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[f(16) = 32 - x] Multiverso místico

🔮

Splash.

Escuro.

Splash. Splash.

Eu pisco.

Minhas pálpebras se abrem. A imagem clareia. Pisco novamente.

Splash.

Uma imagem humana se forma diante de meus olhos, no horizonte.

Uma voz quase familiar se une à figura borrada do rapaz, que se torna mais nítida a cada segundo.

— Jun!

Pisco mais uma vez. Splash.

A imagem se torna nítida.

Um garoto vestindo um macacão jeans está agachado diante do que parece o bebedouro de um animal, de costas para mim. Ele grita mais uma vez.

— Jun! O bebedouro do Chim tá pingando de novo!

O garoto do macacão vira para trás, o rosto redondo emoldurado por cabelos escuros; os olhos felinos, dolorosamente familiares, adornados por um brilho mais suave que aquele que conheci. O corpo parece um pouco menor, mais rechonchudo, a voz vem acompanhada de manha. Ainda assim, ainda que existam tantas diferenças, eu o conheço.

Aquele é Jimin.

Uma outra versão, definitivamente. Mas é ele.

A surpresa me faz ofegar surpreso, antes que eu chame seu nome numa interrogativa horrorizada. Minha voz não tem som, no entanto. Parece apenas um eco dentro de minha própria mente. Mas essa versão menor, mais manhosa e rotunda de Jimin parece ouvir o chamado, porque logo seus olhos rasgados-pelas-garras-de-um-animal miram em minha direção, assustados. Mas ele não me vê.

— Minha nossa senhora... — Ele esfrega as mãos nos braços, tremendo suavemente antes de balançar a cabeça para os lados: — Tomara que não seja a morte me chamando...

Eu estendo minha mão até deixá-la no meu campo de visão, mas ela não existe. Eu a sinto, como um membro fantasma, mas ela não está aqui. Como se todo o meu corpo fosse composto de energia, flutuante, invisível aos olhos, mas ainda assim, real.

Um miado faz meus olhos, ou o que quer que sejam, voltarem à cena à frente.

Um gato cinza caminha na direção do Jimin de macacão, que o pega nos braços com todo o carinho do mundo.

Quando essa nova versão de Jimin fica de pé, uma outra pessoa surge na cena que mais parece um delírio.

Cabelos negros, cortados e penteados elegantemente, corpo coberto por um conjunto de roupas escuras e arrumadas. Os olhos são confiantes, mas carinhosos quando encontram o garoto com o gato cinza.

Os meus, no entanto, se corrompem com horror.

Não pode ser.

Aquele sou eu.

— Você parece assustado, anjo. — Essa versão minha diz, aproximando-se do outro.

Jimin de macacão se encolhe, procurando abrigo no abraço do homem que se aproxima.

— Acho que a morte me chamou.

Eu rio. Quer dizer, aquele eu ri.

— Ela que não queira te levar tão cedo. Eu a persigo até o inferno se tentar te pegar, meu bem.

A versão manhosa de Jimin ri, erguendo o rosto gordo para pedir um beijo, ainda mantendo o gato cuidadosamente entre os dois quando recebe um toque suave nos lábios.

— Agora me sinto seguro! Tá pronto pro domingo do Jimin e do Jungkook?

Esse Jungkook olha para esse Jimin com os olhos cheios de amor e nada mais. É devoção aparente, carinho que vai além do toque, que me deixa, aqui de longe, embaraçado.

— Estou pronto, anjo. Vamos logo ou não teremos tempo de comprar sua pipoca e chocolates antes de começar o filme.

— Tá bom! Mas antes a gente precisa dar um jeito no bebedouro de Chim. — Ele diz, beijando a cabeça do gato. — Tá pingando de novo...

— Nesse caso, aplicamos o método de Euler para resolver a equação diferencial.

O que?

— Certo, Jeon?

Essa voz...

Alguém me cutuca. Eu pisco. A imagem dos novos Jimin e Jungkook esvanece. Apenas resta escuridão quanto minhas pálpebras se abrem mais uma vez. Sou cutucado novamente. Como arrastado de um transe, eu puxo o ar de forma assustada e ergo minha cabeça numa velocidade perigosa, piscando desajeitadamente até espantar os pontos escurecidos que salpicam minha visão quando me deparo repentinamente com a luz das lâmpadas fluorescentes.

Agora, vejo o auditório lotado. Todos os alunos olhando para mim. Jang Jitae com os braços cruzados sobre o paletó azul marinho, olhos caçoando de mim por trás dos óculos, cujas pernas se perdem pelos cabelos escuros escorridos.

Ainda pisco mais uma vez. Meu olhar viaja até Jimin, que me olha com a expressão confusa, lá da frente, e toca a própria bochecha com os olhos carregados de interrogação. Quando ele o faz, eu percebo o calor contínuo em minhas maçãs — o mesmo que senti durante o sonho ao me ver olhando para Jimin daquela forma. Acordado, o calor se prolonga, minhas bochechas queimam, certamente vermelhas como costumam ficar facilmente, e eu uso minha mão para massageá-las, tentando disfarçar o tom rubro.

Antes que funcione, a pessoa ao meu lado me cutuca novamente. Olho para ela e vejo que é Sora, uma das colegas de curso e turma.

Sora não é uma amiga. Já disse e repito, pelo bem da verdade, que eu não tenho amigo algum.

Mas por ela eu tenho um tanto mais de simpatia que pelos outros colegas, ainda que nunca tenhamos conversado de verdade. Mesmo assim, é fácil perceber que a garota de cabelos tingidos de rosa nas pontas e piercings adornando as orelhas tem algo em comum comigo: um desgostar profundo por nosso professor, Jang Jitae.

— Cara, você dormiu no meio da aula — Ela diz, sobrancelhas arqueadas num gesto de aviso quando aponta com a cabeça discretamente na direção da convergência de nosso rancor, lá na frente da lousa. — Estava roncando, até. Acho que o Voldemort de paletó ouviu lá da frente.

Eu passo as mãos pelo rosto antes de descê-las, puxando minha pele para baixo.

Ter sido vencido pelo cansaço de uma noite mal dormida enquanto pensava no que está acontecendo com Junghee não é o que me deixa nesse estado de letargia profunda.

O que me afeta é o sonho que tive. Porque aquelas versões de Jimin e Jungkook são uma das várias versões que também vi quando Seon Yeong me tocou.

— Então, Jeon? — Jang Jitae me chama novamente, forçando meu olhar a se conectar ao seu. — A equação está à espera da resolução. Por que não vem aqui, responder no quadro? Ou suas tatuagens sugaram sua energia e seu intelecto, hm?

— Ele se acha mesmo engraçado? — Sora resmunga, infelizmente baixo demais, com os braços cruzados abaixo dos seios fartos.

Ela me pegou encarando, um dia. Nem estava olhando com desejo sexual, mas foi um dos momentos mais constrangedores de minha vida, então não ouso olhar para qualquer ponto abaixo de seus ombros desde então.

Essa é a primeira vez que não me preocupo mais sobre isso, porque existe muito mais nublando minha mente.

— Ande logo, Jeon. — Jitae chama mais uma vez, mas sem o sorriso cínico. — Ou vá dormir fora de minha sala.

Meus olhos viajam para o quadro negro. Um problema de valor inicial está escrito antes de uma grande área em branco, à espera da solução. O método de Euler é o método numérico mais simples para a resolução de uma equação diferencial como essa. Eu sei os passos, sei montar as integrais, sei os intervalos de integração e sei os passos de iteração para chegar ao resultado.

Mas, no exato momento, sequer consigo falar. Por isso, eu continuo parado, calado, sob a atenção de todos os olhares da turma.

Sob o olhar de Jimin.

— Vai lá, Jeon. — Sora incentiva, deslizando as unhas pintadas de um esmalte verde musgo já craquelado pelo queixo. — Cala a boca desse chauvinista pela milésima vez.

Em outra situação, eu iria. Apesar do constrangimento de estar no foco de cinquenta alunos e um professor que tem como passatempo me menosprezar, eu iria apenas para provar que Jang Jitae está completamente errado, que minhas tatuagens em nada afetam meu intelecto e que suas investidas mal intencionadas não afetam minha confiança no mundo acadêmico — porque, ao contrário de tudo além, a matemática é a única constante em minha vida.

Então eu umedeço meus lábios, abaixo o rosto, engulo meu orgulho.

Sem outra opção que seja, na agitação atual de minha mente, eu guardo meu caderno, o desenho de Junghee e penduro a mochila nas costas antes de descer todos os níveis do auditório até chegar à porta de correr.

Ao abri-la para sair, eu escuto o som vitorioso da risada do professor Jang.

— Finalmente percebeu qual seu lugar?

Eu paro na porta, parte de mim ainda dentro da sala, mão no puxador. Meu coração pulsa dolorosamente por dar essa vitória a ele, mas eu não sou o único afetado por sua reação.

— Perceba o senhor qual o seu lugar. — Alguém diz, o tom alto o suficiente para preencher todo o auditório. É Jimin. — Seu papel aqui é o de ensinar, então pare de gastar energia com seus comentários depreciativos sobre seus alunos e faça o que é pago para fazer.

Eu viro para trás ao perceber outra movimentação além de sua voz. Ao olhá-lo, percebo que também está ficando de pé para sair, a expressão amarga enquanto olha para um professor furioso.

— Você veio do curso de dança e pegou uma matéria do departamento de matemática para me desrespeitar, senhor Park?

— Eu vim para aprender, o senhor quem não quer ensinar. — Ele diz, vindo em minha direção enquanto todos os olhares o acompanham atônitos, até mesmo Jinhei parece sem reação. Antes de me alcançar, Jimin para e olha para o professor que há tanto tempo me persegue: — Não espere me ver nessa aula a partir de agora. E tenha certeza, eu vou ter prazer em te denunciar quando for preencher o formulário de dispensa da disciplina.

Uma risada vem do fundo da sala, seguida do som do salto de botas de combate castigando as placas de madeira do piso quando Sora fica de pé e começa a descer os degraus largos que acomodam as mesas dos alunos.

— Eu esperei um ano inteiro para ver alguém te colocar no seu lugar, Jitae — Ela diz, o tom propositalmente petulante ao chamá-lo pelo nome: — Saiba que serão duas denúncias sobre sua conduta, aliás. — Cheia de sarcasmo, ela curva o corpo numa reverência exagerada: — Se me dão licença, tenho algumas carreiras medíocres para destruir agora.

Eu estou sem reação.

Certamente, o próximo estágio seria o catatônico, mas eu tenho motivos.

Para Jimin, que pegou a disciplina apenas como eletiva, desafiar o professor dessa forma não é nada tão grave, ainda que seja visto como um desrespeito tremendo. Mas Sora é do próprio departamento de Jang Jitae, e ele pode e irá persegui-la até a graduação, como certamente fará comigo.

— Eu provavelmente levarei dez anos para conseguir me formar, agora — Como se estivesse ciente de meus pensamentos, ela diz ao envolver meu cotovelo com os dedos longos, puxando-me de uma vez para o lado de fora. Jimin é o último a sair, e fecha a porta ao fazê-lo. Sora logo me solta, usando a mão para arrumar os cabelos tingidos, e dá de ombros. — Enfim... paciência. Não me arrependo de nada.

— Você foi corajosa. — Jimin diz, um sorriso discreto demais no canto dos lábios.

— Hm-hum. Gosto quando veem minha imprudência como coragem. Faz bem ao meu ego. Agora vou procurar um lanchinho sem lactose para fazer bem ao meu estômago — Então acena e gira sobre os saltos do coturno, começando a caminhar para longe de nós. — Continuem lutando contra os elementos opressores do sistema!

Jimin ri, umedecendo os lábios enquanto a acompanha com o olhar por longos segundos.

Sua forma de olhá-la me deixa desconfortável, então eu viro para o lado oposto e começo a caminhar em direção à outra saída do prédio.

— Ei! — Ele chama, ao perceber. Seus passos tentando me alcançar vêm em simultâneo. — Jeon, o que foi? Por que você saiu daquele jeito?

Movido quase em automático, eu sequer consigo pensar em parar até que ele toca meu ombro, e eu imediatamente viro num movimento brusco para afastá-lo. Não porque rejeito seu toque, mas porque ele faz uma sensação estranha se espalhar de meu ombro por todo o corpo.

É como eletricidade. Como se seu corpo fosse corrente; o meu, tensão. Uma metáfora, nesse instante, real demais.

Porque eu estou tenso. Completa, dolorosamente tenso.

Mas Jimin não sabe de nada disso. Ele não sabe que eu não me esquivo de seu toque porque o repudio e, tomando como base minhas reações a ele até aqui, o mais óbvio é que pense o oposto. Sua expressão um tanto assustada, certamente magoada, deixa isso claro.

— Desculpa. — Eu peço, imediatamente, ao vê-lo reagir assim. Não quero que pense que voltamos ao ponto inicial, porque estamos muito longe dele.

— Tudo bem. — Ele diz em resposta, mantendo as mãos ao lado do próprio corpo. É claro que ainda está incomodado e é claro que meu pedido de desculpas não esclarece coisa alguma.

— Seu choque me deu toque. — Eu digo, atrapalhado demais por não planejar minha fala.

Seus olhos se contraem em confusão e eu aperto minhas mãos em punho, usando minhas unhas para me castigar pelo desastre, antes de corrigir:

— Seu toque me deu choque.

Sua mania de piscar desse jeito meio esquisito dá as caras, os cílios batendo num gesto ainda desentendido, até que eu coço a nuca, nervoso.

— Deve ser outra pegadinha do universo. Ele parece adorar fazer isso com nós dois — Digo, quase arrancando minha pele.

— Certo.

— É sério.

— Não estou duvidando.

Eu viro o rosto um pouco mais para o lado, fugindo de seu olhar. Talvez seja melhor deixar isso para lá.

— Obrigado por me defender de Jitae. — Sem saber se devo falar do sonho agora ou não, opto por essa abordagem.

— Não foi nada. — Ele garante, a expressão finalmente um pouco mais suave. — Eu gostaria de ter essa mesma coragem daquela primeira vez em que ele te humilhou.

Eu nego, porque a razão finalmente encontrou seu caminho por meus sentimentos amargurados e, hoje, sei: — Me defender não é sua responsabilidade. Mas obrigado... espero que o abandono da disciplina não prejudique seu histórico...

— Eu não pretendo me formar aqui, esqueceu? De qualquer forma, um dançarino que desistiu de uma turma de equações diferenciais vai ser mais julgado por ter entrado na classe, que por ter saído dela...

— É. Faz sentido.

— E você? — Ele devolve, imediatamente. — Eu sei que você resolveria aquela equação sem problemas, então por que saiu da sala daquele jeito?

Eu não posso guardar segredo sobre o sonho, apesar de querer.

E o pior é que Jimin não é o único que precisa saber.

Então, previamente embaraçado, eu me movo até me posicionar atrás de seu corpo, mãos esticadas para empurrá-lo suavemente pelos ombros, departamento afora.

— Vamos adiantar o encontro com Yoongi. Acho que ele precisa saber disso também, para as pesquisas de bruxo piromaníaco dele ou sei lá.

Jimin vira a cabeça para olhar para mim, os olhos franzidos em diversão quando sua atenção recai em minha mão tocando-o no ombro. Então ele para de andar de repente, mas eu ainda dou um passo adiante antes de perceber e parar também. Nesse momento, ele logo se aproveita da disposição de nossos corpos e puxa minha mão do lado direito de seu ombro, puxando-a para baixo até que meu braço o envolva e ele recue um pouco, até me envolver pela cintura e nos encaixar no que logo vira um meio-abraço manipulado.

Aí, diz: — Melhor assim.

Combustão humana espontânea nunca me pareceu tão real quanto agora, porque meu corpo todo esquenta numa velocidade e intensidade assustadoras.

Eu vou morrer.

É isso.

Mas diante de minha morte iminente, Jimin gargalha, soltando minha mão e se afastando do abraço que ele mesmo criou, para depois apertar minha bochecha como se eu fosse uma criança.

— Desculpa, gracinha. Foi sem pensar.

Eu abracei Jimin. E meu coração está descompensado porque, bem, já não estava são depois daquele sonho. E eu definitivamente não estava preparado para abraçar Jimin. Mas eu abracei. E agora eu estou sendo consumido por fogo, enquanto ele ri.

Mesmo assim, me surpreende perceber que a pior parte não foi ele ter me abraçado. Foi ter se afastado tão depressa.

— Vem. — Ele chama, movendo a cabeça num gesto rápido, ainda com um sorriso divertido. — Vou pedir para Yoongi nos encontrar na biblioteca.

Eu sei que meus olhos estão arregalados enquanto balanço a cabeça em concordância umas três vezes, repetidamente.

Uma bagunça. É isso que eu sou. Sequer sirvo para seguir o estereótipo de um cara alto e tatuado.

Todo esse tamanho, as tatuagens e o cabelo já grande demais deveriam fazer de mim um cara indestrutível, sem coração, adorador de alguma entidade corrompida pelo mal.

Mas eu ainda sou isso, no fundo. Eu sou constrangedor.

Honestamente... como é possível que Jimin goste de alguém como eu? Logo eu, quando ele pode ter qualquer um dessa universidade, e até já deixou um rastro de suas conquistas don-Juanicas pelo campus?

— Você não tem nenhuma ofensa para me dizer? — Sem pensar, eu pergunto quando apressadamente começo a segui-lo depois de um momento de distração.

— Como é? — Jimin questiona, sem precisar parar de caminhar para me lançar uma olhadela interrogativa.

— Uma ofensa. Me diz algo ruim, para poder dizer mais um motivo pelo qual você gosta de mim. Eu quero saber.

É claro que ele para de andar. Fica de frente para mim, os olhos exibindo uma surpresa que quase chega a pânico.

— Cacete... — Ele resmunga ao piscar umas três vezes, tempo que leva para que comece a rir e passe a mão puxando os cabelos para trás num gesto desconcertado. — Você me pegou de surpresa.

Eu fico calado, também desajeitado, quase me desfazendo em pó de tanta vergonha que estou sentindo. Mas eu quero saber. Eu quero saber se ele é capaz de apontar algo que não esteja ligado à minha aparência.

— Certo, então. — Ele cede, diante de meu olhar à espera. — Você é bastante inconveniente, as vezes. Essa é a coisa ruim. E um motivo, hm... — Pondera, seus olhos me escaneando até que um sorriso dá as caras: — Quando você prende o cabelo. Eu sinto que vou até o céu.

Eu balanço a cabeça devagar, analisando cada nuance de sua resposta. E o que sinto diante dela não é bom.

Suas ofensas sempre se referem à minha personalidade, mas os motivos para gostar de mim, até agora, são todos ligados à minha aparência.

Será que ele gosta mesmo de mim, de algo em meu jeito?

— Certo. — É tudo que digo antes de voltar a caminhar, tentando não dar tanta importância a isso. Mas é um pouco mais difícil do que eu gostaria que fosse, porque não é somente a insegurança sobre a genuinidade de seu sentimento que me afeta.

É mais um impulso para uma insegurança antiga, que sempre me fazia acreditar que eu não era interessante, divertido, espontâneo o suficiente para que qualquer pessoa gostasse de mim, em qualquer natureza em que se pode gostar de alguém.

Agora, ainda que minha amargura tenha quase suprimido muito do que eu era, percebo que o mesmo demérito ainda está firme dentro de mim.

E sem perceber que eu esperava uma resposta diferente, Jimin ri, logo me acompanhando com suas passadas largas. — Você é mesmo uma coisinha estranha, não é?

Mais uma ofensa. Talvez eu devesse cobrar um novo motivo, mas ele provavelmente responderia algo sobre minhas pernas, meus músculos ou minhas tatuagens, então apenas continuo caminhando, em silêncio.

Na biblioteca, nós nos acomodamos numa das mesas. O silêncio se prolonga enquanto esperamos Yoongi e eu me sinto muito mais afetado do que deveria por duvidar dos sentimentos de Jimin.

Simultaneamente e ao contrário de suas palavras, no entanto, as olhadelas do causador de minha agonia são constantes e elas parecem cada vez mais confusas, enquanto ele continua me analisando.

— Você quer me dizer algo, Jeon? — Muito tempo depois, finalmente pergunta.

Então Yoongi aparece.

Mas eu não me incomodo com sua presença, porque ela não me atrapalha em nada. Eu não responderia com sinceridade, de qualquer forma.

— Espero que seja importante. — O piromaníaco diz, puxando uma cadeira para se sentar e logo colocando a mochila no chão.

Jimin ainda me olha com um tanto de desconfiança antes de deslocar sua atenção até Yoongi e suspirar, para só então garantir: — Sempre será importante.

— Melhor que seja. Cadê Hoseok?

— Eu tive um sonho. — Adianto antes que Jimin responda ou que Hoseok chegue. Contar para Jimin e para Yoongi já é embaraçoso o suficiente, não preciso de um terceiro ouvinte.

— Hm... ok? — Yoongi murmura, com os olhos confusos. — Show de bola.

— É sério. — Digo, em agonia sobre a cadeira. Tom de voz baixo, olhando ao redor para garantir que ninguém está por perto, depois me inclino sobre a mesa, prestes a compartilhar algo confidencial: — Eu falei sobre a visão que eu tive quando sua avó me tocou. Sobre...

— Você e Jimin apaixonados em centenas de realidades diferentes. — Ele completa, diante de minha óbvia falta de jeito. — Sim.

Um pigarro denuncia meu constrangimento ainda maior. — É. Enfim. Eu sonhei com uma dessas realidades. São duas versões completamente diferentes de nós dois e... — Eu coço minha bochecha, perdido sobre como explicar: — Sabe quando você sonha com algo e tudo parece muito real, até a hora em que você acorda e percebe como era completamente insano demais e obviamente só poderia ser um sonho?

— Sim?

— Certo. Esse é o problema. Durante o sonho, eu tive a sensação de estar assistindo aquelas pessoas. Como se elas fossem reais e estivessem vivendo aquilo, me tendo como espectador. E agora que acordei... eu continuo com a mesma sensação.

Qualquer outra pessoa poderia ouvir uma conversa como essa e me dizer que é tudo coisa da minha cabeça. Yoongi, por outro lado, escuta com tanta atenção que até me desconcentra. Ao recostar em seu assento com a expressão pensativa, ao fim do meu relato, Jimin me toca suavemente no braço.

Instintivamente, eu olho em sua direção. Seu rosto exibe uma ponderação hesitante, sobrancelhas apertadas e lábios contraídos.

— Eu também sonhei com nós dois. — Ele confessa, finalmente.

— Hã? — Murmuro, despreparado. — Por que você não disse?!

— Foi nessa última noite. Por isso eu pedi para Yoongi nos encontrar. Eu não achei que era tão importante, mas eu tive essa mesma sensação. De estar assistindo a vida daquelas pessoas durante o sono.

— E... como elas eram? — Questiono, ansioso.

Jimin até ri com a lembrança. — Completamente diferentes de nós dois. Você me chamava de anjo e tinha uma tatuagem só. E eu era... surpreendentemente fofo.

— Você viu um gato?

— Um gato chamado Chim?

— Sim!

Nós dois piscamos, assustados.

Nós sonhamos com as mesmas versões de nós dois?

— Como isso é possível? — Pergunto. Ainda em choque. Claro que gaguejando. — Como... como?!

— Talvez... — Yoongi pondera, cheio de concentração na voz, os olhos pousados em qualquer canto quando eu viro para olhá-lo novamente. — Talvez agora faça sentido.

Apesar de querer perguntar, em agonia, o que ele quer dizer, minha voz se perde enquanto Yoongi subitamente ergue seu olhar até encontrar o meu, determinado, antes de abrir a mochila e tirar um punhado de folhas dali de dentro. Com um lápis, ele aponta para uma palavra perdida em meio a um punhado de rabiscos desconexos no papel do topo. Então ele circula a mesma palavra, destacando-a permanentemente. Mas é uma outra voz quem lê, em voz alta.

— Multiverso?

Nós olhamos para a quarta pessoa que finalmente se une à nossa reunião emergencial e logo vemos Hoseok de pé, curiosamente olhando para a folha bagunçada de Yoongi. O rosto continua cansado, afetado como começou a se mostrar desde o início disso tudo.

Enquanto o dia 21 continuava se repetindo, ele parecia definhar continuamente. Com a retomada do fluxo de tempo, sua situação parou de piorar, mas não parece estar melhorando tão rápido quanto gostaríamos.

Mas sem se manifestar sobre isso, ele levanta os olhos até encarar Yoongi: — Multiverso como o da Marvel?

Yoongi nega lentamente e puxa a cadeira ao seu lado, afastando-a para que Hoseok sente. Quando o faz, o bruxo piromaníaco puxa uma folha em branco, debaixo do punhado de folhas já rabiscadas.

— Prestem atenção. — Ele diz, começando a desenhar inúmeros círculos aleatoriamente pelo papel. — No conceito de multiverso, cada círculo desse representa um universo, inclusive o nosso. Imaginem que essa folha é um espaço infinitamente maior, capaz de abrigar cada universo desses, onde todos coexistem de forma independente.

— Por que nós estamos falando sobre essa coisa de doido? — Hoseok pergunta, sem entender. Honestamente, ele não é o único.

— Depois de tudo que vocês me explicaram ontem, eu comecei a tentar buscar as respostas para o que está acontecendo. — As veias de Yoongi, saltadas sob a pele da mão, parecem ainda mais marcantes sob a luz da biblioteca quando ele pousa a palma sobre a primeira folha cheia de rabiscos soltos. — Nada dentro do meu conhecimento astrofísico é capaz de dar uma resposta a todas as perguntas.

— Mas você não é somente um astrofísico. — Eu percebo sua deixa, adiantando o que ele parece querer dizer: — Você também é um bruxo.

Yoongi suspira e eu acho que me chuta por baixo da mesa.

— Eu já disse que não sou bruxo, Jeon.

— Depois de conhecer sua avó, não acredito mais nisso. — Digo com pura convicção, cruzando os braços ao me recostar com um pouco de desleixo no encosto da cadeira.

— Eu não sou bruxo. — Ele insiste, mesmo assim.

Quando estou prestes a começar a contrariá-lo, Jimin apoia a mão em minha perna num pedido silencioso para que me cale. Eu o olho de canto, sutilmente, e acabo cedendo ao encontrar sua expressão séria.

Ao se deparar com meu súbito silêncio, Yoongi umedece os lábios e inicia uma nova explicação: — Minha avó é, sim, diferente. Existem poucas pessoas como ela e todas são chamadas de loucas — Com sua hesitação, percebo que não é algo sobre o que ele costuma falar, então me mantenho firme no pedido de silêncio que Jimin me fez. — Porque é assim que são chamadas todas as pessoas que conseguem enxergar além do que o senso comum julga como normal, não é?

Yoongi parece ressentido sobre isso. Secretamente, eu mesmo me sinto arrependido por tê-la chamado de louca, e me encolho um pouco pela vergonha.

Ao perceber meu movimento murcho, Jimin aperta minha coxa com um pouco mais de força num gesto que me reassegura apoio ao mesmo tempo em que me faz perceber que sua mão nunca saiu daqui.

— Pessoas como minha avó conseguem ver muito além. Infinitamente além. — Yoongi continua, depois de respirar fundo. — E ao ver e entender nossa existência da forma como ela entende, ela é capaz de fazer muito mais que uma pessoa como eu ou você. E eu não sou como ela. Eu sou completamente normal.

Eu pisco lentamente, já livre de todo o impulso de contradizê-lo e acusá-lo de bruxaria. Diante de todo o nosso silêncio, é Jimin quem se manifesta.

— Mas conhecer uma pessoa como ela certamente te fez ter uma visão de mundo mais complexa. Isso por si só já te faz diferente de todos nós.

— Sim. — Yoongi cede, mais uma vez apontando para a folha cheia de rabiscos. — Então meus conhecimentos vão além da astrofísica. — Ele pega uma terceira folha, onde desenha novos círculos. Dessa vez, os círculos se interligam uns aos outros, não mais flutuando independentemente pelo papel. — Eu disse que nada na astrofísica é capaz de responder todas as perguntas que temos. Mas se eu procurar fora da astrofísica e combinar os conhecimentos, talvez exista uma resposta. — Seu lápis reforça o ponto de contato entre dois círculos, escurecendo-o com o grafite. — Isso aqui. Isso aqui pode ser a resposta.

Hoseok geme com puro sofrimento antes de se debruçar na mesa e lamentar: — Me digam que eu não sou o único que não está entendendo nada...

— Pense assim, — Yoongi tem paciência na voz, colocando as duas folhas lado a lado. Uma com os círculos independentes, a outra com os círculos interligados. — A teoria diz que o multiverso é composto por infinitos universos paralelos. Sendo assim, eles não se tocam, não se influenciam — E para mostrar, ele aponta para os espaços entre cada círculo na primeira folha: — É aqui que entra a outra parte da resposta. Os universos não são independentes. Eles se relacionam de alguma forma.

— Então... — Jimin pondera. — O Jimin e Jungkook que nós vimos em nossos sonhos poderiam ser de algum desses universos?

— Isso! — O oficialmente não-bruxo, talvez ainda piromaníaco, quase comemora.

— E todos aqueles das visões que eu tive, também. — Concluo, observando os círculos interligados da segunda folha. — Todos eles são... reais?

— Sim. De acordo com a teoria tradicional do multiverso, vocês nunca teriam conhecimento sobre a existência uns dos outros. Por isso não encaixava. Eu estava tratando suas visões como uma alucinação, mas se os dois sonharam com a mesma coisa... talvez tudo isso seja uma janela aberta para outros universos que por algum motivo se ligam ao nosso.

— E por que essa janela se abriu? — Questiono. Não espero resposta imediata, mas as perguntas precisam ser feitas para podermos direcionar nossa busca por respostas.

— Isso é o que precisamos descobrir agora. — Yoongi diz, juntando todas as folhas mais uma vez. — Mas se minha teoria estiver certa, ela pode nos dar todas as respostas. — Surpreendentemente, seus olhos brilham de empolgação: — Até onde sabemos, nós vivemos em quatro dimensões. Mas se os universos se interligam e se influenciam, podem existir muito mais. Talvez uma dessas dimensões desconhecidas seja capaz de afetar a malha do espaço tempo, o que explicaria como o dia 21 se repetiu tantas vezes!

— Você parece muito feliz sobre isso... — Aponto, até segurando o riso. É engraçado vê-lo tão enérgico assim.

— Minha avó nunca me revelou os segredos do universo, como vocês talvez achem que ela tenha feito. Agora eu estou tendo a chance de ver um pouco de tudo que ela viu, desvendar o que ela desvendou. E isso é... — Ele até perde as palavras. — Isso faz valer a pena precisar aguentar vocês.

— Ei! — Hoseok o repreende. O tom é inconformado, mas existe um quê de diversão por trás de sua voz. Surpreendentemente, Yoongi ri alto demais. Alguém sussurra um "shh" de repreensão e aí quem ri sou eu.

Parece que o feitiço virou contra o feiticeiro.

Não que eu ainda ache que ele é bruxo de verdade.

— Acho que é irreversível, agora. — Jimin diz, também com um sorriso suave nos lábios cheios. — Nós estamos condenados a aguentar uns aos outros.

As risadas desvanecem, Hoseok puxa as mãos para o próprio colo e concorda, antes de olhar para cada um de nós.

— Já que é assim... nós já fugimos de nossas aulas. Por que não vamos fazer algo juntos... conversar sobre outras coisas que não façam meu cérebro derreter... nos conhecer melhor?

Nenhuma resposta imediata vem até que Yoongi fecha sua mochila, pendurando-a nas costas antes de ficar de pé e suspirar, para finalmente dizer: — Mal não vai fazer. Vocês gostam de café?

Hoseok e Jimin são rápidos em dizer que sim.

— Não. — Sem perceber, sou o único a negar. Todos os olhares recaem sobre mim, até que eu aperto meus ombros. —...mas eu posso pedir um chá.

O sorriso de Jimin diante de minha concessão é o maior de todos, suas bochechas gordas parecem querer esmagar seus olhos, que se reduzem a duas linhas delicadas.

É lindo.

É tão lindo que eu não consigo parar de olhar, sequer consigo refrear a percepção da beleza que se destaca em seu rosto quando ele sorri assim. Então talvez eu perca o foco, encarando-o por tempo demais até que percebo seus olhos abertos novamente, o sorriso reduzido e sua atenção inteira em mim, me observando enquanto o observo.

Aí...

— Cruzes. — Yoongi ofega em surpresa, de repente, e percebo que ele e Hoseok também estavam me observando. — Você está bem?

Descobrir o motivo de sua pergunta não é tarefa difícil, porque é óbvio qual o resultado de ter sido pego observando Jimin tão intensamente: meu rosto deve estar tão vermelho que facilmente se misturaria como parte do cenário de Moulin Rouge.

Jimin ri, rapidamente agindo em minha defesa: — Se acostume com as bochechas vermelhas, principalmente quando eu estiver por perto. Todo esse tamanho e todas essas tatuagens não querem dizer nada. Jeon ainda é só um cara desajeitado e tímido demais.

Oh. Certo. Então seu conceito de agir em defesa é um tanto diferente do meu, principalmente ao levar em consideração que ele resolveu ressaltar o meu ponto mais fraco.

— Inesperado. — Yoongi pondera, antes de parar de dar importância a isso e balançar os ombros suavemente, começando a caminhar. — Mas fofo.

Não. Eu não vou ficar mais vermelho do que já estou. É humanamente impossível. Então por que minhas bochechas parecem ainda mais quentes?

— Não é? — Hoseok concorda, sorrindo para mim antes de se espreguiçar suavemente, seguindo Yoongi em direção ao nosso destino ainda incerto. — Me faz querer cuidar dele, como um bebê. — Então ele para de andar e vira para mim, curioso: — Aliás, você é o mais novo de nós todos, não é?

Percebendo que Yoongi também parou de andar para prestar atenção em minha resposta, eu digo: — Tenho dezenove...

Então o não-bruxo sorri, quase com satisfação.

— Nós somos seus hyungs.

— O que te faz oficialmente o nosso bebê. — Hoseok faz questão de ressaltar. — Os hyungs vão cuidar bem de você, ok? Eu pago seu chá!

Os dois riem ao me perceberem completamente sem jeito, e Yoongi acena com a cabeça para que eu e Jimin também comecemos a andar, quando ele e Hoseok continuam nos esperando e eu sou o único ainda sentado: — Anda, filhote de brutamontes. Eu quero meu café.

É uma sensação esquisita ver os dois se referindo a mim dessa forma, com apreço por trás de toda a provocação, enquanto esperam que eu os siga. Ainda atrapalhado, eu olho para Jimin e o percebo à minha espera também. Eu não lembro de quando, em outro momento de minha vida, tive tantas pessoas com quem não compartilho laços sanguíneos esperando por mim.

Quando finalmente fico de pé, Hoseok exibe um sorriso pequeno e os olhos de Yoongi também parecem demonstrar alguma satisfação. Só então eles retomam a frente e voltam a caminhar, enquanto Hoseok reclama sobre o cansaço e sobre a fome. Jimin é quem fica ao meu lado, seu silêncio nos acompanhando quando começamos a caminhar lentamente.

A falta de jeito não me abandona quando nós atravessamos as portas da saída e somos recebidos pela temperatura amena de uma manhã ensolarada de outono. Nesse momento, Jimin para de andar, uma expressão suave em seu rosto quando ele fecha os olhos e respira fundo, em paz.

Eu apenas paro para olhá-lo, sem desviar minha atenção quando seus olhos se abrem mais uma vez e, serenos, encontram os meus.

— Jeon? — Ele me chama, então.

Eu engulo a saliva com dificuldade. Seu tom é calmo, mas carregado de um sentimento intenso demais, que me faz ter certeza de que o que ele quer me dizer, agora, é algo que vai me desestabilizar ainda mais.

Diante de minha espera, ele encontra a permissão para seguir em frente.

E ele segue, com um sorriso calmo, mas afetado:

— Eu sei que disse que vou esperar até que você esteja pronto para gostar de mim pelo motivo certo, mas não é justo que você faça o que está fazendo comigo.

— O que eu estou fazendo? — Pergunto, assustado com sua acusação mansa.

— Eu me apaixonei por te observar de longe. Agora que estou te conhecendo de verdade, estou me apaixonando ainda mais. Ter paciência é cada vez mais doloroso.

Eu sei que meus olhos se arregalam ainda mais, porque o oposto disso era tudo que eu esperava. Como me conhecer melhor, conhecer o desastre que sou, poderia aumentar seus sentimentos por mim?

Mas Jimin parece ter absoluta certeza do que está dizendo, e eu tenho um breve sobressalto quando ele envolve meu dedo mindinho com o seu indicador e me puxa para que volte a andar ao seu lado. Mas ele mantém nossos dedos entrelaçados mesmo quando consegue o que queria. E eu também não o solto. Meu coração está puro caos, mas eu não quero soltar.

Com seu indicador entrelaçado ao meu mindinho assim como nossos caminhos se entrelaçaram, ele me olha e sorri mais uma vez, seguro de si:

— Mas eu ainda tenho paciência e ainda vou esperar, porque eu sei... — No ritmo de suas palavras, seu dedo envolve o meu com mais força. — Eu sei que você está começando a gostar de mim também.

Continua no próximo capítulo.

Eu queria conseguir explicar pra vocês quão complicado foi escrever esse capítulo, viu? mas sei que a leitura também não foi lá a coisa mais fácil do mundo

Ele fugiu um pouco da abordagem mais sentimental que estava tendo nas últimas atualizações e voltou para aquela pegada de conversa de doido, porque ela é necessária para começar a juntar as peças do quebra-cabeças, mas espero que a leitura tenha sido pelo menos interessante. Ou vocês morreram de tédio? (podem ser sinceros, em questão de emoção esse tá looonge de ser meu capítulo fav :x)

Mas acho que pelo menos da Sora vocês gostaram, né?

O nome dela me faz lembrar da Sora de Kaleido star e eu fico: nostálgica 

Mas ah! A teoria do multiverso não é uma teoria científica, apesar de ser estudada por cientistas. Ela ainda não tem comprovações, por isso eu tomei a liberdade de abordar da forma como está sendo abordada aqui em CC e adequá-la à realidade da história

E aquela cena do sonho do Jungkook foi uma cena utilizando o universo de submissive, mas lembrem: não é necessário ler a história! Quem não leu, apenas considere aquele jikook como um que existe num dos infinitos universos que Yoongi citou

Ainda existem muitas peças para montar a imagem final, então não se preocupem caso não tenham entendido, ok?? O normal é ainda estar tudo bem confuso mesmo, mas juro que uma hora vai fazer sentido! Mas se quiserem falar mais sobre as loucuras que foram discutidas nessa att, podemos conversar melhor lá na #belindaepandora

Mais uma vez, último espaço reservado para teorias, pensamentos e surtos por essa história ficar dando nó na cabeça de vcs. Beijos e até o próximo!! <3

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