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[f(3) = 2x - 3] Discombobulate

🔮

A sensação da adrenalina percorrendo meu corpo inteiro só não foi mais deliciosa que a sensação de ver Jimin e Pandora ficarem para trás, comendo a poeira que Belinda faz levantar.

Num instante, ali estava eu, gritando a plenos pulmões a satisfação de vitória antecipada e também de vingança.

Então eu olhei para trás, por cima do ombro, apenas para confirmar a distância entre minha moto e seu carro. Um gesto ingênuo, despreocupado e irresponsável, enquanto eu pensava: não vai acontecer nada se eu desviar os olhos da pista somente por um segundo.

Errado. Tão, tão errado.

Porque no instante seguinte eu voltei a olhar para a frente, onde a avenida de mão dupla se estende até se perder da vista que se torna turva quando percebo que minha falta de atenção me levou em direção à pista do sentido oposto, de onde vem um carro em alta velocidade que dispara a buzina assim que percebe e iminência do perigo.

Assustado, mas com o reflexo rápido, eu evito a colisão ao virar a condução bruscamente para o lado contrário. Ao mesmo tempo, o motorista do carro de luxo tenta desviar para o mesmo lado que eu, e em milésimos de segundos tudo parece mudar.

O movimento brusco fez Bee ser lançada para o lado e, sem equilíbrio, desmontamos eu e ela no chão, com seu peso massacrando uma de minhas pernas quando o capacete protege minha cabeça de um impacto ainda mais violento, mas não me imuniza contra uma súbita tontura.

Os sons do trânsito caótico se tornam distantes. Eu ouço o grito de uma mulher que se agacha ao meu lado, buzinas se sobrepondo ao longo da rua e o canto agressivo de pássaros que escapam da enorme praça ao lado, fugindo da tragédia iminente.

Com a visão escurecida, entorpecido pela tontura enquanto a mulher ao meu lado tenta me socorrer, eu escuto o último derrapar de pneus instantes antes de uma colisão ensurdecedora entre dois carros.

Por último, uma onda sonora agressiva, grave e aguda ao mesmo tempo, que me faz gemer de dor. Tão intensa e desesperadora como se fosse o som do próprio universo se partindo em dois.

E então eu apaguei.

Minha consciência foi bruscamente sugada como se um buraco negro se revelasse em minha mente. A realidade ao redor deixou de existir, ou ao menos deixou de ter seus efeitos percebidos por mim.

Eu não sinto meu corpo. É como se ele não existisse. Mas eu estou aqui, diante de uma escuridão que se estende por toda a vista. É escuro, preto e vazio para onde quer que eu olhe.

Eu olho? Meus olhos não estão aqui.

Não sinto dor, mas tento gritar. Minha voz também não me pertence mais.

Eu sou como energia flutuando num universo negro, assustador, e desespero se apossa de cada molécula de minha existência quando algo sussurra em meu ouvido.

Não é como uma voz, tampouco como uma música. Não é sequer como um som. Mesmo assim, eu escuto:

Noventa e nove. O tempo está acabando.

Noventa e nove.

Minha consciência flutuando por este lugar, primeiramente domada por confusão, medo e nada além disso, parece se deparar com um vislumbre de entendimento.

Noventa e nove.

Eu já estive aqui antes.

Assim que a certeza atravessa minha mente com a velocidade de um flash de luz atravessando o vácuo, meu ser explode em uma dor colossal e minha voz retorna a ser minha quando deixo um grito gutural rasgar minha garganta.

Minha cabeça ainda dói e a confusão me assombra quando bruscamente abro os olhos e me deparo com uma luz branca iluminando um quarto igualmente claro.

A escuridão se foi e meu corpo voltou, mas a sensação é amarga.

Mais ou menos a mesma de quando acordo de ressaca no quarto de alguém desconhecido, com o acréscimo de um catéter espetando uma de minhas veias.

— Jungkook? — A voz que ouvi pela primeira vez foi a mesma que me arrastou para longe do sono pela manhã, então vagarosamente me viro até encontrar minha mãe com os olhos apavorados e marejados, sentada ao lado da minha cama. — Filho? Você está bem?

Eu desvio os olhos por um instante, encontrando Junghee sentado numa poltrona mais distante, olhando para mim como se estivesse assustado. Só depois volto a olhar para minha mãe.

— O que... aconteceu? — Pergunto, sentindo minha voz falhar a meio do caminho.

A cada milésimo de segundo, as lembranças dos momentos naquele lugar escuro se desfazem. E se desfazem. E mais um pouco, mas sem levar a sensação de angústia junto. Até que...

Meu corpo dói. Minha alma também. Eu quero chorar, sinto medo e desespero, mas não entendo o porquê.

Por que estou me sentindo assim?

— Você não lembra, meu amor? — Minha mãe questionou, acariciando minha cabeça.

Dessa vez, eu olho para o teto, tentando montar o quebra-cabeças em minha memória quando, de repente, a lembrança sonora de pneus derrapando e de uma colisão violenta agride meu juízo, e fecho meus olhos numa careta incomodada.

A princípio, no entanto, o que mais me preocupa é Belinda.

— Cadê minha moto? — Eu pergunto, sem dar resposta à sua pergunta.

— Na manutenção. — Ela disse, suave como nunca, e me assusto ao sentir seus dedos passearem por meus cabelos num carinho inesperado. — Meu filho... eu fiquei com tanto medo. Você não sabe o medo que senti de perder você...

Ainda que eu acredite que para ela seria mais vantajoso que pesaroso me ver morto, tudo que faço é ouvir em silêncio, sem questionar.

— E os carros que bateram? — Questiono, enfim. — A colisão foi culpa minha... eu me distraí...

Minha mãe fungou, então negou copiosamente.

— Não foi culpa sua, Jungkook.

— Eu olhei para trás enquanto pilotava... a culpa foi minha. Eles vão me processar? Eu vou ter que pagar o conserto dos carros?

— Hyung... — Quem me chama é Junghee, mas minha mãe imediatamente o cala com um olhar de medo.

— O que foi? — Ninguém diz nada. Então, insisto: — O que você ia dizer, Junghee?

Ele olha para nossa mãe como se buscasse confirmar algo, depois se encolhe e nega com um gesto acuado.

— Nada... só ia dizer que tô aliviado por você estar bem... Você apagou por muitas horas...

Eu aperto meus olhos diante de sua resposta. Não que não pareça sincera, mas certamente não foi esse o motivo de seu chamado tão apreensivo.

No entanto, sei bem que não adianta tentar arrancar informações suas com nossa mãe intimidando-o, porque Junghee é vergonhosamente obediente. Assim, eu espero até que ela olhe em seu relógio de pulso impacientemente pela quarta vez e se levante:

— Ninguém da equipe médica veio checar você. Vou chamar alguém e já volto. — Anuncia antes de caminhar para fora da enfermaria que compartilho com três outros pacientes, o que finalmente me dá a chance de conversar com meu irmão mais novo.

— Junghee. — O chamo, então, e ele me olha com receio. — O que vocês estão escondendo de mim?

— Hyung... — Ele choramingou, com o corpo encolhido e o choro preso na garganta.

— Fale logo. — Peço com mais convicção, porque o que quer que ele esteja omitindo, parece algo grave.

Ainda receoso, ele continuou no lugar antes de apertar os olhos e levantar bruscamente, caminhando até pegar o controle e ligar a televisão da grande sala cheia de divisórias feitas com cortinas. Na TV ligada, ele busca o canal local, onde o noticiário de fim de tarde já é exibido.

Fim de tarde?

— O que é isso? — Eu pergunto, sem entender seu intuito ao me mostrar uma reportagem sobre repolhos da feira central.

— Vai passar... — Ele explica, com os olhos baixos, e eu continuo atento à tela até que, depois de duas novas manchetes, a terceira é anunciada e eu sinto meu coração parar de bombear em meu peito.

O acidente do fim da manhã de hoje conta com uma nova vítima. Jung Hoseok, que estava na direção do carro que perdeu o controle, foi levado ao Centro de urgência de Busan, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

— Junghee... isso não é... não é o que estou pensando, é? — Eu pergunto, mal conseguindo piscar, ou respirar, e o silêncio de meu irmão foi ensurdecedor.

Agora, o acidente conta com duas vítimas fatais. Park Jimin, que veio a óbito no momento do acidente, será velado no memorial de Busan amanhã, dia vinte e dois. Sobre o estado de Jeon Jungkook, que pilotava a moto que causou a tragédia, aguardamos mais informações.

— Junghee! — De repente, a voz de minha mãe sobrepõe a da repórter quando ela abruptamente retorna à enfermaria, então corre para desligar a TV. — Eu te disse para não deixar ele saber!

Em choque, meus olhos continuam presos à tela agora apagada, enquanto minha mente processa cada informação que foi dada naqueles curtos instantes.

Duas pessoas morreram. A culpa é minha.

— Jungkook... — Com a voz mais comedida, minha mãe tenta se aproximar, mas acabo repelindo seu toque quando ela estica sua mão em minha direção. — Filho, por favor... não se sinta culpado...

Duas pessoas morreram por conta de minha irresponsabilidade... como eu deveria me sentir, se não culpado?

Apesar de palavras claras em minha mente, não consigo verbalizá-las, então tudo que sinto é meu coração doer e meus pulmões queimarem com a velocidade de minha respiração desajustada.

Mortas. Duas pessoas. Minha culpa.

Com uma velocidade cada vez maior, essas três constatações rondam minha consciência e eu me sinto tonto, enjoado, empurrando a mão de minha mãe quando ela tenta me tocar outra vez. Ao mesmo tempo, arranco o esparadrapo que mantém o cateter preso à minha veia e empurro minhas pernas para fora.

— Hyung... — Agora é Junghee quem me chama, e ouvir sua voz só me faz sentir ainda mais culpado, mesmo que eu não entenda o porquê.

Por isso, eu fecho os olhos e levanto de uma vez. A agulha foge desastrosamente de minha pele e isso doi, mas meu peito e minha cabeça doem muito mais, junto com uma de minhas pernas quando corro para fora do quarto do hospital em disparada, ignorando os chamados angustiados de minha mãe e irmão.

Minha perna esquerda queima com a dor que dilacera, mas eu não paro.

Sem destino certo, corro como se fugisse em busca de oxigênio até parar no terraço do hospital e me debruçar contra a grade, onde puxo o ar violentamente e sinto meus olhos arderem com o choro iminente.

Duas pessoas.

Mortas.

Minha culpa.

Não. Não, não, não pode ser.

— Não... — Finalmente reencontro minha voz, que se faz ouvir junto ao meu choro incontrolável e inconsolável, e minha respiração ainda está desestabilizada quando minhas mãos apertam a grade com mais força e minhas lágrimas ganham uma frequência assustadora.

A culpa me corrói.

Eu odeio Park Jimin.

Jung Hoseok era um aluno prodígio da universidade, e eu também não ia com sua cara.

Mas eu nunca os desejei mortos. Nunca, nem mesmo uma vez.

Se eu pudesse ao menos voltar no tempo e não olhar para trás naqueles segundos...

— Por favor... — Eu peço a algum deus. A qualquer um. — Por favor, me diz que é só um sonho ruim ou me deixa corrigir as coisas... por favor!

No entanto, o universo não me dá qualquer resposta além do tic tac contínuo dos relógios, onde a cada segundo a realidade continua mais viva que nunca. E Park Jimin e Jung Hoseok, mortos.

E eu daria qualquer coisa para mudar isso. Eu daria, eu juro que sim...

Mas não importa o que eu tenha a oferecer. Nada é suficiente para reverter o que já aconteceu e tudo que se segue é que, chorando na solidão desse lugar, embalado pela culpa, eu acabo dormindo.

♠♡♣♢

— Jungkook, acorde.

Minha cabeça dói como o inferno e, nos instantes que levo entre despertar e abrir os olhos, as lembranças me atropelam como uma manada faminta e me fazem entender o porquê de tanta dor.

No entanto, eu lembro de ter dormido no terraço do hospital, mas meu corpo reconhece bem o aconchego de uma cama.

Da minha cama.

O que...?

— Sem gracinhas, Jeon! — Novamente, escuto a voz de minha mãe. O tom áspero de sempre, diferente daquele que ela usou quando me viu na maca do hospital. — Levante! Você vai levar seu irmão na escola antes de ir para a aula.

Isso é familiar. É estranhamente familiar.

Em alerta, eu finalmente abro meus olhos e me coloco sentado com rapidez, analisando tudo ao meu redor.

É meu quarto, definitivamente, e ao lado de minha cama é minha mãe, me encarando com os braços cruzados e a expressão impaciente.

Estar aqui... nessa situação... quer dizer que tudo que aconteceu foi... um sonho?

Quase entrando em colapso com a confusão em minha mente, minha mãe parece se dar conta de algo e então toda sua postura relaxa, enquanto seus olhos demonstram alguma preocupação.

— Jungkook... você estava chorando?

Eu pisquei, atordoado, e passei as mãos abaixo dos meus olhos. Não há lágrimas, mas consigo sentir os rastros secos delas.

— Eu... tive um pesadelo. — É o que digo.

Porque foi só isso. Somente um pesadelo.

Então por que eu não me sinto aliviado agora que acordei?

— Ah... — Ela murmura, claramente sem saber o que dizer, então bate os cílios curtos desajeitadamente. — Certo, então... tome um banho e se adiante para levar seu irmão. Você também vai precisar ir pegá-lo depois da aula de reforço, ele não vai poder ficar comigo na lanchonete.

No meu sonho, aconteceu exatamente assim. Então... talvez seria uma previsão?

De qualquer forma, resolvo fazer diferente e apenas balanço a cabeça numa concordância obediente.

— Certo. Já vou fazer isso.

Como se não esperasse essa resposta apesar de sua ordem ser clara, a expressão de minha mãe quase fez seu rosto derreter, e ela me olhou como se eu fosse uma aberração.

— Você está com febre? — Ela pergunta, já aproximando o dorso de sua mão de minha testa, mas a seguro pelo pulso e nego com a cabeça.

— Vou levar o moleque... o Junghee. Relaxa.

— Nunca foi tão fácil. — Ela voltou a deixar a mão cair ao lado do corpo, mas acabou suspirando, conformada. — Ok, então se arrume. Sabe que ele não pode se atrasar. E não saia sem comer.

Eu concordei em silêncio mais uma vez, e esperei até vê-la sair do quarto antes de passar a mão por minha testa e afastar o lençol para ficar de pé.

Pela enxaqueca eu certamente precisaria de um analgésico, mas percebo que essa não é a única dor que sinto quando apoio meu pé no chão e uma sensação aguda sobe por minha panturrilha, quase me fazendo urrar de dor.

— Que merda é essa? — Eu jogo a pergunta no ar, e meus olhos quase saltam de meu rosto quando vejo um hematoma enorme na lateral de minha canela.

Esse lugar... o mesmo que ficou preso sob a moto no meu sonho.

Antes de efetivamente entrar em pânico, minha mente dispara um novo alerta e eu olho para o dorso de minha mão.

No sonho, a agulha deixou uma pequena ferida quando arranquei o cateter desastrosamente. Agora... a mesma ferida está aqui.

Nada disso faz sentido, e desesperado eu corro até a escrivaninha, onde remexo a bagunça até encontrar meu celular. Ativo a tela de bloqueio assim que o alcanço, apenas confirmando.

É 21 de outubro.

No dia 20, eu fui para a festa de Kim Namjoon. Bebi. Transei com Woo-ri no banheiro.

Nada do que aconteceu deveria deixar um machucado dolorido em minha perna, nem uma ferida em minha mão. O que aconteceu no sonho, no entanto, justifica facilmente a existência dos dois.

Sem forças, eu deixo o celular escorregar de meus dedos e um único pensamento percorre minha mente:

O que está acontecendo?

Continua no próximo capítulo.

Olá! Como estão?

Esse capítulo (sem contar com o prólogo, obviamente) é o menorzinho de todos, porque é ele que marca a transição para o ponto central da história e eu achei que, se prolongasse com o que acontece na sequência, ficaria muita informação de uma vez

Vamos com calma pra vocês absorverem as coisas no seu tempo enquanto tentam entender que diabo Jungkook fez com o universo

Aliás: cada detalhe narrado é importante. Não aconselho aquele tipo de leitura onde a gente passa os olhos pelos parágrafos bem rápido, pra chegar logo ao final (como eu faço estudando matéria teórica pra universidade k)

Ah, sobre as equações nos títulos: vão ser sempre nesse formato (essa pessoinha que vos fala tem um fraco por coisas padronizadas) e as soluções são muito óbvias. É só um jeito de enumerar os capítulos mesmo (acreditem em mim, eu gasto muito tempo decidindo esse detalhe antes de começar a postar uma obra, porque não gosto de repetir o mesmo método em uma fanfic e outra...)

Perguntinha rápida: vcs gostariam de um grupo no wpp pra falar sobre a fanfic?

Por fim, como estão se sentindo sobre a história até aqui? Estão gostando? Eu gosto desse feedback principalmente no início de uma obra, que é quando me sinto mais incerta sobre ela :~

Por hoje é só! Nos vemos lá na #BelindaEPandora e na próxima atualização <3

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