[f(31) = 3x - 62] É você
Sei nem o que dizer. 15k, dessa vez
Avisinho: se vocês cansarem, façam uma pausa na cena em que o Jk vai na cozinha e voltem pra ler quando descansarem :x e bora lá, né! Espero que gostem <3
🔮
— Você vem mesmo amanhã?
Do outro lado da chamada, eu ouço Jimin rir de meu questionamento ansioso.
— Sim, Jungkook-ssi. Eu vou até sua casa amanhã. Estou ansioso por isso.
— Ainda bem que temos direito a vinte e cinco por cento de faltas ao longo do semestre.
— Você vai matar aula? Achei que nos encontraríamos depois do almoço... Ou — Com uma pausa, seu tom desce e eu quase posso visualizar seu sorriso, ao questionar: — você vai se preparar para mim?
Eu não fico muito constrangido porque, honestamente, não entendi seu tom.
— Quão demorado é pra se preparar para transar com outro cara, pelo amor do santo cacete? — O questionamento é feito quase num sussurro, para que Junghee e minha mãe não ouçam.
Em sua casa, Jimin ri verdadeiramente.
— Nós não conversamos sobre isso, não é? — E percebe, então. — Você tem alguma dúvida, gracinha?
— Ué, não acabei de dizer? Quanto tempo demora pra se preparar?
— Foi uma pergunta séria? Desculpa. Mas... hm, — Ele toma alguns instantes para pensar, antes de retornar com a resposta: — depende. Não é um bicho de sete cabeças. Esteja limpo e cheiroso como sempre e já é mais que meio caminho andado.
— Jimin, por favor, começa a dizer essas coisas na frente da minha mãe.
— O que? Como você deve se preparar para foder comigo?
— Babaca. — Resmungo, mas nem contenho a risada. — Você entendeu.
— Sim, Jungkook-ssi. Vou começar a dizer o quanto você é cheiroso sempre que ela estiver por perto.
— Ela vai te chamar de mentiroso e dizer que a paixão cega as pessoas, mas obrigado. Continue.
— É basicamente isso, gracinha.
— Até na hora de dar?
Jimin fica em silêncio por alguns instantes, do outro lado da ligação. Pouco tempo depois, retorna com a voz mansa e preocupada:
— Jungkook-ssi, sobre isso... eu espero não ter te pressionado com o que falei na biblioteca. Eu quero te comer, sim, pelo amor de deus, não duvide disso. Mas é no seu tempo, só se e quando você quiser.
O bom de estarmos em chamada de áudio é que ele não pode ver minhas expressões de constrangimento. E não é que sexo em si seja constrangedor para mim, mas ter conversas abertas sobre ele não é algo com o que estou habituado.
Então, sim, sinto certa vergonha, como sinto diante de tantas outras coisas, mas posso dizer, longe de seus olhos atentos:
— Relaxa, Ji.
— De verdade? Eu sou meio verbal. Gosto de falar quando estou com tesão, mas não estava tentando te pressionar.
— De verdade, não pressionou. Para de enrolar e responde minha pergunta, eu não quero ter que perguntar de novo.
Ele ri com alívio e leveza, antes de dizer:
— Ok... quando você pretende dar ou receber qualquer tipo de estímulo anal, é recomendado ter um cuidado a mais. Você sabe o que é chuca, né? — Minha resposta é curta porque, se for maior, eu gaguejo. — Então, tem quem goste de fazer para ter segurança extra de que não vai acontecer nenhum incidente indesejado durante a penetração ou estímulo. Mas não é preciso.
— E se acontecer o tal do incidente?
— Se acontecer, aconteceu, gracinha. Não é o ideal de muita gente, mas ninguém morre por isso.
Deitado na cama, no escuro de meu quarto, eu mantenho meus olhos no teto enquanto tento não desligar na cara de Jimin pelo nervosismo e por não saber o que falar.
Por sorte, ele retoma a fala antes que eu diga qualquer besteira impensada:
— Mas, olha, só fazer cocô já previne esse tipo de acontecimento. Bota tudo pra fora. Depois é só lavar bem e pronto.
O celular se mantém pressionado contra minha orelha, mas com a mão livre eu pressiono meus olhos, antes de me desfazer numa risada muito inapropriada e nervosa.
— Foi mal, Jimin. Eu nunca conversei assim com ninguém. É uma risada de nervosismo.
— Eu também não costumo ter essas conversas, gracinha. — Ele garante, sem se ofender por minha reação imatura. — Mas eu gosto de estar falando com você.
— Gosta? Tipo, de gostar?
— É... normalmente se fecha muito os olhos pra isso. Como se todo mundo fosse naturalmente cheiroso, limpo, com os pelos aparados ou depilados. Sempre foi assim para mim. Nunca tive liberdade ou conforto para falar abertamente sobre tudo que antecede o sexo. E eu gosto de não precisar ser assim com você.
Eu fecho os olhos ao de virar sobre a cama até deitar de bruços, com alguns segundos de ponderação antes de garantir, apesar do nervosismo inegável e inédito:
— É, acho que também gosto disso. Dá menos trabalho que ir pesquisar na internet.
— Viu? — Jimin parece satisfeito com minha colocação.
Ainda deitado, com o rosto afundando no travesseiro, eu sinto minha respiração criar uma máscara de calor quando reflete e retorna ao meu rosto, enquanto pondero por longos instantes de silêncio em nossa chamada antes que, tomando proveito de seu declarado conforto nessa conversa, perguntar o que está me encucando.
— Ô, Jimin?
— Oi, gracinha.
— Você falou de pentelhos ali, não foi?
— Falei.
— Os seus são bem aparados.
— Ótima observação. — Ele parece até se divertir.
Mais instantes imersos em pensamentos e ponderações se seguem quando volto a rolar sobre o colchão até deitar com a barriga para cima. Com a mão livre, eu puxo o elástico da minha samba canção e, sob a pouca luz, vejo meus próprios pentelhos.
Antes, eu raspava tudo. Hoje em dia, a preguiça é maior. Aparo de vez em quando; de vez em quando, não aparo. Nesse momento, não estão no estado mais discretos, não.
Aí, finalmente anúncio, voltando a largar a samba canção:
— Os meus, não.
Mais uma vez, Jimin ri. Do tanto que já o conheço, acredito que sua risada é por meu jeito tenso de anunciar e não pelo anúncio em si.
— Não faz diferença para mim, Jungkook-ssi. Como você prefere?
— Me sinto oprimido pelos seus tão bem aparados, parece até que fez no barbeiro. Vou aparar também.
Agora, a risada dele não é discreta. É explosiva mesmo, enquanto eu aqui estou seriamente ponderando sobre esse assunto.
— Faça como se sentir mais confortável, Jungkook-ssi. Para mim, realmente tanto faz. Eu te acho um tesão de toda forma.
— Ok. Show. Melhor pra mim.
— Gracinha. — Ele diz, meio derretido, lá do outro lado.
Eu acabo por sorrir também, ainda meio incrédulo por me permitir ter comversas assim com alguém, mas não me prendo à surpresa porque logo Jimin esboça a sua num sussurro inesperado, antes de rir.
— Ainda bem que encerramos o assunto. Jungoo acabou de vir deitar na minha barriga.
— Não deixa ela ouvir baixaria, pelo amor de deus.
— Nunca. Eu sou um pai responsável e ela é só um bebê. — A primeira frase é dita para mim. A segunda, para a coelha, coisa essa que fica óbvia pelo jeito mais baixo e mais manso de falar: — Não é, filha? É só um... ai.
— Mordeu?
— Mordeu.
Eu me rendo ao riso mais uma vez, antes de encerrar a noite engatando numa estranha conversa sobre Jungoo que segue nossa também estranha, porém natural, conversa sobre pentelhos e preparação anal.
É falando por telefone com Jimin, quando ele me faz colocar a chamada em viva-voz para ver a foto de Jungoo que enviou para meu celular, que percebo, antes de dormir, que gostaria de estar com eles dois.
De preferência, sem levar mordidas.
Dela. Dele, pode ser.
E é depois dessa noite estranhamente pacífica em nosso universo desesperadoramente caótico que nosso dia chega.
O dia no qual levo Junghee à escola e, ao invés de seguir à universidade, volto para nossa casa, encontrando-a vazia pelas próximas longas horas.
Pelas primeiras, eu me preparo inteiro para as seguintes, que serão compartilhadas com Jimin.
E o meu momento de solidão tem o prenúncio do fim quando ouço o barulho do motor de Pandora do lado de fora antes que ouça, também, o som da campainha que facilmente me atrai e me leva à porta, diante da qual paro, completamente nervoso, ainda antes de abri-la.
Eu estou, ainda mais que em cada hora que se passou, completamente nervoso, mas ansioso por tudo que pode acontecer a partir de agora.
— Oi. — De maneira afetada, essa é a única coisa que consigo dizer.
Ainda do lado de fora de minha casa, Jimin aperta os lábios cheios num gesto ansioso, segura a alça única da bolsa pendurada em seu ombro e por fim se desfaz em um sorriso.
— Oi, gracinha...
Eu me afasto para o lado, mantendo a porta aberta para que ele entre. Quando o faz, não hesito antes de fechá-la novamente, com o cuidado de passar o trinco interno para o caso improvável de Junghee ou minha mãe voltarem para casa antes do horário comum.
Enquanto tira os all stars de tecido e sola pretos, Jimin mal me olha.
Eu, por outro lado, o olho atentamente. E sorrio ao perceber que, apesar do tempo um tanto mais frio, ele está usando uma das camisas de botões. As mesmas que tanto gosta, mas não se sente confortável para usar.
Ele está usando para mim.
Jimin se sente confortável comigo a esse ponto.
— Você está bonito. — Mesmo tão desajeitado, faço questão de dizer. — Quer dizer, sempre é... mas a blusa... — Com um pigarro desajeitado, desisto. — Você entendeu.
Jimin me lança um olhar ainda nervoso, mas bem humorado e finalmente sem resistir ao impulso, eu escondo as mãos nos bolsos frontais da calça de moletom e abaixo os olhos, completamente sem jeito, quando vejo o momento em que os pés nus de Jimin deixam o tapete de entrada e dão um passo para a frente.
— Eu não acredito no quanto estou nervoso. — Como se para quebrar a tensão, ele revela junto a uma risada mínima.
Ainda afetado, eu o olho por baixo dos cílios antes de sentir meus próprios lábios se desenharem num sorriso de resposta.
Esse sorriso tão desajeitado, mas natural, precede o momento em que meu constrangimento perde força diante da minha vontade de Jimin.
Essa vontade, de certo, não se resume aos desejos físicos. Não é apenas aquele desejo que se denomina tesão.
É algo até mais incontrolável, de certa forma inocente. Porque o que essa vontade me leva a fazer é a quebrar a distância entre nós dois para tocá-lo nervosamente na cintura antes de, tão nervoso quanto, puxá-lo para mim. Para um abraço.
Minhas mãos deslizam para suas costas quando as suas se arrastam por meus ombros, antes de me abraçar por eles e pressionar a ponta do nariz em meu pescoço, lugar contra o qual esconde o rosto.
Em minha própria tentativa de dissipar essa falta de jeito entre nós dois, o abraço sincero logo é transformado em um aperto intenso que faz Jimin resmungar e rir assim que o levanto o suficiente para tirar seus pés do chão.
— Jungkook... — Seu pedido incompleto se perde na própria risada.
— Ontem você não parecia nervoso, Senhor eu-quero-sentir-meu-caralho-em-sua-boca. — E corajosamente, disparo.
Em resposta, arranco uma nova sequência de riso, mas também uma sequência de tapas que se alternam entre meus braços quando ele resolve estapear os dois.
— É diferente. — Ele finalmente se defende, quando afasta o rosto para me olhar com esse sorriso nervoso e oblíquo. — Ontem nada foi planejado.
— E o que é que nós planejamos para hoje? Porque até onde sei, só vamos ter uma sessão de estudos.
Jimin suaviza o olhar para mim antes de se render a um novo riso de pouca intensidade, quando as mesmas mãos que me bateram voltam para me tocar o rosto.
Acariciando-o levemente, Jimin confessa:
— É que eu nunca tive uma sessão de estudos assim com alguém por quem senti o que sinto por você, gracinha... Isso me deixa nervoso.
É. É mais ou menos essa a situação aqui dentro, também.
Eu nunca transei com alguém com quem tive mais de três conversas, quem dirá com alguém que me faz sentir tudo isso que Jimin faz.
Compartilhando de seu nervosismo, então, eu volto a puxá-lo pela cintura em minha direção, até que seu peito se choque contra o meu.
Ele me olha com expectativa e eu falho em conter um sorriso que antecede a decisão espontânea de beijar sua testa.
Por fim, digo:
— Vem pro quarto comigo.
O sorriso pequeno de Jimin tem força o suficiente para refletir em toda a sua expressão, um momento antes de me oferecer uma concordância não verbalizada.
Tão nervoso quanto aparento, eu seguro sua mão para trazê-lo comigo, mas assim que tomo a frente do curto caminho, a palma de Jimin se separa da minha. Para meu alívio, o faz somente para que esteja livre para fazer o que faz a seguir.
Ele me abraça pelas costas, assim acompanhando minhas passadas quando cubro suas mãos entrelaçadas em minha barriga.
Beija meu ombro, demoradamente, por cima da blusa que tão cuidadosamente escolhi, como se não fosse arrancá-la de meu corpo em poucos instantes.
E diz, ao encerrar os beijos com um deixado em minha nuca:
— Eu ainda te quero tanto que dói, Jungkook.
Assim que entramos no quarto, meu último cuidado é fechar também a porta dele, no momento no qual sinto Jimin desfazer nosso abraço e se afastar um tanto mais.
Quando movo meus pés até ficar de frente para ele, arqueio as sobrancelhas com alguma discrição.
— Ainda? Então quer dizer que em algum momento você vai deixar de me querer?
O sorriso imediato de Jimin parece tirar sarro de minha suposição, que logo é respondida com um balançar lento de cabeça para os lados.
— Nunca. Eu nunca vou parar de querer você, Jeon.
— Você se arrisca demais quando me chama assim, Park.
Jimin sorri satisfeito com o fruto da própria provocação planejada e eu me aproximo para tirar a alça de sua bolsa de seu ombro. Depois, deixo-a sobre a cama para que minhas duas mãos estejam livres para ele. E, livres, elas o puxam pelos pequenos passadores de cinto em sua calça.
Seu corpo volta ao meu. Eu sinto o subir e descer lento de seu peito, tão lento quanto a maneira sutil que seus dentes se arrastam sobre esse lábio inferior delicioso.
Então as mãos pequenas, mas firmes, sobem por meus braços, arrastando-se tortuosamente sobre a pele, depois sobre o tecido, até que se ancorem em meu pescoço, onde sinto a carícia feita por seu polegar direito.
Sem quebrar o contato demorado entre nossos olhares, ele pede:
— Me beija.
Não é como se eu estivesse em condições de negar algo que também tanto desejo fazer. Não é como se eu sequer desejasse provocá-lo ao negar o pedido que me lança essa sensação que atravessa minha barriga e nela se concentra, como uma onda de choque prazerosa demais para ser indesejada.
Mas, antes de fazê-lo, eu aproveito a proximidade.
Eu subo minha mão ao seu queixo, tocando-o demoradamente antes de subir meu polegar mais para cima. Sob a digital ansiosa, sinto a textura macia e enlouquecedora de sua boca. Sinto o sorriso que nela se desenha.
Depois, levo minhas mãos aos seus braços, guiando-os até que envolvam meu pescoço em um novo abraço, e por fim também o abraço de volta, forte e apertado, em sua cintura.
A última coisa que faço é admirá-lo por um instante, porque ainda não acredito que esse cara aqui é meu namorado.
Mas esse instante é suficiente para que Jimin perca a paciência, canse de esperar. Então, sem mais deixar em minhas mãos, ele retoma o controle e puxa minha boca à sua para me beijar do nosso jeito brusco.
Assim que o beijo se inicia, meus olhos se fecham e eu suspiro quase sem perceber.
Imediatamente, meu abraço em seu corpo ganha força e o faz ficar nas pontas dos pés para mim quando, sem esperar por uma transição lenta, minha língua intensamente viaja para dentro de sua boca, sentindo cada mínimo pedaço explorado como se fosse a primeira vez.
Quando nos entregamos ao beijo, todo o nervosismo que nos acompanhou até aqui parece se dissipar, se perder em cada pequeno estalo despropositado, em cada som úmido que acompanha a dança de sua boca na minha.
Dessa vez, no entanto, sou eu quem tomo a iniciativa de beijar além de sua boca.
Sou eu quem seguro sua mandíbula em minha mão, guiando seu rosto a virar mais para o lado para que minha boca possa viajar ao lóbulo de sua orelha, que provoco com minha língua, depois capturo com meus dentes e por fim chupo com meus lábios, apreciando a sensação da pele quente e do metal gélido de seus brincos quando neles toco.
— Continua... — Ele pede, quando faço uma longa pausa.
Com cuidado, eu afasto seus cabelos escuros para abrir caminho para que minha boca percorra sua pele, e o faço, dessa vez beijando-o demoradamente no ponto logo abaixo da orelha.
Sem saber se é cedo demais para isso, minhas palmas correm vagarosamente por suas costas, traçando um caminho descendente em direção à sua bunda. E é por ele não apresentar qualquer sinal de desagrado que eu finalmente vou em frente.
Sinceramente, nunca fui aficionado por bundas. Mas a de Jimin...
Eu gosto de olhar para ela. Gosto de sentir em meu corpo, gosto de apertar em minhas mãos. E gosto de como ele reage a tudo isso.
Então não me contenho mais.
Com vontade, eu aperto cada banda em minhas mãos, forçando-o ainda mais nas pontas dos pés.
Jimin ri baixo, em resposta, desse jeito afetado que se acompanha de seus dedos se entrelaçando à raiz de meus cabelos enquanto continuamente beijo e mordo seu pescoço.
Pressionando sua virilha contra a minha enquanto minhas mãos se enchem com suas nádegas, dessa vez sou eu quem quase involuntariamente busco mais atrito ao mover meu quadril para cima e para baixo, devagar.
— Jungkook? — Ele chama, preguiçosamente, com a voz arrastada.
— Hm? — Devoto a beijar cada pedaço de seu pescoço, um murmúrio é tudo que consigo dizer.
— Tira minha blusa.
Sentindo meus lábios úmidos por minha própria saliva, eu me afasto apenas o suficiente para vê-lo, para relembrar quão bem ele fica nas camisas que sente tanto medo de usar.
Então, surpreendentemente, eu nego.
— Não? — Diante do movimento que faço, ele questiona, desacreditado.
— Você fica muito bonito com ela.
— Então você pretende foder enquanto eu visto essa blusa?
Minhas mãos, a muito contragosto, largam sua bunda para serem guiadas à blusa de mangas curtas e inesperada estampa de motos.
Está aberta na altura do pescoço e clavículas, então eu alcanço o primeiro botão fechado. Desabotoo antes de passar para o segundo e seguir a trilha até o fim, quando separo as abas da blusa, sem tirá-la de seu corpo, e observo quando deslizo meus dedos do peitoral à barriga, traçando todo o caminho de pele tatuada.
Ao fim, volto a olhá-lo. E só então respondo, um tanto hipnotizado:
— Talvez... se ela ficar assim...
Novamente, minhas mãos voltam a percorrer o caminho de sua pele. Dessa vez, não são apenas as pontas dos dedos que cobrem a tez tatuada, mas as palmas inteiras, sentindo-o o máximo que posso, deslizando cintura acima.
Minhas mãos repousam nas costelas; meus olhos ainda se mantêm atentos a cada milímetro tocado por elas, especialmente despertos quando deslizo meu polegar na região do peito que carrega uma única tatuagem.
Ansioso, minha digital circunda o mamilo miúdo, contornando-o e reduzindo o raio à medida que me aproximo da pequena elevação. Até que, ao fim, derrapo meu dedo sobre ela, lenta e cuidadosamente, observando com devoção a maneira como se move sob meu toque.
A respiração de Jimin não demora em oscilar suavemente, numa reação que não sei identificar se é de satisfação, ou não. Sem garantias, eu movo meu polegar, mantendo-o afastado de seu mamilo, e deslizo meu olhar de encontro ao seu.
Sua expressão, no entanto, me diz claramente que ele não sente incômodo algum. É preguiçosa, com esses olhos bonitos semicerrados sob as pálpebras, os lábios gostosos castigados em pequenas mordidas.
Ainda assim, pergunto:
— Você gosta disso?
— Sim, gracinha...
Meus olhos voltam a descer até meu polegar que, por sua vez, volta a massagear o mamilo que se enrijece a cada pequeno estímulo.
Levado pela beleza da imagem que se desenha, do contraste entre tinta, cor da pele e cor do mamilo, este que imprime em meu polegar cada mínima parte de textura, é minha vez de, inconscientemente, repuxar meu lábio entre meus dentes.
Num momento arriscado, resolvo olhar para Jimin mais uma vez, e acredito que esse é meu maior erro.
Porque ver essa feição em seu rosto bonito, se desfazendo em prazer e satisfação sob meu toque, me faz dar um fim brusco à troca de carícias para, no lugar, alavancar seu corpo de volta para o meu quando minha mão esquerda volta à sua bunda, apertando-a com mais força que nunca, trazendo-o para mim enquanto meu polegar segue estimulando seu mamilo. E, com ele tão próximo, com o suspiro de satisfação que expulsa em resposta à brusquidão da mudança, eu volto a beijar sua boca com intensidade.
No entanto, o beijo não se prolonga. Ele é tão rápido quanto intenso, encontra o fim no mesmo momento em que a língua de Jimin tenta me dominar sob o toque gostoso que me vê recuar, tão de repente que um fio de saliva ainda nos une.
Esse mesmo fio se parte, frágil como é, quando minha boca viaja de volta ao seu pescoço, chupando-o inteiro enquanto minha mão volta a apertar sua bunda, empurrando sua virilha de encontro à minha.
Facilmente, Jimin reage. Com tanta destreza quanto é possível ter enquanto se equilibra mais uma vez nas pontas dos pés, ele esfrega sua pélvis na minha, com força, demorado, cheio de vontade enquanto eu mesmo empurro a minha contra a sua, ritmadamente, em busca do atrito delicioso.
— Porra, gracinha... — Com a fala entrecortada por sua respiração desastrada, Jimin diz. — Você pode me fazer gozar só com isso...
Eu não sei se é um truque seu para amaciar meu ego, mas funciona.
E funciona a ponto de me fazer suspirar contra sua pele, antes de castigá-la com uma mordida demorada que faz o sacana rir em satisfação.
Cada vez mais cheio de vontade, eu desço minha boca. Por onde passa, ela deixa um rastro úmido de beijos molhados e intensos que rapidamente substituem meu dedo em seu mamilo completamente rijo.
Agora, é minha boca quem o estimula. A ponta da língua, os lábios, em sucções leves.
Ainda de pé, meu corpo precisa se curvar para que minha boca alcance seu peitoral. Jimin continua nas pontas dos pés, tremendo suavemente pelo esforço, e ele ainda tenta pressionar sua virilha na minha, frustrando-se a cada tentativa falha.
Impossibilitando-o ainda mais, enquanto seus dedos me maltratam o couro cabeludo, eu deixo um novo rastro de beijos que saem de seu mamilo rumo à barriga.
Sob minha boca, os músculos se contraem involuntariamente, ele expulsa o ar em lufadas arrastadas e eu sigo o caminho até me por de joelhos em sua frente, com minha boca na altura de seu pau.
Ao me ver ajoelhado, com minhas duas mãos massageando sua bunda, Jimin sorri safado ali de cima. Sorriso este que vejo quando lanço meu olhar em sua direção. Vejo, também, o pequeno movimento de sua cabeça.
E sinto, por último, o aperto de seus dedos em meus cabelos, no topo de minha cabeça, deixando-a à sua mercê.
Ao fim, escuto:
— Você quer de novo? Me chupar foi tão gostoso assim, gracinha?
Me por de joelhos para ele não foi planejado. No entanto, eu poderia chupar Jimin de novo sem reclamar.
Sem reclamar mesmo.
Chupar seu cacete foi, sim, gostoso.
Não pelo ato em si, mas por cada reação que pude ver refletir em Jimin, em seu jeito de se desmanchar por mim.
No silêncio de minha ausência de resposta verbal, no entanto, ele não tem essa certeza. Por isso, questiona:
— Isso é um sim, Jungkook?
Finalmente, eu confirmo. Sem voz, sem palavras, apenas com um movimento que precede seu novo sorriso satisfeito e o aperto de seus dedos em meus cabelos guiando meu rosto até colar minha boca à sua virilha. E, contra minha boca, ele rebola suavemente.
— Então chupa, gracinha. Tão gostoso quanto chupou ontem.
Sem qualquer resistência ao que ele me pede, minhas mãos se agitam para mais uma vez desafivelar seu cinto, novamente desabotoar e descer o zíper de sua calça, antes de descer também o tecido preto e justo para que este revele sua cueca. Também sem paciência, puxo ela até juntá-la à calça, vencendo o obstáculo criado por sua ereção ainda pouco estimulada.
Com menos incertezas que ontem, eu não me perco em tantos segundos de ponderações enervadas. Pelo contrário, aliás, permito que minha mão viaje diretamente ao volume ainda pouco rígido, segurando-o assim para poder senti-lo com minha língua de uma só vez, antes de abocanhá-lo tanto quanto consigo.
Concentro minha atenção e estímulos na glande, percebendo, a cada chupada, a forma como Jimin castiga o próprio lábio entre os dentes. Percebo a forma como seus reflexos o fazem quase fechar os olhos, mas então resiste e mantém seu olhar preso ao meu enquanto eu chupo e sinto seu caralho endurecer em minha boca.
Sua blusa permanece em seu corpo, aberta, os cabelos escuros caem sobre sua testa e sua pele, como uma tela de pintura repleta delas, me atrai.
Desejando ver também as poucas tatuagens espalhadas por suas pernas, eu vou o mais fundo que consigo, chupando-o intensamente antes que minhas mãos se ocupem de descer sua calça e cueca de uma só vez para tirá-las de seu corpo.
Quando consigo, deixo-as de lado de qualquer maneira, no chão, e subo minhas palmas ansiosas pelas panturrilhas, pelas coxas grossas e rijas, com músculos tão definidos.
Deslizo minha destra para a parte interior, onde ele parece imediatamente mais sensível, e subo com o toque suave até estacionar minha mão em suas bolas, massageando-as enquanto deslizo minha língua e lábios até soltar o membro já rijo, que salta suavemente e, lambuzado com minha saliva, se choca contra sua própria pele.
Cada mínima reação voluntária ou involuntária de seu corpo ricocheteia em meu próprio ser quando sinto o tesão crescer e se acumular.
No entanto, não cresce o suficiente para que eu deixe de ficar assustado com a possibilidade de fazer Jimin gozar mais uma vez e, mais uma vez, desabar e bater a cabeça por aí novamente.
Por isso, limpo minha boca com o dorso da mão e me ponho de pé em sua frente depois de deixar um rastro de beijos em todo seu abdômen, peitoral e pescoço, até pressionar suavemente meus lábios contra os seus.
De olhos abertos, no entanto, eu vejo a insatisfação que ele tenta esconder pelo fim repentino dos estímulos e sorrio sem planejar, logo segurando-o abaixo da bunda para provocar impulso em seu corpo, que roça no meu.
Sem entender meu pedido, no entanto, Jimin não faz o que quero. Assim, faço-me mais claro ao descer uma mão por sua coxa, puxando-a até que sua perna se dobre ao lado de meu quadril, contra ele, e o puxo mais uma vez.
— Sobe. — E peço.
Dessa, parece o suficiente para que ele me envolva o ombro num abraço para se sustentar e suba sua outra perna até me abraçar com as duas pela cintura.
Segurando-o da forma que quero, finalmente quebro a pouca distância entre nós dois e minha cama, onde deito seu corpo e sobre ele me deito junto, permanecendo entre suas pernas, que seguem enlaçadas em meu quadril.
Com o cotovelo apoiado no colchão, eu sustento meus ombros e cabeça no ar. Minha mão direita alcança seu rosto, meus dedos deslizam por sua bochecha antes de afastarem os fios de cabelo que ali se perdem e voltarem para desenhar a perfeição de sua boca.
Me perco nela, num momento merecido de admiração, antes de pressionar meus lábios para conter um sorriso quando meus olhos sobem um tanto mais e se deparam com a ponta do nariz miúdo, como um botão.
Num gesto abobado, eu o aperto suavemente entre meu indicador e polegar. Quando Jimin ri pela incompatibilidade do gesto no momento no qual nos encontramos, eu também me rendo a um riso breve antes de me render à vontade injustificada de deixar um beijo em seu nariz, depois em sua bochecha, onde acabo por deixar vários outros enquanto ele ri e me acaricia os cabelos com cuidado.
Já está esclarecido que eu não sou do tipo de dar beijos carinhosos; Jimin, não é do tipo que gosta de recebê-los.
De mesma maneira, já foi verbalizado que esses detalhes, quando estamos juntos, mudam. E então nasce um pequeno momento de carícias genuinamente cuidadosas e mansas em meio à minha brusquidão, enquanto estas são aceitas de tão bom grado por ele.
No entanto, não por muito se prolonga. Minha mão se atém a um carinho suave em sua bochecha gorda, mas eu mordo seus lábios juntos, prendendo-os entre meus dentes antes de usá-los para prender somente o inferior, que repuxo e aperto numa mordida demorada, antes de lamber e chupar, subindo meus olhos aos seus para vê-los fechados preguiçosamente enquanto sinto sua boca se desenhar num sorriso involuntário.
— Jungkook? — Ele chama, quando solto seu lábio e apenas entrego a ele um selar suave.
— Que?
Ele mantém as carícias em minha cabeça. Uma de suas mãos, no entanto, desce por minhas costas, acariciando-a também.
Minha palma, por sua vez, dá fim aos carinhos em seu rosto para correr à sua cabeça, infiltrando-se entre ela e o travesseiro para segurar seus cabelos enquanto espero o que ele tem a dizer ao mesmo tempo em que deixo mordidas demoradas em seu pescoço, para depois cobri-las com beijos suaves.
A cada vez que olho para seu rosto, no entanto, Jimin está sorrindo assim, letárgico, perdido nas sensações, e parece perder a força para encaixar as palavras que quer dizer.
Por isso, eu volto meu rosto ao seu. Pressiono beijos em suas pálpebras fechadas, depois mordisco a pele de sua bochecha, sensível a ponto de fazer Jimin se desfazer num gemido baixo de dor que se perde na própria risada.
E, com a impaciência que já me é tão característica e ainda bem que tão carinhosamente recebida por ele, peço:
— Fala logo, Ji.
— Eu só estava pensando...
Apesar da curiosidade, é difícil resistir ao impulso. Então sigo beijando sua bochecha, pressionando-a intensamente com meus lábios a ponto de empurrar seu rosto mais para o lado.
— Pensando o que? — Entre um beijo e outro, pergunto.
Sei lá, viu.
Nunca na minha vida pensei que eu me tornaria viciado em deixar beijos na bochecha de alguém, mas eu juro que beijar essa aqui é gostoso de verdade.
Mas eu preciso me conter, então pressiono um último beijo demorado antes de pousar minha cabeça acima da sua, olhando-o à espera enquanto meu único carinho, nesse momento, é minha mão em sua cabeça.
Com um piscar lento de olhos, nessa piscação característica dele, Jimin sorri mais uma vez e, além de me abraçar com as pernas, volta a me abraçar também com os braços, bem apertado.
Só então finalmente diz o que estava nessa cabeça misteriosa:
— Se eu soubesse que um dia seria tocado assim, eu não teria deixado mais ninguém me tocar.
Eu o olho por instantes de silêncio, absorvendo sua confissão mansa, feita em tom tão baixo.
Mas, ao fim, estalo a língua contra o céu da boca num gesto desacreditado.
— Até parece que você ia aguentar esse tempo todo sem trepar.
Apesar da minha dúvida, Jimin explode é em uma risada, sem ofensa alguma.
— Você não tem um pingo de sensibilidade. Eu acabei de dizer uma coisa romântica, Jungkook.
— E eu respondi do meu jeito de sempre, ué. Achei que você gostava dele. Andou mentindo pra mim, Jimin-ssi?
Jimin revira os olhos diante de minha sugestão boba, que sequer pode ser levada a sério já que a faço junto a um sorriso ousado que não consigo esconder.
Mas então ele abraça meu corpo com mais força e roça a ponta de seu nariz contra o meu.
— Nunca menti. Eu amo seu jeito. Eu amo sua aparência. Amo sua voz. Amo seu jeito de se vestir com aquelas botas que, pelo amor de deus, tenha misericórdia.
— Isso parece uma crítica.
— Não é. — Ele garante, todo sorrisos. — Eu amo tudo em você, Jungkook. Até esse seu jeito cavalo de responder uma declaração romântica e sincera.
Com o olhar novamente desconfiado, eu uso tudo de mim para não gargalhar.
— Então você jura que abriria mão de todas as suas fodas anteriores só porque foder comigo aparentemente é melhor?
— Sim.
Eu nego mais uma vez, ainda desacreditado, mas bem humorado sobre isso.
No entanto, apesar da própria leveza, Jimin carrega um quê de seriedade no sorriso.
— Você não entende, Jungkook-ssi. O quanto seu toque e seu jeito de descobrir meu corpo são únicos. Esse jeito todo bruto tem muito mais carinho do que você parece pensar. Eu amo ser tocado por você. Eu amo, Jungkook.
Eu finalmente deixo de rebater. Permito que sua confissão seja absorvida, mas não nos preservo o silêncio por muito tempo.
Sem muito cuidado, eu repuxo seus cabelos enlaçados em meus dedos. Sua cabeça se inclina, em reação, e eu empurro meu quadril demoradamente contra o seu, derrapando minha virilha contra seu pau rijo e exposto.
— Então é desse jeito que você gosta? — E pergunto como se já não tivesse a resposta, ainda repuxando seus cabelos.
Ele sorri com satisfação, cravando os dentes no próprio lábio antes de assentir.
— E você sente carinho assim? — Com mais uma estocada forte contra sua ereção, pergunto.
Novamente, ele faz que sim. E é minha vez de sorrir miúdo.
— Ainda bem. Porque não é só tesão que eu sinto quando estou assim com você. Ainda bem que não preciso mudar meu jeito para que você perceba isso.
Jimin sorri, carinhoso e apaixonado. Mas nenhuma nova declaração é feita. Não com palavras, ao menos.
O que ele faz é unir seu sorriso ao meu quando puxa minha cabeça e leva minha boca à sua, unindo nossos lábios em um novo beijo longo e demorado, cheio de línguas e vontade.
Enquanto ele me beija, eu volto a mover minha virilha contra a sua, estimulando simultaneamente nossas ereções enquanto elas roçam uma na outra.
Pouco a pouco, minha boca deixa a sua e é levada ao lado ainda não explorado de seu pescoço, que encho de beijos capazes de deixar sua pele avermelhada. Com o polegar, volto a estimular seu mamilo, e a combinação dos toques faz Jimin apertar as pernas ao redor de meu corpo.
— Você também gosta? — É um tanto ofegante que ele pergunta, baixo, como se mais alguém pudesse nos ouvir.
Eu definitivamente gosto de tudo que estamos fazendo agora, mas seu jeito ansioso de perguntar me faz ter dúvidas se é sobre isso que ele está perguntando.
— De que, Jimin-ssi? — Então, me certifico.
Sem resposta verbal imediata, eu percebo o movimento de sua mão em minhas costas, deslizando-a por minha costela antes de preencher o pequeno espaço entre nossos corpos para levar seu toque ao meu peito.
— Disso — Finalmente, diz. Ainda sobre minha blusa, ele desliza a ponta do dedo até encontrar meu mamilo. — Você também gosta?
Minha boca apenas roça em sua pele, afastando-se minimamente para dar a resposta que, ao fim, se transforma num confuso:
— Não... sei. Só me tocaram aí uma vez. Acho que gostei?
Jimin não se impacienta pela incerteza do tom. Sem pressa, mas literalmente ofegante enquanto sua ereção permanece pressionada sob a minha, reformula sua pergunta:
— Deixa eu tentar?
Não tenho qualquer motivo para pensar em negar seu pedido, então rapidamente movo minha cabeça num sim, que faz meu nariz roçar em seu pescoço, sentir o cheiro suave de sabonete em sua pele e finalizar com um beijo sobre ela.
Com um suspiro manhoso, ele parece satisfeito com o toque espontâneo, mas eu não me encho de tanta satisfação assim quando sinto suas pernas desfazerem o abraço em meu quadril. Na sequência, os pés se apoiam no colchão e ele dobra uma perna de cada lado de meu corpo, mantendo-as abertas para mim.
Depois, move seu rosto até que consiga pressionar um beijo em minha cabeça ainda enterrada na curva de seu pescoço. Sem afastar seus lábios, pede:
— Tira a blusa, gracinha.
Mais uma concordância silenciosa é feita antes que, meio atrapalhado por conta da mente zonza de tesão, eu me afaste de seu corpo.
De joelhos entre suas pernas, eu seguro a barra de minha blusa, mas me perco em um instante quando vejo Jimin deitado em minha cama, vestindo nada além da camisa que tanto gosta enquanto essa, aberta, cai ao lado de seu corpo. Vejo cada tatuagem exposta, os cabelos que escorrem para o travesseiro, os lábios avermelhados de tantos beijos, assim como a marca desses em seu pescoço. Vejo os olhos preguiçosos, ansiosos, a respiração lenta, o caralho completamente duro abaixo de mim.
E, mais uma vez, vejo também.
O universo pode estar completamente colapsado, mas eu sou sortudo demais.
Também me olhando enquanto eu passeio meus olhos por cada detalhe enlouquecedor de sua existência, Jimin se apoia nos cotovelos para erguer o próprio corpo até sentar em minha frente.
Ansioso, suas mãos pequenas vêm até minha blusa, empurrando-a para cima no que funciona como último estímulo para que eu recupere controle sobre minhas ações e finalmente tire a camisa, jogando-a de lado assim como fiz com suas roupas.
De peito nu, exposto, eu me torno alvo do olhar afetado de Jimin, que percorre minha pele assim como suas palmas o fazem, correndo sobre cada registro de tinta.
De dentes cravados nos lábios, ele parece querer mais e então desce seus dedos ao cós de minha calça de moletom, segurando-a junto ao elástico de minha cueca para puxar ambos para baixo.
O faz com calma, apesar da inconstância de suas mãos, que também existe nas minhas quando ajudo a tirar as últimas peças de roupa de meu corpo.
Percebo que então, pela primeira vez, eu fico completamente nu para Jimin.
E ainda que inseguranças sobre minha aparência nunca tenham feito parte da minha extensa lista de preocupações, eu me percebo ansioso por sua reação.
E, com satisfação, percebo que ela parece refletir a mesma adoração que sinto por seu próprio corpo.
Sinto meu coração disparar, minha virilha latejar de vontade e meu sorriso nascer pequeno no canto dos lábios, quando ele quase sussurra, tremendo de tesão:
— Caralho, gracinha...
— Você gosta? — Eu pergunto, com coragem que tiro sabe deus de onde.
Jimin balança a cabeça numa concordância lenta. Com mesma lentidão, sua mão corre de minhas coxas para cima. Uma me massageia a ereção latejante, sentindo-a, enquanto me faz reagir com um suspiro afetado.
— Você fica tão duro por mim... — E percebe, me masturbando lentamente quando sobe seus olhos aos meus.
Dessa vez, vejo as pupilas completamente dilatadas, mas logo em seguida deixo de ver qualquer coisa porque ele aproxima a boca de minha barriga e meus olhos se fecham junto a um som satisfeito que ecoa em minha garganta. Ele deixa sobre meu abdômen uma sequência de beijos que começam leves, mas ganham intensidade e fazem meu músculos contrairem sem que eu tenha a intenção.
Esses espasmos ganham força, no entanto, quando seus lábios sobem e seus beijos se direcionam ao meu mamilo esquerdo, que é capturado sem qualquer nova cerimônia.
Minha reação é imediata. Assim que sinto o calor de sua língua na pequena protuberância sensível, eu me desfaço com um longo e arrastado suspiro de satisfação pura.
Essa sensação, combinada à destreza de sua mão em meu cacete, me faz quase implorar:
— Continua, Ji...
Não que ele tenha parado. Não que sequer tenha dado a entender que vai parar. Mas eu peço, para garantir o quanto isso me faz sentir bem.
E faz. Eu me desfaço em suspiros contínuos, latejando em sua mão, sentindo sua boca gostosa abandonar um mamilo apenas para se dedicar também ao outro enquanto minha própria mão se perde em sua cabeça, entre seus cabelos desalinhados.
É tudo tão gostoso que eu sequer percebo o momento em que começo a me mover contra sua mão, estocando contra ela enquanto sou masturbado.
— Não para... — Eu peço, afetado, quando sua mão para de se mover e sua boca beija a aréola em meu peito, para então subir seus beijos em direção ao meu pescoço.
No instante seguinte, Jimin está de joelhos sobre o colchão, como eu, e minha insatisfação se torna apenas uma lembrança sem valor quando suas duas mãos correm para minha bunda e apertam cada banda enquanto nossos quadris se unem e ele se move suavemente, deslizando seu caralho contra o meu.
Simultaneamente, ele me beija o pescoço com força. Eu já sinto o nascimento de marcas pouco discretas, mas não me importo.
Tudo isso é gostoso demais para que eu me importe.
É gostoso sentir seu pau se esfregando contra o meu quando praticamente rebolamos um contra o outro, é gostoso quando ele crava as unhas em minha bunda, é gostoso quando enterra seus dentes em meu pescoço e ombro.
Com minhas mãos também apertando sua bunda com tanta vontade a ponto de arrancar um gemido seu, eu digo:
— Você é tão gostoso, caralho...
Diferente dele, eu não sou lá muito verbal. Nesse momento, no entanto, a vontade que sinto é tanta que sequer consigo controlar o desejo de dar voz ao que penso enquanto o tenho assim.
E, em resposta, Jimin ofega contra meu pescoço antes de trazer essa boca gostosa em direção à minha.
O beijo que me dá não é calmo, tampouco quero que seja. É bruto como suas unhas se enterrando em mim quando suas mãos sobem às minhas costas e ali certamente criam marcas de arranhões sobre as marcas de tinta.
Não demora para que o rumo de suas mãos se altere e elas sigam ao meu peito, onde causam pressão e me guiam para que, pouco a pouco, me sente sobre o colchão. Depois, sobre este me deito, de costas.
Minhas próprias mãos seguram sua cintura, ansiosas, quando Jimin monta em cima de mim.
Sentado, ele encaixa o volume que pulsa por ele entre as próprias bandas da bunda. Me faz delirar quando, sem cerimônias, começa a rebolar em mim. Desliza o quadril para a frente e para trás, estimulando minha ereção sem de fato ser penetrado por ela.
E, cacete, eu nunca quis tanto foder alguém como quero Jimin sentando em mim agora.
Minhas mãos em sua cintura, ajudando nas ondulações de sua bunda em meu pau, talvez deixem isso claro.
No entanto, eu também quero sua boca de volta. Assim, meus dedos agarram as abas abertas de sua blusa, puxando-o por elas até que seu corpo deite sobre o meu e ele volte a me beijar.
Sua boca na minha, as línguas, lábios e saliva se unindo, as mãos ansiosas pelo corpo um do outro... tudo isso é a bagunça mais erótica de minha vida.
Mesmo assim, eu sinto quando a mão de Jimin se estica para o lado e puxa sua bolsa até então esquecida sobre a cama.
Com confusão, eu sinto o fim brusco de seu beijo para que ele abra o zíper dela e, ali dentro, procure até achar o que tanto parece precisar.
Quando sua mão segura simultaneamente um frasco de lubrificante e uma embalagem de camisinha, seu rosto paira acima do meu, com o olhar ansioso.
— Quer? — Eu pergunto, sem perceber quando comecei a ofegar tanto assim.
— Sim... eu quero você dentro de mim agora, gracinha.
Eu que não sou louco de me opor a isso.
Erguendo meu tronco suavemente quando me apoio em meu cotovelos e Jimin volta a sentar, sempre em cima de mim, eu balanço a cabeça em uma concordância lenta.
— O que eu faço? — Questiono, cheio de inexperiência nessa nova nuance do sexo, antes de explicar o que quero saber: — Como te preparo?
No entanto, o que Jimin faz é negar suavemente.
Seu quadril desliza um pouco mais para trás, então minha ereção fica livre. Logo, suas mãos rasgam a embalagem da camisinha.
É ele quem a coloca em mim, enquanto meus olhos permanecem hipnotizados por essa palma pequena desenrolando o látex pouco lubrificado em minha ereção.
Seus olhos vêm aos meus; suas mãos, alcançam o frasco pequeno de lubrificante, derramando-o em mim e espalhando-o em todo meu caralho enquanto simultaneamente me masturba.
Só então, depois de me fazer refém de seu silêncio, ele me responde:
— Quero montar em você assim. Quero te sentir inteiro ganhando espaço dentro de mim, Jungkook.
Em anal, minha experiência é nula. A de Jimin, por outro lado, já vinha sendo explorada desde antes desse momento, então eu não tenho lá muita propriedade para julgar sua decisão.
Sinceramente, nem juízo tenho mais.
É impossível se manter são quando a bunda de Park Jimin envolve meu pau.
E é isso que ele faz. Ele volta a pressionar minha ereção sob suas nádegas, movendo o quadril tortuosamente para frente e para trás.
Seus ensaios que me perdoem, mas essa dança que ele faz é minha favorita.
Pelo sorriso safado e confiante feito o cacete que nasce nesse rosto de olhos semicerrados e bochechas salpicadas por rosa, eu poderia até pensar que Jimin leu meus pensamentos.
No entanto, mais fácil aceitar que minha expressão me entrega, enquanto meus olhos se hipnotizam por seu quadril, meus dentes castigam meu próprio lábio e minhas mãos se prendem às suas coxas grossas que sempre parecem prestes a rasgar o jeans de suas calças, quando as veste.
Agora, essas coxas estão nuas para mim. Vulneráveis ao meu toque, que não poupa esforços em senti-las.
— Quem diria, Jeon... — Ele diz, cheio dessa marra sacana ainda que mal consiga respirar bem. — Que você ficaria assim por mim...
Certamente, eu não diria. E mais certamente ainda, não vou reclamar, nem mesmo por ser chamado dessa forma.
— Você quer me foder? — Ele pergunta. Apoia a mão em meu peito e nele pressiona as unhas por cortar, sempre rebolando em meu pau que lateja por ele: — Você quer que eu sente nesse caralho gostoso, gracinha?
— Cacete... eu quero... — Eu confesso, em desespero por senti-lo por dentro, para dar mais estímulo à ereção desperta em mim, enquanto vejo a sua se mover junto às ondulações de seu quadril.
E eu adoro a visão que tenho. Ela me enche de tesão e me faz suspirar quando lembro dos gemidos de Jimin ao ser tocado do jeito que gosta.
Por isso, sou atraído como uma presa à armadilha. De sua coxa, minha mão direita se lança em direção ao seu pau, rapidamente segurando-o e massageando-o na glande úmida.
O sorriso satisfeito de Jimin faz o canto de seus lábios se curvarem e quase como em recompensa, ele empurra sua bunda em minha ereção com mais força.
— Tem certeza que é isso que você quer, gracinha?
Sim. Como poucas vezes tive certeza de algo.
No entanto, essa confissão é complexa demais para meu atual estado. Assim, o que digo, é:
— Senta, vai...
Me ver inteiramente rendido por ele é um dos fetiches de Jimin. Eu já sabia. Nesse momento, minha certeza se confirma mais uma vez. Porque é somente quando me vê pedir, nesse estado deplorável de tesão, que ele diz:
— Sento, amor.
A combinação é enlouquecedora. O chamamento que ainda me afeta inteiro, o jeito como ele levemente se põe de joelhos para usar a mão e guiar a tortura deliciosa que é minha ereção, antes de pressionar a glande no espaço entre suas nádegas.
Ansioso demais, eu não me contenho antes de levar minhas mãos à sua bunda. Seguro cada metade, afastando-as uma da outra, e Jimin desce o próprio quadril.
A primeira coisa que sinto, é o topo de minha glande ser engolida pouco a pouco pelas contrações involuntárias de seu corpo quando Jimin começa a sentar.
Sua expressão inteira é esse misto safado de satisfação, até com os olhos fechados, ainda que o leve tremor de suas pálpebras denuncie o incômodo que ele sente.
O ritmo, no entanto, é inteiramente seu.
Quando assim deseja, ele senta mais um pouco, me aceita dentro de seu corpo mais um pouco, me enlouquece muito mais.
Eu sinto minha glande inteira dentro dele, tão apertado que chega a doer em mim.
Mas eu não reclamo. Cacete, não reclamo mesmo. Tudo que faço é observar, fissurado, enquanto Jimin senta e senta mais um pouco até que sua bunda encoste em meu quadril.
Ele me tem inteiro, nesse momento.
Em todos os melhores sentidos, Jimin me tem.
Penetrar seu corpo, no entanto, não exerce qualquer influência sobre como me sinto em relação a ele.
Porque mesmo antes disso, de chegarmos a esse ponto, eu já me sentia seu.
Eu já era dolorosa e inegavelmente apaixonado.
Por isso, não é só tesão. Ele já sabe, me disse em voz alta. E eu quero foder Jimin, cacete, como quero. Mas eu quero mais ainda que cada segundo seja bom para ele.
Ao ver sua expressão que se divide entre satisfação e dor, então, é à dor que dou atenção, para tentar aliviá-la.
Ainda sentado em mim sem se mover, sufocando meu pau, Jimin me olha sem reações extremas quando me vê começar a sentar até colar meu peito ao seu.
Assim próximo, eu beijo seu pescoço suavemente, cobrindo as marcas vermelhas que eu mesmo criei. Depois, subo os beijos ao seu queixo, até tocar seu rosto e pressionar minha boca na sua por um instante.
— Tudo bem, Jimin-ssi? — E pergunto.
Apesar do incômodo que parece se prolongar, ele balança a cabeça em uma concordância. Suas pálpebras se erguem e seu olhar intenso encontra o meu, domando minha existência inteira quando, a ele, se une o primeiro movimento de seu quadril.
Meu tom preocupado, contra minha vontade, se quebra por trás de um gemido despropositado de tesão.
Minhas mãos sobem às costas de Jimin, segurando-o com força, quando ele me abraça pelo pescoço e balança a cabeça para o lado, afastando os fios de cabelo que estavam caindo sobre seus olhos.
Ainda é apertado demais, enquanto ele se molda para me receber, e mais um grunhido incontrolado me escapa quando Jimin sobe e desce mais uma vez.
— Você gosta assim? — Ele pergunta, com a fala entrecortada pela própria respiração.
Eu balanço a cabeça numa confirmação sincera porque, cacete, gosto demais.
— Senta de novo... — Peço, deslizando minhas mãos até que meus braços envolvam suas costas, puxando-o para perto e prendendo-o em um abraço apertado, assim como ele me abraça forte.
Seu rosto se aproxima quando ele toca a ponta do meu nariz com o seu, deslizando-os juntos antes de sorrir com sua boca pairando tão próxima da minha.
Então ele rebola em mim. Joga o quadril para a frente e para trás, num movimento suave e preciso, exatamente como faz ao dançar. Agora, no entanto, o faz em mim.
E, no terceiro movimento, sua boca se abre contra a minha. Ele ofega, o ar quente ricocheteia em minha pele e eu tomo para mim seus próximos suspiros quando mordo seus lábios antes de separá-los para que recebam minha língua, coisa que ele faz ao sugá-la antes de deslizar a sua junto, numa carícia muito mais intensa e feroz que os movimentos de seu quadril.
Aos poucos, no entanto, a intensidade alcança pé de igualdade entre cada mínimo gesto.
Ele rebola mais forte, quica e rebola ainda mais.
Meus braços o puxam cada vez mais forte, abraçando-o inteiro enquanto ele senta, roça seu peito no meu e seu pau entre nossas barrigas.
Eu tento conter meu gemidos, que morrem contra sua boca, mas o primeiro escapa, arrastado e genuíno, quando eu levo meu rosto a se esconder em seu pescoço.
Então suspiro contra sua pele, enquanto simultaneamente tento beijá-la — coisa na qual falho impiedosamente, então apenas deixo saliva em sua tez já cheia de marcas.
Ao fim, me rendo à certeza de que perdi o controle e deixo que a desistência se aposse de mim quando escondo minha testa contra seu pescoço, preso em nosso abraço, louco a cada ondulação de sua bunda em meu pau.
— Amor...
Ele geme assim. Ele me chama assim.
Como se não bastasse o que seu corpo, seu toque e seu cheiro me provocam, Jimin destrói o último fio de juízo que restava inteiro ao gemer desse jeito.
Ele me destrói, porque quero ouvir de novo.
E me esforço para isso.
Assim que o gemido morre no ar, eu jogo seu corpo para trás. Faço Jimin cair deitado na cama pequena que é tomada por um momento tão grande.
Sobre ele, me deito.
Mais uma vez, me encaixo em suas pernas, que me abraçam e me puxam para que me enterre inteiro em seu corpo, com força, numa primeira estocada que faz Jimin me chamar novamente, pedindo por mais.
— Fode assim... — Ele pede, empurrando seu quadril contra o meu quando eu meto mais uma vez. E se desarranja em um novo gemido, ao pedir: — Mete assim, amor...
Enlouquecido por essa sensação que estrangula meu pau cheio de vontade, pela forma como ele me abraça com as pernas, me pede para meter fundo e me puxa os cabelos, eu começo a foder Jimin exatamente como ele quer.
Cada estocada demorada, forte e profunda faz seu corpo se arquear sob o meu, faz um gemido escapar garganta acima e escapar pelos lábios cheios que eu mordo demoradamente, um de cada vez.
Não é mentira que Jimin gosta bruto.
A cada vez que meto mais forte, ele se derrama em sorrisos safados, gemidos satisfeitos e rebola contra meu pau, quando o tem dentro de seu corpo tão gostoso e enlouquecedor.
— Me toca — No entanto, ele quer mais. E não tem vergonha de pedir, nem de desastrosamente encontrar minha mão para guiá-la entre nossos corpos, em direção à sua rigidez. — Me toca aqui, Jungkook...
Sem objeção alguma, eu agarro o falo rijo, circundando-o com minha mão antes de começar a masturbá-lo.
Jimin parece satisfeito por completo, mas o atrito de minha palma contra a pele fina de seu membro dificulta, para mim, então puxo minha mão de volta para minha boca. Lambo a palma, encharcando-a de saliva antes de voltar a estimular da glande à base.
Entregue à atenção que dedico à rigidez que dá forma ao seu desejo pulsante, o ritmo de meu quadril se atrapalha.
Eu começo a foder um pouco mais rápido, um pouco menos forte, e Jimin parece satisfeito de mesma forma.
Eu o beijo, masturbo e fodo de uma só vez. A cama range suavemente abaixo de nossos corpos, os gemidos que se perdem entre nossos beijos são acompanhados do som obsceno de quando entro e saio de seu corpo, de quando minha mão sobe e desce em seu pau.
A luz do dia invade o quarto através das cortinas finas, mas meus olhos permanecem fechados contra minha vontade, impedindo-me de aproveitar também a visão de seu rosto enquanto fodemos assim porque, desesperadamente, sinto meu corpo começar a ceder à medida que continuamos fodendo por um tempo que sou incapaz de contabilizar.
Eu estou perto de gozar, mas Jimin não parece lá.
É isso que me desespera, que me faz grunhir em desagrado quando o que sinto é prazer demais a ponto de sentir o acúmulo de sensações que se espalha pelo corpo, mas se concentra em minha virilha, e que antecede um orgasmo intenso.
Mas eu também não consigo parar, não consigo frear o ritmo. Assim como não quero gozar, a proximidade da sensação me faz desejá-la como um louco. Então continuo metendo em Jimin, sem parar.
A satisfação que me consome quando o inevitável acontece é também manchada por insatisfação.
Assim, meu gemido demorado e sufocado não carrega apenas a sensação satisfatória do primeiro orgasmo, mas também desagrado.
Sem permitir que o meu próprio gozo me impeça de fazer Jimin gozar, meu corpo estremece por instantes prolongados e, um pouco mais flácido, eu continuo metendo nele, continuo masturbando, continuo beijando.
Eu dou a Jimin tudo que ele quer.
E enquanto faço, enquanto sinto e ouço tudo que acontece entre nossos corpos, percebo que ter gozado não me faz desejar nada disso menos.
Eu continuo fodendo em busca de sua satisfação, mas encontro, também, a retomada do prazer em mim.
Eu me sinto endurecer novamente, um pouco mais a cada estocada, e a sensação é desesperadora de tão gostosa.
Ouvir os suspiros e gemidos de Jimin assoprados em minha orelha enquanto me abraça assim, forte, não me ajuda a escapar da retomada dessa sensação
Com destreza questionável, eu continuo estimulando Jimin ao meter, masturbar e beijar seu pescoço, percebendo o momento em que seus músculos enrijecem e seu gemido se torna arrastado, prolongado, enquanto ele move seu quadril contra minha mão, ansioso pelo orgasmo que sei estar cada vez mais próximo.
Não demora para que os gemidos sejam reduzidos a suspiros quase silenciosos, mas longos, carregados, assim como a porra que se derrama de seu pau, na representação física daquilo que seus gemidos anunciaram.
Ainda que eu queira continuar, os tremores do corpo de Jimin me fazem usar toda minha força para parar de me mover dentro dele.
No entanto, continuo sentindo-o por dentro, contraindo ao redor de minha ereção novamente desperta.
Com as mãos atrapalhadas, Jimin puxa minha cabeça para a sua, pressionando um beijo preguiçoso e trêmulo em minha boca antes de permitir que eu me afaste um pouco, com a cabeça pairando acima da sua, para observar seu rosto manchado por suor e pontos vermelhos salpicados nas bochechas gordas.
Penso que ele vai pedir para que eu saia de dentro de seu corpo e me preparo para fazê-lo, mas seu pedido é mais rápido que minha decisão:
— Não para, Jungkook...
Eu não sei se minha surpresa se faz visível, mas ele justifica, de qualquer forma:
— Eu quero mais.
Minha respiração já está atrapalhada há longos instantes. Meu peito começa a sentir os efeitos da oxigenação errática, mas assim como ele quer mais, eu também quero.
Então, devagar, eu me mantenho equilibrado sobre seu corpo, com meu rosto pairando sobre o seu, e me movo dentro dele. Sem sair para meter novamente, não agora.
Eu apenas mexo meu quadril, rebolando dentro dele enquanto Jimin morde o lábio já tão castigado, também contendo um sorriso de satisfação pura.
Quando eu finalmente recuo para meter novamente, deslizando lentamente para dentro dele, Jimin se derrama num suspiro arrastado, antes de dizer:
— Você também fica vermelho enquanto fode, gracinha...
Não é surpresa, diante do calor quase infernal que sinto tomar meu rosto. Dessa vez, no entanto, não é de vergonha. Então eu não me inibo pela ponderação. Somente continuo metendo devagar, percebendo cada espasmo de seu corpo sensível.
É gostoso, assim. Sei que Jimin também gosta. Mas ele quer de outro jeito, agora, e deixa isso claro para mim, quando chama minha atenção com um murmúrio manhoso, perigoso.
E pede:
— Me fode de quatro, amor.
Puta que pariu, meu deus do céu.
Completamente rendido por seu pedido, eu me retiro inteiramente de seu corpo, sentindo suas paredes internas contraindo involuntariamente contra meu pau até que me afasto o suficiente para segurar seu quadril e girar seu corpo, colocando-o sobre os próprios joelhos para que ele empine essa bunda surreal para mim, enquanto arqueia a coluna para baixo e deita com a cabeça no travesseiro, entre os braços dobrados.
Latejando de tesão diante da visão que agora tenho, eu afasto as bandas de sua bunda e me posiciono de joelhos entre suas pernas abertas para mim, antes de me enfiar inteiro dentro de Jimin mais uma vez, num único movimento que faz seu corpo solavancar para a frente e sua garganta arranhar um gemido satisfeito.
— Assim... bem forte, gracinha...
Desesperado por ele, eu meto de novo e de novo e de novo, numa sequência obscena e desesperada, bruta, como ele gosta.
Quando recuo antes de estocar novamente, Jimin empurra a bunda em minha direção e eu vou mais fundo, forte, chocando minhas bolas em suas nádegas antes de rebolar dentro dele mais uma vez e dar uma estocada curta que, sem que eu esperasse, faz Jimin gemer tão alto que quase grita.
— Isso — Ele pede, subitamente ainda mais ofegante. — Porra, Jungkook, assim...
Cansado, sentindo meus cabelos grudando em filetes de suor, eu meto novamente, e de novo, rebolo, vejo Jimin rebolar até que seu gemido alto se repita e morra num grunhido rouco, enquanto suas mãos esmagam meu travesseiro.
Louco para continuar fazendo Jimin sentir tanto quanto possível, eu continuo estocando, sempre em busca do mesmo ponto que faz ele choramingar, chamar meu nome, gemer gostoso para mim e para meu pau, que pulsa por ele.
Quando essa reação se torna mais fácil de provocar, depois de várias tentativas, eu aumento o ritmo, vou fundo e rápido, grunhindo em meu próprio prazer surreal antes de sentir Jimin tatear com a mão para trás até encontrar meu braço e me dar um único puxão, suficiente para fazer meu corpo desabar sobre o seu, os dois deitados.
Deitado sobre suas costas, eu continuo fodendo, ele continua chorando de prazer por mim, movendo seu quadril contra o meu e se desfazendo em mais suspiros e gemidos quando eu volto a masturbar seu pau.
Com a outra mão, eu agarro seu rosto pela mandíbula e tento trazer sua boca à minha. Falho, mas isso não me impede de beijar o canto de seus lábios, antes de deslizar minha língua para dentro deles, assim, desajeitado.
— Continua — Ele pede, me fazendo ir cada vez mais rápido. — Meu deus, meu deus, meu deus, Jungkook, continua...
Incapaz de parar, eu faço o que nós dois queremos, sem pausas quando Jimin arqueia as costas e enterra suas unhas em minha mão, ainda firme em seu rosto, quando masturbo cada vez mais rápido.
Ele goza primeiro, dessa vez, contra minha colcha, estremecendo ainda mais violentamente que da primeira, com gemidos que continuam mesmo quando a porra para de jorrar e ele empina a bunda para que eu continue.
E eu continuo, com o peito queimando, toda a região de minha virilha se contraindo e meus dedos perdendo força quando minhas pálpebras pesam, inconstantes, e eu me sinto ser levado ao limite novamente.
Jimin não para de gemer meu nome.
— Fode, amor — E de dizer, empurrando sua bunda contra meu pau.
Enlouquecido, sem ar, trêmulo e com as pontas dos dedos quase dormentes, a mesma sensação se aproxima de mim, domina meu corpo inteiro e me faz acelerar cada estocada em busca desesperada pelo lembrete de como é gostoso gozar por ele.
E eu gozo, metendo cada vez mais devagar até mesmo depois de jorrar inteiro.
Segundos se passam para que então meu corpo pare de se mover dentro do seu e eu respire com dificuldade completa contra seu rosto, sentindo suas contrações, ouvindo seus suspiros cansados e satisfeitos, antes de me retirar.
Quando o faço, longos instantes depois, eu tiro a camisinha completamente lascada de porra e dou um nó antes de jogá-la de lado para voltar minha atenção a Jimin, que quase não se mexe, completamente exausto.
Sem pensar muito, eu deito ao lado dele e puxo suas costas contra meu peito, abraçando-o antes de encher seu ombro de beijos enquanto sinto sua mão puxar a minha para abraçá-lo ainda mais, enquanto aconchega seu corpo contra o meu.
O silêncio que se segue não é desconfortável, interrompido por nossas respirações atrapalhadas e inconstantes e ruidosas.
Leva tempo, até que ele diga, rouco:
— Estudar com você é gostoso demais, gracinha...
Eu rio contra sua cabeça, beijando-a também antes de ouvir ele dizer:
— Mas me deu muita sede.
Eu deixo mais um beijo, antes de decidir:
— Eu pego sua água.
Antes, aperto meu abraço em seu corpo por mais um instante, deixo um beijo em seu pescoço e só então fico de pé, sem me preocupar em vestir qualquer coisa além de minha boxer, depois de me limpar.
Com as pernas frágeis, eu sigo à cozinha. Levo o dobro do tempo para conseguir dar firmeza ao meu toque e encher um copo de água para mim, secando-o num fôlego só antes de enchê-lo novamente.
Antes de voltar, eu pego folhas de papel toalha para limpar a bagunça que fizemos, mas não tenho tempo de ir porque, antes mesmo de girar sobre meus pés, eu sinto as mãos pequenas e quentes tocando minha cintura antes que Jimin me abrace pelas costas e beijei meu ombro.
— Quer mais alguma coisa? — Eu pergunto, sem entender por que ele veio.
Ele assente, roçando sua boca em meu ombro.
— Quero você.
Eu rio, girando em seu abraço para ficar de frente para ele e entregar o copo de água, que Jimin facilmente aceita e facilmente seca.
Com um suspiro, deixa o copo vazio sobre a bancada e envolve minha cintura com seus braços. Deixa o rosto bem próximo do meu, com esse sorriso sacana que se mantém quando eu envolvo seu pescoço com um braço, puxando-o mais para perto, sentindo seu corpo quase nu em contato com o meu, totalmente exposto.
Ele é safado.
Me olha de um jeito safado, agora, mas é inegável o carinho que eu vejo por trás dos olhos cansados e sinto no abraço que ele me dá, manhoso, entregue.
Com igual carinho, eu toco seu rosto, beijo sua testa, a ponta de seu nariz e, por fim, sua boca.
Não intenciono dar mais que um beijo suave e rápido, mas Jimin me impede o afastamento quando segura meus lábios entre os seus e inclina sua cabeça na direção da minha, prolongando o toque.
Dessa vez, ele é calmo, carinhoso, sem pressa e sem a agitação do tesão. É paixão, mas calmaria, na forma como nossas bocas se tocam assim, tão devagar, capturando cada mínimo instante da sensação gostosa de um beijo tão lento.
Então ele me abraça com mais força. Eu envolvo seu pescoço com os dois braços, de olhos fechados, quase nu, inteiramente vulnerável a ele da maneira mais prazerosa que poderia descobrir.
Não sei por quanto tempo nos beijamos, mas sei que poderíamos continuar por muito mais, porque fica mais gostoso a cada segundo, a cada estímulo, e eu percebo que não me canso de Jimin.
Mas ele se afasta, ao interromper o beijo suavemente. Me olha sempre cheio de carinho, mas novamente com esse brilho vivo nos olhos.
E sorri manso, antes de perguntar:
— Você fez cocô?
Meus olhos se arregalam de imediato, enquanto eu me pergunto se realmente ouvi isso.
— Jimin? — Chamo, confuso como nunca.
Ele ri diante da minha confusão e explica, sem parar de me abraçar:
— Quero saber se você se preparou para mim, gracinha.
De fato, essa conversa era menos constrangedora por telefone — e por lá já estava me provocando reações indesejadas.
Mas, meio a contragosto por conta de toda essa vergonha, eu faço que sim.
Eu me preparei.
Jimin sorri, alisando minhas costelas e deixando um rastro de beijos na linha de minha mandíbula, antes de me beijar o queixo e trazer seus olhos aos meus mais uma vez. Aqui, questiona:
— Quer de novo?
— Você é insaciável, Jimin...
— A culpa é sua por foder tão gostoso.
Isso amacia meu ego, então claro que falho um tanto em conter um sorriso miúdo enquanto meus olhos se comprimem minimamente sob as pálpebras, atentos a quando Jimin diz:
— Eu só quero te mostrar uma coisa... se você quiser.
— O que? — Ainda que não saiba, minha vontade é grande. Mas a curiosidade também é.
— Um beijo.
— É? — Pergunta óbvia, a seguir: — Onde?
— Em todos os lugares que vão te fazer implorar por mim, Jungkook.
Eu permaneço em silêncio por alguns instantes, enquanto Jimin suave e continuamente arrasta suas unhas por minha pele.
— Você quer? Se não quiser mais, nós paramos agora. Sério.
Nada digo por mais alguns instantes. Mas afrouxo o abraço ao redor de seu ombro, até que minhas mãos desçam por seus braços e sigam às suas costas, que abraço para puxá-lo mais para perto. Colo seu corpo ao meu e deixo que meu novo beijo dê a resposta que ele está esperando.
O carinho ainda existe, no beijo. Ainda é lento. Mas é gradativamente bruto, com estalos que se perdem, sonoros, na cozinha.
Com ele em meus braços, eu dou passadas para a frente, faço Jimin recuar junto ao meu corpo, se atrapalhando nas próprias passadas até que suas costas se choquem bruscamente contra a parede.
Atrapalhado, ele puxa seus braços até me envolver pelos ombros e de imediato eu seguro seu corpo quando percebo seu impulso para, mais uma vez, se prender ao meu quadril com as pernas.
Sem parar de beijar sua boca, eu seguro seu corpo com força e volto a caminhar, carregando-o de volta até meu quarto, incapaz de conter o sorriso que nasce em meio ao beijo.
Assim que voltamos, ele salta para o chão. Me puxa pela cintura, enchendo minha boca com sua língua, e me posiciona com minhas pernas encostadas à cama, antes de me empurrar para que eu caia meio sentado, meu deitado nela.
De pé em minha frente, Jimin usa sua perna direita para abrir as minhas, enquanto suas mãos se apressam em finalmente tirar a própria blusa.
Observando-o sem acreditar que já sinto tanta vontade de novo, eu quase me percebo hipnotizado pelo contorno de seu pau dentro da cueca que voltou a vestir.
Jimin, por outro lado, parece concentrado. Ele pega meu travesseiro, posicionando-o e me guiando até que eu apoie meu quadril sobre ele, elevando-o um pouco mais. Depois, traz seu corpo ao meu. Vem deitando sobre mim, entre minhas pernas, enquanto eu vou deitando mais para trás até que meus ombros e cabeça desconfortavelmente se apoiem contra a parede.
Então Jimin me beija, com cuidado, sugando meu lábio antes de soltá-lo e então beijar minha bochecha, acariciando meu rosto.
— Tem certeza? — E pergunta.
Eu balanço a cabeça numa confirmação que não hesita. Vejo seu sorriso, sinto seu toque em meu rosto e fecho os olhos ao receber mais um beijo na maçã.
Minha mão sobe à sua, em meu queixo. Mais uma vez, seguro o dorso de sua palma com cuidado, puxando-o até deixar seu pulso na altura de minha boca. E, como aprendi que ele gosta, beijo suas cicatrizes, depois trago sua palma novamente e a encho de beijos também.
Quando busco seu rosto para voltar a beijar sua boca, eu vejo seu sorriso mínimo, manso, junto aos olhos carinhosos que tanto carinho destinam a mim.
— Me diz qual é a sua. — Em tom tão manso quanto seu sorriso, ele subitamente pede.
— A minha o que? — Verdadeiramente sem saber a que ele se refere, pergunto com a voz baixa.
— Sua dor, amor.
Diante da minha confusão em busca de uma resposta, ele pacientemente diz, acariciando meu rosto:
— Nós marcamos tudo em nossos corpos, Jungkook... me deixa saber onde você tatuou sua dor?
Ainda com breve demora, eu respiro vagarosamente.
Ao fim, no entanto, guio sua mão mais uma vez, agora de meu rosto ao pescoço, peito, até que se crie espaço entre seu corpo e o meu e eu ancore seus dedos sobre a tatuagem em meu abdômen, aquela que carrega as iniciais de toda a minha família, juntas como um dia estivemos.
Essa é minha maior dor. Não estarmos mais juntos.
Jimin observa os próprios dedos pousados sobre as quatro letras, acariciando-as hesitantemente antes de me olhar por um instante, como quem pede permissão. Essa, a ele é dada.
Então ele me beija a mandíbula. O pescoço. Arrasta sua boca na linha central de meu peito e deixa um rastro de beijos em minha barriga, até se ajoelhar no chão e finalmente chegar à tatuagem.
Com um olhar demorado e pesaroso, Jimin olha para ela. Eu olho para ele. Vejo o momento em que ele fecha os olhos e, no seguinte, beija as letras intercaladas entre flechas cruzadas.
Assim como para ele, amor acima da dor.
— Eu sei que dói — Ele diz, ao me olhar sinceramente. — mas enquanto você estiver vivo, não vai te faltar amor, Jungkook.
Meu coração dispara diante da escolha cuidadosa, quase sussurrada de palavras.
O toque de Jimin se alastra por minha barriga, reivindicando cada pedaço de pele que por ele se arrepia.
Então ele desce os beijos. Captura a linha de pelos que traça um caminho em direção à minha virilha, antes de descer a boca até beijar minha coxa.
Nesse momento, eu fecho os olhos para apreciar cada instante de toque. Sinto suas mãos segurando minha cueca, para mais uma vez tirá-la de mim.
Ainda ajoelhado entre minhas pernas, ele me deixa completamente nu novamente. Desliza as mãos por minhas coxas num toque suave que me arrepia inteiro.
Sua mão me captura a ereção que mais uma vez se enrijece, bombeando sangue para dar vida ao que Jimin me faz sentir com todos esses toques.
E, sem que eu espere e sem provocações, ele deixa uma lambida suave em minha glande para logo depois, lentamente, envolvê-la com seus lábios grossos.
A boca não é gostosa somente quando beija a minha. Quando toca meu pau, também é.
E Jimin parece tocar com devoção.
Eu suspiro, de olhos fechados, quando sinto sua língua deslizar por meu falo inteiro, até chegar ao topo e então me engolir, indo tão fundo que mais uma vez me derramo num ofegar surpreso e deleitoso.
Com uma mão, eu esmago a colcha já suja de porra em algum lugar ao meu lado. Com a outra, toco seu ombro, apertando-o com força num pedido silencioso por mais que logo é atendido quando ele esfrega a língua sob meu pau, ainda mantendo-o na boca por mais que eu perceba os espasmos suaves de sua garganta.
— Que boca gostosa do cacete, Jimin... — Eu quase praguejo, sinceramente.
Com esforço quase colossal, eu abro meus olhos e sinto um grunhido arranhar minha garganta quando vejo esse seu olhar safado mirado em mim, intenso, como se não estivesse no meio de um boquete, com meu caralho cutucando sua garganta.
Ainda assim, ele abre mais a boca para me estimular ainda mais, antes de me chupar e me fazer respirar tragicamente mal.
Quando sua boca se afasta completamente depois de tantas chupadas generosas e deliciosas, um rastro espesso de saliva permanece em mim e une minha ereção aos seus lábios, antes que ele use a mão para se limpar, enquanto a outra me masturba lentamente.
— Eu ainda quero te beijar em outro lugar — Com a voz tão lenta quanto essa masturbação tortuosa, ele diz.
Eu pisco já domado por tesão, de mente nublada, com nada além de um umedecer de lábios quando sinto o médio de Jimin massageando o orifício em minha bunda, antes de esfregar o dedo entre as nádegas.
Como se já não tivesse dado confirmações suficientes, ele ainda pergunta:
— Você quer?
Eu quero tudo que ele quiser me dar, cacete. Então balanço a cabeça num sim ansioso, atrapalhado, que logo faz esse sorriso marcar o canto dos lábios grossos que me beijam e me chupam tão bem.
— Me dê o lubrificante. — E pede, então.
Tateando a cama até encontrar o frasco perto de sua bolsa, eu me apresso em estendê-lo. Jimin, por outro lado, parece completamente calmo.
Sem pressa, derrama o lubrificante nos próprios dedos, encharcando o anelar e médio e esfregando-os com o polegar, quando a outra mão guia minhas pernas até que se apoiem em seus ombros, mantendo sua cabeça entre elas.
Então Jimin me beija as bolas, o períneo e usa apenas o polegar para afastar uma nádega da outra, abrindo espaço para deixar um beijo na parte interna de cada uma delas.
Eu respiro atrapalhado em antecipação e quase me engasgo com um gemido inesperado ao sentir Jimin passar a língua com vontade, lambendo de baixo para cima.
Na segunda vez, sua língua para sobre o orifício que sinto pulsar quando ele lambe e chupa a pele sensível e enrugada.
Mais uma vez, ele beija, mas só me faz estremecer quando empurra sua língua para dentro e eu sou confrontado por essa sensação da língua úmida, quente e maleável explorando meu corpo como nunca antes foi.
Sem perceber o momento em que deixo de ter controle completo sobre meus movimentos, eu esfrego meu quadril contra sua boca, implorando por mais enquanto ele me fode com a língua.
Eu poderia gozar somente com isso e com a masturbação que faço em meu pau, incapaz de me controlar.
No entanto, Jimin para. Mais uma vez, arrasta sua língua para cima, pousando-a em meu períneo, e o que eu sinto me cutucar entre as bandas da bunda, agora, é seu dedo lubrificado.
Ele massageia em círculos, demorando-se talvez à espera de um gesto de desconforto de minha parte. Mas este não vem. O que vem é mais um rebolar suave, permitindo que ele vá em frente.
E ele vai.
Jimin mete um dedo em mim, sem encontrar resistência além da involuntária, que não é suficiente para fazê-lo desistir ou para me fazer sentir dor.
Dentro de mim, ele move seu dedo em círculos, antes de puxá-lo para fora e meter novamente, de um jeito gostoso, mas que nem se compara à sua língua me fodendo.
Quando o vai e vem da penetração curta de seu médio se torna mais fácil e meu corpo o aceita com mais naturalidade, Jimin une a ele o anelar, pressionando a entrada antes de começar a penetrá-la com os dois.
Continuamente, nessa posição desconfortável, mas para a qual definitivamente não quero dar fim, eu me masturbo enquanto ele mete, explora, sai e mete novamente.
— Imagina meu pau — Ele diz, quando seus dedos se enfiam até o limite, metendo forte. — te fodendo assim, gracinha...
Eu já não tenho mais qualquer condição de negar, gemendo de tesão só de imaginar esse caralho gostoso dentro de mim.
— Me mostra como é — Eu peço, sentindo sua língua deslizar por meu pau, capturando também minha mão, sem que pareça proposital. — Me fode, Jimin.
Como se apenas esperasse o pedido, Jimin parece dar fim a toda aquela calma que até agora se manteve. Ele tira seus dedos, agarra minhas coxas e tira as duas de seus ombros, para então voltar a se meter entre minhas pernas agora repuxadas para cima do colchão e deitar sobre meu corpo, com um beijo gostoso e bruto que eu devolvo com a mesma brusquidão.
Enquanto isso, eu sinto seu membro completamente duro me cutucar a bunda antes de começar a rebolar contra ela, pressionando sua rigidez em meu períneo antes de se afastar e então pressionar novamente.
Sem parar de me beijar, ele volta a tatear a bolsa e somente afasta sua boca da minha quando tem uma nova embalagem de camisinha na mão.
Cheio de vontade, Jimin rasga o pacote com os dentes antes de pegar o preservativo.
Quando ele se afasta, sou eu quem tiro sua boxer, permitindo que ele a chute pelo chão e cubra seu falo com a camada de proteção.
Essa, é então recoberta por uma camada de lubrificante.
Com uma mão massageando minha glande, eu estendo a outra para substituir a palma de Jimin, masturbando-o de cima a baixo para espalhar o lubrificante tão rápido quanto possível, porque o quero agora.
Ele encosta as coxas no limite do colchão, encaixa seu membro em minha bunda ainda sobre o travesseiro e depois volta a deitar seu corpo contra o meu, com meus ombros e cabeça desconfortavelmente elevados e apoiados contra a parede.
Com as mãos equilibrando o próprio peso, Jimin me beija a mandíbula, ofegando em antecipação contra minha pele, ao perguntar:
— Posso?
Minha resposta é dada ao esticar minha mão e apertar sua nádega, puxando-o em minha direção, incentivando-o a fazer o que nós dois queremos.
Sem mais demora, o nariz de Jimin toca o meu, seus olhos se fecham e sua testa descansa contra a minha.
Enfim, ele começa a me penetrar.
Seu pau é indiscutivelmente mais grosso que a combinação de seus dedos, então senti-lo me penetrando causa um desconforto um pouco maior que, do contrário, não me faz pedir para que ele pare.
E ele não para. Jimin mete devagar, até se enterrar em mim e eu sentir sua virilha pressionada contra meu corpo.
Ele não se move, de início. Demora, paciente, até que pressione um selar suave em minha boca e recue minimamente para meter mais uma vez.
Para a terceira estocada, ele espera menos. E menos ainda para a quarta, progressivamente estabelecendo um ritmo gostoso que se sobrepõe ao incômodo discreto que se mantém.
Cheio de vontade, eu envolvo suas costas com meus braços, puxando-o até que seu peso caia completamente em cima de mim e eu sinta sua barriga esmagar minha própria ereção, estimulando-a quando se move dentro de mim.
— Assim é gostoso? — Ele pergunta, ofegante.
— Sim... continua...
A ponta de seu nariz roça contra minha bochecha, num gesto carinhoso que antecede uma nova estocada, seguida por mais uma, e outra.
Em busca de mais apoio, Jimin desastrosamente tira o travesseiro de baixo do meu corpo e me faz mover sobre o colchão até estar completamente deitado. Ele deita entre minhas pernas dobradas e volta a me penetrar, com movimentos que fazem sua respiração ofegar a cada investida.
Seus gemidos são mais intensos quando é ele quem me fode, mais roucos, e os meus são mais contidos, por mais que eu esteja prestes a alcançar o céu com a sensação de Jimin entrando e saindo de mim.
Quando sua mão empurra minha perna contra seu próprio corpo, ele mete novamente e rebola dentro de mim, antes de recuar quase nada e voltar a estocar com força, quase da mesma forma, mas atingindo um ponto ainda não conhecido.
— Jimin! — Eu chamo, em surpresa quase devastadora, entendendo por que ele gritava e choramingava quando o fodi de quatro.
— É aqui? — Ele pergunta, sorrindo satisfeito, com sua cabeça acima da minha. E mete de novo, me fazendo contorcer em prazer. — Aqui, amor?
— É. Cacete, puta que pariu, não para — Peço em desespero, mesmo que nem seja necessário.
Jimin continua sorrindo enquanto eu me contorço a cada vez que sinto esse mesmo ponto ser tocado e sinto meu pau ser estimulado entre nossas barrigas.
Ele parece cansado, o suor se acumula, sua respiração é cada vez mais ruidosa e atrapalhada, seguindo o ritmo de suas estocadas fundas e fortes, continuamente em busca do ponto que me faz tremer, sem acreditar no quão gostoso algo pode ser.
Ele continua e continua mais, vindo mais forte quando percebe minhas unhas cravadas em suas costas, no primeiro aviso.
O segundo é o fechar involuntário de meus olhos. O arquear de minha coluna. A rigidez súbita de meus músculos, antes que eles estremeçam quando a causa de cada reação dessa se faz presente e eu gozo entre nossas barrigas, com uma sequência de gemidos incrédulos, que não morrem mesmo quando todo o gozo jorra para fora de mim.
Como se apenas esperasse isso, Jimin parece parar de se conter. Seu corpo cai inteiro sobre o meu e ele mete mais rápido, gemendo mais alto como se finalmente liberasse algo que estava segurando.
E ele estremece entre minhas pernas, em espasmos que anunciam a redução de suas estocadas, que continuam, demoradas, mas ainda fundas, quando ele geme continuamente, em intervalos curtos.
Sua boca alcança a minha, voltamos a nos beijar e eu percebo cada reação sua, ainda suspirando em prazer pelos últimos estímulos de seu corpo no meu, tão sensível.
E ele continua, até gozar bem gostoso pela terceira vez. Pela primeira, depois de me comer.
Mesmo depois do fim, seu quadril se move preguiçosamente contra o meu, dentro de mim; o meu, aceita, aproveitando até o último instante, rebolando devagar com ele até que, por fim, a energia em nós pareça se esgotar de uma vez.
Jimin continua deitado sobre meu corpo, o rosto escondido ao lado da minha cabeça e a respiração ruidosa e desajustada.
Não que eu esteja em estado melhor.
Ainda sentindo-o dentro de mim, eu abraço seu corpo com força e dou uma cutucada em sua cabeça, com o nariz.
— Ei.
— Ahn... oi... hm... — Juro que é assim que ele responde.
— Bora de novo.
Eu acho que Jimin, em resposta imediata, tenta erguer o rosto para me lançar um olhar incrédulo, mas eu mal vejo sua expressão e ele desaba novamente.
Com a voz abafada, ainda assim consigo sentir sua surpresa desacreditada:
— Como é?!
Eu tento conter o riso, mas falho miseravelmente e logo uno uma risada sincera à minha respiração já errática.
— Brincadeira. Eu não aguento mais.
Seu peito se agita, como numa risada, e seu corpo permanece desmanchado sobre o meu por bastante tempo, até que parece recuperar força o suficiente para cuidadosamente se retirar de dentro de mim e então erguer a cabeça.
Os lábios parecem ainda mais inchados, vermelhos, as narinas dilatam com a respiração dificultosa e suas bochechas estão vermelhas como as minhas nunca ficaram, enquanto o cabelo completamente desalinhado se gruda em mechas pequenas à testa suada.
Lindo demais, meu deus.
Mesmo depois de gozar três vezes e parecer prestes a ter um colapso físico.
Desse jeito todo exausto, mas lindo, ele sorri para mim e esfrega seu nariz no meu.
— Acho que nós precisamos de um banho, gracinha.
— E eu preciso trocar todos os lençóis da cama. Bagunça do cacete.
Jimin ri, sem se conter quando toca minha boca com a sua.
Depois de mais alguns segundos, ele pergunta, ansioso:
— Você gostou?
— Achei fraco. Gozar três vezes e ficar sem força até pra respirar, só? Esperava mais.
Ele aperta os olhos, mas logo se desfaz numa risada e me castiga com um tapa que, honestamente, quase não se sente de tão fraco.
— Isso foi surreal, Jimin-ssi. — E, enfim, digo. — Foi... não sei. Você tem razão.
— Quase sempre tenho. Dessa vez, tenho razão em que?
Eu umedeço meus lábios. Sinto o nervosismo se acumular, mas não deixo de dizer a verdade:
— No que você me disse. Eu também sinto. Ser tocado por você é diferente. É melhor. Eu não sabia que podia ser tão bom assim...
Ele mordisca o lábio, tentando esconder quão feliz fica com minha confissão.
Ainda cansado como eu, Jimin tira a camisinha ao deitar ao meu lado, mas mal deixa o preservativo usado de lado e eu viro para ele e então ficamos frente a frente, os dois esgotados, mas indiscutivelmente satisfeitos.
— Me empresta uma roupa sua para eu vestir depois do banho? — Aproximando-se para se aconchegar em meu corpo, ele pede.
Eu passo o braço por sua cintura e abaixo minha cabeça para beijar seu ombro, depois o pescoço.
— Achei que tinha trazido roupa. Sua bolsa parece cheia. Não me diga que é tudo camisinha...
— Não, gracinha — Ele nega, sem conter o riso. — Tem roupa limpa. Mas eu prefiro vestir algo seu.
— Folgado.
— Então isso é um não?
— Não. Pode vestir o que quiser.
Jimin continua sorrindo, quando deito minha cabeça em frente à sua, observando-o assim tão de perto.
— E depois do banho? — Pergunto. — Você vai ficar, né?
— Claro que sim.
— Quer ver um filme?
— Desafio em Tóquio, não.
— Por que eu namoro você, hein?
Jimin ri, finalmente me abraçando de volta e escondendo a cabeça em meu pescoço.
Estamos suados, sujos de porra e cansados feito sedentário em fim de maratona, mas ainda assim tomamos nosso tempo, antes de levantarmos para nos limpar.
Quando tempo demais se passa, Jimin deixa um beijo em meu peito e diz, contra ele:
— Eu quero isso sempre, Jungkook. Para sempre.
— Foder até passar mal?
Ele ri, mas nega. E faz seu olhar alcançar o meu, para então corrigir:
— Você assim comigo. Feliz e apaixonado. Eu te quero para sempre.
Eu toco seu queixo anguloso, segurando-o com cuidado, sentindo seu carinho em minhas costas.
— E sabe aquilo que eu te disse antes? Sobre achar que você era meu pão com carne? — Ele pergunta, me olhando sem hesitar. — Esquece que eu disse isso.
Meu olhar cansado certamente expõe minha confusão, ao que ele sorri e me beija demorada e carinhosamente, para só então explicar:
— Eu sei que é você, Jungkook. O amor da minha vida... só pode ser você.
↬ Continua no próximo capítulo.
Eu quero deixar registrado aqui o SUFOCO que foi pra escrever esse capítulo. Eles no bem bom e eu surtando de desespero pelo tamanho desse lemon do cacete ò.ó
Aliás, meus parabéns a quem leu tudo numa tacada só!
Como vocês estão? Todo mundo pronto pra morrer com tudo que bangtan vai trazer pra gente? Eu não to pronta não, nunca to, mas descobri ser uma fênix pq a cada comeback eu morro e depois renasço pra amar eles (e surtar) ainda mais
Sobre o capítulo, espero que tenham gostado ): apesar do desespero (que foi real mesmo), foi bem gostoso de escrever, mas esse não é o tipo de conteúdo que eu acho que me saio bem escrevendo, então fico meio nervosa de não atingir as expectativas que sei que alguns criaram *rindo com bastante nervoso*
Lááá no comecinho eu disse que não ia estabelecer quem era tops e bottom, porque queria muito me manter livre pra escrever do jeitinho que me parecesse mais natural à medida que o relacionamento deles se desenvolvesse (ao longo da história eu mudei de decisão umas 10x hahahaha). E acabou que foi assim que fluiu <3
Aliás, espero de coração que eu tenha conseguido mostrar que apesar do tesão que eles sentem um pelo outro, do jeito bruto e dos *respira fundo* "me fode com esse caralho gostoso" *respira fundo de novo* também tem muito sentimento envolvido entre eles dois ):
(Eu MORRO de vergonha de escrever esse tipo de conteúdo explícito, gente. Quase ninguém acredita, mas eu fico pra morrer tooooda vez DSADHUASDIASU)
Uma coisa da qual não tenho vergonha, é: falar de cocô, pentelho e afins. Quem já leu minhas outras longfics sabe bem que cocô tem presença garantida hahahaha sei que tem gente que fica meio 😳 ou 😒 mas é porque eu gosto de trazer mais naturalidade aos personagens <3
ENFIM! CEM CHANCES PASSOU DE 2 MILHÕES????????????????????????
Gente, eu fiquei TANTO tempo presa nesse capítulo (e nos de Hemisférios também (sou stan do capítulo postado ontem, aliás)), que demorei demais pra perceber e aí não fiz nada pra comemorar ):
então sei que to atrasada, mas eu vou tentar pensar em algo nos próximos dias pra mimar vocês e agradecer pelo carinho surreal que vocês têm dado a essa pitiquinha, porque só dizer "obrigada" não é suficiente. Ainda assim: OBRIGADA! muito obrigada MESMO! <333
E finalmente vou calar minha boca, daqui a pouco minhas notas ficam maiores que os capítulos grrr
Sem espaço pra teoria hoje (mas podem deixar aqui se tiverem alguma em mente!!), vamo só descansar e aproveitar os tempos de paz em CC. Um beijo, até o próximo ou até a #BelindaEPandora <3
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro