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O pé direito alto e as paredes cinza-claro cobertas de obras de arte caríssimas conferiam ao salão de festas uma aparência ainda mais ampla, e, mesmo abrigando quase uma centena de pessoas, o espaço ainda era suficiente para que circulassem com liberdade. As mesas e a pista de dança concentravam a maior parte dos convidados, principalmente com as nuvens negras tomando o céu e os raios anunciando uma tempestade.

Por outro lado, ele não tinha muito interesse em estar ali, e assim que teve uma chance, aproveitou para escapar por uma das grandes portas em formato de arco em direção ao jardim planejado que certamente seria uma atração principal em uma noite com tempo mais favorável, o lugar perfeito para sentar em um dos bancos de ferro pintados de branco e observar as estrelas. E ali ele se sentou, mesmo que no céu cinza-chumbo pudesse vislumbrar apenas a claridade arroxeada dos relâmpagos.

Estava tão distraído olhando as nuvens se movendo rápido com o vento noturno que mal notou a figura se aproximando, não até que se sentasse a seu lado. Então, foi retirado abruptamente de seu devaneio e se ajeitou no banco para poder encarar seu novo companheiro, se deparando com olhos verdes que pareciam brilhar sob a luz amarela das lâmpadas do jardim.
- Espero não estar incomodando - o jovem disse em uma voz suave que poderia ouvir por horas sem se cansar.

- Não, imagina - respondeu rapidamente. - Eu só estava cansado de toda aquela gente e vim clarear as ideias.

- Se quiser ficar sozinho... - ofereceu gentilmente.

- Não, tudo bem. Seu sotaque é diferente, você não é daqui, né? - perguntou tomado pela curiosidade sobre o belo estranho.

- Sou americano - respondeu com um sorriso largo e charmoso, como o de um astro de Hollywood.

- Férias? - perguntou, se sobressaltando ao sentir os primeiros pingos caindo do céu e molhando seus braços parcialmente descobertos pela manga arregaçada.

- Mais ou menos. Só precisava dar um tempo de tudo. Ainda preciso, na verdade.

- É, eu também - o latino disse, um pouco triste.

O som dos trovões agora era mais acentuado e a água caía com mais intensidade, molhando seus sapatos e fazendo suas costas se arrepiarem ao sentir o contato das roupas molhadas com sua pele quente. Ainda assim, não sentia vontade alguma de interromper aquele momento, a companhia era tão agradável que tudo parecia um pouco mágico.

- Meu nome é Miguel - revelou, sentindo os cabelos cacheados encharcados e caindo em sua testa.

- Robby. Quer sair daqui? E dar um tempo de tudo? - o mais baixo perguntou com um sorrisinho charmoso que trespassou o coração de Miguel como uma flecha.

O moreno apenas acenou afirmativamente e se levantou, oferecendo a mão ao outro para que ele o guiasse para onde quisesse. Robby a segurou em um aperto firme e caloroso, contrastando com o frio da água que caía sobre eles, e então o conduziu para a parte de trás da mansão e para o interior através de uma porta mais discreta que dava acesso à cozinha e outras dependências de empregados. Os dois exploraram o local até acharem uma escada, e então subiram, procurando um lugar mais reservado e longe da multidão.

O segundo andar era tão suntuoso quanto o primeiro, e os dois andaram até o fim de um dos corredores, achando que quanto mais longe estivessem, menor seria a chance de serem interrompidos. Abriram a primeira porta que acharam destrancada e viram um banheiro enorme, coberto de mármore e com uma banheira enorme. Riram baixinho perante tamanha ostentação e fecharam a porta, procurando outro cômodo mais apropriado. Na terceira tentativa, acharam um quarto vazio e bastante amplo, entraram e trancaram a porta.

Não acenderam a luz, a que entrava pela janela era suficiente para o que tinham em mente. Robby pressionou Miguel de costas contra a porta e se aproximou, encostando seus rostos e esperando apenas por um sinal para capturar os lábios cheios nos seus. O barulho que vinha de fora abafava qualquer som, inclusive de seu corpo se chocando com a madeira atrás de si. Sentiu os braços do jovem de olhos verdes envolvendo seu pescoço e o puxando para baixo, para mais perto. Aproveitou a oportunidade para beijar e chupar o pescoço branco e macio, sentindo o gosto da água da chuva.

Descartaram os sapatos molhados bem ao lado da porta, e as roupas se espalharam bem ao lado, sem muito cuidado. Miguel registrou cada momento em sua memória, desde que foi empurrado suavemente pelo quarto até a cama de casal coberta por lençóis caros de linho azul até o corpo em chamas que cobriu o seu e o prensou contra o colchão macio. Os dois se encararam, os olhares tão intensos que pareciam magnéticos, e então Miguel desviou os olhos para a boca entreaberta, os lábios rosados e fartos chamando sua atenção novamente como um canto de sereia.

O latino tomou a iniciativa dessa vez e beijou o turista apaixonadamente, até que seu pulmão ardesse por mais ar. Assim que interromperam o contato, aquele sorriso adorável retornou ao rosto de Robby e ele se afastou um pouco, apenas para poder se mover com mais facilidade e puxar o mais alto para que se sentasse na cama, as pernas levemente entreabertas para manter o equilíbrio e compensar a falta de apoio em suas costas. O mais baixo se sentou por cima delas e envolveu os quadris do moreno com as dele, os deixando tão próximos que pareciam prestes a se fundir.

Miguel prendeu a respiração, nunca havia sentido nada parecido, e tudo que se seguiu foi ainda mais novo e surpreendente. Os dois ainda estavam molhados pela chuva e Robby levou as duas mãos aos lados do pescoço do outro, os dedos se entranhando nos cachos negros enquanto suas palmas pressionavam seu maxilar. Miguel tocou a cintura de Robby suavemente, como se estivesse reconhecendo o terreno, depois as apertou mais forte, arrancando um suspiro do mais baixo que faria qualquer coisa valer a pena.

O silêncio entre eles era confortável, quebrado apenas pelos sons das reações aos toques que trocavam. Miguel puxou Robby para ainda mais perto e então tocou os cabelos castanhos na altura do ombro, confirmando que eram tão sedosos quanto pareciam, depois os puxou levemente para se aproximar e beijar o americano de novo. Demoraram ainda mais para se separarem dessa vez, aproveitando o fôlego até o último segundo possível.

Miguel abriu a boca para dizer algo, mas a fechou de novo quando Robby passou os dois braços por baixo dos dele e segurou seus ombros por trás, fazendo com que a fricção entre seus corpos atingisse um novo nível. O moreno jogou a cabeça para trás e gemeu sem vergonha alguma ao sentir os dentes do mais baixo rasparem levemente seu pescoço enquanto suas ereções eram pressionadas uma contra a outra entre eles, o estímulo se intensificando a cada movimento ondulatório do corpo acima do seu.

Os gemidos dos dois se misturavam e as respirações ofegantes se confundiam. Miguel apenas conseguia pedir por mais com sussurros quase desesperados, sentindo Robby se mover contra ele como se tivessem nascido para isso. E quando os dois finalmente atingiram o ápice, exatamente no mesmo instante, Miguel achou que poderia morrer com a explosão de sensações que o invadiram. Assim que conseguiram voltar a respirar normalmente, Robby se desenroscou dele e os dois se deitaram frente a frente, apenas curtindo o momento e ainda se olhando daquela forma que parecia dizer tanto.

Era tudo tão caótico, as expectativas, a tempestade, a multidão, o futuro. Mas a troca de olhares era um conforto quase avassalador. E quando Robby tocou seu rosto com as pontas dos dedos, memorizando seus traços, e depois pôs uma mecha rebelde dos cabelos cacheados para trás da orelha de Miguel, o coração do latino quase parou. Ele passou seus próprios dedos pelos lábios de Robby, que os beijou suavemente. Tudo que o jovem equatoriano queria era dizer o quanto Robby era fofo, belo e quão adorável era estar ali deitado perto dele, mas não queria arruinar o momento, então apenas sorriu e guardou os sentimentos dentro de si.

E quando tudo terminou, cedo demais, Robby se ofereceu para levá-lo em casa. Miguel sabia que o pai ficaria furioso com seu sumiço, mas não queria estragar aquela noite maravilhosa voltando para o salão e fazendo o que Hector esperava dele. Gostaria de apenas aproveitar cada minuto possível na presença daquele anjo inesperado que cruzou seu caminho.

Desceram discretamente as escadas e andaram até a área que estava servindo como estacionamento para os carros luxuosos dos convidados, e, ao chegarem lá, Robby abriu a porta do passageiro de um Audi prateado, esperou que o outro entrasse antes de fechá-la e circular para o outro lado, se sentando no banco do passageiro.
- Meu deus, molhamos seu carro todo - Miguel disse, rindo despreocupadamente apesar de tudo.

- Não tem problema, eu levo ele pra lavar amanhã. Depois dessa chuva toda, vai ficar cheio de lama.

Robby pôs o endereço do mais alto no GPS e deu a partida no carro, se mantendo bem no limite de velocidade para não terem problemas, com as janelas fechadas para protegê-los da chuva que apenas começava a estiar.

- Quando você volta pros EUA? - Miguel perguntou, despretensiosamente.

- Não sei ainda. Eu vim de carro, posso voltar quando eu quiser.

- Está gostando do México? - perguntou quase timidamente.

- Muito - Robby respondeu com aquele sorriso charmoso que fazia qualquer coisa que dissesse parecer um flerte, principalmente quando desviou os olhos da rua para corrê-los por toda a extensão do corpo de Miguel.

Miguel tirou o cinto quando o mais baixo estacionou bem em frente à mansão da família Salazar e logo antes de sair do veículo, Miguel sentiu um impulso de dizer que não era um daqueles ricos idiotas presentes na festa, de dizer que não queria nada daquilo. Mas o olhar de Robby era como desde o início da noite, acolhedor e livre de julgamentos, e tão simplesmente adorável, e Miguel sabia que essa palavra estava se repetindo em sua mente há horas por alguma razão, que ele não resistiu a dizer:
- Você é lindo. E adorável. Estar com você foi... incrível.

Se sentiu um pouco bobo ao dizer aquilo, mas Robby tirou o próprio cinto também e se aproximou dele, dessa vez tocando seu rosto e acariciando o lóbulo de sua orelha direita com os dedos. Miguel fechou os olhos e Robby o beijou de novo, e tudo parecia tão familiar, como o início de um filme já visto, cheio de possibilidades e coisas maravilhosas prestes a acontecerem.

E ao abrir os olhos, Miguel viu o retrovisor bem à sua frente, e a imagem do pai refletida nele. Estava na BMW preta a caminho da maldita festa e sentiu o enjôo tomar conta dele ao pensar em como a fantasia linda que havia tido não passava de um escape de sua mente. Nem lembrava da última vez que havia beijado alguém, desde que começara aquele namoro de conveniência com a filha da família rival.

- Sei que você está nervoso, Miguel. Mas não esqueça, esse noivado vai te dar tudo - o mais velho disse sem tirar os olhos da rua, e Miguel a caixinha do anel em seu bolso pesar uma tonelada.

- Tudo? - perguntou num sussurro levemente trêmulo.

- Tudo. Dois rivais juntos? Vamos ser o cartel mais poderoso do México, hijo! - Hector disse com uma animação perturbadora.

E Miguel só conseguia pensar nos olhos verdes encarando os seus e como o estacionamento da mansão de seu futuro sogro se aproximando parecia o final infeliz de um filme que ele já conhecia.

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história inspirada pela música Ceilings, da Lizzy Mcalpine.
Obrigada à ThiamPack por me mandar essa maravilha e pela capa perfeita que fez pra essa fic AAAAA 🩷

E obrigada a todos que lerem 💕

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