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Epílogos

Epílogo 1

Em um ano, Aurèlia reconstruiu tudo. Sozinha no trono, mas com toda a ajuda que lhe foi prometida, Crisântemo se reergueu, assim como todo o Vale de Awa. Ela fez com que aquela cidade não fosse mais o que ela sempre abominou e transformou-a em seu porto seguro.

O castelo pereceu e lá deixou que as ruínas ficassem, para se lembrar sempre do passado que jamais poderia se repetir.

E Aurèlia foi a rainha mais amada que já andou pelas ruas do Vale. A vida tornou aos eixos.

Um novo palacete surgiu. Fez questão de que este fosse voltado para o Oceano Platina. Seus aposentos, entretanto, tinham apenas uma condição. Ficavam em uma torre longilínea, alta como nenhuma outra alcançaria e voltado para sudeste. Nunca precisou se justificar. Só ela sabia o motivo.

Quando ia dormir, todas as noites, olhava pela janela do quarto. Ficava imaginando que ali, naquela direção, se andasse dias e noites sem parar, chegaria até o lugar onde nasceu. O Bosque era o coração do Vale e berço do seu. Das lendas dos Kinos à coroa, Aurèlia emergiu. Percebeu que tanto Azura quanto Odile estavam certas: ela faria a diferença.

Epílogo 2

Ela deixou o nome de lado. Odile virou Daisy.

No mesmo dia em que renunciou, Nikki lhe pediu em casamento. Outra vez.

- Vamos continuar onde paramos, minha Daisy? - o homem propôs. E ela aceitou, é claro. Era tudo o que queria.

Casaram-se dias depois naquele mesmo teatro onde ocorreu o último concílio. Lá, apenas à luz da lua e das tochas tacanhas, apenas Nikki e ela e, é claro, Fin, Deco e Lili. E o pequeno Kaha. Fin os casou com lindas palavras e Odile carregava um buquê de margaridas de tirar o fôlego, que cresceram sob a janela da pousada onde se hospedaram rápidos como se por pura mágica. Foi Pouri deixá-los que a terra fertilizou-se de novo.

Partiram para a Pedreira logo depois. Rumaram para o interior com dois pares de cavalos, as crianças e o que conseguiram carregar.

Aos poucos, a cidade se reerguia, mas ela e Nikki concordaram onde seria a casa dos dois.


Fin entrou primeiro. A porta rangeu, como ele esperava, mas sorriu ao ver tudo ali, intacto como se nada tivesse mudado. A casa que dividiu com os pais os abrigou.

Dois anos voaram.

Eles foram felizes ali. Ninguém sabia que Odile, a antiga rainha, agora tinha abrigo na colheita de Pöli e Celeste, que dava mais e mais frutos todos os anos.

Naquele dia em especial, a água da chuva torrencial que caiu durante a noite entrou no depósito e encharcou tudo. Lili viera dormir em sua cama e Deco e Kaha também. Estavam grandes!, os dois. Lili já era quase uma moça. E Fin, um homem feito.

Quando o dia amanheceu, empregaram-se em suas tarefas e Daisy desmontou todo o depósito. Estava encharcado e já começava a cheirar mofo em tão pouco tempo.

Uma caixa caiu da última prateleira.

Merda - praguejou.

- Não devia falar essas coisas - Lili a repreendeu, assustando-a. A menina abaixou-se para ajudá-la com as caixas. Algo chamou sua atenção. - O que é isso, Daisy?

Da caixa, Lili levantou um embrulho. O coração de Daisy parou quando ela imediatamente reconheceu o cobertor de Kaha. Tinha pedaços de fio de ouro e era vermelho. Como o da realeza. Uma vida que ela deixara para trás.

Caminhou até Lili e tomou-o de suas mãos.

- Não é nada, querida. Vá lá fora curtir o dia.

Lili soube que ela mentia, mas a pequena crescia sabiamente. Entendeu que a mulher queria espaço e o deu.

Assim que Lili saiu pela porta, Daisy correu para o quarto e o trancou. Escancarou a janela e deixou que o sol depois da tempestade entrasse. Desembrulhou o cobertor de Kaha e encontrou-a ali. Tinha se esquecido completamente.

A carta que escreveu quando teve certeza que morreria nas mãos do marechal estava ali. Ela desembrulhou-a e devorou-a, mal reconhecendo a própria letra.


"Querido Kaha,

Se estiver lendo isso, então posso ter certeza de uma coisa. Eu morri, mas você ainda está aí. Meu legado é seu, meu filho.

Não sei como está vivendo, mas sei que está sendo bem cuidado. Rose não deixaria que nada de ruim lhe acontecesse, eu sei. Eu pedi que, quem quer que estivesse com sua guarda, não lhe contasse de suas origens até ser crescido o suficiente para entender. Pode colocar a culpa em mim, se quiser, mas saiba, Kaha, que tive bons motivos para guardar esse segredo até agora.

Você, Kaha de Crisântemo, é filho de Odile e Sohlon, os que um dia sentaram no trono. Isso faz de você o príncipe. E é por isso que, em tempos difíceis, esse título vai ser empurrado para debaixo do tapete. Vai ouvir coisas horríveis sobre nós, querido, e muitas delas não consigo desmentir, mas quero que saiba que tudo o que eu fiz foi para me redimir de meus erros.

Vou guardar sempre as melhores lembranças de você, meu pequeno príncipe. Lembro que gostava de puxar meus cabelos e sempre tentava levá-los à boca. Meu cheiro te confortava. E você era a cara de seu pai, por mais que isso me apavorasse de vez em quando. Seus olhos, se não mudaram, são como os meus, e isso ninguém tira de mim.

Se está lendo isso, meu querido, então eu não estou mais aí, mas tenho certeza de que está cercado de pessoas boas como você, que vão criá-lo como merece, longe da coroa.

É o que eu faria.

Com amor,

da sua mãe,

Odile".


Daisy chorou como um bebê ao lembrar-se daquela noite. A carta foi escrita às pressas e não conseguiu colocar metade do que gostaria. Achou que terminaria morta e que nunca mais o tomaria no colo.

Enganou-se. Ah, como estava feliz por ter se enganado.

Ela dobrou a carta em quatro pedaços e a escondeu outra vez. Um dia Kaha a leria e ela mesma lhe diria tudo o que precisava saber. E de mais nada aquilo importaria, porque Kaha não era mais o príncipe. E Daisy estava aliviada.

Ela olhou para a janela quando uma sombra encobriu-lhe a luz do sol. Fin a olhava com curiosidade.

- O que está fazendo, Daisy? - indagou. - Estava chorando?

Daisy sorriu e limpou as lágrimas.

- Encontrei umas coisas no depósito. Está tudo bem.

Fin sorriu-lhe também.

- Venha curtir o sol.

Ela concordou.

Destrancou a porta do quarto e atravessou o casebre. Deixou que o sol lhe beijasse a pele e a brisa gostosa do campo entrasse em seus pulmões.

Duas figuras correram até ela, rindo e se divertindo. A primeira, Deco, agarrou-se em uma de suas pernas. Kaha fez o mesmo na outra, corriam de Nikki, que brincava com eles todos os dias até cansá-los. Era só assim que dormiam à noite.

- Cuidado, meninos - disse, assim que ele alcançou Daisy e a tomou nos braços. Os meninos correram, gritando. - Já disse para tomarem mais cuidado com a Daisy.

Chamavam-na assim. Kaha a chamava de mãe. Cresceram contando-lhes tudo que era possível. Celeste e Pöli estavam nas histórias e Deco sabia que Daisy era apenas sua tia, assim como Nikki era seu tio. Kaha quase nunca perguntava do pai. Seu pai de consideração era Nikki e isso aquecia o coração do homem todas as noites.

- Eles não vão me derrubar, Nikki - Odile insistia.

- Não quero correr o risco.

Ele beijou-a e colocou a mão sobre sua barriga. Já estava enorme. O filho dos dois estava por nascer.


Dois meses se passaram quando a mulher acordou à noite com a bolsa rompida. E como foi longa a noite.

Lili ficou com as crianças no quarto, distraindo-as com jogos e dizendo que Daisy estava bem, enquanto Fin trazia toalhas limpas e Nikki fazia o parto do filho.

Depois de horas árduas de um trabalho de parto incessante e Fin dizendo que precisavam levá-la até a cidade, Lavínia nasceu.

Daisy nunca contou o que sonhou com o Oráculo.

Foi um sonho tão vívido que não saberia dizer se podia assim chamá-lo. Mais parecia um encontro em outro plano.

Ela perguntou da profecia que tanto lhe tirava o sono.

- Não vê, rainha Odile? - o Oráculo lhe provocava. - A profecia se concretizou.

- Mas... Eu não entendo. Eu matei Sohlon. Eu...

- A profecia, minha rainha, dizia que Sohlon encontraria sua ruína quando o segundo filho nascido de família humilde viesse bater em sua porta.

E, como se estivesse sonhando acordada, ela viu Lírio dormindo na cama ao lado. O Oráculo olhava para ele.

É claro!, a rainha entendeu.

Nikki era irmão mais novo de Pöli, o segundo filho, e viveram uma vida desafortunada por muito tempo. E Nikki voltou. Quando encontrou-se com a rainha, o destino de Sohlon estava traçado. Foi Nikki quem abriu os olhos da mulher para o passado e o futuro. Nikki foi a ruína de Sohlon, por mais que ela tenha sido o intermédio.

Depois de tudo o que fizeram, de tanto que tiraram, a profecia era sobre Lírio.

Mas suas dúvidas não cessaram por ali.

- Então... Nikki se sentará no trono?

Ele bem poderia, Odile pensou. Era o homem que amava. Se se casasse com ele, poderiam reinar juntos.

- A escolha é sua, rainha Odile.

- Mas...

- Não posso lhe dizer mais nada. Tudo o que lhe digo, minha rainha, é que tem dois caminhos a trilhar. Em um deles encontrará desfortúnios, doenças, perdas e dor. No outro, riquezas e alegrias e saúde. E tudo dependerá de suas decisões, minha rainha. E só das suas.


Na noite em que Lavínia nasceu, Daisy contou a Nikki sobre a profecia do Oráculo.

Nikki processou tudo em silêncio. Estavam sozinhos no quarto e o homem carregava a filha nos braços. Apertou a mão de sua esposa e nunca questionou o porquê dela não ter comentado nada antes. Apenas indagou:

- Mas, Daisy... e como vai saber se escolheu o caminho certo?

Daisy descolou-se da cama e aproximou-se do homem. Beijou a cabeça de Lavínia e a têmpora de Nikki.

Não precisou de mais palavra alguma para que os dois entendessem: ela trilhara o caminho das riquezas.

Epílogo 3

O pai contou-lhe a história mais uma vez. Todas as noites a menina pedia para ouvi-la. Ficava fascinada com a riqueza de detalhes, com a emoção e, principalmente, porque os pais estavam lá, dentro da história. Ela estava lá, na barriga de sua mãe, e viveu tudo aquilo com eles.

A menina sorria e dormia extasiada.

Naquela noite, entretanto, queria ouvir outra história.

- Pai? - a pequena questionou.

- Hm? - já cansado do dia, o homem indagou.

- Me conta mais deles?

- De quem, querida?

- Dos meus tios.

O pai perdeu a voz ali. Ele inspirou fundo. Mesmo depois de tanto tempo ainda machucava falar dos irmãos.

- Sua tia foi... a bruxa mais forte que eu já vi andar pelo Vale de Awa, filha.

- E como ela era?

- Ela era linda - concordou com suas lembranças. Admitiu algo para a pequena que não admitira em voz alta para ninguém. - E a sua cara, Dia. Quando pequenininha, vocês eram iguais. O mesmo nariz, os mesmos olhos, e ela era... tão linda.

E o homem chorou. A filha não assustou-se, apesar de nunca tê-lo visto chorar.

- E meu tio?

- Seu tio era... era forte. Muito forte. Ele... ele salvou a gente. Lá quando estávamos no barco, chegando em Crisântemo - o homem lembrou-se da história eufêmica que contava para a menina -, lá o seu tio salvou a gente. Se não fosse por ele, Dia, eu e sua mãe não estaríamos aqui. E nem você.

- E nem o Naif.

Viorica entrou no quarto, então. O segundo filho estava com o banho tomado e roupas quentes. Ela ouviu a conversa e sentou-se ao lado de Alaric e Diana, a filha que aguentou firme em seu ventre durante todo o período mais obscuro do Vale de Awa.

Agora, Diana era uma linda menininha de cinco anos. Naif ia completar um. E Alaric e Viorica eram felizes.

- É verdade, filha - a mulher beijou-lhe a cabeça. - Já passou da hora, minha menina. Eu e seu pai vamos apagar as luzes, ok?

Diana concordou.

Viorica sorriu para o marido, que sorriu-lhe de volta.

Saíram do quarto de Diana e apagaram as luzes. A pequenina sorriu antes.

Assim que dormiram, ela ficou praticando o truque que aprendera. Ainda não tinha contado para os pais, mas estava começando a dominar a técnica. Quando se concentrava bastante, conseguia fazer fogo surgir bem na palma da mão.

Epílogo 4

Planejaram-se por um ano inteiro antes de viajarem para lá. Certificaram-se de que Aurèlia tinha tudo em suas rédeas antes de embarcarem naquela nau tão enorme. Azura juntou todos e cumpriu a promessa a si mesma.

Despediu-se dos que ficaram e agradeceu à Kino por ter cedido um barco. Prometeu voltar para visitá-la todos os anos. Aurèlia disse que cobraria a promessa e, depois de um abraço apertado, Azura embarcou no Oceano Platina. Não tinha mais medo do mar. Tohrak a guiou.


- Azura? - a mulher acordou quando Gisèle a chamou. Era a segunda noite que passavam ali, em alto mar. Ela olhou esperançosa nos olhos azuis, que lhe sorriram. - Chegamos.

A petrichoriana saltou da rede em que dormia e atravessou o navio a passadas desesperadas. Subiu ao deque e viu o dia nascendo. Correu para a proa e viu o desenho no horizonte.

Segurou-se firme nas madeiras da embarcação e quis gritar de felicidade.

Petrichor a esperava.


Ela foi a primeira a saltar do navio em direção ao mar e espantou-se com a própria determinação. Depois de tanto, a água salgada não conseguia mais assustá-la como antes. Ouviu outros pularem atrás dela como se aquilo fosse uma brincadeira, enquanto Gisèle e Caiden desciam o bote para levá-los à terra firme.

Mas, não. Azura quis ser a primeira.

Ela nadou e nadou até que finalmente alcançou os pés na areia fofa. E depois, andou e andou. E parou.

Olhou para cima quando pisou na areia fofa.

Estava em casa.

Foi ali que chegou no cesto vinte anos antes e foi ali que Düran lhe prometeu o mundo. Foi ali que perdeu tudo e era ali que estava agora. E petrificou-se.

Sentiu uma mão repousar em suas costas. Ela sabia que era Kohan.

O homem beijou-a e emocionou-se ao vê-la emocionada.

- O que está esperando, Azura de Petrichor? - a mulher olhou para ele. Kohan tinha o sorriso mais encantador que ela já vira. - Prometeu me mostrar sua casa.


Petrichor floresceu de novo. Eram flores, frutos, árvores altas e o cheiro de terra molhada o dia inteiro.

Tohrak fez morada logo no precipício onde as histórias dos Deuses se desenrolaram. Certo dia, trouxe um dragão fêmea e a criatura não desgrudava dele. Certo dia, Azura descobriu um ninho. Logo os filhotes nasceram.


Viorica e Alaric fizeram morada e criaram lá a pequena Diana. Logo veio Naif. Gisèle e Tereza não quiseram voltar para D'Ávila. Caiden também não. E Carú não via o que poderia fazer lá sem eles. Lá, em Petrichor, fizeram morada. Kohan e Azura também. E mais vieram depois deles. Ela abriu-lhes as portas.

Petrichor voltou a ser o lar de seus sonhos, ela o reconstruiu tijolo por tijolo e logo colheu seus frutos. Tão logo o vilarejo encheu e as crianças voltaram a correr sob o sol, a comer jabuticabas e a festejar noites sem fim.

Lá, a vida tornou-se a festa que ela tanto sonhava.

Azura casou-se com Kohan e tiveram duas crianças, Tron e Nero. Eles cresceram com Diana e Naif, com Cöda e Coli e com todos os outros e todos os anos festejavam nas Bodas de Sonca e Marama. Ela nunca mais as temeu.


Todas as noites, quando Marama se punha, Azura ia até o Rio Ma'h. Acordava com o sol a beijar-lhe a pele e tinha certeza de que o pai estava lá com ela.

E todos os dias o repetia. E passou seus ensinamentos aos filhos. Quando os cabelos brancos já ganhavam toda a sua cabeça e andar já estava desgastante, quando Kohan já se juntara aos Deuses e muitos de seus amigos, Azura chamou os filhos.

Devagar, levaram-na ao Rio Ma'h. Sabiam tanto quanto ela o que se desenrolaria ali.

A adaga entregou a Tron, tão parecido com ela. O xale, a Nero, que tanto lhe lembrava Kohan. Eram homens feitos, com famílias feitas, filhos para criarem.

E ficaram ali a noite inteira.

Quando o sol nasceu, Azura se foi. Ela abraçou a morte e deu as mãos a Nero, o pai, que cumpriu sua promessa de buscá-la.

Azura viu Petrichor crescer. Seu nome voou com os ventos pelos quatro cantos do Vale de Awa. Pouri nunca mais deu as caras.

A petrichoriana sempre teve dúvidas sobre seu destino. Achava que, por onde andasse, as desaventuranças a acompanhariam.

Quando olhou para trás uma última vez, para tudo o que deixava no Vale antes de ir, percebeu o quanto estava errada.

Seguiu o pai de bom grado.

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