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🔮

Eu e Jimin continuamos sentados no acostamento da ponte, precariamente protegidos pela manta que ele pegou em seu carro.

Com o passar das horas, as vias vão ganhando movimento, o sol começa a nascer, deixando um rastro de tom amarelado no céu parcialmente coberto por nuvens, e eu me sinto cada vez mais cansado. Mas mesmo que meus olhos estejam ardendo de sono, não consigo dormir.

Ao meu lado, como meu oposto em tudo nessa vida, Jimin está com a cabeça caída contra a mureta, seus olhos estão fechados e seus lábios levemente arroxeados pelo frio.

Inconformado, eu deixo uma risada azeda escapar e viro o rosto para resmungar baixo, sozinho.

Nós estamos vivendo um caos na linha do tempo e ele realmente consegue dormir. Numa ponte.

Quando tempo demais passa sem que eu consiga pregar os olhos e meu estômago ronca desesperadamente alto, eu decido que é hora de sair daqui e cutuco Jimin para tentar acordá-lo.

Não que funcione.

— Só pode ser brincadeira. — Resmungo sozinho, então o cutuco mais forte, mas o desgraçado tem mesmo o sono pesado.

Sem paciência para ele e para essas bochechas redondas que fazem sua boca formar um bico enquanto ele dorme, eu joguei a manta longe de meu corpo e fiquei de pé, então dei três chutes fracos com a ponta da bota.

— Ei. Acorda, Baby Dino.

Sem resposta, eu jogo meu corpo para trás, com os olhos bem apertados, e deixo um som mal humorado escapar, fechando meus punhos com força para conter o impulso de chutá-lo de verdade.

Numa última tentativa antes de deixá-lo dormindo aí sozinho, eu respiro fundo e me aproximo outra vez, então toco em sua bochecha com a bota, empurrando-o repetidamente, o que faz seu corpo ir e voltar.

— Park. Baby Dino. Agnes Gru? Russell? Qual é! — Eu o empurro uma última vez com um pouco mais de força, o que faz seu corpo escorregar para o lado.

Mas, antes que caia no chão sujo, eu percebo que ele tenta segurar o riso, até que falha miseravelmente e cai é na risada.

Cai no chão também.

— Você estava acordado?! — Pergunto, alterado.

Jimin apoia as mãos no piso cimentado para se reerguer e, quando volta a se sentar, ainda está com esse riso estúpido e os olhos tão fechados que parecem duas fendas feitas pelas garras de algum animal.

— Qual é o seu problema? — Insisto, irritado porque me sinto feito de otário enquanto sou motivo de seu riso.

— Desculpa — Ele pede quando começa a conter a própria risada e bate uma palma contra a outra, várias vezes, para limpá-las. — Eu queria ver de quantos nomes diferentes você seria capaz de me chamar.

— Infelizmente eu já não lembro de nenhum outro personagem com bochechas tão enormes quanto as suas. — Anuncio, mal humorado, enquanto pego a manta do chão num gesto brusco, só para me ocupar com alguma coisa.

— Bem que eu percebi que existe algo em comum entre todos que você citou. Mas não só as bochechas, quer dizer, são todos adoráveis. Isso quer dizer que você me acha adorável, Jeon?

Eu ri com escárnio, desistindo de dobrar a manta, então apenas a amasso numa enorme e bagunçada bola gigante.

— Você tem algum problema, Park. Baby Dino é insuportável.

— Oh. Sim. Erro meu. Aliás, o nome dele é só Baby. Sem o Dino.

Eu reviro os olhos em fúria e jogo o agasalho amassado na direção dele, o que acaba por desfazer a esfera troncha que eu tinha feito e o faz cair quase estendido sobre as pernas de Jimin.

— Obrigado. Estava mesmo com frio.

— Você é a pessoa mais chata que já conheci.

— Eu prefiro dizer que sou bonito. E talentoso. E rico. Já falei que sou bonito? Tipo, de rosto e de corpo. Mas tudo bem, cada um reconhece no outro aquilo com o que se identifica.

Eu umedeço meus lábios e volto a pegar a manta do chão, dobrando-a apropriadamente dessa vez.

— Jeon Jungkook, você é esquisito. — Jimin disse, preso a um riso que parece genuinamente divertido.

— E você é insuportável. Eu sabia disso sem sequer conversar, mas agora... — Suspiro furiosamente, com a coberta dobrada nos braços enquanto vejo Jimin finalmente tomar impulso para ficar de pé.

Quando ele o faz, eu empurro a manta contra seu peito, e digo em tom amargo:

— O maior castigo do universo não é me fazer viver preso a uma maldita segunda-feira. O castigo de verdade é ter que passar por isso com você.

A expressão de Jimin pareceu insatisfeita por um momento, quase ofendida, mas logo percebi que ele não se importa com o que penso quando, no instante seguinte, ele abriu o costumeiro sorriso provocativo.

— Você nem me conhece de verdade, então supostamente não tem motivos para me odiar, mas tudo bem. O problema é inteiramente seu, Jeon, porque quanto mais você gritar aos quatro ventos que me odeia, mais eu vou amar te provocar e te fazer perder a compostura só por saber que eu ainda respiro.

Eu travo o osso do maxilar ao perceber sua entonação enviesada e sua escolha propositalmente deturpada de palavras.

Honestamente, eu me orgulho em dizer que Park Jimin nunca me enganou.

Ele tem esse esse olhar que pode parecer angelical. Essa expressão que exibe inocência, mas no fundo ele é depravado.

Hoje, todos sabem disso. É de conhecimento geral que Park Jimin, aluno do departamento de dança, não é santo. Mas não foi sempre assim.

Eu me lembro bem, logo que fui aprovado na Hangsang, de vê-lo treinando numa das salas práticas de dança. Eu estava perambulando curiosamente por ali porque realmente sempre nutri secretamente um amor pela carreira artística, ao menos até a morte de meu pai.

E eu lembro que esse dia foi a primeira vez em que vi Park Jimin, já que até então não tínhamos aula juntos, e lembro que o achei familiar. Por não encontrar qualquer ocorrência na minha mente de onde poderia tê-lo visto antes, eu gastei exatos seis minutos observando seu corpo hábil e ágil dar piruetas pela sala.

Lembro também que eu não era o único assistindo.

Algumas alunas e alguns alunos tinham se espalhado pelos cantos, os mais tímidos observavam da porta, enquanto Park Jimin dominava cada centímetro daquele lugar.

Ele usava calças justas de yoga e uma blusa de mangas longas que escondia todas as suas tatuagens da época, exceto quando, entre um movimento e outro, o tecido fino se erguia no ar e revelava um pedaço de seu abdômen marcado por tinta.

Nesse dia, ele foi considerado o anjo do campus, reputação que se manteve invicta por dois meses, mas que nunca me convenceu porque eu conseguia ver por trás de suas roupas compridas que tentavam esconder suas tatuagens e por trás da expressão angelical.

Eu conseguia ver, por trás de tudo, quão covarde ele era.

Em mais um dia comum em que Jimin escondia suas tatuagens e desfilava com seu ar de bom moço, eu exibia orgulhosamente as minhas.

Nesse mesmo dia, o aluno prodígio de dança e música já tinha aparecido misteriosamente como um dos alunos matriculados numa aula de matemática que eu também frequentava, e foi então que o professor Jang Jitae conquistou toda minha antipatia quando apareceu no início da aula com o humor virado do avesso.

Na época, os boatos diziam que ele tinha um caso com um dos alunos veteranos e estava mais amargo que jiló porque tinha levado um fora. Vai saber.

A única coisa que sei é que sobrou para mim e eu levei o maior esporro somente por ter a pele tatuada e exibi-la orgulhosamente por aí.

Ainda hoje, lembro exatamente de cada palavra dura que ele dirigiu a mim no meio de um auditório cheio de outros alunos.

Um homem que se dedica a uma ciência como a matemática não pode ter a pele manchada como a sua. Isso é coisa de vagabundo, Jeon. Aliás, é isso que você parece ser.

Como se ele realmente tivesse algum direito de definir algo sobre mim apenas por minhas tatuagens. As quais usei o dinheiro de um trabalho suado e honesto para pagar, aliás.

Mas eu estava sem reação. E Jimin estava na sala. As mangas longas escondendo as marcas de tinta em sua pele. Não tão diferente de mim, mas completamente covarde, e sua covardia o poupou de ser humilhado diante de outros sessenta e três alunos.

Acho que foi nesse momento que se acendeu a primeira fagulha de raiva por ele.

No fim do semestre, nós tivemos um festival beneficente na universidade e Jimin foi um dos únicos calouros a se apresentar. Quando seu nome foi anunciado, eu quis sair do anfiteatro lotado, mas algo me fez ficar.

Então, eu vi. Park Jimin se posicionou no centro do palco e arrumou sua postura como um felino, esperando a música começar enquanto vestia nada além de sua calça de yoga, com o tronco completamente exposto junto a cada uma de suas inúmeras tatuagens espalhadas pela barriga, peito e braços.

De cima do palco escuro, com um único foco de luz direcionado a ele, eu percebi quando seus olhos pousaram em mim e assim permaneceram até que a primeira nota da música ecoou pelos alto falantes e, como cordas de marionete, guiaram seus movimentos seguintes.

E meu sangue ferveu.

Porque aquilo pareceu uma provocação. Parecia que ele estava me dizendo veja como me veneram mesmo que eu tenha marcas como as suas.

Então, eu saí daquele lugar e, desde então, cada pequeno movimento, cada pequena fala e cada pequeno suspirar de Park Jimin vão se somando como novos motivos para que eu absolutamente o repudie.

E agora, eu estou preso com ele. Logo com ele. A um erro na maldita linha do tempo!

Preso em devaneios, em mal percebo quando Jimin se afasta de mim. Apenas me dou conta disso quando ouço um assobio seu e viro meu corpo para trás, encontrando-o já prestes a entrar em seu carro.

— Vai ficar aí? — Ele pergunta. — Eu estou com fome.

Certamente, deus existe. Talvez exista mais de um. E todos eles me odeiam.

Entretanto, eu não posso negar o ronco constante de meu estômago. Então nego meu desejo de subir no parapeito da ponte e me jogar no rio lá embaixo e sigo até Belinda, certo de que minha expressão entrega o quanto odeio toda essa situação.

— Eu já sei onde quero comer. Me siga se quiser. — Foi a última coisa que Park Jimin disse antes de sentar em seu carro.

E é claro que eu não quero segui-lo. O que desejo é ir para bem longe desse filhinho de papai, mas ele é a única pessoa com quem posso contar agora. A única que pode me ajudar a resolver essa bagunça que se tornou minha linha do tempo e eu sequer tenho seu telefone, seu endereço ou qualquer forma garantida de encontrá-lo. Por isso, com um suspiro derrotado, eu encaixo o capacete em minha cabeça antes de dar a partida em Bee e segui-lo ponte afora.

No entanto, eu vou perdendo o impulso à medida que percebo para onde ele está indo.

MoonMoon. A maldita lanchonete onde não consigo pisar desde a morte do meu pai.

E não importa se minha vida está tão caótica a ponto de me fazer seguir Park Jimin pelas ruas da cidade. Ela não está caótica o suficiente para me fazer superar as lembranças da pessoa que mais amei e que mais me feriu, depois da morte.

— Você não vem? — Ele pergunta quando paramos Belinda e Pandora no estacionamento de pedregulhos.

Ainda sentado sobre Bee, com o capacete nas mãos, eu nego.

— Não gosto da comida desse lugar. — Minto.

Jimin ergue as sobrancelhas, desacreditado.

— Estranho. Eu lembro bem de ter te visto lá dentro várias vezes e você parecia bem satisfeito com os sanduíches.

Agora, eu abandono o desgosto para sentir surpresa, novamente.

Eu não venho aqui há três anos. Eu e Jimin nos conhecemos há dois. Como inferno ele lembra de já ter me visto aqui?

Sem aparente pressa ou necessidade de fazer mistério, Park cruzou os braços e se recostou na porta fechada de seu carro, e então começou sua dissertação:

— Você sempre vinha aqui às segundas feiras com um homem e um menino mais novo, então vocês sentavam na mesa do canto e você pedia o maior hambúrguer do cardápio. E toda vez deixava um pedaço bem generoso. Quando saía, você dava o hambúrguer a Namoo. Na segunda seguinte, fazia exatamente a mesma coisa.

— Como...? — Questiono, sequer capaz de disfarçar o estranhamento quase deslumbrado.

— Eu sempre estava na mesa ao lado. Minha mãe trabalhava como garçonete e depois da aula eu vinha para cá. Eu tive muitas chances de te observar, Jungkook, e você parecia um menino tão feliz. Tão diferente de agora. Confesso que me assustei quando te reencontrei na universidade e descobri que você se tornou... sei lá, isso.

Eu me sinto tão afetado por sua última colocação que sequer me atento à descoberta de que sua mãe era garçonete, mesmo que ele seja de família rica.

Minha mãe é uma e o salário é uma bosta. Não dá para ser rico trabalhando nesse lugar.

— Enfim. Eu percebi que de repente você, o homem mais velho e o mais novo pararam de vir, então eu tomei seu lugar e toda segunda feira compro algo para Namoo. — Explica, sem fazer grande caso.

Diante do meu silêncio, com coisas demais passando por minha cabeça, ele exibe um sorriso brincalhão, provocador, e completa:

— Talvez seja isso, sabe? Parar de comer os hambúrgueres maravilhosos da MoonMoon deve ter estragado você. Por isso ficou tão amargurado assim.

Finalmente, eu me concentro em uma única sensação depois de seu comentário azedo e aperto minhas sobrancelhas em fúria antes de deixar uma risada consternada escapar.

— Vai pro inferno, Jimin.

— Oh, meu deus! — Ele riu. — Você é tão sensível assim? Eu só fiz uma brincadeira.

Não é só brincadeira.

Eu sei o que era antes. Eu era feliz. Inocente, até. Meu coração era puro.

E eu sei o que sou agora. Sei que sou amargo. Sei que sou ruim. E eu não gosto disso, não gosto do que me tornei, mas não é como se tivesse força para lutar contra a amargura que se abateu sobre minha vida.

Então não é somente uma brincadeira. É algo que me machuca dia após dia, porque não existe nada pior que odiar ser o que você é e não ter coragem de lutar para ser melhor.

Sem perceber isso, Jimin deixa um rolar de olhos dar as caras e gesticula para mim, desleixadamente.

— Anda, rebeldezinho sem causa. Vamos resolver esse seu péssimo humor.

— Cale a boca, Park. — Eu peço, furioso.

— Você realmente se ofende com brincadeiras, não é? — Pergunta, com as sobrancelhas erguidas.

— Cala a boca. — Repito. — O homem que me trazia aqui era meu pai e ele morreu, então pare de achar que vai resolver tudo que me frustra enquanto me arrasta para o lugar que mais odeio frequentar!

Jimin estagnou, parado no lugar, em silêncio. Ele apertou os olhos e eu vi sua expressão se tornar desconfortável antes de exibir arrependimento genuíno.

— Eu não sabia, Jungkook. — E sua voz falhou, quando finalmente disse algo.

Eu não digo qualquer coisa. Não quero dizer. Tudo que faço é fechar os olhos antes de me condenar silenciosamente por minha burrice de achar que eu poderia tolerar esse cara, mas quando começo a colocar meu capacete novamente para sair daqui, ele aperta as sobrancelhas.

— Eu disse que não sabia. E eu sinto muito, Jungkook. Por você ter perdido seu pai e por minha brincadeira. Mas você não precisa ir embora.

— Preciso. — Disparo, olhando-o com as sobrancelhas arqueadas com acidez. — Porque eu tenho uma lista extensa de coisas que não suporto, Jimin, e você e esse lugar estão no topo.

Eu estou prestes a ir embora. Prestes a montar em Belinda e dar meu jeito de resolver toda essa confusão sozinho, mas Jimin me segura pelo braço e me puxa com força antes que eu tenha a chance de fazê-lo. Quando o olho, vejo a ira e a frustração em seu rosto.

— Você pode pelo menos me dizer o porquê? — Pede, quase sem piscar. — Por que você me odeia tanto, Jungkook?

Por que?

Eu não tenho uma resposta pronta. Não tenho uma grande justificativa que realmente pareça válida, além da situação com as tatuagens.

Eu simplesmente não o suporto.

Como se ser Jeon Jungkook significasse que é natural odiar Park Jimin.

— Você não tem uma resposta? — Ele insiste, parecendo quase esperançoso.

— Eu só não gosto de você, mas deve ser difícil acreditar que nem todos caem aos seus pés. — Respondo, incomodado.

Jimin assentiu lentamente antes de erguer os ombros num gesto conformado.

— Deve ser triste ser tão cheio de ódio assim. Quer dizer que você não deixa espaço para sentir nada de bom.

— Não fale como se me conhecesse.

Jimin abriu a mala de Pandora e pegou sua bolsa de sempre, pendurando-a no ombro antes de acionar o alarme do carro esportivo. Então, me mostrou o que parece um sorriso cabisbaixo.

— Quer saber? Quem me dera nunca ter te conhecido, Jeon.

E assim, sem dizer outra coisa, ele me deu as costas e começou a se afastar.

Eu me sinto estranho, agora, porque algo na desistência de Jimin me faz sentir verdadeiramente sozinho, abandonado à insanidade em que minha vida se transformou.

Pelo visto, eu não estou pronto para abrir mão da ajuda dele nisso tudo como pensei que estaria.

E antes que sequer considere a possibilidade de pisar em meu orgulho e tentar reverter a situação, eu vejo Jimin parar de andar antes de sair do estacionamento. Então, ele usou as duas mãos para bagunçar o cabelo quando fez um gesto negativo com a cabeça e, tão brusco quanto, girou sobre os próprios pés e marchou furiosamente de volta em minha direção.

Eu o olho sem entender o que está acontecendo, mas não tenho tempo de verbalizar minha confusão. Porque quando para em minha frente, Jimin agarra meu braço com determinação nos olhos.

— Não. Já chega. — Ele diz, antes de dar meia volta e me puxar para segui-lo. — Já que você sequer tem um motivo para me odiar, eu vou fazer você aprender a gostar de mim e vou começar a fazer isso agora.

Eu pisco com nervosismo e estanco meus pés nos pedregulhos abaixo deles, impedindo Jimin de continuar me puxando.

— Eu já disse que nós não vamos ser amigos. — Reafirmo, coisa na qual acredito com convicção.

Pela primeira vez, a irritação de Jimin não passa só de relance. Por segundos, sua expressão fica marcada por essa característica amargurada, que alcança sua voz quando ele diz:

— Olha o que nós estamos vivendo, Jeon. Não é possível que mesmo agora a possibilidade de me odiar um pouco menos sequer passe por sua cabeça.

Eu faço minha cabeça se mover para cima e para baixo.

— Nem mesmo um lapso no conceito de tempo é suficiente para me fazer gostar de você. — Aviso, com sinceridade na voz.

No entanto, quando a expressão de Jimin se contrai em algo mais ressentido e amargo, sua mão solta meu pulso e ele parece perceber que estou falando sério, um som breve e ensurdecedor parece alcançar apenas os meus ouvidos. Simultaneamente, a dor do machucado em minha perna parece triplicar e um gemido sôfrego e involuntário escapa de mim, ao mesmo tempo em que paro de apoiar meu peso sobre o pé esquerdo para tentar aliviar a dor trucidante e isso quase me faz perder o equilíbrio.

— Jeon? — Jimin me chama. Toda o ressentimento em seu rosto substituído por preocupação que me parece genuína, enquanto eu me apoio na lataria do carro ao lado para não ir ao chão, e respiro profundamente.

A dor intensificada foi como um flash. Foi rápida, mas os resquícios da sensação permanecem percorrendo meu corpo, me fazendo suar frio.

— Ei? Você está passando mal? — Jimin insiste. Talvez num gesto impensado, ele traz sua mão até minha testa, afasta meus cabelos e apoia o dorso de seus dedos em mim como se para checar minha temperatura.

Pela primeira vez, sua pele toca diretamente a minha.

Ainda atordoado, minha confusão se torna maior quando o roçar de nossas dermes dispara em mim a lembrança de uma voz que não é voz, me dizendo:

O tempo está acabando.

Continua no próximo capítulo.

Sabem o que mais está acabando? minha vontade de viver

Brincadeira (nem tanto assim, mas ainda brincadeira). O que importa é que voltei! Demorei um pouco mesmo que esse capítulo já estivesse pronto porque eu tava numa correria tão doida, mas TÃO doida que não tive tempo nem de vir aqui postar. Sério, as últimas semanas foram uma prova de fogo

Por isso também eu nem pude agradecer apropriadamente quando a história chegou a 100k. Gente, 100k em 6 atualizações? foi surreal! obrigada de verdade pela confiança que vcs têm no que escrevo e também por terem tanta disposição pra ler minhas filhas! espero mesmo ser merecedora dessa chance que vocês me deram e espero que a história não decepcione!!

Aliás, as teorias estão fervendo hahahaha depois da atualização passada algumas pessoas foram longe teorizando sobre a história e eu amei!!

Spoilerzinho da próxima att: vcs vão conhecer jungoo!

Por hoje é só! Mais uma vez, deixo esse espacinho aqui pra que compartilhem suas teorias, caso elas tenham mudado desde a última att. um beijo! <3

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