Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Prólogo

Vinte e um anos atrás


Se ele continuasse olhando pela janela, talvez começasse a nevar.

Talvez, se ele desejasse bem forte, as ruas amanheceriam cobertas por uma camada branca e espessa, igual aos filmes de Natal que assistia com sua irmã gêmea.

Mas, por enquanto, a única coisa que sentia era o calor insuportável de mais uma noite de verão.

Gustavo bufou, virando de um lado para o outro na cama.

Era injusto não nevar na sua cidade na véspera de Natal.

Já estava com nove anos e ainda não vira um único floco de neve.

O ventilador, girando em um zumbido constante no teto, não aliviava o calor. Se ele escancarasse a janela, haveria uma chance de uma brisa mais fresca entrar e fazê-lo pegar no sono.

Gustavo se sentou na cama, piscando no escuro; tudo o que seus ouvidos conseguiam captar era o rangido do ventilador.

Ele pulou para fora do colchão e foi até a janela, soltando o trinco, esperando sentir a carícia do vento no rosto.

Ou talvez ver a neve caindo.

Cruzou os braços sobre o peitoril da janela, os olhos contemplando o pedaço da lua em meio a nuvens. Dali, enxergava as casas dos vizinhos, os pisca-piscas que coloriam a noite da véspera do Natal.

Seus pais não comemoravam a véspera de Natal, nem faziam uma grande ceia como as famílias dos seus amigos. Apenas preparavam um almoço no dia 25 de dezembro — às vezes só para eles e para os filhos, às vezes, com a família da sua mãe ou do seu pai.

Mas nada grandioso ou festivo.

O menino se inclinou sobre a janela, e então seus olhos captaram um movimento no terraço, no jardim.

Gustavo contraiu os lábios.

Era seu pai.

O coração dele bateu mais rápido.

Será que seu pai estava indo buscar os presentes para deixá-los embaixo da árvore?

Ora, já tinha nove anos — sabia que Papai Noel não existia.

Uma euforia tomou todo o corpo de Gustavo.

Será que seu pai o deixaria abrir o presente agora? Adoraria ver a cara de Giovana no dia seguinte quando descobrisse que ele havia ganhado o presente primeiro do que ela.

Agitado e animado, Gustavo correu para fora do quarto, atravessando o corredor silencioso e escuro, descendo as escadas degrau por degrau.

Olhou embaixo da árvore.

Ainda não havia presentes ali.

Certeza que os presentes estavam no carro.

Contendo um risinho travesso — céus, Giovana iria surtar tanto no dia seguinte — Gustavo avançou para fora da casa, decidido a surpreender o pai no meio do jardim e pedir seu presente.

Estava quase chegando ao terraço quando ouviu vozes.

— O que você está fazendo aqui? — seu pai perguntou.

Gustavo deu um pulo para trás.

Como seu pai o tinha visto?

— Queria te ver, Cláudio. É véspera de Natal.

Gustavo parou de andar e piscou.

A pergunta não havia sido para ele.

E aquela voz de mulher...

Não reconhecia aquela voz.

Ele deu um passo para a frente, escondendo-se atrás de uma das pilastras para observá-los melhor.

— Já falei para você não aparecer aqui, Ju. Minha mulher e meus filhos estão dormindo.

— Aquela sem graça e estúpida da sua mulher não perceberia nada nem se esfregássemos a verdade na cara dela.

Gustavo não gostou de ouvir aquilo sobre sua mãe.

Esperou que seu pai a defendesse e enxotasse aquela outra mulher para fora da casa deles.

Mas tudo o que saiu da boca do seu pai foi um riso baixo.

— Você me enlouquece, Ju.

— É por isso que você me ama. Vem cá. — Ela o puxou. — Me dê meu beijo de Natal e eu vou embora.

O menino piscou, não acreditando quando a boca do seu pai se colou à boca daquela outra mulher.

O que sentiu causou um nó na garganta e um aperto no peito, uma vontade de gritar e de chutar alguma coisa.

— Gu? — Uma voz pairou atrás dele. — Por que você está aqui fora a essa hora da noite?

Ele olhou por cima do ombro, abrindo a boca ao ver a mãe.

— Eu...

Mas, antes que pudesse responder, sua mãe ergueu o rosto na direção do portão de entrada da casa.

E ofegou.

Foi a primeira vez que Gustavo escutou vários palavrões saindo da boca dela.

Seu pai e a outra mulher se viraram, sobressaltados.

— Sílvia!

— Que merda é essa, Cláudio?!

— Sílvia, eu...

A discussão tomou proporções estrondosas, ecoando pelo jardim, tirando Giovana da cama, chamando a atenção dos vizinhos.

E Gustavo soube que o Natal nunca mais seria o mesmo.

E aqui estou de volta com mais um livro dos Bodini! Aproveitando que hoje é o lançamento, o capítulo 1 também será liberado! Segue em frente ♥

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro