Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

71. Barulho

Foram horas incontáveis. Gisèle não conseguia ficar brava com Tereza pelo impulso de simplesmente sair de casa sem mais nem menos em meio àquele caos. Não quando ela estava tão confortável dormindo com a cabeça em sua coxa. Gisèle estava recostada na décima estante, exausta, folheando livros empilhados ao seu lado que não lhe diziam nada. Seus olhos já perdiam o foco de tão cansados.

- Teve sorte? - ouviu uma voz rouca chamar-lhe. Sob a luz das tochas, decifrou a mulher que apresentou-se por Viorica.

Gisèle balançou a cabeça em negativa.

- Depois de um tempo, acho que nem sei mais o que estamos procurando.

Viorica riu.

- Acho que nem eu - cochichou, esperando que Azriel e Dante não a ouvissem. Estava perdendo as esperanças de encontrar respostas para aquela loucura.

- Não podemos ter visto tudo - Gisèle guardou o livro em mãos na pilha ao seu lado, cansada e estressada. - Estamos deixando alguma coisa passar.

- Não sei o que mais me preocupa agora - Viorica admitiu. Estavam no segundo andar, na arquibancada circular que lhes dava uma bela vista lá de baixo. A mulher recostou-se no corrimão que a separava de uma queda alta. Nunca teve medo de cair. - Estou ficando com fome.

Gisèle sentiu a própria barriga roncar.

- Geralmente era Caiden quem caçava - a loira lembrou-se do amigo. Já conseguia sentir saudades em tão pouco tempo.

- É, meu marido também - Viorica cruzou os braços, nervosa. - Você é Gisèle, não é? - lembrou daqueles traços familiares. - Irmã de Azura.

A loira concordou.

- Tenho dois irmãos lá fora e não sei como ajudar aqui dentro - a daviliana riu tristemente.

- Ainda tenho esperanças - Viorica olhou para a janela. Nenhuma luz a guiava.

- De que voltarão com respostas?

Viorica negou com a cabeça.

- De que as encontraremos por aqui.

Azriel já bebera toda a água que trouxera consigo, esperando que desse modo enganasse seu estômago por um pouco mais. Já se sentia irritadiço, frustrado por não ter chegado a lugar nenhum. O arandiano andava em círculos com a luz da tocha o guiando. Tinha que limpar com a palma da mão cada placa que anunciava os setores dos livros. Ele encontrou um rosto familiar ao passar por um corredor cuja plaqueta já estava limpa, enunciando o setor de astrologia.

Dante nem ao menos levantou o olhar para ele. Estava sentado em um canto com as costas apoiadas nas estantes e as pernas dobradas, puxadas para o peito. Seus olhos pescavam.

Azriel aproximou-se devagar e sentou-se ao seu lado. Nada disse. Deu espaço para que Dante o fizesse.

- Não sei mais o que procurar, Azriel - o Kino lamentou, balançando a cabeça para as páginas de um livro que lhe contava sobre a formação dos planetas. - Achei que pudesse ser um eclipse, mas é completamente diferente. O sol nem está no céu. Nem lua, nem estrelas, e as pessoas estão morrendo, o que eu achei que pudesse ser alguma falta de nutrientes que os astros nos proporcionavam, mas nada! Nada.

Azriel o viu suspirar, cansado. Tomou a liberdade de fechar o livro nas mãos do recém amigo e colocá-lo de lado. Dante foi obrigado a olhá-lo. Estavam próximos, os dois, quase com os narizes colados, e percebiam a respiração nervosa um do outro.

O arandiano também não estava animado. Lera sobre os Deuses, sobre Sonca e Marama, e até aprofundou em outros. Estudou história. Nada desse tipo acontecera antes. Era como se tivessem retornado à uma época sem Deuses, onde tudo era por conta própria e divindades não existiam. O Vale era um lugar sombrio. Apesar disso, não queria desanimar ainda mais aqueles olhos negros que mais pareciam jabuticabas o encarando.

- Nós não vimos nem metade disso aqui, Dante - a voz de Azriel soou tranquila, quase como um calmante. A mesma sentença dita com outra pronúncia seria desanimadora, mas o arandiano carregou-a de esperança. - Vamos descansar, descolar alguma coisa para comer e vamos continuar, certo? Talvez as meninas tenham dado mais sorte que nós.

Dante concordou, não conseguindo mais sustentar aquele olhar. Sentiu as bochechas ruborizarem ao desviá-las para o chão. Ficaram em um constrangedor silêncio por longos minutos, o que logo tornou-se uma confortável calmaria.

- Obrigado por salvar meu couro hoje cedo - Dante jogou a cabeça para trás, lembrando-se da encrenca que criou na padaria por conta de mísera pedras.

- Só salvei sua mão de um infeliz mal amado - Azriel riu.

- É, mas não precisava. E mesmo assim o fez - Dante murmurou. - E ainda nem consegui lhe pagar de volta.

- Ah, qual é? - o arandiano sorriu. - Abriu as portas para mim e minha cunhada sem pensar duas vezes. E está mergulhado nessa merda aqui porque eu pedi.

- Não foi por isso - Dante admitiu.

Azriel tornou a olhá-lo.

- Não?

- Não. Não foi por achar que te devo alguma coisa. Foi porque não queria decepcionar você - Dante murmurou. - Digo, vocês. Você e Viorica. Acho que foram os primeiros que acreditaram que eu conseguiria resolver essa merda toda.

- Não quero que resolva essa merda, Dante - Azriel respirou profundamente. - Mas uma luz seria bom.

Ambos riram com o trocadilho não proposital. Não tinham luz alguma em lugar nenhum e aquelas tochas apagariam hora ou outra.

- Vou achar uma luz, então.

Outra vez seus olhares se encontraram. Tornaram-se amigos facilmente e encontraram confidentes para casos que não tinham com quem contar até então. Antes que pudessem tornar a dizer algo, movimentações do lado de fora lhes despertaram a atenção.

Ginevra não soube como, mas antes que tomasse ciência do que acontecia ao seu redor, a bruxa jogou-se na direção de Frey. As tochas rolaram para longe e uma das duas se apagou. Aos gritos de pavor e dor que ecoavam por todo o edifício e mergulhadas em um breu quase completo, Ginevra sentiu-se alcançar as desesperadas mãos de Frey, que precisavam segurar algo. Ambas foram arrastadas até que a bruxa conseguisse bater a lateral do corpo em uma parede. Não soltou as mãos de Frey, que gritava por socorro sem conseguir pronunciar palavra alguma. A criatura - ou o que quer que fosse - puxava a Kino para um vazio corredor. Grunhiu ao perceber que sua vítima estagnara e não conseguia mais puxá-la. O som penetrou nas memórias de Ginevra e Frey e conheceu lugares sombrios.

Gine! - Frey chamou por entre gritos de dor desesperados. Suas mãos escorregavam mais e mais do aperto da bruxa escorada na alvenaria. Ginevra, tão assustada como estava, não tinha reação alguma. Sua magia resumia-se ao uso de suas mãos e não era boa em ataque algum. Não foi para aquilo que estudou.

O som de carne sendo rasgada ornou com gritos de dor inumanos de Frey. Quando Gine pensou que não teria opção a não ser soltá-la para conseguir ajudá-la, uma nova luz entrou em seu campo de visão, unida a passos velozes e determinados.

A bruxa viu quando seu irmão, Alaric, jogou-se em cima da criatura que segurava Frey sem pensar duas vezes. As chamas que agora iluminavam o animal revelaram sua aparência perturbadora. Este largou a Kino sob o ataque certeiro do arandiano com um punhal.

Caiden deslizou pelo corredor até parar ao lado de Frey, que não conseguia segurar os gritos de agonia. O homem olhou para uma de suas pernas e quase colocou seu estômago para fora ao ver a quantidade de sangue que jorrava das feridas profundas rasgadas na coxa esquerda de sua amiga.

- Tirem ela daqui! - a ordem chegou aos ouvidos de Caiden e Ginevra, petrificados, olhando de uma Frey aos gritos agonizantes para Alaric e sua coragem impensada. Aurèlia tomou a liderança e apontou a flecha para a cabeça da criatura que se atracava com Alaric. Quando estava pronta para disparar, viu que o perigo vinha de mais longe. Outro ser animalesco como aquele aproximava-se pelo corredor em direção a eles. Ela disparou a flecha em sua direção e vociferou novamente para os dois ao seu lado. - Agora!

Não foi preciso dizer outra vez. Caiden ergueu Frey do chão, passando seus braços por debaixo de suas pernas e troncos. A Kino chorava como uma criança assustada. Gine colocou-se de pé e suas pernas velozmente a guiaram até a tocha caída, ainda acesa. A tomou em mãos e deixou que Caiden, com certo esforço, carregasse Frey de volta pelo caminho de onde vieram. Lhe daria cobertura e rezaria para terem um plano antes de chegarem ao congelante lado de fora.

Aurèlia e Alaric lutaram bravamente. A Kino partiu para a agressiva como se nada temesse e findou a vida daquele ser infeliz que agonizava com a flecha atravessando sua garganta. Logo atrás dela, viu quando Alaric derrubou a outra besta. Seu olhar voltou-se para ele. Viu o homem ferido. Sangue escorria por seu abdômen de uma ferida aberta no peito, tão próxima a garganta. Aurèlia correu até ele.

- Está bem? - sua primeira reação foi puxar a blusa de Alaric para cima o suficiente para que cobrisse a escoriação. O homem resmungou de dor, mas aguentou com uma careta. Cobriu o ferimento com a mão.

- Estou - concordou, ofegante. Sabiam que aquilo não tinha acabado.

- Vamos sair daqui - Aurèlia tomou a dianteira e puxou a tocha acesa do chão. Trocou habilmente o arco por uma espada de lâmina afiada.

- E os outros? - Alaric arrastou-se atrás dela.

A passos largos e rápidos, ouvindo os agudos gritos das criaturas perscrutarem por todo o edifício, Aurèlia seguiu o caminho de fora.

- Não vamos ajudar ninguém se estivermos mortos.

- O que é isso? - Tereza juntou-se aos quatro na janela quando acordou de seu confortável sono. Dormiu tão surpreendentemente bem naquele chão frio e empoeirado que pensou que acordaria com o sol na cara e os resmungos de seu lindo despertador, Cöda. Entretanto, encontrou Gisèle e os outros três escoriados no batente da janela do segundo andar. Todos olhavam para o lado de fora e ela logo entendeu o porquê. Viu que, um a um, a população da Pedreira saía de seus casas, tomando coragem para botar os pés para fora de redomas seguras.

- Devem estar com fome - Dante deduziu. - Até ontem estavam se cagando de medo de abrir a janela.

- Nem sei mais o que é ontem e hoje - Gisèle puxou Tereza para mais perto, procurando consolo que sempre achava no abraço da ruiva.

- É incrível o que a necessidade faz a gente fazer - Azriel acrescentou. - As pessoas estão ficando doentes e estão todos voltando às ruas.

- Não adianta se isolar para sobreviver e acabar morrendo de fome - Viorica, já emburrada pela falta de comida e sono decentes, murmurou. - Devíamos nos juntar a eles.

- Não devíamos ir para casa? - Tereza, sonolenta e abraçada à cintura de Gisèle, questionou.

- Podem ir - Dante, com certo mau humor, respondeu. - Não vou sair daqui até encontrar respostas.

- Não tenho nada melhor a fazer - Viorica brincou. - Vou ficar contigo. Mas alguém precisa ir atrás de comida.

A loira suspirou.

- Vamos eu e Tereza, então - olhou para a ruiva, que concordou. - E voltamos logo. Até lá, deveriam descansar.

- Deveríamos - Azriel olhou de soslaio para Dante, mas este balançou a cabeça em negação.

- Não temos tempo. Descansem vocês, vou continuar procurando.

- Dante... - Gisèle o fitou, preocupada.

- Estou bem. Andem, achem comida. E cuidado lá fora - o Kino deu uma última olhada para a movimentação nas ruas da Pedreira. - Vai estar um caos.

Os três escaparam pela escada de incêndio. Azura, Düran e Kohän voaram degraus abaixo o mais rápido e silenciosamente que conseguiram. O caos do lado de dentro conseguia ser ouvido e o pavor de parar em cada um dos andares era gritante, como se mais criaturas como aquelas pudessem saltar pelas janelas atrás deles a qualquer instante.

- Esperem - Düran parou bruscamente e estendeu o braço para o lado, impedindo a passagem dos outros dois atrás dele. Seu olhar fitava lá embaixo.

Os três viram quando Caiden passou com Frey nos braços e Ginevra os seguiu. Os gritos de dor da Kino podiam ser ouvidos por toda aquela terra deserta e morta e com certeza atraíam aqueles animalescos seres provocados pelos seus sentidos mais apurados. Sentiram-se impotentes dali, sem poderem ajudar. Caiden rumou para um templo e Ginevra abriu a porta para que entrassem. Viram Aurèlia correr com um ferido Alaric e seguirem os rastros de sangue. Logo estavam na porta do templo, e logo mais criaturas vieram, atraídas pelos gritos de dor de Frey.

Os três nas escadas petrificaram-se ao ver as criaturas que vinham de todos os lugares, como se elas logo fossem vê-los e vir ao encontro deles. Saíam de trás das casas, da vegetação, do prédio onde estavam. Não demorou para que o templo estivesse cercado.

- Temos que fazer alguma coisa - Azura passou na frente de Düran e tornou a descer as escadas.

- Azura - Kohan protestou -, o que vai fazer?

- Alguma besteira, provavelmente - a petrichoriana tentou soar bem humorada, mas estava apavorada.

- Espere, criatura - Düran segurou seu braço, forçando-a a parar e olhar para os dois. - Estamos juntos nessa, porra. Pare de se arriscar sozinha.

A mulher inspirou profundamente. Não queria colocá-los em risco, mas sabia que precisava de menos impulso e mais planos. Acabou por concordar.

- O que vamos fazer? - perguntou. Cansara-se de tomar decisões.

Kohan respondeu o óbvio, sabendo que o óbvio assustava demais para ser verbalizado.

- Vamos fazer barulho.

Apesar de por quase toda a vida ter sido rainha, Odile nunca precisara tomar decisões tão avidamente. Talvez porque dessa vez sua vida e a da Kaha e a de Lírio estivessem em jogo. A de Lili e Fin e Pöli também. Ela já não sabia mais se Celeste sobreviveria àquilo e nunca ousou pronunciar seu pensamento em voz alta. O medo os moveu.

Odile irrompeu porta afora com Kaha nos braços, embrulhado em um cobertor quente e mergulhado dentro de sua blusa. Fin veio logo atrás com o irmão nos braços, o pequeno Deco, e Nikki tinha uma assustada Lili escorada em seu colo. Todos tinham máscaras improvisadas cobrindo nariz e boca de modo tão reforçado que mal respiravam.

A rainha seguiu na frente dos outros dois, determinada. Fugiria de sua própria casa e de qualquer possível contaminação. Não sabia que tipo de doença miserável estava os assolando, mas Celeste e Pöli ficaram para trás em uma redoma epidêmica.

Os pedreiros retornaram às ruas, mesmo com o medo, e tão poucos eram os olhares que se cruzavam. Odile tinha Kaha apertado contra o peito e o filho, bom como era, parecia compreender que deveria segurar seu choro de incompreensão.

- Daisy! - ouviu a voz de Nikki a chamar. O homem a alcançou com Lili abraçada ao seu pescoço, o rosto afundado em seu cangote -, para onde vamos?

A rainha respirou nervosamente e olhou para trás. Fin os seguia de perto.

- Não podíamos ficar em casa.

- Não temos comida, água, roupas! Temos dois bebês, uma criança e...

- Eu sei, Nikki - a rainha soou duramente. - Um problema de cada vez.

Suas pernas guiaram-na para um caminho habitual e que, em seu subconsciente, transmitia-lhe segurança. Nikki logo entendeu para onde ela ia.

A mão espalmada da mulher chocou-se na porta da humilde casa de Gaia.

Os outros dois pararam logo atrás dela e ouviram sua respiração pesada e nervosa. Estavam em silêncio, esperançosos.

Odile insistiu nas batidas quando não tiveram resposta.

Nada.

- Daisy... - Nikki tentou acalmá-la, mas não foi necessário. A porta se abriu.

Olhos díspares lhes fitaram e Odile logo reconheceu a garota com a qual mal trocara palavras. A irmã de Gaia.

A rainha não precisou dizer nada. Seu rosto já carregava o desespero de estar do lado de fora guiando aquelas pessoas que seguiram-na com tanta fé.

Os olhos de Nafré oscilaram. Ela cogitou por um segundo e, para o alívio da rainha, a porta logo se abriu para eles.


Haviam mais pessoas que o normal ali, o que justificou a hesitação da garota loira ao abrir a porta. Enquanto Odile despia-se das carregadas roupas que lhe protegiam do frio do lado de fora, passou os olhos pelo ambiente. Osi, o filho de Isaac, estava aprumado no sofá ao lado de uma criança que ela não conhecia. Uma mulher cheia de cachos acariciava os cabelos do garotinho e segurava um bebê no colo, que dormia pacificamente como se o mundo não desabasse do lado de fora daquela porta. Isaac fumava um cigarro, distante do grupo, mas sem coragem de abrir uma janela para deixar a fumaça sair. A luz de seu bolado aceso iluminava seu rosto quando tragado. Pareceu não dar atenção para os novos convidados.

Nafré sentara-se em uma cadeira e olhava para as figuras que pouco conhecia. Não confiava na rainha, apesar da mesma não ter se mostrado como a megera que ela conhecia pela fama em Crisântemo.

Uma figura familiar brotou de outro cômodo. A passos largos, Gaia os alcançou. Ela colocou-se em frente da rainha e Odile colocou Kaha em seus braços, como de costume. O pequenino resmungou, mas reconheceu o colo da mulher que o protegeu nos primeiros meses de vida.

- Estão todos bem? - Lírio politicamente indagou.

Carú, ainda afagando os cabelos de Coli, concordou primeiro.

- Aparentemente, sim - verbalizou.

Aparentemente. Era o que lhes assustava. Não tinham como saber se estavam ou não doentes.

- Obrigada por abrir a porta - Odile agradeceu a Nafré, que acenou a cabeça vagamente.

Aquele grande grupo se entreolhou, em silêncio. Muitos em pé e desconfortáveis, como se soubessem que precisavam dar continuidade àquele assunto. Isaac tomou a dianteira.

- Agora que nossa casa parece um abrigo - apagou o cigarro sobre a mesa de pedra e aproximou-se da saleta com os braços cruzados -, o que vamos fazer?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro