Capítulo 7
HANSEONG: D. JOSEON,
HÁ CERCA DE 600 ANOS
Jeon Jungkook tentou aterrissar sobre a plataforma de pedra abaixo do portal junto a Park Jimin, que se encontrava em seus braços se debatendo freneticamente. Quando seus pés tocaram o pedregulho com demasiada força, toda a torre de pedras tremeu, provocando um ruído que ecoou os céus da região, possivelmente sendo ouvido a quilômetros de distância. A montanha começou a ceder, e as rochas foram caindo como meteoros ao chão, uma a uma.
Diante de tal situação, o elfo teve de buscar por uma solução instantânea. Não poderia fracassar justo agora que estava na reta final de sua missão. Hesitou por alguns segundos, já que fazia anos desde a última vez que utilizou tal poder, todavia, fechou as pálpebras e se concentrou. Aos poucos, chamas foram surgindo em seu corpo, de baixo para cima, saindo dos pés até as pernas. Quando abriu os olhos, que faiscavam em um vermelho vibrante, neon, ele saltou da torre que se desfazia, sem medo dos cerca de oitenta metros de altura daquele local. Sua silhueta começou a flutuar ali enquanto caía lentamente, já que o fogo ardente suportava o peso do seu tronco junto ao garoto que carregava.
Jimin tinha o rosto totalmente úmido de suor. Era insuportavelmente quente para ficar ali, e ele só queria poder voltar para casa. As pálpebras permaneciam apertadas, e sua mente tentava pensar apenas em unicórnios fofinhos. Não queria ter que retornar para a realidade que tanto lhe assustava. Era tudo muito insano, só podia estar vivendo dentro de um pesadelo.
54, 55, 56, 57, 58, 59, 60 unicórnios... 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69...
— Pronto. Já pode abrir os olhos... É seguro agora. — Ouviu a voz que atormentava seus pensamentos e simplesmente continuou como estava, sem sequer se mover.
Por favor, me faça acordar desse sonho, me faça acordar desse sonho, me faça acordar desse sonho, me faça acordar desse sonho, me faça acordar desse sonho... Por favor!
— Senhor? Você está bem, senhor? — Jungkook repetiu. Jimin ainda sentia muito calor ali, era como se estivesse dentro de um forno. Não queria ceder, pois, por mais que ele dissesse que era "seguro", não conseguia acreditar. — Senhor? Senhor?
O moreno balançou o corpo do médico, esperando por alguma reação. Estava ficando preocupado. Será que o ser angelical em seus braços passava mal?
Vagarosamente, Park abriu os olhos. A primeira coisa que viu foram aquelas íris vermelhas, e isso era amedrontador. Também percebeu as orelhas compridas dele e, por um momento, achou aquilo de fato realístico. Será que eram realmente suas próprias orelhas? Piscou mais três vezes e chacoalhou a cabeça. Não estava delirando, estava? Não estava delirando dentro de uma fanfic, estava? Porque, sinceramente, aquilo se assemelhava ao tipo de fanfics que sua irmã costumava escrever.
— Ei! Me ponha no chão, orelhudo! — gritou repentinamente, tentando se livrar do ser místico a todo custo. Porém, descobriu que sua força não era suficiente, não foi capaz de se mover sequer um centímetro, pois o outro era forte demais. Socou o peito dele, mas sentiu uma dor nos ossinhos dos nós de sua mão, arrependendo-se imediatamente. Não era uma simples fantasia, era uma armadura de verdade. Como diabos ele possuía uma armadura de verdade?
— Por favor, se acalme, senhor. — Jungkook foi obrigado a usar outro dos seus poderes, e segurou o rosto do humano para que mirasse em seus olhos. Seus olhos vibraram novamente, dessa vez em um tom mais delicado. Isso fez o de cabelos dourados e curtos relaxar os músculos do corpo, ficando um tanto mais calmo, mas ainda assim, não se sentia totalmente confortável ali. Queria apenas voltar a ter o conforto da sua casa. — Está melhor? — perguntou ao colocá-lo no chão de maneira suave.
Jimin apenas acenou, concordando um tanto retraído ao ficar de pé, enquanto analisava a paisagem à sua volta.
Era tudo muito verde ali, sem prédios, sem construções, sem civilização. Parecia uma floresta, uma floresta escura. Olhou para o céu e mirou aquele círculo gigante de onde saíram, e era tudo muito surreal. Não poderia estar acontecendo de verdade, era inacreditável. Como poderia ter atravessado aquela auréola e se teletransportado para um local totalmente diferente de Seul?
Próximo a eles, um monte de pedras quebradas e disformes jazia, provavelmente a montanha de pedregulhos que havia despencado. Viu outras pessoas se aproximando dali, lentamente, um homem e uma mulher vestidos com roupas antigas, tradicionais. A garota em um tipo de vestido e o homem com vestes de cetim, estilo hanbok.
Onde estava, afinal?
— Q-Que lugar é esse? — foi a primeira coisa que perguntou, curioso, e ao mesmo tempo sentindo arrepios em suas entranhas. Eram arrepios involuntários, não saberia explicar o porquê.
— Estamos próximo a Nangnang, ao noroeste de Hanseong — o elfo respondeu, e ao ver a rainha e Hoseok se aproximando, fez uma reverência formal para cumprimentá-los. Park, no entanto, paralisou imediatamente.
Nangnang e Hanseong. Já havia ouvido o nome daquelas províncias. Já havia ouvido falar disso tudo em suas aulas de história no ensino médio. Era um ótimo aluno, lembrava-se muito bem daquilo, tinha uma boa memória. Hanseong era o antigo nome dado a Seul na época da dinastia Joseon. E Nangnang era onde ficava a atual Pyongyang, capital da Coreia do Norte. Mas não fazia sentido. Como poderia estar em tais províncias se nem mesmo existiam mais? Era passado, ficou na história. Todavia essa era apenas uma das primeiras coisas das quais iria se surpreender naquele lugar, pois quando voltou à realidade, ergueu o rosto e focou na garota morena de cabelos lisos e longos. Seus olhos se arregalaram de imediato, ficando quase tão grandes quanto ocidentais.
Ela era familiar. Extremamente familiar.
— N-Noona? — balbuciou, aproximando-se da Majestade. Ela sorriu para ele, apenas da forma simpática que cumprimentaria qualquer pessoa que encontrasse, e não como se estivesse o reconhecendo, afinal era a primeira vez vendo aquele garoto loiro. — Yoona? — Apesar de parecer estranha, vestida em roupas tradicionais, Jimin não deixou de se sentir feliz. Talvez fosse tudo obra da sua irmã mais velha, lhe pregando uma peça. Quem sabe estivesse tentando reproduzir uma de suas obras fictícias? Lhe trouxe para uma de suas peças de teatro?
— Oh, como você sabe meu nome? Jungkook já lhe contou? — ela perguntou, curiosa para saber mais sobre o suposto curador celestial.
O ser místico também ficou intrigado, pois nada tinha dito sobre a rainha ou qualquer informação que não fosse o corte do ferimento de Yoongi. Tal curador era certamente especial, em seu ponto de vista.
— Não... eu... ele não... — Park tentou justificar, mas era perceptível que a mais velha não estava lhe reconhecendo e isso lhe deixou nervoso. Ou será que estava fingindo? — Noona, o que está fazendo com essas roupas? Que lugar é esse? Vamos para casa, por favor... — Deixou as frases fluírem com sua voz manhosa e em tom informal, como costumava conversar com sua irmã. No entanto, a outra apenas franziu a testa, confusa com tudo o que o garoto dizia.
— Como ousa falar informalmente com Vossa Majestade? — Hoseok se impôs, tomando a frente, dando alguns passos na direção do médico. — Ela é a rainha da nação, trate-a com respeito, senhor.
Agora era a vez do de cabelos claros franzir o cenho, pois assim que reconheceu aquele homem, sentiu todo seu interior borbulhar em nervosismo. Era coincidência demais, uma estranha coincidência.
— O cartomante... É você, não é mesmo? — Jimin falou, lembrando-se do dia que sua irmã lhe apresentou seu amigo vidente. Apesar das vestes totalmente diferentes, o rosto e suas feições eram praticamente as mesmas. Era certamente a mesma pessoa.
— Não sei de quem você está falando, mas meu nome é Jung Hoseok, prazer. — O rapaz curvou-se levemente para cumprimentar aquele que todos achavam ser uma divindade dos céus.
Park ponderou. Ou eles eram muito bons em interpretação, ou realmente não se tratava das mesmas pessoas que achava que eram, porque não poderia ser uma simples coincidência, era estranho demais. Decidiu então parar de compará-los por hora, e apenas cumprimentá-los. Baixou levemente a cabeça, numa reverência.
— Perdoem-me. É que vocês se parecem com pessoas que eu conheço — desculpou-se, sorrindo timidamente. — Eu sou Park Jimin, futuro médico cirurgião. Em que posso ajudá-los?
— Que bom que está aqui para nos ajudar, senhor Park — a morena se pronunciou, aproximando-se do garoto. — Estamos com um caso de urgência, pois o rei desta nação sofreu um grave acidente. Por favor, salve-o! — A voz da Majestade suplicava por aquilo, e não somente por Min ser o rei, mas por ser seu melhor amigo, a pessoa que mais amava no mundo. Não suportaria perdê-lo.
— E onde está ele? — O curador quis saber. Desejava terminar com aquilo de uma vez por todas para poder voltar para casa o quanto antes.
❨♔♚♔❩
Jimin olhou para o animal, incrédulo. Ele tinha pelo marrom com manchas brancas. Não estava conseguindo acreditar no que aquele grandalhão orelhudo o havia ordenado. Em que época viviam para ter que se locomover a cavalo? Na era medieval? Aish, aquilo era insano! Nunca sequer havia montado em um equino, não fazia nem ideia de como começar. Apenas viu cavalos quando visitou uma fazenda em sua infância, ou em doramas históricos, pois na metrópole onde vivia, esse tipo de coisa não existia, com exceção da prática esportiva. Entretanto, decidiu tentar se aventurar.
Viu Jungkook montar o próprio cavalo e tentou reproduzir seus movimentos. Não parecia ser tão difícil assim. Primeiro, segurou na guia, uma corda que parecia conduzir o pescoço do animal, depois encaixou o pé direito na parte de baixo da sela, mas era uma altura considerável, então acabou se desequilibrando facilmente ao impulsionar seu tronco para cima.
No momento seguinte, o ser místico já estava ao seu lado, segurando seu corpo, impedindo que caísse. Não sabia como ele conseguia fazer aquilo tão rápido, mas finalmente entendeu que Jungkook não poderia ser humano. Tinha poderes especiais que o tornavam diferente. Alguns flashes de memória passaram por sua mente lembrando das chamas de fogo que surgiam das mãos do rapaz.
— Você deveria ter me dito que não sabe andar a cavalo — o general declarou, ainda com seu braço musculoso ao redor da cintura fina do loiro.
— Eu... eu... só faz t-tempo desde a última vez que p-pratiquei — o médico balbuciou, gaguejando um pouco, suando de nervosismo.
— Está mentindo. — As íris avermelhadas brilharam mais uma vez.
— O que você é? — Park finalmente decidiu enfrentá-lo diretamente. Não aguentava mais prolongar sua curiosidade, queria saber como o humanoide era capaz de soltar fogo pelas mãos, flutuar com chamas quentes em seu corpo, correr em velocidade alta, e principalmente, como conseguia detectar mentiras.
— Eu sou um elfo — respondeu simplesmente, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Talvez, para ele realmente fosse, embora vivesse no mundo dos humanos.
Park sentiu algo estranho em seu interior. Era como se borboletas estivessem batendo suas asas dentro de seu estômago, causando um calafrio ali dentro, arrepios involuntários fizeram com que cada um de seus pelos ficassem eriçados em seu corpo. Ele piscou algumas vezes, incrédulo, ainda diante do rosto belo daquele ser maldito que entrou na sua vida e a transformou em um conto de fadas.
— E-Elfos não existem, isso não pode ser verdade... Elfos s-são mitos! São personagens de contos de fadas! — tentou retrucar, mas o olhar profundo das esferas avermelhadas lhe deixava fora dos eixos.
— Então está dizendo que eu não existo? — O general finalmente soltou Jimin, ficando ao lado dele e o fitando sem desviar de seu rosto.
O loiro mais uma vez percebeu a grande altura da criatura de fogo, e isso fez com que se sentisse um mísero anão de jardim em comparação a ele. Suas mãos tremiam, pois se Jungkook fosse de fato um elfo, certamente seria capaz de lhe eliminar com bastante facilidade.
Lembrou das vezes em que viu o grandão atacar outros humanos e derrotá-los com apenas simples socos e chutes. Não seria difícil derrubá-lo, para não dizer matá-lo. Seu estômago revirou dessa vez. Estava começando a ficar apavorado, principalmente porque se encontrava a sós com o ser místico, já que a garota parecida com sua noona e o rapaz parecido com o cartomante já tinham partido em direção a onde se encontrava o paciente ferido.
— Quer que eu lhe prove?
— N-Não. Acredito em você. Eu só... é que... no lugar onde moro, elfos não existem — murmurou, claramente demonstrando seu nervosismo. Jeon percebeu e se aproximou alguns passos para tentar ajudar a acalmá-lo com seus poderes, mas ele afastou-se andando para trás, receoso.
— Não fique com medo de mim, senhor. Por mais que eu seja um elfo, não vou machucá-lo. — Continuou se aproximando e agora Jimin permaneceu imóvel. Chegou tão próximo que quase colou ambos os corpos. Abaixou seu rosto ao nível do menor e não pôde deixar de achá-lo adorável. Tinha fechado as pálpebras e sua respiração estava quente. — Vou protegê-lo e levá-lo de volta ao seu mundo em segurança assim que conseguir salvar Vossa Majestade.
E então Jimin abriu os olhos, mirando o rosto belo daquele ser. A pele levemente bronzeada, mas ao mesmo tempo um tanto quanto brilhante; o nariz perfeitamente esculpido; as bochechas perfeitas; os cabelos longos que caíam sob seus ombros; e por fim, os lábios finos e encantadores. Por que ele tinha que ser tão bonito? E não era só o rosto bonito. Seu corpo musculoso e alto era o tipo ideal para Park.
"Aish! 1, 2, 3, 4, 5 unicórnios... 6, 7, 8, 9... Aish, apenas tire esses pensamentos sujos da sua cabeça!" Mentalizou, tentando mudar o rumo da sua imaginação.
— Certo, então vamos logo! — Virou-se abruptamente na direção contrária, tentando localizar o cavalo novamente e sair de perto daquela criatura.
— Se o senhor não se importar, acho melhor que venha de carona comigo — o moreno sugeriu, segurando o seu equino na corda e o trazendo até próximo ao curador divino. Montou no animal e então estendeu a mão para o garoto.
Jimin queria evitar contato com o elfo, porém sabia que seria impossível, pelo menos até o momento que estaria de volta a sua casa confortável. Sendo assim, apenas cedeu à ideia, segurando firme na mão dele, que o impulsionou para que conseguisse subir e se sentar no cavalo, logo atrás.
— Onde está o paciente? É longe daqui? — questionou, assim que se posicionou confortavelmente.
— Ele está numa vila aqui próximo. Há poucos quilômetros — Jungkook esclareceu enquanto dava a partida com o equino, que começou a cavalgar de maneira ágil. Jimin foi obrigado a se agarrar na cintura do maior para não cair, e tal ato fez com que sentisse seu rosto esquentar de repente. Era uma sensação nova. Seu coração começava a martelar contra as paredes interiores de seu corpo, pois nunca havia entrado em contato daquela maneira com um garoto antes, e nunca imaginaria que seu primeiro contato com um garoto seria com um elfo mágico. — Segure-se firme!
❨♔♚♔❩
Depois de muito mato e floresta, algumas casinhas de madeira começaram a ser vistas. Eram, com toda a certeza, bastante antiquadas, parecidas com as dos cenários de doramas históricos que Park costumava assistir. Uma vila de um local mais pobre, um tanto abandonada, já que eram poucas as pessoas que se encontravam ali. Não demorou muito para que o elfo fizesse com que o cavalo arredasse, e logo estagnaram. Uma roda de homens vestidos em armaduras podia ser vista, junto a alguns poucos indivíduos que pareciam ser nobres.
Jimin havia acabado de chegar e os cochichos e fofocas sobre ele já começavam a se espalhar entre os soldados ali presentes. Perguntavam se ele era Hua Tuo ou alguém muito parecido com ele; comentavam sobre suas roupas brancas e seus cabelos claros e curtos. O garoto entendeu e seu rosto tingiu-se de vermelho instantaneamente ao perceber que estava sendo o centro das atenções ali. Desceu do equino com a ajuda do elfo e viu todos o olhando. Cumprimentou-os timidamente e depois seguiu o general para dentro do cômodo de madeira. Era pequeno, mas aconchegante.
Assim que seus pés avançaram adentrando o espaço, era possível ver outro rapaz ali, sentado ao lado daquele que parecia ser o paciente.
O garoto estava usando um tecido suave para secar o suor que emanava do corpo do enfermo e, pelos Deuses, se ele estava suando daquele jeito, deveria estar pelando de febre. Febre muito alta. Além disso, a ferida do corte estava exposta, e o curador celestial arregalou os olhos ao ver o estado em que aquilo se encontrava. Não estava entendendo o porquê de não haver sangue jorrando da jugular do paciente. A física não estava funcionando como deveria.
As condições daquele lugar eram péssimas para seu estado, ele poderia ser facilmente infectado por algo, aumentando as chances de inflamação.
— Oh, olá! — O garoto se levantou assim que percebeu os indivíduos se aproximando, e curvou-se em reverência. — Sou Kim Taehyung e estou cuidando de Vossa Majestade. Você deve ser o curador celestial, certo?
Curador celestial. Não sabia o porquê, mas todos ali gostavam de lhe chamar assim. Era um apelido um tanto diferente.
— Jimin. Park Jimin. — Estava prestes a estender a mão para o cumprimentar, porém resolveu devolver o cumprimento com outra reverência similar ao que o outro havia feito para si. Ficaram em um silêncio constrangedor por alguns instantes, até que Kim decidiu ir direto ao ponto para falar sobre as condições do enfermo.
— Conseguimos estancar o sangramento com a ajuda do poder de eletricidade do elfo, para desacelerar a pulsação, mas não sei quanto tempo podemos manter isso.
— Há quanto tempo ele está desacordado?
— Cerca de 16 horas.
O loiro se espantou. Como era possível ele ainda estar vivo depois de tantas horas sem sequer um cuidado adequado? Era um milagre mágico. O ideal seria levá-lo imediatamente para a emergência no hospital, mas não sabia como reagiria quando passasse por aquele portal, então apenas descartou a ideia. Lembrou-se que se sentiu tonto no instante em que ultrapassaram o círculo, então isso poderia fazer muito mal ao enfermo.
O médico então decidiu se apressar, pegou a mochila com seus utensílios cirúrgicos que estava com Jungkook e a primeira coisa que fez foi esterilizar as mãos com álcool e vestir as luvas. Porém, quando finalmente se aproximou do paciente, seu coração começou a acelerar tão rápido que já não conseguia senti-lo. Reconheceu facilmente a figura que jazia ali desacordada, e novamente se surpreendeu. Seu queixo praticamente caiu ao se dar conta de quem era aquele garoto ferido.
— Hyung? Yoongi-hyung?
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