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A PUNIÇAO

Azazyel parte ferozmente contra Rafael.

O Arcanjo vai defendendo-se. O vice-rei sobe sua espada tentando surpreendê-lo lo, mas Rafael gira e com a ponta do seu escudo crava-lhe na fronte do rebelado, fazendo-o cair chocando no chão.

O sangue jorra do rosto de Azazyel.

— Eu não vou parar. — Avisa o rebelado.

— Nem eu quero que pares. — Avisa Rafael.

— Insolente. — O rebelado joga o escudo bifurcado com suas duas garras na direção do Arcanjo, depois parte numa velocidade angelical para cravar-lhe a espada no peito.

O Arcanjo detém o escudo bifurcado, muda-o de lado, desvia do ataque e rasga a asa direita de Azazyel.

"CRAC"

Depois Rafael vai golpeando as costas do vice-rei.

—AAAAARGGGHHH — Grita Azazyel com suas costas dilacerada.

Rafael crava sua espada no peito do vice-rei, e Azazyel desesperado tenta colocar suas mãos no caminho da lâmina, mas, são abertas ao meio.

Depois, Rafael vai arrancando do corpo do vice-rei, sua proteção torácica, capacete, braceletes e tudo o mais que Azazyel tentava parar os golpes do Arcanjo.

Tudo é despedaçado... Tamanha são as violências dos golpes.

Rafael o segura pelas asas, voa rente ao chão arrastando e esfregando a cara de Azazyel com toda força pelo solo sagrado até o deserto de Dudael.

Chegando em frente ao monte, Rafael, o arremessa no chão e como uma pedra que vai quicando na superfície de um lago, Azazyel vai arrastando pedras e rochas até parar na base do Monte Gerazim.

O poderoso Arcanjo, o terceiro criado na primeira geração, pousa e sai caminhando na direção do vice-rei, que está seminu...

Suas asas e corpo estão banhados de sangue.

Rafael pega-o nos braços e pernas e o amarra com algemas de purílio.

— Eu não posso terminar... Assim...

— Cala-te! Já estou cheio de suas falas. És arrogante e desprezível. Achastes que poderias ufanar a morada do Altíssimo? Mas, agora segues para tua danação e punição!

Azazyel cospe sangue da boca.

— Você acha que ficarei aqui por quanto tempo?

— Setenta ciclos de tempo. Setenta gerações de dores diárias. Com dor passaras a eternidade, até o dia do Julgamento, onde depois serás atirado ao fogo.

— Não... O que fiz para tamanho castigo.

— Bem sabes o que fizestes! E de quanta maldade enchestes o coração do homem... E de quantas crianças roubastes à inocência.

Rafael toca com sua espada no tecido etéreo do ar e uma imensa janela abre, mostrando a Azazyel todos os seus crimes contra a humanidade.

— Lúcifer vai me socorrer! — Fala quase sem voz.

— Achas mesmo que ele viria ao teu socorro? irmão, tua sentença não está sendo dada por mim, mas, pelo Pai de Todas as criaturas.

Rafael levanta suas mãos para o céu, e começam a cair pedras pontiagudas.

As primeiras castram o vice-rei.

As seguintes corta suas asas.

Depois Rafael tira um dos olhos de Azazyel, e o pendura de cabeça para baixo.

— Tu verás tudo e sentirás tudo!

As pedras, maiores, vão descolando do monte... Como se uma mão invisível as tivessem tirando de dentro das rochas e depois as arremessando contra o vice-rei.

Primeiro, um Calabouço vai sendo formado em volta do rebelado.

Uma prisão, com ele pendurando.

Depois...

Azazyel, vai sendo apedrejado e soterrado vivo até que se cumpra o castigo pelos milênios ordenados pelo Eterno.

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Thell, depois de exterminar os filhos dos anjos caídos, os Nephilins, vai em direção a Samyaza.

Ele levou todos acorrentados pelo juramento até o pico do Monte Armon, que ainda não havia sido coberto pelas águas.

Quando os céus se abrem, pedras como que de fogo desprendem-se firmamento vindas em direção à Terra.

É o príncipe dos Valentes! O Arcanjo Miguel, que vem descendo sobre o Monte Armon.

depois juntando-se a eles: Gabriel e Uriel.

Samyaza olha para todos eles. Os duzentos presos ao lado do Arcanjo Thell.

— Samyaza — Começa Miguel— Teus crimes foram muitos. Teus filhos estão todos mortos! Azazyel, teu Vice-rei já está preso no Deserto e ficará lá, para depois ser lançando no fogo. Para ti e teus outros anjos que juraram te seguir, descerão para o Abismo, e serão amarrados e açoitados diariamente para que nunca se esqueçam de suas maldades.

Miguel anda em volta dos vigilantes.

— Abre-te Monte Armon, e hoje, para que fique registrado por toda a eternidade, serás chamado Monte de Hérmon, que significa, o Monte do Juramento.

Miguel ao terminar de falar, um terremoto começa a subir o Monte. Inicialmente fraco e depois vai aumentando... O Solo vai abrindo.

Quando Miguel toca no chão com sua espada, um buraco imenso é aberto e gigantes de pedras saem de dentro, e vão levando cada vigilante para o castigo, que durará até o fim dos tempos.

Samyaza é acorrentando e guardado sobre pedras. Imensas construções colocadas sobre ele.

— Os homens estão vingados. — Começa Miguel. — As orações deles foram ouvidas e respondidas.

— Dilúvio acabou com o que começamos. — Completa Uriel.

— Irmãos, mais uma vez agradeço por está no meio de vós! — Thell agradece aos seus irmãos.

— Varão valoroso és nobre irmão, — Começa Gabriel — Lutastes contra eles e os vencestes. Que o Eterno continue sendo teu caminho.

Os demais Arcanjos, antes de saírem do Monte Hérmon, Thell os avisa:

— Irmãos o nosso sucesso deve-se ao humano chamado Enoque. O Eterno liberou ele entrar na Cidade Celestial. Eu vou buscá-lo ele não passará pela morte.

— Sim Thell, nós sabemos disso tudo. Vai e o busca.

Thell saiu em direção à Àrdis, para buscar seu filho mais ilustre.

E Enoque, viajou, conheceu dimensões e mundos que foram registrados pelos próprios punhos do visionário, no seu Livro...

O Livro de Enoque.

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