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XI - O selo rompido

O nome da caverna ganhou ainda mais significado quando se aproximaram de uma câmara central.

Ao alcançarem-na, Aeliana e Tris se depararam com um lago subterrâneo cujas águas escuras refletiam o brilho dos diamantes estelares e dos rubis celestiais, duas das pedras preciosas e mais raras de Arkorz. A caverna, batizada como Abismo Estelar, ganhava sua nomenclatura devido aos abismos em seus corredores, que sugavam as vidas que se atreviam a enfrentá-los, e à conexão com as estrelas representadas naquele lago, que criavam um universo particular e escondido.

No centro do lago, uma pequena ilha emergia. Um padrão intrincado estava desenhado no chão, representando o selamento da alma imortal do Ethério dos dragões. Símbolos mágicos e estrelas se entrelaçavam, formando uma complexa estrela de quatro pontas ligadas a uma estrela central, com significados que transcendiam a compreensão imediata.

A magia do local emanava uma luminosidade sutil, como se as próprias estrelas tivessem se materializado nas profundezas da terra. Era um santuário oculto, protegido pelos sussurros da morte, onde a Luz Eterna e os segredos imortais convergiam em uma harmonia mística, dando à caverna seu nome evocativo e intrigante.

— É sensacional encontrar algo assim depois do que passamos — comentou Aeliana, admirando tudo à sua volta.

— Sim — respondeu Tris, depois suspirou. — Só que, assim como os sussurros que nos levam ao abismo, essas estrelas tentadoras são apenas reflexos de nossos próprios medos e arrependimentos, nos distraindo do nosso verdadeiro objetivo.

A fala dele fez com que Aeliana olhasse para a ilha no centro do lago. Não havia caminho até ela, não que pudesse enxergar. A escuridão das águas significava sua profundeza e aquele lago seria completamente preto se não fosse pelo reflexo das pedras preciosas e raras que incrustavam as paredes e o teto. Tinha certeza de que a alma imortal dele estava selada naquele chão desenhado com Luz Eterna.

— Como chegamos à ilha? — perguntou Aeliana por fim, observando o lago com o cenho franzido.

Tris olhou ao redor, caminhando em passos lentos e precisos até a borda do lago.

— Assim como as estrelas no céu nos guiam em direção ao infinito, as estrelas no lago nos mostram o caminho mais bonito.

Abaixou-se e tocou levemente os dedos na água, criando ondas suaves que se dissiparam muito antes de chegarem até a ilha. Depois, levantou e ficou de frente para Aeliana.

— É sério isso? — ridicularizou ela. — Uma rima sem graça era para ser minha resposta?

O olhar do Ethério dos dragões percorreu o corpo dela da cabeça aos pés e de volta aos seus cabelos. Parou, no entanto, nos olhos dela, que agora brilhavam luminescentes, demonstrando que era mesmo uma Lúmen. Aquela escrutinação silenciosa a deixou nervosa, fazendo-a engolir em seco e continuar com a zombaria.

— Como Ethério dos dragões, você não devia saber fazer rimas melhores?

Como se estivesse com preguiça, Tris levantou a mão devagar, apontando para a parede atrás de Aeliana. Ao se virar, ela viu o que ele disse escrito ao redor da entrada da câmara. Ela mordeu os lábios, virando-se para ele de novo. Percebeu a sombra de um sorriso em seus lábios.

— Vem — disse ele, abrindo a mão que ainda estava levantada na sua frente.

Segurou-a sem pronunciar outra palavra, mas quando ele a puxou consigo na direção do lago, não conseguiu se impedir de perguntar:

— O que está fazendo?!

Resistiu, tentando ficar parada no lugar e não seguir sobre as águas escuras como Tris parecia querer fazer. Se ele estivesse pensando em nadar até o outro lado, teria que carregá-la, porque Aeliana não sabia nadar. Ela também não tinha certeza se confiava nele o bastante para acreditar que conseguiria levá-la até o outro lado. Ele também não podia querer caminhar sobre as águas, pois esse não era um poder capaz de surgir do uso da Luz Eterna.

Deu uma leve choramingada quando sentiu a força dele novamente. Tris a segurou pela cintura, obrigando-a a caminhar ao seu lado. Quando os pés deles pairaram sobre a escuridão reflexiva, Aeliana fechou os olhos, esperando pelo banho que logo seguiria.

Sua surpresa foi imensa quando algo sólido sob o pé. Abriu os olhos imediatamente, vendo que uma pequena rocha quadrada tinha surgido ali. Sua boca caiu aberta.

Acompanhou o próximo passo de Tris e viu emergir outra rocha igual à primeira. Seguiram assim até chegarem à ilha. No final do caminho, Aeliana olhou para trás, vendo o caminho de pedras imergir lentamente, escondendo-se outra vez sob o lago estrelado.

— Não pode ter deduzido isso da inscrição na parede... — Aeliana parou de falar quando se virou e viu o padrão do selamento na ilha brilhar intensamente, reagindo à presença de Tris e à dela.

— Já estive aqui antes — respondeu ele mesmo assim, abaixando para seguir uma parte do traçado da estrela de quatro pontas no chão com os dedos.

— Mas se tinha a barreira... Ah, antes do seu selamento — compreendeu. — O que está fazendo?

— Eu também não conheço esse feitiço — explicou ele. — Víperos disse que não era usado a milhares de anos e não foi mesmo. Nunca o vi ser executado nessa vida até a noite do meu selamento. Mas eu já tinha ouvido falar dele, o conhecimento estava escondido em algum lugar da minha memória e, quando vi os Lúmenes do Norte o executarem, reconheci incontinente. Por isso, consegui reagir e lançar a Chama Eterna para longe.

— Então não sabe como liberar? Achei que tinha pelo menos uma ideia, já que sabia outras coisas sobre o feitiço.

— Eu sei como liberar. — Tris se levantou, parando outra vez na frente de Aeliana. — Agora que vi o padrão, também lembrei como quebrá-lo.

— E como faz isso? Como eu posso ajudar? — As perguntas se acumulavam na mente de Aeliana e transbordavam por seus lábios finos. — Eu não sei usar a Chama Eterna, da última vez foi um acidente. Precisa que eu faça alguma coisa específica? Se precisar, vai ter que me ensinar. Eu sou uma boa aprendiz em questão de luta, mas nunca consegui usar a Luz Eterna, então não sei se posso aprender isso rapidamente.

Tris inclinou a cabeça, curioso sobre o motivo de ela estar tagarelando outra vez. Achou que fizesse aquilo quando estava nervosa. Isso significava que estava nesse estado de ânimo agora? Porque não sabia como ajudá-lo ou porque estava com medo de ficarem sozinhos?

— Sabe os arrependimentos sobre os quais falei? — perguntou ele, interrompendo o fluxo de pensamentos dela.

Aeliana sentiu-se impelida a ficar calada prestando atenção nele. Queria entender a história que sempre era contada pelo ponto de vista dos Lúmenes, com muitas partes faltando.

— Um deles tem a ver com o modo como começou esse selamento. — Assim que ele mencionou o feito, os olhos se incendiaram no azul elétrico e os músculos dele se tensionaram. Aeliana desviou o olhar para baixo, preferindo observar o padrão do selamento em vez do ódio que irradiava dele. — Eu estava parado assim, diante do Altar da União no topo do Monte Álgido, de frente para minha noiva. Me distraí por um segundo para pegar a fita vermelha e, quando me virei para Solara... — A breve pausa pareceu chamar Aeliana, que se sentiu impelida a olhar para ele de novo.

De súbito, a dor se espalhou pelo seu peito. Não como as que sentira quando era criança. Era uma dor pontual. A boca de Aeliana se abriu, mas ela não disse nada. Seus olhos se desviaram do rosto de Tris para o próprio peito, onde uma faca estava cravada na altura do coração.

No lugar em que a lâmina desaparecia, começou a brotar uma luminosidade poderosa. A faca pegou fogo, transformando-se em brasa, que se soltou do seu peito e caiu na mão estendida de Tris.

A jovem Lúmen deu um passo para trás, colocando as mãos sobre o buraco em seu tórax. O Ethério dos dragões continuava olhando para ela, a cabeça inclinada, os olhos azuis.

— Eu nunca tinha sofrido tamanha traição — continuou ele, a voz rouca completava as evidências de sua raiva. — Foi exatamente assim, uma facada no peito. A diferença foi que ela usou uma lâmina luminosa, cuja ferida não cicatriza rapidamente. — Seus olhos se desviaram para a pequena brasa que ainda queimava em sua mão, que não sofreu nada com o calor. — Uma faca normal não teria servido para marcar o início da minha queda.

Sem lançar outro olhar para Aeliana, ele se virou para o padrão desenhado na ilha e se agachou sobre um joelho. Levou a brasa até a marca no centro da estrela de quatro pontos. A brasa se dissolveu contra o chão, transformando-se em lava luminescente. Escorreu sobre a pedra, dividindo-se em quatro direções até as pontas da estrela e permanecendo um pouco no meio. Ao chegarem ao seu destino, as cinco marcas se iluminaram ainda mais, acendendo toda a estrela com uma potência de Luz Eterna que Aeliana nunca pensou que veria na vida.

A jovem Lúmen desviou a atenção do que Tris fazia com o selamento e olhou para o peito. Removeu as mãos levemente, vendo o buraco feito em sua roupa. Por baixo dela, o corte tinha fechado completamente, não deixando nem uma cicatriz como prova do ataque que tinha sofrido, da traição que ele refletira naquela caverna. Só teve tempo de olhar para Tris outra vez e pensar que precisava fugir imediatamente antes da luz emitida pela estrela no chão se intensificar tanto a ponto de cegá-la.

Como atraídas pelo selo que se desfazia, as pedras preciosas das paredes e do teto despertaram seus brilhos mais intensos, explodindo em uma chuva de pó de diamantes e rubis. Quando isso aconteceu, a ilha sob os pés de Aurórastris e Aeliana estremeceu. O Ethério dos dragões, o único dos dois que podia enxergar através da luz ofuscante, segurou Aeliana pela cintura e a guiou pelo caminho de pedras que surgiu no lago, afastando-a da ilha junto com ele. Assim que chegou ao outro lado, olhou para trás. Do centro da ilha, surgiu uma bola de fogo.

À medida que a bola de fogo ia tomando forma, a luz cegante diminuía. Quando a Luz Eterna se dissipou completamente, a bola de fogo já estava do tamanho de Tris. Ele respirou fundo e sorriu em expectativa. Os olhos, antes azuis por se lembrar de sua humilhação, refletiam o amarelo da alma diante de si.

Ao seu lado, Aeliana conseguiu abrir os olhos, sentindo aos poucos a cegueira se dissipar. Logo que conseguiu enxergar completamente bem, sua visão foi da bola de fogo seguindo em sua direção. Em seguida, Tris entrou na sua frente, impedindo que a atingisse. Com olhos arregalados, ela viu o Ethério dos dragões absorver a bola de fogo como se fosse a Luz Eterna que os Lúmenes pegavam da natureza.

Quando os olhos de Tris se abriram, refletiram a cor amarela e suas pupilas eram duas fendas tão negras quanto o lago à sua frente. Ele piscou e tudo voltou ao normal. A luz desapareceu ao redor deles até que o ambiente voltou a sua iluminação fraca inicial, com o lago escuro refletindo a luz que emergia das pedras preciosas que restaram nas paredes e no teto. Ele suspirou antes de se voltar para Aeliana.

Ela engoliu em seco. Não precisava mais da Clarividência Celestial para ver a Luz Eterna emanando dele. Os olhos continuavam os mesmos de sempre, mas agora sua pele refletia padrões de escamas douradas. E ela podia sentir a Luz Eterna pulsar em volta dele.

Tris deu um passo em sua direção e ela deu um passo para trás. O Ethério dos dragões parou, inclinando levemente a cabeça ao observá-la da cabeça aos pés, com os olhos se demorando no buraco feito em sua roupa perto do coração. O olhar dele trouxe a voz dela de volta.

— Por que fez isso? — Embora pudesse falar, sua voz saiu baixa, e Aeliana odiou sua vulnerabilidade. Mais do que quando ele soube que tinha um arrependimento. Agora entendia por que todos diziam que aquele Ethério era do mal.

Antes de responder, ele soltou um risinho misturado com um bufo.

— Eu fiz essa mesma pergunta, mas vou te dar uma resposta melhor do que a que recebi — respondeu sem titubear, como se o que fez não fosse nada demais. — Somente o meu sangue conectado à Chama Eterna pode quebrar os selos. A única parte de mim que ainda está ligada à Chama é a escama em seu coração.

— Você disse que não precisava da escama.

— Não precisarei dela quando eu recuperar a Chama Eterna. Enquanto ela estiver no seu corpo, o sangue do seu coração é a única coisa que pode quebrar o Selamento Estelar Pentalíptico. — Tris tentou chegar perto dela de novo, mas Aeliana se afastou dois passos dele. O Ethério suspirou. — Veja pelo lado bom — falou, sua voz adquirindo um tom de deboche enquanto a sombra de um sorriso aparecia em seus lábios —, você também pode se curar imediatamente por minha causa.

Os lábios de Aeliana tremeram quando ela percebeu que precisaria ser apunhalada de novo até que ele removesse a Chama Eterna dela. Pensou que tinha encontrado as respostas para sua existência, que finalmente aprenderia tudo o que sempre quisera, que poderia se curar de verdade. Mas encontrar aquele Ethério tinha traçado um destino que a encheria de dor. E ela se recusava a segui-lo.

— Eu nunca mais vou te ajudar. Quando sairmos daqui, você nunca mais vai me ver.

A sombra do sorriso desapareceu do rosto de Tris e seus olhos brilharam rapidamente em azul antes de se dissiparem no vermelho. Ele andou até ela. Aeliana tentou continuar se afastando, mas teve que parar e aceitar que ele se aproximasse quando atingiu a parede do Abismo Estelar com suas costas. Tris chegou tão perto quanto da primeira vez que lhe fez uma ameaça, mas agora, em vez de colocar uma mecha dos seus cabelos atrás da orelha, ele segurou seu pescoço. Não imprimiu nenhuma força, não a machucou, mas a ameaça estava ali tanto quanto em suas palavras.

— Eu acho que já mencionei que você está em desvantagem.

— Disse que preferia que eu te ajudasse...

— Eu prefiro — ele se afastou um pouco para olhá-la nos olhos e Aeliana se sentiu hipnotizada —, mas eu não preciso.

Sem saber o que a atingiu, Aeliana viu o mundo escurecer à sua volta enquanto ela perdia os sentidos e desmaiava nos braços de Tris.

Olá, meus arkorzians!

Gente, o que foi isso? Como assim tem que perfurar o coração? Me digam o que acharam disso e como vocês reagiriam. E eu também quero que me digam como acham que a Aeliana vai reagir quando acordar rsrs

Não esqueçam da estrelinha também ;)

Um beijo da sua Conselheira Lúmen,
Débora Corrêa.

P.S.: Esse capítulo tem 2390 palavras.

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