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Capítulo X: A Verdadeira Face do Mal

Enquanto o Brasil via o caos acontecer com o seu líder, Auriel e Leonardo se mantinham reclusos em casa. Miguel estava entre eles, mas desmaiado e sem camisa, deitado numa maca improvisada com os ferimentos a mostra, que lentamente começavam a cicatrizar. A expressão de Auriel era de choque, seus olhos estavam vermelhos e não queriam mais chorar. Ela passou a mão no cabelo e se aproximou de Miguel. Já era quase 13:10 da tarde.

— Me desculpe, você não merecia passar por isso! — disse ela, alisando a face de seu amado — Eu prometo que vamos vingá-lo.

— Não consigo acreditar nisso — fala Leonardo —, em pouco tempo diversas tragédias aconteceram. E agora Miguel.

— A situação dele parece grave, perdeu muito sangue — relata Auriel — Mas Miguel é forte, ele resistirá.

— Assim eu espero — disse ele se aproximando dela.

Leonardo também estava triste, triste consigo mesmo e triste por Auriel.

— Acha que Mordred preparou uma armadilha para ele? — perguntou, tocando os ombros dela.

Auriel virou o rosto.

— Eu tenho certeza — respondeu ela — Ronglu, aquele que estava lutando contra Miguel, fez aquilo por ordens de Mordred.

— Mas eu não entendo, Miguel é um dos seres mais poderosos que existem, como uma lâmina feita por um golem foi capaz de afeta-lo? — tornou a perguntar o jovem bruxo.

— Não era uma simples lâmina — responde Auriel, com uma voz seca e carregada — Não é qualquer coisa que pode transpassar o corpo dele, para fazer isso, era uma lâmina especial, uma lâmina feita da energia do metal celestial ou da energia do big bang — completou alisando o cabelo de Miguel, que continuava desacordado — E eu temo que seja a mesma que estou pensando.

— Preparada justamente para ele! – complementa Leonardo — Nós subestimamos Mordred.

— Isso me leva a Nahemah, ainda há muitas perguntas sobre ela — disse a ophanim — Sabemos que ela é um demônio e muito poderosa, mas há algo errado.

— O quê? — perguntou ele.

— Eu já lutei contra vários demônios por séculos, enquanto já ouvi falar de outros milhares, mas eu nunca ouvi falar dela — respondeu Auriel — Pode parecer meio bobo e que seja só uma questão de falta de conhecimento do adversário, mas é estranho. Se há tanto poder nela, por que nunca ouvi sobre ela? Não me recordo nem mesmo de um anjo com esse nome, e olha que lembro de muita coisa.

— Então você acredita que ela não é quem diz ser? — questiona o mágico.

— Não, ela é real, sua aura é diferente das dos outros e autentifica sua identidade — responde Auriel — Ela me lembra um pouco Lúcifer na aparência, tem o mesmo olhar dele, mas duvido muito que ele esteja por trás disso, ela parece agir sem comando do Inferno. E sinceramente, não importa quem ela seja, temos que vencer.

Auriel se afastou dele e dá alguns passos rumo à janela. Ela toca no vidro, refeito por Leonardo após Miguel quebrá-lo, e encosta sua cabeça nele; chorando em silêncio, como um luto, mas com o motivo ainda vivo.

— Eu sinto muito, sinto muito por envolver vocês nisso — desabafa Leonardo — Se eu fosse mais poderoso, Merlin e minha mãe ainda estariam vivos, e você e Miguel estariam juntos e felizes.

Ela pareceu ignorar as palavras dele, estava cabisbaixa e em lágrimas. De repente, deu um forte soco na janela que fez espalhar cacos de vidro pelo chão da casa. Ela se virou com um olhar inquietante.

— Você não teve culpa de nada, nem Miguel, eu tenho! — ela diz.

— Por que está dizendo isso, Auriel? — questiona Leonardo — Você...

– Eu tinha sentido algo de estranho em Avalon e também em Saunavan; a mesma energia negativa — revelou — Se eu tivesse sido mais atenta, poderia ter salvado as rochas.

Ela levanta a cabeça e tira a mão dos seios. Seu olhar agora é de fúria.

— Que Yahweh me amaldiçoe se eu não fazer Mordred ou seja quem estiver por trás pagar por todo esse mal! — disse ela.

— Ele está muito poderoso, já ouvi lendas sobre ele e Arthur, mas nunca imaginava que ainda estaria vivo.

— O filho de Morgana Le Fay e príncipe de Camelot — disse Auriel — Mordred conspirou contra Arthur e tentou tomar toda a Britânia para si. Os dois lutaram ferozmente e foram dados como mortos, assim como Morgana, banida de Avalon por Merlin e morta por ele.

— Sim, foi isso que o Mago das Brumas me contou — assente o rapaz — Mas por que ele voltou agora? Por que ele quer as rochas do caos? Não acredito em pura vingança.

Auriel ficou em silêncio, bem pensativa, enquanto observava Miguel deitado na maca. Talvez nunca estivesse sofrendo tanto, se bem que, ela mesma já passou por tanta coisa que ficaria difícil de se imaginar.

— Merlin está morto, minha mãe também, o que mais ele quer? — perguntou Leonardo, quase chorando de raiva.

— O poder pode reduzir o mais são dos homens a um completo selvagem! — responde Auriel — As rochas do caos, como já te falamos, funcionam como uma chave e podem selar, banir e trazer de volta qualquer um que seu portador desejar. E o mais importante: Seu selo não pode ser desfeito por ninguém com esse poder, apenas com elas.

— Então acha que...— dizia ele antes de ser interrompido.

— Sim! — disse Auriel — Ele pode precisar delas para trazer Morgana de volta à vida, elas podem fazer isso, e depois, ascender como um deus do novo mundo. Essa é a hipótese menos macabra como já te falamos ontem.

Ela caminha ao redor da sala e observa os estilhaços de vidro. Leonardo manipula seus feitiços nas mãos e tenta se aproximar de Miguel, mas não consegue penetrar a pele do Príncipe dos Anjos para ver se há alguma coisa. Auriel o encarou com um olhar de desaprovação, pois já tinha repreendido antes essa mesma tentativa dele. Agora os dois deveriam pensar em algo para parar Mordred.

— Sei que Miguel ficará bem, eu sei! — disse ela, novamente em lágrimas — Precisamos parar Mordred, ele não irá libertar Morgana, nem ninguém e muito menos conseguir mais poder ou vida eterna.

— É bem pior do que pensa! — disse Periel, ao surgir na sala apoiado no ombro de Zaniel em um teleporte — Ele quer algo bem pior do que vocês imaginam. Se fosse a mamãe, seria bem fácil derrotar.

Periel tira os braços do ombro de Zaniel e quase é derrubado por Auriel, que corre até eles e os abraça forte. Eles se reúnem e retribuem em um abraço triplo. Leonardo apenas observa, mas com um olhar de felicidade ao ver os Filhos do Ar reunidos novamente.

— Meninos, vocês voltaram, estava muito preocupada! — ela esboça um sorriso.

— Viemos assim que conseguimos — disse Zaniel, beijando o cabelo da ophanim —, mas acho que é tarde demais...

Periel e Zaniel olham para Miguel.

— O que houve com ele? — perguntou Periel.

— Nós estávamos em Saunavan tentando proteger a rocha do caos de lá, mas fomos surpreendidos por um grupo de esfinges que atacaram os sau'mer — relata Leonardo — Enquanto lutávamos, Miguel foi atacado por um golem intitulado Ronglu, o mesmo que atacou os magos de Avalon. Ele o feriu com uma lâmina desconhecida e Miguel caiu. Está vivo, mas inconsciente.

— Sim — confirma Auriel — Nós falhamos de novo.

– Espera um pouco...Avalon e Saunavan também caíram? E esfinges, elas não estavam extintas? — questionou Zaniel — Agora há apenas um santuário intacto então.

— Como assim também caíram? — quis saber Auriel, com um olhar de susto — Não me diga que a energia da Arcá...

— Isso mesmo que você ouviu, eu e Zaniel fomos atacados na Arcádia por Mordred, esse Ronglu e uma bruxa chamada Nahemah, mas ela era um demônio — conta Periel — Eles mataram os elfos e as fadas e levaram a rocha do caos. Nós tentamos impedi-los, mas Nahemah mostrou um poder incrível e nos prendeu antes que conseguíssemos pegá-los.

— Meu Deus — disse Leonardo —, quantos mais precisam morrer para ele ficar satisfeito?

O clima estava muito pesado na sala. Relatos de morte, sangue, tragédia e genocídio eram o que não faltava. Auriel se afastou um pouco dos rapazes e foi para a porta que dava para a varanda, mas quase caiu no caminho após tropeçar.

— Auriel? — pergunta Leonardo, tentando ajudá-la.

A ophanim se afasta e começa a chorar novamente, indo para a escada que dá para a varanda no segundo andar. Zaniel vai atrás enquanto Periel e Leonardo olham sem entender.

— Ela não está nada bem — disse Leonardo.

— Acha mesmo que a solução é ir chorar sozinha? — pergunta Periel — Até quando vai continuar fazendo isso? Você tem seus traumas, mas não pode pensar neles agora.

Ela o ignora e sobe os degraus.

— Cala a boca, você não entende pelo que ela passa! — repreende Zaniel — Toda essa situação pode ter despertado um gatilho nela.

— Tem um bruxo que se acha o último biscoito do pacote solto por aí causando desgraça e ela acha que é o momento para isso? Você tem ideia que estamos sendo driblados por um humano? — insistiu ele — Bela líder nós temos.

— Periel, já chega! — pede Leonardo, o pegando pelo braço — Ela está abalada e eu também.

Zaniel segue Auriel e vai para a varanda, onde o semblante fica muito abatido. Celestial chora cabisbaixa e apoiando as mãos no parapeito.

— O que você quer? — pergunta Auriel, ao senti-lo próximo.

— Está chorando? — questiona Zaniel —Tá, eu sei que é óbvio, mas ver você assim me enche de dor.

— Me deixa sozinha, VAI EMBORA! — grita Auriel.

Ela não olha para trás e continua chorando. Zaniel se aproxima dela e toca seu ombro direito.

— É tudo culpa minha! — diz Auriel — Eu não estava em Avalon para proteger Leonardo e indiretamente consenti a morte dos magos. Eu estava em Saunavan, e em um erro infantil caí numa armadilha e pessoas pagaram com a vida, incluindo Miguel. Eu senti a Arcádia, mas ignorei. Quantas mais precisam sofrer por minha causa?

— Não foi culpa sua, você não tinha como prever! — argumenta Zaniel — Auriel, eu sei o motivo de seu choro, sei que o passado a atormenta demais. Se culpar não vai adiantar.

Zaniel a vira de frente e os dois se abraçam forte. Ele alisa o cabelo dela; ela chora em seu peito.

— Você sempre me deu conselhos, me ensinou a lutar, me ensinou a nunca se entregar, e agora você está se entregando? — pergunta Zaniel, acariciando os fios rubros dela — Me desculpe, mas o Periel talvez esteja um pouco certo.

Auriel dá um soco no rosto do dominação e ele dá um grito de dor, cambaleando para trás enquanto ela o fita com raiva.

— Isso doeu! — disse Zaniel ao passar a mão nos lábios e notar que eles sangram — Por que fez isso?

Auriel vira de costas e olha para o chão.

— Eu fiz uma promessa, que enquanto vivesse, jamais deixaria que tudo o que Lúcifer e Shemihazah provocaram voltasse a se repetir, todas as mortes, mas agora voltaram! — responde ela — Eu tentei, eu juro que tentei, mas por mais que me esforce, sempre termina do mesmo jeito; pessoas que amo enterradas dentro de covas.

Nuvens escuram começam a cobrir o céu e Zaniel ainda a observa. Ele fica perplexo e sem saber o que dizer diante da fala dela.

— Volte comigo, por favor — pede Zaniel — Miguel conta com você para parar Mordred e quem mais estiver com ele.

— E quem está com ele? — pergunta ela.

— Shemihazah! — responde Periel, ao se teletransportar atrás deles.

— O quê? — diz Auriel.

Auriel deu alguns passos e foi até eles. Leonardo também apareceu e os quatro se posicionaram como um círculo esperando o prosseguimento. Ninguém ousava quebrar o silêncio após ouvir o nome de Shemihazah. Auriel encarava Periel; ele retribuía o olhar sério.

— Sim, é verdade o que ele disse — fala Zaniel, ao quebrar o clima sombrio — Enquanto éramos atingidos por Nahemah e amarrados no chão, ouvimos Mordred comentar que em breve Shemihazah estaria livre. Ou seja, ele pretende libertá-lo por algum motivo.

— Eu lembro desse Shemihazah, Auriel me contou sobre ele e as Guerras Vídicas uma vez, mas foi de uma forma breve — Leonardo diz — O famoso Rei dos Vigilantes, aquele que quis ser deus sobre a Terra e ofendeu o solo ao trazer os nephlins.

Auriel tentou falar, mas nada saía de sua boca. Ela tentou apontar para Periel e responder, mas despencou e quase caiu no chão, se não fosse Zaniel a segurando.

— Você está bem? — perguntou ele, muito preocupado — Aliás, não está nada bem.

Um turbilhão passava pela mente da ophanim. Enquanto Zaniel a segurava, ela se lembrou de Shemihazah, de Tesael, dos nephlins e das Guerras Vídicas, dos gritos de morte e ritos apavorantes. Por segundos, o grito da morte de Tesael ecoou por toda sua mente, assim como a visão de Azazel a assassinando. Depois, ela empurra de leve o dominação e se reergue.

Ela coloca a mão na testa; suando frio.

— Acho que é melhor você se deitar, eu cuido disso — fala Leonardo, se aproximando.

— Não, eu estou bem! — respondeu Auriel o impedindo — Periel, o que mais você ouviu sobre Shemihazah?

— Tem certeza? Só de ouvir o nome dele as lembranças foram até você — disse o potência — Mas já que insiste, parece que Mordred e Shemihazah possuem algum tipo de pacto. Pendragon quer usar as Rochas do Caos para libertar os vigilantes do Abismo em troca de, talvez...Morgana, poder e vida eterna? Ora, Shemihazah é um patrono, tem poder pra isso, e muito poder, bem mais que os outros.

— Faz sentido, por isso Ronglu atacou Miguel e tentou tirá-lo do jogo — disse Auriel — Assim, o maior oponente estaria apagado.

— Você nunca me contou direito sobre as Guerras Vídicas e sobre sua antiga mestra — indicou Leonardo — Eu gostaria de saber mais.

— Eu acho melhor não! — retrucou Zaniel — Auriel, você teve uma crise e quase desfaleceu. Ele te traz lembranças ruins, não é? Você deveria descansar.

— Eu estou bem, Zaniel — respondeu a ophanim ajeitando o cabelo rubro — Eu estou bem — repetiu para si mesma.

Leonardo se aproximou dela; Zaniel e Periel também. Usando um de seus feitiços, o jovem fez surgir uma poltrona de sofá e a cedeu para que Auriel se sentasse. A ophanim o fez. Eles se reuniram ao redor dela.

— Isso foi há muito tempo, mas eu me lembro até hoje como uma das minhas piores experiências — confessou ela, com uma voz de pesar — Foi muito pior do que a Guerra Civil.

— Eu também me lembro bem, foi até a primeira vez em que atuamos juntos — relembra Periel.

— Sim — confirmou Zaniel.

— Shemihazah desceu à Terra com mais de 200 anjos e fizeram um juramento — conta Auriel — Eles juraram tomar o planeta como um reino, serem deuses para os homens, e violar as mulheres. Com elas, eles copularam e geraram descendentes terríveis, os famosos nephlins. Os primeiros heróis da Terra.

Um vento mais forte passou por eles e balançou a roupa de Leonardo e o cabelo de Auriel. A cada segundo, o Sol ficava mais distante. Mesmo diante de uma fraqueza provocada por sua ansiedade, a ophanim insistiu em contar.

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