu te dou liberdade, Alyn. Mais do que a maioria jamais teria, e em troca, só peço uma coisa... - seus olhos brilharam com aquela intensidade predatória novamente. — Lealdade.

— Lealdade? - minha voz saiu como um sussurro. — E o que acontece quando você não precisar mais de mim? O que acontece comigo, Raphael? - ele inclina a cabeça, ponderando a pergunta, seus olhos nunca deixando os meus, e por um momento, pensei ter visto... vulnerabilidade.
— Esse dia nunca virá, Alyn. - sua voz sua profundo e firme. — Eu não permitiria.

Ele se afastou lentamente, dando-me espaço para respirar, mas o peso de suas palavras permanecem em eco na minha mente, Raphael é um mestre em manipular emoções, em usar o medo e desejo como ferramentas e, de alguma forma, mesmo sabendo disso, eu sempre acabava cedendo.

Ser mãe ou pai, no caso de Raphael, num mundo tão caótico, é algo difícil de imaginar, no entanto, ali estava ele, lidando com adolescentes como se fosse a coisa mais natural do mundo.
me espaço para respirar, mas o peso de suas palavras permanecem em eco na minha mente, Raphael é um mestre em manipular emoções, em usar o medo e desejo como ferramentas e, de alguma forma, mesmo sabendo disso, eu sempre acabava cedendo.
— Vamos voltar e ver onde os pirralhos se meteram. - revirei os olhos, ainda sentindo uma leve sensação de mal estar que ainda se agarrava a mim, mas a menção ao filhos dele trouxe um contraste inesperado para a atmosfera. Ser mãe ou pai, no caso de Raphael, num mundo tão caótico, é algo difícil de imaginar, no entanto, ali estava ele, lidando com adolescentes como se fosse a coisa mais natural do mundo.

— Devem estar destruindo algum lugar, chefe. - me assusto ao ouvir a voz de Dimitri, esse homem estava aqui esse tempo inteiro? Raphael soltou uma risada baixa, uma risada de diversão. Eu nunca tinha visto esse lado dele, e nesses dois dias dentro dessa casa eu vejo um Raphael que poucas pessoas quase ninguém conhece.
— Você se acostuma. - ele disse, ainda sorrindo enquanto faz um sinal para que Dimitri nos siga. — Crianças tem esse dom de deixar tudo... interessante.
— Você tem sorte. - comentei, tentando amenizar o clima. Raphael me lança um olhar rápido.

— É verdade. Mas também trazem complicações.
— Como agora. - acrescentou Dimitri, claramente familiarizado com as "complicações" que Raphael mencionou. — Eles foram vistos entrando naquele antro de jovem viciados, o Hollow Dive. - Raphael fecha acara imediatamente, nunca fui ao Hollow Dive, por ordens do próprio, então acredito que ele temha dado a mesma ordem aos filhos.
— Eles testam o meu bom senso. Já imaginou o que fariam se fossem vampiros? - isso é claramente uma pergunta retorica então apenas sigo ele e Dimitri.

— O que exatamente é o Hallow Drive? - eu pergunto, tentando entender melhor o que está acontecendo, enquanto entravamos na sala se segurança.
— É um lugar onde a juventude perdida vai para se enterrar ainda mais. - Dimitri responde secamente, sem olhar para mim. — Drogas, e todo tipo de decadência que se possa imaginar, não é um lugar para um Damarov. - Raphael não disse nada, mas o aperto em sua mandíbula revela o quanto essa situação o incomoda, saber que seus filhos haviam desobedecido uma ordem tão clara parece até mesmo abalar seu controle habitual. Eu já havia testemunhado sua raiva antes, mas dessa vez parece mais pessoal.

— Eles foram vistos há quanto tempo? - Raphael pergunta se sentando em uma poltrona de couro escura.
— Pouco mais de uma hora. - Dimitri respondeu prontamente. — Acho que a ideia foi do mais velho, como sempre.
— Você tem que para de tentar proteger a Irina, Dimitri. - Raphael diz grosseiramente, ele balança a cabeça e eu noto sua frustação de não poder controlar tudo. Mesmo sendo quem é, seus filhos ainda eram imprevisíveis.
— Vamos até lá. - Raphael ordenou, sua voz faz meu corpo tremer. — Não vou deixar isso passar em branco. - e pela primeira vez eu vejo medo nele, Raphael teme que nem mesmo ele pudesse protegê-los do mundo caótico que abitamos.

Dimitri hesitou por um momento, franzindo o cenho antes de se virar para pegar um casaco de pele para mim com uma das empregadas, ele sabe que discutir com o Raphael é algo inútil, ainda mais quando o tom de voz dele transparece sua raiva tão facilmente.
— Vamos precisar de reforços? - Dimitri perguntou, olhando para Raphael, que se levanta da poltrona com a mesma elegância de sempre.
— Não. - Raphael respondeu friamente. — Eu mesmo vou lidar com eles. Enquanto Dimitri se apressava em preparar o que fosse necessário para a saída. Raphael se aproximou de mim, seus olhos fixos e escuros. 
— Você vem comigo. - ele declara sem hesitação, uma ordem clara e direta. 

Meu coração disparou, e antes que eu pudesse protestar ou sequer questionar, ele já estava caminhando em direção a porta, Dimitri me lança um olhar rápido, como se dissesse "não o contrarie". Engoli em seco e o segui. Saímos da mansão e ar frio da noite me envolve imediatamente, fazendo-me apertar o casaco ao redor do corpo. Raphael caminha à frente, obedientes ao seu comando. Dimitri estava logo atrás, sempre atento, pronto para qualquer eventualidade, mas o silêncio entre nós era perturbador. Raphael estava visivelmente agitado, e mesmo que ele tentasse esconder, seus passos determinados e seu olhar fixo mostravam que não se tratava apenas de uma mera desobediência de seus filhos.

Enquanto atravessávamos as ruas de São Petersburgo, as luzes da cidade brilham em constância. Eu mal conhecia essa parte da cidade, e cada beco parecia se estender como um labirinto. O Hollow Dive parecia estar cada vez mais próximo, e um arrepio percorreu minha espinha ao pensar no que poderia acontecer quando chegássemos lá.
— Você não precisa fazer isso. - minha voz saiu mais baixa do que eu esperava, quase como um sussurro. Raphael parou abruptamente e virou-se para mim, seus olhos escurecendo ainda mais sob as sombras da noite.
— Preciso, sim. - ele disse com uma calma assustadora. — Eles são meus filhos. E eles precisam entender os limites. E, mais importante, os outros precisam entender quem eles são.
— Mas... não pode haver outro jeito? - perguntei, sentindo uma mistura de medo e preocupação. A ideia de testemunhar o que quer que fosse acontecer no Hollow Dive me deixava inquieta.
— Não. - a palavra foi final, cortante.

Eu sabia que era inútil tentar discutir com ele. Raphael tem suas razões, e eu, embora não as compreendesse totalmente, sabia que ele agiria conforme achasse necessário, meu coração batendo rápido, a tensão aumentando.

O Hollow Dive estava logo à frente, suas luzes piscando em tons vermelho e roxo. Ao nos aproximarmos da entrada, pude ouvir a música alta e o som abafado de risadas e conversas, paramos por um momento diante da porta, respiro fundo, e então, com um simples aceno, ordenou que entrássemos.

Assim que cruzamos os primeiros passos em direção à porta do Hollow Dive, dois seguranças enormes se aproximaram, bloqueando nossa entrada. Dimitri, sempre rápido e preciso, foi o primeiro a agir. Com um soco direto no queixo de um dos homens, ele o derrubou sem hesitação, o som seco do impacto ecoando acima da música. O segundo segurança tentou reagir, mas Dimitri, sem sequer dar chance, o acertou no estômago com força suficiente para fazê-lo se dobrar em dor.

Raphael passou calmamente pelos corpos caídos, sem sequer desviar o olhar, sua aura fria e controlada dominando o ambiente. Quando já estávamos dentro, Dimitri sacou uma metralhadora compacta que eu não tinha nem percebido que ele carregava. Em um movimento rápido e fluido, ele ergueu a arma para o alto e apertou o gatilho.

O som das balas atravessou o ar, abafando completamente a música e as risadas, estilhaços de vidro caíram do teto, e a sala inteira se encheu de gritos enquanto os jovens, que até então se divertiam sem preocupação, corriam em pânico, as luzes piscantes do Hollow Dive foram substituídas imediatamente pelas luzes de emergência, que se acenderam em um tom pálido e irregular, lançando sombras grotescas nas paredes enquanto todos se espalhavam, tentando encontrar saídas.

Raphael permaneceu parado no centro do caos, observando calmamente a desordem que se instalava ao redor. Ele não parecia nem um pouco perturbado com a confusão, sua postura imponente como a de um predador que já sabia exatamente onde sua presa estava. Meu coração disparou ainda mais ao ver o poder absoluto que ele exercia sem sequer levantar a voz ou um dedo.

Raphael caminhou lentamente pelo Hollow Dive, indiferente ao caos ao seu redor, ele é uma presença imponente no meio da multidão em pânico, como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta para ele. Então, ele parou, seus olhos percorrendo o espaço iluminado pelas luzes de emergência.
— Arkadi! Irina! -  a voz dele cortou o ar, profunda e cheia de autoridade. O grito ecoou pelo clube, silenciando momentaneamente os murmúrios de medo ao redor. Havia algo naquela voz, algo que exigia obediência. Até eu senti um calafrio percorrer minha espinha, e não era direcionado a mim.

Dimitri permaneceu ao meu lado, sua expressão neutra, mas seus olhos atentos, prontos para agir se necessário. Raphael deu mais alguns passos à frente, seus sapatos ecoando pelo chão de concreto, o som reverberando no silêncio momentâneo que tomou conta do lugar.
— Arkadi! - ele repetiu, sua voz soando ainda mais ameaçadora. — Irina! - dessa vez, havia uma promessa de punição no seu tom, algo que faria qualquer um pensar duas vezes antes de desafiá-lo.

Os jovens ao redor se afastavam dele, criando um círculo de espaço, como se a presença de Raphael os queimasse. Alguns olhavam para a porta, desesperados para sair, mas o medo de serem pegos na mira de Dimitri ou de Raphael os mantinha parados.Raphael caminhou lentamente. Então, ele parou, seus olhos percorrendo o espaço iluminado pelas luzes de emergência.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro