Capítulo 19
ELFLAND,
HÁ CERCA DE 600 ANOS
Dor. Por mais que fosse um ser mágico e supostamente imortal — por ser muito poderoso e praticamente impossível de matar —, Jungkook ainda era feito de carne e osso. Cada célula do seu corpo parecia ter sido esmagada, fazendo tudo ficar extremamente dolorido dentro de si. Pôde ouvir seu coração pulsar freneticamente enquanto bombeava o sangue em ritmo rápido para tentar acelerar o processo de cura, mas cada segundo parecia se alastrar lentamente como horas. E seu interior continuava ardendo cada vez mais.
Jimin-ssi.
A lembrança de ver o seu dragão despencando dos ares junto às pessoas que mais tentou proteger há poucos instantes surgiu em sua mente. Provavelmente estavam feridos. Por mais que estivesse preocupado com Daphiny, ela era capaz de curar-se sozinha, mas Jimin... Ele poderia estar em condições críticas naquele instante. Precisava fazer alguma coisa.
Com isso em mente, tentou abrir seus olhos, mas tudo estava embaçado e desfocado e nada mais via além de vultos identificáveis, então, passou a concentrar-se no sentido da audição, o que pareceu ter sido pior ainda. Um zunido forte e persistente se fez constante em seus ouvidos, e nada conseguiu captar.
Sangue. Sentiu o gosto de ferrugem em sua boca. Enquanto isso, tudo continuava ainda mais doloroso por cada centímetro do seu ser.
— Kookie! — Park cambaleou, fraco, indo em direção ao elfo com todas as poucas forças que ainda lhe restavam. Por mais que sua pele estivesse cheia de arranhões por ter entrado em contato com a terra arenosa durante a queda, ainda conseguiu se manter de pé com certa dificuldade.
Arrastou-se até chegar ao corpo caído do amado, e suas bochechas já se encontravam totalmente úmidas pelas lágrimas. Ver Jungkook jogado ali, completamente ensanguentado por conta de hemorragia interna, era a cena mais dolorosa que poderia presenciar. Nada do que passou doeu tanto quanto perceber que seu príncipe estava sofrendo muito mais do que imaginou ser possível.
— K-Kookie — murmurou, com a voz embargada enquanto sentava-se ao lado do corpo do mais novo, tocando sua palma na bochecha dele. Viu suas íris vermelhas vacilarem, ao que ouvia um gemido sôfrego escapar dos lábios finos por conta da dor que sentia. E algo estranho e notável era que a cor dos seus olhos: eles não estavam cintilantes como de costume. — Kookie, meu amor... — Tentou adoçar seu tom, a fim de trazer paz ao general. — Será que pode me ouvir? — Sua mão segurou a maior, fazendo carinho suave ali. Sem conseguir evitar, uma de suas lágrimas escapou até escorrer o suficiente para pingar na ponta do nariz de Jeon.
Algo gelado contra a pele de Jungkook fez seus sentidos começarem a se estabilizar. Era um tanto complicado se concentrar, mas teve a sensação de ouvir uma voz, uma voz familiar que acalmou sua alma. Não sabia de fato como ele se encontrava, mas pôde sentir-se aliviado porque ele estava vivo. E ele estava ali consigo, ao seu lado. Era suficiente por hora.
— K-Kook-kie! — Finalmente seus ouvidos foram capazes de escutar, ainda que de forma picotada e fraca. Apertou a mão do garoto, como se quisesse transferir tranquilidade com tal gesto.
— J-Jimin-ssi — conseguiu balbuciar, em um fio de voz. — V-Você... se m-machucou... m-muito? — com esforço, enquanto o sangue fluía de seus lábios, ele perguntou, preocupado. Golfou, pois a sensação do gosto era terrível em sua boca.
— Shhhh... Não diga nada, por favor. Eu estou bem e vou cuidar de você. — Os olhos aguados do médico deixavam sua visão embaçada, dificultando o processo. — Descanse agora, por favor. — Acariciou os fios castanhos e longos do namorado, tentando o acalmar. — E não se preocupe, estarei ao seu lado quando acordar — confirmou, a fim de aliviar a tensão do elfo, que finalmente se deu por vencido.
A dor e o cansaço venceram a batalha contra Jeon Jungkook.
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O ser místico abriu as pálpebras, sentindo a tontura lhe invadir. Tudo pareceu girar por alguns instantes, então respirou fundo, se concentrando para se recuperar. Dessa forma, não demorou muito para recobrar seus sentidos. Assim que acordou, levantou-se ao se sentar e encostar as costas contra uma pedra rígida. Encontrava-se na caverna onde passava as noites. Logo ao seu lado, Park parecia desacordado, com seu pescoço pendido para a direita, o que poderia lhe causar uma dor. Jungkook se prontificou em colar seu ombro ao lado do loiro, fazendo sua cabeça repousar ali. Depois, segurou sua mão, entrelaçando os dedos longos aos curtos. Permitiu-se abrir um sorriso pequeno ao finalmente constatar que estava a salvo junto ao seu amor, mas seus olhos se arregalaram ao ver os arranhões diversos expostos na pele branquinha dele. Estavam avermelhados, como se estivessem inflamados, e com uma fina casquinha em fase de cicatrização.
— Oh, orabeoni... — Daphiny desfez sua invisibilidade e apareceu diante do irmão repentinamente, o assustando de forma breve. — Você finalmente acordou! Como está se sentindo? — perguntou, de maneira afobada, aproximando-se do mais velho.
— O que aconteceu? Quanto tempo fiquei desacordado?
— Você dormiu por cinco dias, mais ou menos. Qual é a última coisa que você se lembra? — A adolescente quis saber.
— Ahh... eu... lembro de estar no meio da batalha contra o Demônio dos Demônios... — O moreno franziu o cenho, tentando se recordar do que havia acontecido. — E antes disso, lembro que Bultan foi salvar você e o Jimin, mas aquela serpente demoníaca lançou algum tipo de feitiço nele e vocês caíram. Onde está o Bultan? Ele está bem?
— Orabeoni... — A feição da garota não era muito feliz naquele momento, por isso resolveu começar com as notícias boas. — Você conseguiu derrotar a serpente-lagarto... e quando você a explodiu, cada um dos demônios que restaram ali se dissipou por completo. Você é o nosso titã! Vencemos a guerra por sua causa, Jungkook! — Ela sorriu graciosamente. — Agora, alguns dos elfos começaram uma rebelião contra Yee-Ka, exigindo que ele renuncie ao trono.
— Isso não adiantará, pois não vou assumir a coroa. — Apesar de saber que esse era seu destino original, o jovem já havia se decidido. Seu destino era Park Jimin, e dedicaria tudo a ele. — Temos que voltar para a terra dos humanos agora.
— Tem certeza, orabeoni? — Daphiny fez um biquinho, triste. Suas orelhas pontudas abaixaram-se em melancolia. Passou cerca de cinco anos longe do irmão, sozinha, pois não podia contar com mais ninguém em Elfland, e agora sabia que teria que suportar tudo isso mais uma vez.
— Sim, e você vai vir conosco, pequena — revelou, decidido.
— Omo! É sério? — Seus lábios curvaram-se de surpresa, enquanto suas orelhas voltavam a ficar de pé.
— Não posso mais confiar em ninguém aqui, e sei que estará mais segura comigo. E... bom, se eu pudesse, levaria Bultan também... — murmurou, porém, ao ver a expressão da garota, seu peito se encheu de angústia. — O que foi, Daphiny?
— Eu... eu sinto muito, orabeoni... — Uma lágrima escorreu pela bochecha magra da elfa. — Mas o Bultan se foi!
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Era difícil acreditar naquilo. Não queria cair na real e aceitar a verdade.
Jeon nasceu e cresceu junto ao dragão negro, eram como irmãos. Brincaram juntos na infância, aprenderam juntos na adolescência, treinaram juntos na juventude. Era doloroso aceitar que ele não estaria mais ao seu lado, tudo por conta do maldito feitiço que o Demônio do Demônios invocou em Bultan. Ele o petrificou até a morte, em poucos segundos. Foi por isso que o ser místico desabou dos céus quando Jimin e Daphiny caíram contra o solo rígido.
Não conseguiu conter os soluços do seu choro, pois não foi capaz de proteger a todos que amava. Apesar de vencer a batalha, ainda se sentia, de certa forma, fracassado.
— Jungkook? — A voz sonolenta de Park invadiu seus tímpanos, o acalmando um pouco. O garoto endireitou o pescoço, esfregando os olhos com os punhos, ainda ensonado, mas ao perceber que seu príncipe chorava, seu peito se apertou em angústia. — Oh, Kookie! O que aconteceu?
O grandão nada disse, apenas segurou Jimin, o ajeitando em seu colo, e o abraçou de forma intensa, envolvendo todo seu corpo no do namorado de maneira amorosa. Precisava dele mais do que nunca. Jimin logo entendeu o porquê da tristeza do amado e não demorou a consolá-lo, o apertando em meio ao abraço, lhe enchendo de calor. Suas mãos subiam e desciam pelas costas largas do moreno, trazendo conforto e consolo, e eles ficaram assim por longos minutos, apenas aproveitando a presença um do outro, já que era tudo o que tinham, até o choro do elfo cessar.
— Hyung — Jungkook por fim murmurou, com a voz calma. — Como você está? — Afastou-se e sentiu os dedos do curador secarem quaisquer vestígios de umidade presentes na sua pele bronzeada. — Sente dor? — Segurou os braços do garoto, observando os ferimentos ali cravados.
Jimin balançou a cabeça negativamente.
— Estou bem, não se preocupe. Está um pouquinho inflamado, mas não sinto dor, tudo bem? — Foi sincero. Era médico e sabia das consequências de não ter os remédios adequados, era inevitável que inflamasse nas atuais circunstâncias. Em seguida, viu o de orelhas pontudas arregaçar suas mangas e morder o próprio pulso com força a fim de extrair seu sangue dali. — Não... não precisa disso... Vai curar sozi... — Entretanto, Jungkook já estava pingando gotas avermelhadas pela extensão dos arranhões do de cabelos claros. — Você não precisava se machucar, Kookie. Não gosto quando se machuca. — Fez um biquinho, desaprovando o ato do namorado.
O elfo continuou observando a pele pálida do seu garoto permanecer intacta a cada segundo que se passava. Doze, treze, quatorze, quinze, dezesseis, dezessete... e nada! Ele se virou, inquieto, mordendo o outro pulso para extrair mais sangue. O espalhou pelas cicatrizes inflamadas, na esperança que agora fosse dar certo, mas se decepcionou mais uma vez.
— P-Por quê? Por que não está curando? O que está acontecendo comigo? — indagou, sentindo-se estranho.
— Ei! Se acalma, meu amor... — Jimin baixou os braços do moreno, erguendo o olhar e fitando os olhos vermelhos e não-mais-brilhantes dele. — Você deu o seu melhor na batalha, Kookie. Excedeu seus poderes e precisa de repouso para recarregá-los, ok?
O general viu seus pulsos ainda com as marcas da mordida, sem cicatrizar. Em momentos passados, suas feridas teriam se auto cicatrizado em questão de segundos, mas agora, continuavam sangrando sem sequer uma perspectiva de cura. Jimin se levantou, buscando sua bolsa com alguns poucos utensílios, e tirou de lá alguns pedaços de tecidos limpos e uma garrafa d'água. Voltou a sentar-se de frente para o elfo e tratou de higienizar a pele do amado e amarrar o tecido ao redor de forma firme, mas não apertada. Fez o mesmo com o outro pulso, e por último lavou o sangue do ser místico dos próprios braços, para não infeccionar mais.
— Talvez demore um pouquinho, orelhudo. Mas você vai se curar, tudo bem? — incentivou o ser místico, inclinando-se para deixar um selinho em seus lábios finos. Era gostoso poder finalmente ter esse tipo de contato com o general, após dias, todavia, notou outro novo fator diferenciado no elfo: sua temperatura não era mais tão quente como antes. Ele não estava frio, mas parecia ter a temperatura de um humano normal naquele momento. Aconchegou-se contra o peitoral vasto dele, sendo mais uma vez abraçado, com os braços musculosos sendo enroscados em seu tronco fino. Sentiu o suspiro do de cabelos castanhos contra seus fios dourados e curtos, e sabia que o outro estava de certa forma tenso. — Hmmmm... Não quer descansar um pouco? — sugeriu.
— Eu acabei de acordar — Jungkook protestou, sentindo-se um tanto frustrado, especialmente porque seus poderes pareciam ter sumido temporariamente. Parecia que algo estava faltando e isso lhe deixou um tanto quanto vulnerável. — Quero aproveitar o tempo com você, hyung.
— Tudo bem, mas só por alguns minutos. Já está tarde e você precisa repousar, meu príncipe. — O general não foi capaz de resistir com a fala do humano. Toda vez que ele lhe chamava de príncipe, derretia-se de amores. Ele abriu um sorriso; pôde finalmente sentir paz depois de tantos dias conturbados.
Sua pele arrepiou-se quando os dedos do namorado se arrastaram suavemente em seus braços. Era tão gostoso! Park era cuidadoso ao extremo, sempre lhe dava muito amor e carinho, muito mais do que pensou merecer.
— Hyunggg! — exclamou, com a voz manhosa, alguns minutos depois enquanto o loiro ainda continuava o acariciando. Ouviu um murmúrio como resposta, lhe indicando para continuar sua fala. — Você sempre quis ser um curador? Digo, um médico?
A pergunta surpreendeu o humano. Era estranho pensar naquilo, principalmente porque não se imaginava mais exercendo outra profissão.
— Bom, quando eu era criança, meu sonho era me tornar um policial, porque queria salvar pessoas. Até fiz aulas de taekwondo na adolescência, no intuito de desenvolver meu físico, mas ao longo dos anos fui descobrindo que não gostava muito de me movimentar e essa profissão exigia bastante esse fator. Então, descobri que meu dom era cuidar das pessoas, e tentar curá-las me deixava feliz. Foi por isso que decidi me tornar médico cirurgião. E de certa forma, ainda consegui realizar meu sonho de ser capaz de salvar vidas.
— O que faz um policial?
— Existem vários tipos de policiais, assim como existem diversos profissionais da medicina, mas, basicamente, o objetivo do policial é manter a segurança dos cidadãos de determinado território — Jimin explicou, fascinado com a curiosidade do grandão. Era fofo quando ele tentava aprender mais sobre seu modo de viver. — É algo parecido com a profissão que você exerce, Kookie. Só que em vez de proteger o rei dos inimigos, você protege as pessoas dos bandidos.
— Uau! Então, se algum dia formos para o futuro juntos, será que posso ser um policial? Para poder te proteger, hyung — o elfo proferiu, animado com a ideia. Sua fala fez com que Jimin morresse de amores, sentindo seu coraçãozinho quentinho.
— Você pode, sim, mas ser policial é muito perigoso e não quero que se machuque. Então você deveria estudar direito para tentar se tornar talvez um procurador? — sugeriu, tentando buscar alguma profissão que se encaixasse perfeitamente em Jeon. — É. Acho que você seria um ótimo procurador.
— Tudo bem, então. Gostei da sua ideia, hyung. — Sorriu de forma graciosa, e Park ergueu o rosto bem a tempo de presenciar a cena. Era adorável e nada mudaria sua opinião. Por mais coisante que o moreno pudesse ser às vezes, grande parte dos momentos ele era simplesmente o ser mais adorável da existência. Deixou um beijinho suave na bochecha dele e deitou-se com ele, aconchegando-se contra seu corpo enquanto se abraçavam.
Jimin sentiu saudades infinitas daquele tipo de contato com o namorado. Por mais que tenha sido apenas cinco dias desacordado, pareceu uma eternidade. E cada segundo foi terrivelmente agoniante para si sem saber como ele ficaria. Especialmente por não poder examiná-lo, entretanto, surpreendeu-se, pois, por mais que estivesse quase sem poderes, o elfo foi capaz de se curar muito mais rápido do que um humano normal.
Alguns minutos depois, o sono apareceu, o fazendo piscar lentamente. Não demorou muito para adormecer nos braços do amado.
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Logo após acordarem e se alimentarem com frutas, Park Jimin e Jeon Jungkook foram em direção ao palácio de Elfland para se despedirem do rei. A missão do titã havia sido cumprida, e foi capaz de livrar sua terra natal da invasão dos demônios. Agora, tudo o que mais queria era voltar para a terra dos humanos, o lugar em que sentia-se verdadeiramente em casa, e levaria sua irmã consigo de alguma forma. Sabia que nenhum elfo poderia abandonar ou fugir de seu local de origem, entretanto estava disposto a negociar com Vossa Majestade.
Algumas horas depois, ambos os garotos puderam ver a bela construção mágica, o grande castelo élfico. Possuía quatro torres altas, repletas de bandeiras roxas com detalhes em amarelo e branco, sendo as mesmas cores que enfeitavam as vidraças das janelas estilosas do edifício. As flores e árvores ali ao redor eram bastante coloridas e cintilantes, decorando cada centímetro daquela bela paisagem.
— Uau, Kookie! Você morava aqui antes de ir para a Terra? — O médico estava boquiaberto ao fitar a beleza de tal lugar. Viu Jungkook concordar com a cabeça, envergonhado. — Incrível! Você é um verdadeiro príncipe encantado. — Jimin imaginou como o elfo provavelmente se vestia na época, com tecidos de seda coloridos e uma coroa prateada ao redor do seu coque. Tão perfeito!
Continuaram o caminho até adentrarem o palácio e dirigirem-se ao salão principal, onde se encontrava Wei Yee-Ka.
— Irmãozinho. Que bom que veio! — o loiro-quase-platinado proferiu com o melhor dos seus tons de falsidade, e um sorriso ladino nos lábios. Jeon prestou reverência, baixando a cabeça na presença da Majestade. — Gostaria de propor algo a você, meio-humano. — Aproximou-se erguendo o olhar para fitar os olhos vermelhos do mais novo.
— Seja breve, por favor. Estamos de saída! — Jungkook foi firme em sua voz, decidido.
— Fique mais conosco, Jungkook. Você e eu poderíamos reinar Elfland juntos. O que acha? Essa é minha proposta. — O de olhos quase brancos apertou seu cajado de ouro, que funcionava como um catalisador dos seus poderes élficos. — O que me diz?
— Não, obrigado. Não preciso disso. O trono é todo seu, Yee-Ka, assim como a responsabilidade de reinar o povo de Huihuai. Mas tenho uma condição para deixar toda a parte de minha herança para você...
O soberano franziu o cenho, sentindo-se ao mesmo tempo confuso e surpreso.
— E qual seria a sua condição?
— Voltarei para a terra dos humanos hoje, e vou levar Daphiny — declarou, receoso. Caso o rei não concordasse, teria que apelar e isso não seria nada bom, mas sua preocupação foi em vão.
— É só isso? Tudo bem, pode levá-la. — Deu de ombros. — Ela nunca me foi útil de qualquer forma...
— Por favor, não fale desse jeito sobre Daphiny. Ela sempre foi uma irmã muito melhor do que você, Wei!
E com tal fala, a conversa foi encerrada, e o casal direcionou-se à árvore portal, no bosque encantado, com a elfa de cabelos degradês completamente saltitante e empolgada com a ideia de conhecer e viver no mundo dos humanos. Sempre pensou em maneiras de fugir da terra mágica para visitar o irmão e agora podia ir junto a ele livremente. E para sempre!
— Omo! Omo! Omo! Nem acredito que vou poder morar com você, orabeoni. — Ela sorria de orelha a orelha.
Jimin foi o primeiro a entrar no tronco de madeira, seguido da de olhos azuis, e por fim, Jeon Jungkook.
A Sayuri097 fez uma música linda em homenagem ao capítulo 11 de CH. Eu amei! Vejam como é muito Jikook 🥰:
"Nós chegamos a esse ponto tão rápido. Com seus olhos vermelhos igual sangue aspero. Me perco em seu corpo fascinante, em seus olhos pecadores. Mas repito, você não tem a culpa. Mas você não tem o porque. Me perco em seus olhos cor de sangue, igual ao sangue jorrado por uma alma. Me diga o porque. Me diga o porquê de tudo isso. Por que você teve que sequestrar meu coração? Saiba que essa dor é permanente e que nada, nada nem ninguém vai cura-lá. E mais uma vez, me perco em seus olhos cor de sangue. Você diz que tudo vai ficar bem, mas saiba também, que você não pode promete-lo. Me sinto desolado sem o seu amor, mas quando me acerco me sinto tão confuso. Mas repito que você não tem a culpa. Mas você também não tem o porquê. Nós chegamos a esse ponto tão rápido. Não quero me afastar, não quero me perder no seu amor."
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