[f(13) = 5x - 52] Quem
🔮
No capítulo anterior:
Como se minha força fosse drenada, o aparelho escorrega até o chão. Porque não é mais dia 21 de outubro. É dia 22.
[...]
Depois do dia 21, vem o dia 22. Essa é a ordem natural. No entanto, o natural, agora, me parece estranho.
Então ao mesmo tempo em que uma sensação excelsa de alívio reivindica seu lugar, minha paleta de sentimentos conta também com uma pontada dolorosa de medo e, ainda maior, falta de compreensão.
Por que, depois de se repetir por tantas vezes, o dia 21 de outubro finalmente encontrou seu fim?
De tão tomado pela confusão, eu não esboço qualquer outra reação imediata. Pensamentos e possibilidades bombardeiam minha mente como uma chuva de meteoros. Para Jimin, não parece ser diferente.
Então eu o olho. Com a esperança de encontrar em sua expressão um lampejo de entendimento. A mesma que domina cada traço de seu rosto no momento em que ele interliga os pontos, segundos antes de dar voz ao que se passa em sua cabeça. Eu tenho esperança em sua genialidade, utilizando-a quase como uma âncora.
Mas tudo que ele exibe, depois de se perder nos próprios pensamentos, é um medo ainda mais intenso que o meu próprio.
— Hoseok! — Ele então brada o nome do terceiro elemento envolvido nessa desordem.
Honestamente, talvez o elemento mais afetado, também.
Sem falhar em seu propósito de me servir, minha mente rapidamente percorre um caminho imaginário que me faz entender por que Jimin parece tão preocupado.
São apenas segundos, mas tempo o suficiente para que ele já tenha corrido para fora de minha casa. À altura em que o sigo, Park já está dentro de seu carro, partindo com o canto dos pneus contra o asfalto quando faz uma curva para retornar à sua casa, onde eu profundamente desejo e espero que Hoseok ainda esteja, e esteja bem.
— Hyung? — Ainda parado sem reação na porta de casa, eu ouço a voz de meu irmão mais novo. Ao olhar para trás, eu o vejo bocejando enquanto coça um dos olhos com a mão, o cabelo seriamente despenteado e acho que um pouco de baba seca no canto da boca. — Que horas são? Aquele era o carro de Jimin hyung?
— Era o carro dele. Já passou de meia noite. — Eu respondo, mais uma vez soterrado por uma infinidade de sentimentos.
Agora, felicidade. Porque Junghee lembra de Jimin, então ele lembra das últimas horas que tivemos juntos. Sendo assim, muito mais que provavelmente, minha mãe também lembra. Ela lembra de sorrir pela primeira vez depois de tanto tempo, de sentar à mesa com seus dois filhos, de cuidar de mim. Ela lembra.
— Vocês brigaram? — Junghee ainda pergunta, preocupado. — Por que ele saiu desse jeito?
— Ele está preocupado com um amigo. — Respondo. Contra todas as possibilidades, com um sorriso que talvez sequer se torne aparente quando eu bagunço seus cabelos antes de virá-lo de costas para mim e prendê-lo numa chave de pescoço falsa e frouxa, empurrando-o para dentro de casa depois de fechar a porta com o pé. — Deixe de ser curioso e vai lavar essa boca suja e dormir, moleque.
Ele reclama enquanto tenta se soltar, mas quando o faz e olha para mim, eu vejo seus olhos brilhando intensamente como se sorrissem para mim.
Meu pai sempre dizia que, de todas as semelhanças, o que eu e Junghee mais temos em comum é que nós sorrimos com os olhos.
Durante três anos, nenhum de nós dois sorriu. Agora, estamos sorrindo um para o outro, olhos brilhando com a alegria provocada pela noite, enquanto nossas expressões tentam demonstrar impaciência um pelo outro.
Mas nós sabemos. E isso é o suficiente.
— Eu gosto mais de você quando Jimin hyung está perto — O moleque tem a cara de pau de dizer, de repente.
— Sério? Sai da minha frente e vai guardar sua energia pra soltar seu barro gigante quando acordar, vai.
— Você é insuportável!
— E você é uma extrusora de merda.
Junghee revira os olhos, que não estão mais sorrindo tanto quanto antes. Mas tudo bem, porque ser irmão de alguém significa amá-la, mas também torar, dilacerar e tornar pó a paciência dessa pessoa.
Quando ele marcha em direção aos quartos, eu o vejo parar por um instante ao olhar para mim. Então diz, emburrado: — Boa noite, hyung.
— Boa noite, moleque.
E então meu irmão some no próprio quarto. Na sala, ficamos apenas eu e minha mãe ainda adormecida diante da TV ligada. Cuidadosamente, eu a desligo e paro diante da mulher que ressona baixo, admirando os traços suaves de seu rosto enquanto ela se rende ao sono.
— Você está velha, mas ainda é a mulher mais bonita do mundo — Confesso num suspiro.
Com um braço debaixo de seu ombro e outro de suas pernas, eu a equilibro contra meu próprio corpo antes de caminhar com ela até o quarto. Deixando-a sobre a cama e cobrindo seu corpo com o edredom, eu escondo minhas mãos nos bolsos do moletom folgado, pouco consciente sobre o sorriso miúdo no canto dos lábios.
— Boa noite, mãe.
Sendo o único ainda acordado dentro dessa casa pequena, eu volto à sala para trancar a porta, apago todas as luzes acesas e pego meu celular antes de voltar ao quarto para jogar meu corpo sobre a cama.
— Ligue para ele. — Eu digo para mim mesmo, com o dedo pairando sobre o número de Jimin nas últimas chamadas. Eu quero perguntar sobre Hoseok, mas ao mesmo tempo me sinto tenso pela ideia de ligar para ele. Mas diferente do que seria em qualquer outro momento, não é resistência por raiva. Eu estou, quão ridículo possa parecer, nervoso.
E antes que eu vença o nervosismo, meu coração dispara e eu solto um palavrão enfurecido quando o celular começa a vibrar de repente, me dando um baita susto.
— Park. Você me assustou. — Eu digo assim que atendo a ligação.
— Como? Eu só te liguei. Não me diga que já estava dormindo e acordou com minha ligação.
Sem pensar, eu sou sincero demais: — Não. Eu estava juntando coragem para te ligar.
— Hm. — Ao ouvir sua risada, eu percebo o erro que cometi e meus olhos se arregalam tanto que quase saltam de minha cara. — Você pode me ligar sempre que quiser, Jungkook.
— Cadê Hoseok? — Rapidamente mudo de assunto, até porque esse é mais importante. No entanto, por sua leveza ao falar comigo, já pressuponho que nada de ruim aconteceu ao veterano de dança.
— Dormindo no mesmo lugar em que o deixei. — Ele responde, soltando um suspiro tranquilo. — Eu quase vomitei de alívio quando escutei o ronco dele.
Sem perceber, eu deixo uma risada baixa escapar, virando meu corpo na cama até deitar de lado, pernas puxadas contra o peito.
— E agora? Quer dizer que... acabou?
— Eu gostaria de conversar com a avó de Yoongi mais uma vez — Ele diz com algum pesar. — Ela sabe de muitas coisas e não nos disse quase nada. Mas pela forma como agiu, isso é muito mais complicado do que parece. Então eu não acho que esteja resolvido.
— Jimin... — Eu o chamo, cada vez mais encolhido em minha cama. — Você acha que um dia isso vai acabar?
— Nós vamos dar um jeito, Jungkook. — Ele diz suavemente. — Mas quando você se sentir assustado ou cansado, pode me dizer e pode contar comigo. Eu vou segurar sua mão, respirar fundo com você e te fazer ficar todo vermelho, do jeito que eu gosto. — Apesar de seu tom sincero, uma risada gostosa vai se mesclando à sua voz quando ele diz as últimas palavras.
— Babaca — Eu resmungo, mesmo que segure o meu próprio sorriso.
— Você ainda não aprendeu? Cada ofensa te obriga a me dizer uma coisa boa.
— Não tenho mais nada de bom para dizer sobre você.
— Ok, agora você tem que dizer duas coisas boas. — Ele provoca de volta, o que me faz estalar a língua num gesto que soa muito mais irritado do que me sinto. — Estou esperando, Jeon.
— Você já viu a hora? Está tarde. — Eu forço um bocejo. Lá do outro lado, Jimin gargalha de minha desculpa cínica. — Vamos dormir.
— Já escovou os dentes?
— Hm... não, mas eu mandei Junghee escovar.
— Criança. Vai escovar também.
— Você não manda em mim, Park.
— Não? Porque eu acabei de mandar. E vou mandar de novo: vai. escovar. os. dentes.
Mais um revirar de olhos. Mais um sorriso que não percebo.
— Boa noite, Jimin. — Eu interrompo a conversa, umedecendo meus lábios antes de finalizar: — Até amanhã.
Sem esperar sua resposta, eu encerro a chamada e deixo o celular cair ao lado de meu corpo antes de passar os segundos seguintes encarando o teto. Ainda sem muita energia e sem muita opção, eu o obedeço e vou escovar os dentes antes de voltar a deitar, dessa vez preparado para dormir. No entanto, um desejo latente no fundo de minha mente me impede de ceder ao sono e, depois de muito lutar contra isso, eu volto a pegar meu telefone.
Eu não gosto de descumprir o que me comprometo a fazer. Só por isso me esforcei para pensar em mais duas coisas que gosto em você (00:41)
A primeira coisa é seu dedo mindinho esquerdo. A segunda, o mindinho direito. Como podem ser tão pequenos? De qualquer forma, eu gosto. Fazem meus dedos parecerem maiores :) (00:41)
Gosto um pouco mais deles agora que sei que você gosta :) (00:43)
Até amanhã, Jungkook. Não gaste muita energia desentupindo o cocô de seu irmão :P (00:43)
— Sério, tão babaca. — Mais uma vez, eu solto no ar. Mais uma vez, sorrindo.
E só então eu durmo. Com a certeza de que nada está resolvido, mas também com um sentimento que, até então, não tive. Esperança.
Por isso, acordo com a mente tão descansada quanto possível e o coração ansioso por finalmente viver um novo dia — e meu celular, ao meu lado, acorda com uma nova mensagem de Jimin. Apenas um desejo de bom dia que, por si só, já mostra como hoje será diferente.
Ah, e eu o respondo com um emoji de soco.
Com um bocejo sonoro depois de deixar meu celular no carregador, eu coço minha cabeça enquanto me arrasto para fora do quarto. O percurso original seria o banheiro, mas eu paro sobre o piso frio quando escuto a voz de meu irmão vindo do quarto de nossa mãe.
— Mãe, mas a senhora gosta dele! — Junghee diz, a voz quase aguda soando com puro incômodo. — É só remarcar o encontro!
Curioso e confuso, eu aperto minhas sobrancelhas ao andar com cuidado até a porta entreaberta. Ali dentro, minha mãe termina de arrumar a manga do uniforme limpo de Junghee sem que qualquer um dos dois me note.
— Eu gosto, mas eu não posso fazer isso agora. — Ela diz. Com as mangas já dobradas até os cotovelos do caçula, ela o segura carinhosamente pelo rosto. — Nós tivemos uma noite tão boa ontem, Junghee. Qual foi a última vez em que eu tive a oportunidade de cuidar de Jungkook e de aproveitar a companhia de meus dois meninos daquela forma?
— Eu também fiquei muito feliz, mãe, mas não é justo a senhora abrir mão de alguém só porque Jungkook hyung pode reagir mal.
— Nós dois sabemos que ele vai reagir mal e eu não quero perder a primeira chance de reaproximação que encontrei depois de três anos. Eu não quero perder a chance de ter minha família de volta por conta de um possível namorado. Por mais que eu goste de Dak Ho, vocês são o que eu mais amo. Então esqueça isso, filho, por favor.
— Não é justo. Não é justo a senhora continuar sofrendo quando Jungkook hyung é quem não sabe seguir em frente.
— Não vamos falar mais sobre isso. — Dessa vez, nossa mãe é um pouco mais dura, reticente em encerrar a discussão. — Por que você não esquece esse assunto e começa a me explicar por que seus uniformes andam tão mais sujos ultimamente, hm?
Incapaz de prestar atenção no novo rumo da conversa, eu recuo desastrosamente até me recostar na parede, sentindo cada palavra dita dentro daquele quarto pesar como uma tonelada em meu peito.
Uma parte de mim parece prestes a soltar fogos de artifício por descobrir que minha mãe desistiu da ideia de sair com o homem que se chama Dak Ho. Em contrapartida, o restante de minha consciência, talvez a maior parte, parece se afogar em desespero ao perceber que eu sou a razão pela qual ela quer fazer isso. E ouvir o que Junghee pensa sobre mim, dói. Dói porque eu sei que é verdade.
E quando percebo, meu irmão está parado na porta do quarto de nossa mãe, a expressão quase apática voltada para mim assim como seus olhos arredondados. Agora, ele sabe que eu escutei — mas se pretendia dizer qualquer coisa, eu o impeço ao finalmente passar para dentro do banheiro, trancando a porta em seguida.
Depois do banho e de vestir minhas roupas suficientemente pretas, quentes e folgadas, eu pego minha mochila, o capacete e meu celular carregado pela metade, pronto para sair de casa.
— Café da manhã, fedorento. — Minha mãe diz assim que passo pela porta da cozinha, o que me faz estancar no lugar.
Ali, Junghee está sentado à mesa, já terminando de comer, e minha própria comida já está servida.
Sem qualquer resistência para negar sua ordem, eu deixo minhas coisas numa das cadeiras livres e me sento na outra, sob o olhar de meu irmão e minha mãe, que se esconde detrás de sua xícara de café.
— Você e Jimin são amigos há muito tempo? — De repente, ela pergunta.
— Não mesmo. — Respondo, a boca cheia de omelete.
— Bom... fico feliz que sejam amigos agora. Ele realmente parece um rapaz muito bom. — Ela diz ao ficar de pé para deixar sua xícara e prato na pia. — E também parece gostar muito de você.
— Como é?
— Ele te olha assim — Junghee diz, logo apoiando a cotovelo na mesa, o queixo na palma da mão e mirando os olhos em mim enquanto sorri como... bem, como Jimin sorri enquanto olha para mim.
— Besteira. — Eu digo, quase abocanhando metade do omelete de uma vez.
— Não, seu irmão está certo. Ele te olha com muito carinho. — Minha mãe diz, de alguma forma muito contente por isso. — Mas você não olha do mesmo jeito para ele.
Eu apenas dou de ombros, silenciosamente terminando de comer enquanto Junghee e minha mãe aceitam o fim da conversa e começam a arrumar a mesa. Quando termino, eu arrasto a cadeira sobre o chão para ficar de pé e ir lavar meu prato, mas sou interceptado antes de pegar a bucha.
— Deixe que eu lavo. Você pode levar seu irmão até a escola?
— Ok.
Ela sorri pequeno, as primeiras rugas se seu rosto se intensificando pelo gesto. Em seguida, ela pega o prato de minha mão. — Então tenham um bom dia, os dois. Se comportem. E você, Junghee, cuidado com esse uniforme!
— Sim, senhora...
— Bom dia para a senhora também. — Eu digo. Ao pegar minhas coisas, eu passo por trás de Junghee e dou um tapa em sua cabeça, atrapalhando-o em seu jogo idiota no celular: — Anda, moleque.
Com alguma reclamação que não me preocupo em ouvir, ele fica de pé e me segue até Belinda, ao lado da qual colocamos nossos capacetes e montamos em seguida.
Com Junghee na garupa eu quase instintivamente piloto com mais cuidado, então não temos muitos problemas até que paro em frente à sua escola e ele desce, deixando seu capacete no baú traseiro da moto.
— Se comporte. — Eu digo, prestes a girar o acelerador. No entanto, ele segura a manga de minha jaqueta antes de me deixar ir.
— Eu sei que você ouviu minha conversa com nossa mãe hoje de manhã. — Ele revela sem enrolação alguma, a expressão dividida entre esperança e repreensão. — Pensa bem, hyung. Eu sei que não te faz bem viver tão preso ao passado, então por que você quer fazer o mesmo com ela?
Eu pisco por trás da lente do capacete, que impede que meu irmão mais novo veja minha expressão de choque nesse exato momento.
Por deus, esse menino tem mesmo quinze anos?
Antes de esperar minha resposta, ele me solta e aperta os ombros, algo como um sorriso brincando em seus lábios finos quando ele acena, já recuando com passos desastrados. — Obrigado por me trazer. E é você quem precisa se comportar. Tchau, hyung.
— Tchau, moleque. — Eu ainda respondo sem perceber que o faço e sem ser ouvido. E quando vejo dois garotos apontando e gritando em sua direção, eu apenas pressuponho que são seus amigos e finalmente giro o acelerador de Belinda mais uma vez, pilotando com menos cuidado agora que não tenho meu irmão na garupa.
Sem atrasos, eu chego à Hangsang e deixo Bee na vaga de sempre antes de saltar para o chão. Enquanto caminho para o prédio velho do departamento de matemática, logo ouço passos se unirem aos sons de minhas botas esmagando os pedregulhos no asfalto.
— Jungkook! — Ah, não.
Eu paro de andar, tentando suavizar minha expressão de impaciência antes de girar sobre meus pés e virar para trás. — E aí, Woo-ri.
— Você não veio ontem? Estava se sentindo mal?
— Algo assim. — É o que digo, não me sentindo a melhor pessoa do mundo por ter esquecido completamente de sua existência.
— Ah... Espero que esteja melhor. — Ela sorri e, bem, nem o desarranjo na linha do tempo fez seu sorriso deixar de ser bonito. Aliás, Woo inteira é linda, apesar de não parecer ter consciência disso. — Eu estava pensando...
— Ei, Romeu! — Uma nova voz interrompe a sua e é claro que sequer preciso olhar para o lado para saber que é Jimin. Mesmo assim, eu olho.
Do estacionamento, eu o vejo caminhar em minha direção com Hoseok ao seu lado. Óculos de sol apoiados no topo da cabeça, revelando seu olhar ferino mirado em Woo-ri antes de voltar para mim. Então exibe um sorriso tão desconfortável quanto parece ser a calça justa que está vestindo.
— Woo, eu preciso ir. — Digo para ela, diante de sua inconfundível expressão de desânimo. No entanto, ela logo tenta disfarçar com um sorriso.
— Ok. Nós nos falamos depois. Me avise se precisar de ajuda com a matéria de ontem. Provavelmente não vai precisar porque você é quase um gênio, mas, hm... me avise, ok? Ok. Ok, eu já vou.
— Ok. — É tudo que digo, até um pouco divertido por seu jeito tão atrapalhado. Diante de minha resposta, ela dá uma risada baixa, discreta, e gesticula com a cabeça antes de abraçar seu punhado de livros com mais força e se adiantar departamento adentro.
Quando ela some de nossas vistas, Jimin e Hoseok já estão em minha frente — o veterano ainda parecendo fraco e indisposto, mas com energia o suficiente para estar aqui.
— Como ele está? — Eu pergunto para Jimin antes que ele diga qualquer coisa, queixo apontando para Hoseok.
— Você pode falar diretamente comigo. — Então o mais velho de nós três responde, apático demais para parecer incomodado.
— Então responde, oh maluco. — Resmungo. Ao contrário dele, expressando bastante meu incômodo.
— Jungkook. — Não pela primeira vez, Jimin repreende, sua mão constantemente tocando as costas de Hoseok. Eu apenas reviro os olhos. Para as duas coisas.
Ao seu lado, Hoseok suspira. — Eu estou um pouco tonto, mas feliz por hoje finalmente ser terça-feira. — Ele diz, um sorriso pequeno demais para seu rosto acompanhando seu comentário seguinte: — Ninguém merece viver uma segunda tantas vezes seguidas.
— Nós finalmente vamos concordar. — Eu aperto meus ombros, mãos sempre escondidas.
— Yep. Mal posso esperar para viver uma sexta outra vez. — Jimin é o último, revirando os olhos como quem deseja muito algo. Hoseok ri.
Em seguida, silêncio. Nós três nos encaramos na ausência de palavras, até que o veterano de dança toma coragem para perguntar: — E agora?
— Eu pensei em irmos para a aula. — Jimin diz, ponderando o próprio tom. — Claro que você, Hobi, não vai poder fazer esforço. Mas nós podemos nos encontrar no horário de almoço, talvez discutir mais algumas coisas, definitivamente entrar em contato com Yoongi. Talvez voltar um pouco à normalidade nos ajude a nos distanciar de tudo isso e talvez a distância ajude a ter uma visão macro do todo. Acho que precisamos disso. Tudo bem por vocês?
Hoseok assente suavemente. Eu faço o mesmo em seguida, com meus ombros.
Não que eu esteja dizendo que estou com saudades de assistir uma aula de estrutura de dados, mas é exatamente isso que estou sentindo.
— Ok. Então nos vemos no refeitório no horário de almoço. — Jimin bate o martelo, apertando a língua entre os lábios cheios antes de mordiscar um inferior e me oferecer um sorriso pequeno. — Até mais, Jeon.
Eu puxo uma mão para fora do bolso da jaqueta, acenando para ele e para Hoseok quando os dois começam a se afastar em direção ao departamento de dança. Mais uma vez sozinho, eu sigo para, pelo que parece a primeira vez em meses, tentar viver um dia normal.
— Andou matando aula, Jeon? — Logo quando achei que o dia chegaria à metade sem dores de cabeça, a voz de Jang Jitae me alcança na saída da última aula. — Não te vi ontem.
O que posso fazer? Um dia normal, nesse departamento, envolve o professor mais preconceituoso do campus me enchendo o saco por causa das tatuagens ou por qualquer outra coisa que eu faça. Respirar é um exemplo.
— E você sentiu minha falta? — Devolvo, virando para olhá-lo, sobrancelhas arqueadas e tudo.
Ele sorri, azedo. Um tapinha indesejado é dado em meu ombro quando ele se aproxima para dizer: — Senti esperança. Acreditei que você finalmente tinha percebido que não pertence a esse lugar.
Não é proposital, mas meu maxilar trava e meu sangue ferve quando recebo o segundo tapa debochado e ele acena, finalmente se afastando de mim.
— Tenha um bom dia, Jeon.
Eu o amaldiçoo completamente, girando sobre meus próprios pés para voltar a dar passadas pesadas departamento afora, sem sentir meu ânimo melhorar mesmo depois de percorrer todo o caminho até o refeitório.
Ao entrar no prédio com paredes intercaladas a janelas enormes e com o salão ocupado por matrizes de mesas de doze lugares, a primeira coisa que eu vejo é a fila enorme.
A segunda, é Jimin.
Ele está recostado numa pilastra, à espera de algo. Ao me ver, ele sorri suavemente e logo percebo que era por mim que estava esperando.
— Está com fome? — Ele então se aproxima para perguntar. — O cardápio de hoje é frango agridoce, arroz, berinjela empanada e caldo de legumes. Como sempre, tudo sem sal e quase sem gosto.
— Já perdi a fome. Pode ir para a fila sozinho, eu vou sentar em algum lugar.
— Como assim? Com esse tamanho todo, você precisa de bastante energia para se manter de pé.
— Sério, vai sozinho.
Jimin revira os olhos, se posicionando atrás de mim com as mãos em minhas costas para me empurrar para o final de uma das filas: — Sem chance.
Eu apenas suspiro, me deixando ser levado pelo toque firme, mas de alguma forma suave, de suas mãos quando elas escorregam da altura de meus ombros até pousarem em minha cintura.
Ao pararmos em nosso lugar, suas mãos travam em meu corpo por um instante até que, instantes depois, se afastam lentamente.
A sensação que me domina diante de seu toque e, posteriormente, diante da ausência dele é tão confusa que eu deliberadamente a ignoro, uma tosse desajeitada tentando dar fim ao pigarro em minha garganta.
— Alguma coisa te estressou mais cedo? — Depois de algum tempo de silêncio, Jimin resolve questionar. — Você parece mais emburrado que o normal.
Eu apenas dou de ombros. — Jang Jitae. Pra variar.
— De novo esse cara? — Jimin soa inconformado. — Ele te persegue tanto que já estou começando a acreditar que é secretamente apaixonado por você. Nem me surpreenderia. Ele não seria o primeiro.
— Nem brinca com uma coisa dessas, Park.
— Absolutamente nada do que eu falei foi brincadeira.
Eu apenas faço um gesto de negação, me recusando a pensar demais sobre o que ele falou. Talvez porque, no fundo, eu já reconheça as possibilidades.
— Enfim. — Diante de meu silêncio, Jimin volta a falar. — Não deixa aquele constipado te afetar. Eu sei as coisas que ele fala e, na boa, você é um maldito gênio da matemática. Essa universidade é, sim, o seu lugar.
— Eu sei que é. Mas ele me come o juízo — Resmungo, olhando-o pelo canto dos olhos quando percebo seu olhar focado em mim, acompanhado de um sorriso torto.
Ao meu lado na fila, Jimin empurra meu ombro com o seu, cedendo a uma risada quando começa a falar: — Você todo seguro de si é um tesão, Jeon.
Eu reviro os olhos, me adiantando em dar uma passada para a frente quando a fila anda um pouco mais. Em minhas costas, Jimin ri ainda mais alto ao perceber que, mais uma vez, me deixou constrangido. E contra minha vontade, meus próprios lábios lutam para exibir um sorriso.
Mais quinze minutos passam até que possamos nos servir, tempo durante o qual Jimin não perdeu nenhuma mínima oportunidade de falar comigo e, tão recorrente quanto, me provocar às custas de qualquer coisa. Não diferente de como ele costumava agir a cada curta interação entre nós dois, mas, agora, raiva é o que eu menos sinto.
— E eu que preciso de muita energia, huh? — Pergunto ao vê-lo caminhar comigo para fora da fila, a bandeja ocupada por duas porções de cada condimento e proteína.
— Você sabe que é para o Hoseok — Ele resmunga, me lançando uma olhadela que finge mal humor.
— Se você diz...
Jimin revira os olhos, mas ri ao mesmo tempo. Sem falar mais nada, no entanto, nós seguimos até a mesa onde Hoseok nos esperou durante o tempo em que estivemos na fila, Park logo colocando as porções e os hashis à frente do veterano enquanto eu permaneço de pé com a bandeja em mãos, consciente sobre a pessoa que nos olha de uma mesa no outro lado do refeitório.
Yoongi.
— Jimin. — Eu o chamo, apontando com o queixo quando ele olha para mim. — Yoongi.
Ele logo olha para a direção na qual aponto, depois segue o olhar do bruxo piromaníaco e percebe que ele não está olhando para nós três. Está olhando para Hoseok.
— Hobi, — Jimin então o chama. — acene para Yoongi, pedindo para ele vir até aqui. Pode fazer isso?
O veterano de dança olha para o bruxo do outro lado do refeitório, só então parecendo perceber que é o foco de sua atenção. Mesmo claramente surpreso por isso, ele segue o pedido de Jimin, acenando para que Yoongi se aproxime. Lá do outro lado, o formando de astrofísica percebe o chamado e seus olhos pequenos se arregalam enquanto ele aponta para o próprio peito. Hoseok balança a cabeça para cima e para baixo, acenando uma última vez.
— Ele tem o coração mole por você. — Jimin observa assim que vê o bruxo levantar para caminhar em nossa direção, carregando a própria bandeja com o almoço.
Hoseok aperta os olhos e aperta os ombros, deixando as mãos entre as pernas enquanto olha para algum ponto na mesa, parecendo constrangido.
— Ei. — Então Yoongi para ao lado da mesa, as mãos segurando as bordas da bandeja com tanta força que os nós dos dedos poderiam perder a cor. — Você me chamou?
Hoseok olha para ele, ainda sem muito jeito quando faz que sim com a cabeça.
— Senta aqui. — Jimin diz, apontando para uma das cadeiras livres. Yoongi olha para cada um de nós, até receosamente sentar.
Estando os quatro acomodados, ele pergunta: — Desde quando vocês três são amigos?
— Então. — Jimin pisca suavemente, batendo os cílios em sua mania insuperável. — É uma história complicada.
O bruxo não parece satisfeito pela resposta. Claramente, todas as suas memórias do dia 21 que vivemos juntos foram apagadas de vez. — Certo... E por que eu estou aqui?
— Porque nós precisamos encontrar Seon Yeong de novo. — Jimin é direto. — Nós queremos que você nos ajude a falar com ela mais uma vez.
— Mais uma vez? — Yoongi repete, os olhos entregando toda sua confusão. — Como vocês conhecem minha avó?
— A versão curta é que tem algo muito estranho acontecendo. Você sabia que viveu o dia 21 de outubro quase sete vezes seguidas? — Jimin pergunta, e prossegue a despeito da expressão do bruxo. — Nós já tivemos essa conversa e você nos ajudou da última vez. Foi assim que conhecemos sua avó. Agora, precisamos falar com ela novamente.
Yoongi parece dividido entre confusão e irritação. — Não importa quantos boatos existam sobre minha família por aí, é completamente nojento vocês brincarem envolvendo o nome de minha avó.
— E lá vamos nós... — Resmungo, enfiando um pouco de arroz na boca.
— Nós nunca brincaríamos com isso. — É Hoseok quem diz.
— Nós não brincaríamos. E você pode não lembrar, mas já teve provas disso antes. Então você me deu algo para te provar que isso aconteceu e que nós não estamos tentando te sacanear.
— É? E o que foi que eu te dei? — Questiona, desacreditado.
— Eu estou aqui para te salvar. Eu estou aqui para arruinar você. — Jimin cantarola, serenamente, certo de que isso é o suficiente. Eu não sei que música é, mas lembro de ouvir Jimin cantando enquanto estava em minha casa. E apesar de não entender por que a música é tão importante, Yoongi entende e seus olhos se arregalam em choque. — É o trecho de uma música que você está escrevendo. O nome é Pied piper e você ainda não mostrou para ninguém, só para mim. Para que eu tivesse uma prova de que você confiou em nós três e pudesse confiar novamente, depois de esquecer.
Yoongi continua com a expressão assustada, olhando para cada um de nós antes de se recostar na cadeira, coçando a testa.
— Jesus. — É tudo que ele diz.
Jimin sorri, tranquilo. — É uma música muito boa, aliás.
— Obrigado. Mas meu deus. Se eu te mostrei essa música, então a situação deve ser mesmo séria.
— Bastante. Então. Vamos poder encontrar sua avó?
— Eu vou ligar para ela. Pedir que vocês sejam adicionados à lista de visitantes. — Yoongi fica de pé, parecendo esquecer do resto do almoço em sua bandeja. E pede, antes de se afastar enquanto já disca um número em seu celular. — Me deem um minuto.
— Parece melhor que correr o risco de sermos pegos fazendo algo errado, agora que não sabemos se esse dia vai se repetir, ou não. — Jimin pondera, usando alguns segundos para observar Yoongi já afastado. Quando volta a olhar para mim, ele me vê roubando um pedaço de frango da bandeja do piromaníaco e então seu rosto se contrai em tédio. — Sério, Jeon?
Eu apenas dou de ombros, enfiando a isca de frango na boca.
Ele revira os olhos, mas Hoseok não parece dar muita atenção a isso e apoia os hashis na bandeja antes de arrastar a cadeira no chão para também ficar de pé. — Eu preciso ir ao banheiro. — Anuncia. Antes de sair, olha para Jimin: — Não deixe ele comer meu frango, por favor.
Jimin ri do pedido, mas garante que não deixará. Assim que Hoseok vira as costas, então, eu quase me jogo sobre a mesa para tentar roubar um pedaço, mas Jimin me lasca um peteleco na testa para me fazer recuar.
— Eu preciso de energia para manter esse tamanho todo funcionando, esqueceu? — Pergunto, contrariado.
— Não era você quem estava sem fome?
— Mudei de ideia. — Respondo, displicente, e logo vejo Jimin rir.
— Gracinha. Mas não, sem mais frango para você. Coma o seu.
Eu me jogo na cadeira mais uma vez, irritadiço, e enfio na boca uma rodela inteira de berinjela empanada. Enquanto mastigo, Jimin me olha como quem pondera algo. Eu já sei que ele irá fazer uma pergunta, e demora um tempo até que finalmente o faz.
— Então... você e aquela Woo-ri do seu departamento. Qual o lance?
Eu sabia que ele perguntaria algo, mas me surpreendo pelo que ele pergunta. Mesmo assim, respondo: — Não tem lance. Foi coisa de uma noite.
— Ah. — Ele sorri de canto, assentindo enquanto pega um pouco de arroz. Antes de levá-lo a boca, diz: — Que bom.
Eu o olho em silêncio, umedecendo o lábio num gesto nervoso antes de interromper essa conversa para não começar a pensar o que não devo ao vê-lo tão aliviado.
— Certo. — Digo, ansioso. — E sobre nossas teorias? Você pensou em algo que explique por que o dia 21 finalmente parou de se repetir?
Jimin parece consciente sobre minha tentativa de mudar o rumo do diálogo, um sorriso atento brincando em seus lábios. Mesmo assim, ele responde: — Mais ou menos. O mais lógico é pensar em tudo de diferente que fizemos e descobrir se alguma dessas coisas pode ter sido a causa.
— Vai ser difícil. O dia inteiro foi completamente atípico. — Pondero, ouvindo o som de quando ele suga o caldo da colher, sempre olhando para mim.
— Quando eu estava jantando com sua família, depois nós lavamos os pratos juntos... eu quase senti que era um dia normal. — Jimin confessa. — Talvez seja isso? Talvez nós precisássemos agir como se fosse um dia como qualquer outro?
— Talvez. — Eu considero a possibilidade, mas algo me incomoda. — Mas se for isso... por que Seon Yeong me disse que eu sabia o que eu precisava fazer enquanto me mostrava uma alucinação de nós dois juntos em várias realidades diferentes?
Assim que me ouve dar voz aos meus pensamentos, os olhos bonitos de Jimin se arregalam como se ele subitamente entendesse todo o universo.
— É isso! Nas visões que você teve, nós estávamos juntos. E ontem você finalmente aceitou uma trégua comigo. Nós finalmente nos demos bem de verdade e então milagrosamente o dia 21 acabou? Deve ser isso, Jungkook.
Certo. Poderia ser, apesar de não entender como isso seria tão importante a ponto de gerar um lapso na sequência do tempo. No entanto, existe um outro detalhe.
— Jimin... nas visões — Eu me sinto nervoso ao precisar dizer. — Nós estávamos juntos como um... — Inferno, eu realmente estou constrangido. Com um pigarro, eu diminuo o tom de voz: — juntos como um casal.
Apesar da revelação, Jimin não parece surpreso, nem desacreditado sobre sua nova teoria. — Eu já tinha entendido isso, Jungkook. Quem não entende essas coisas é você.
— Como é? — Pergunto, ultrajado.
Jimin gargalha: — Pelo amor de deus. Você é completamente tapado, ou pelo menos finge ser. Então ou é tapado ou dissimulado e eu nem sei o que é pior.
— Você anda me ofendendo muito mais do que eu ando ofendendo você. — Aponto, sobrancelhas franzidas e olhos apertados.
— É. Eu gosto de ter uma desculpa para dizer todas as coisas que gosto em você.
Maldição. Ele realmente precisa parar com isso.
— De qualquer forma — Eu começo, tentando fugir da conversa mais uma vez. No entanto, Jimin parece disposto a não deixar isso acontecer agora.
— Calma. Eu ainda não disse do que gosto em você para compensar pela última ofensa. — Ele diz, a expressão séria, mas adornada por suavidade enquanto seus olhos continuam inteiramente focados em mim.
Acuado por sua forma de me olhar agora, eu busco por Yoongi, mas ele ainda está falando no telefone. Então olho na direção do banheiro e encontro Hoseok caminhando de volta para a mesa, mas não rápido o suficiente para que eu escape do que vem a seguir.
— Já que o universo parece querer que nós sejamos um casal, acho que eu finalmente posso dizer o que mais gosto em você. — Jimin volta a falar. Eu não quero olhar para ele, mas meus olhos são atraídos de volta para os seus como magnetismo, e eu sinto meu coração disparar quando ele sorri e, pela primeira vez, parece nervoso. Mesmo assim, ele diz: — O que eu mais gosto em você é você, Jungkook.
Eu sei que estou há tempo demais sem piscar. Sei que estou respirando desastrosamente mal e sei que, mesmo assim, não consegui escapar do olhar de Jimin sequer por um segundo.
E diante de minha reação silenciosa, mas tão caótica, Jimin vai até o fim.
— Existe uma pessoa de quem eu gosto. — Ele revela com a voz ansiosa, mesmo que eu já soubesse. Eu lembro de Namoo perguntando sobre isso.
Eu lembro de acreditar que essa pessoa era Jinhei.
Agora, é impossível continuar acreditando que é ele. E minha nova certeza é tão desesperadora que eu arrasto a cadeira no chão tão sonoramente que algumas pessoas ao redor olham em minha direção quando fico de pé, prestes a fugir daqui. Mas então Jimin me segue com o olhar, meu corpo inteiro trava no lugar, sua expressão sem sorriso, cheia de nervosismo.
Talvez ele esteja tão apavorado quanto eu estou agora. Mesmo assim, ele confessa:
— A pessoa de quem eu gosto é você, Jungkook.
↬ Continua no próximo capítulo.
Agora Jungkook não pode mais pagar de doido e fingir que não sabe de nada hehe como vocês acham que ele vai reagir agora? acham que jimin deveria manter em "segredo" por mais tempo?
Olá, nenéns! Como vocês estão?
Eu gostaria de pedir a atenção de vocês por um minutinho, só pra esclarecer algo: como muitos já perceberam, cem chances está, sim, interligada a outras fanfics minhas. É um universo que se inicia em Fated e se expande principalmente para Submissive, apesar de também envolver minhas outras obras. De qualquer forma, o foco principal nessa interligação é Fated/Sub/CC.
SÓ QUE, para alguns leitores, essa é a primeira história minha a ser lida e nesses casos a leitura pode ficar um pouco mais confusa, inicialmente. Eu quero deixar claro que vou fazer de tudo para que cem chances seja compreendida independentemente da leitura das outras obras, certo? Eu estou explicando isso desde já porque não quero que absolutamente ninguém se sinta obrigado a ler as outras fanfics aqui citadas para entender Cem chances. Principalmente porque sub é uma história muito extensa e fated é angst puro, então pode ser bastante desconfortável pra quem, assim como eu, não sabe lidar muito bem com esse tipo de leitura. Então se quiserem ler alguma das minhas duas outras filhas, eu vou ficar MUITO feliz de verdade, mas não o façam achando que é essencial para entender >essa< obra, ok??
Ufa! Se essa for a primeira vez lendo uma fanfic minha, talvez seja um pouco estranho ver notas finais tão imensas, mas meus leitores antigos já sabem que eu sempre falo demais hahahaha desculpaaa
Por último, eu só gostaria de compartilhar com vocês que dia 17 foi meu aniversário. Quem me acompanha há mais tempo já sabe que meus últimos aniversários foram horríveis, então eu tinha pouquíssima expectativa para o desse ano, mas acabou que foi o MELHOR de todos!!!! Eu ganhei DUAS festas surpresa no estágio, almocei com minha família no meu restaurante favorito, fui ao cinema com meus amigos e depois encontrei meus outros amigos no apartamento de um deles e eu ri tanto enquanto a gente conversava que deu até vontade de vomitar hahahaha é impossível descrever o quanto eu fiquei feliz com todo mundo separando um tempinho pra me dar atenção ):
(só compartilhando porque eu sei que alguns de vocês se preocupam bastante comigo e têm muito carinho por mim (sempre foi e sempre será recíproco <3) e queria que vocês soubessem do quanto meu dia foi especial!)
E ah, sabem que dia é amanhã? :xxxx 21 de outubro. Segunda feira. hehehehe
Ok, já me calei! Mais uma vez, esse último espacinho é reservado às teorias de vocês (eu realmente quero saber como vcs acham que o jk vai reagir e qual vai ser o futuro da relação dos jikook agora :x) Beijos e até o próximo!
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