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2# - Indesejável

- Muita tensão só no primeiro dia, e o que aconteceu depois disso, vovô - Perguntou Bryana com a mesma energia de sempre, o que era normal para uma criança da idade dela obviamente.

- Obviamente que eles já haviam superado esse clima rapidamente, até porque pelo tempo que eles já serviam, burocracias da realeza já era um costume habitual. Anastácia nem perdeu tempo e logo após ser informada que os Jarros estavam preparados, não demorou muito para convencer Indira e Travor numa pequena aventura em uma adega perto do castelo.

- E o senhor Vlady, o que aconteceu com ele?

- Bem, ele ficou em seu quarto, nunca foi desse clima de festejos, preferia meditar ou estudar, e desde o primeiro dia dele como cavaleiro que percebi a aura misteriosa que o rondava, mas o seu isolamento não impediu de seus companheiros se distraírem um pouco.

                                            (Dentro da adega)

Travor: Você quer nos matar, mulher?

Anastácia: Eu te falei que tinha comprado uma das melhores...

Indira: Só que aqui tem 12 garrafas de Absinto Hapsburg Gold Label, eu diria que é a melhor se eu pudesse beber normalmente igual você, nosso corpo não é como o seu.

Anastácia: Eu não tenho culpa de ser a única vampira entre os quatro, mas não era você que banca a durona?

Indira: Mas eu não sou burra para beber algo que é capaz de derreter a garganta de um humano comum.

Travor: Como se fosses uma simples humana Indira, e como sempre, Vlady se ausenta de mais uma celebração.

Indira: Bem..., acho que ele estava cansado da viagem, e sabes muito bem ela foi longa...

Anastácia: Para de passar pano garota, está bem obvio o quanto tenta se manter afastado de nós ultimamente, parece que está escondendo alguma coisa...

Indira: Vlady sempre foi assim desde a nossa infância, você não pode ficar desconfiada sempre que alguém fala menos do que o habitual

Travor: Eu que ficaria desconfiado de você Anastácia, nunca ouvi você falar com o general daquele jeito.

Indira: Acho que ele está desacreditado até esse momento.

Anastácia: Nunca fui com a cara daquele idiota, e tenho a certeza que ele não vai deixa aquela humilhação passar como o vento

Travor: ele que tente o que quiser, estaremos preparados para qualquer coisa.

Indira: Assim espero...

                             (Algumas horas depois)

Indira: eu sabia que não deveria ter ouvido essa vampira bêbada, só bebi metade da garrafa e já tô vendo umas coisas estranhas!

Travor: correção, metade da terceira garrafa, eu estou sofrendo para acabar a segunda

Anastácia: Como vocês são fracos, mas melhor para mim, posso beber mais um pouco...Indira: A Rainha do Álcool vence como sempre, e age como tivesse bebido apenas um copinho de água.

Travor: Realmente impressionante, mas senhora, com a vossa licença, eu irei...

E Travor dormiu ali mesmo, Indira não demorou também e seguiu o seu companheiro usando o seu ombro como travesseiro.

Anastácia: Como eu havia dito, fracos.

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Logo pela manhã, Vlady procurava sem sucesso pelos companheiros.

Empregada: Senhor Vlady, o rei solicita a presença dos cavaleiros de elite no salão principal.

Vlady: Obrigada pelo aviso, mas já faz mais de 30 minutos que eu os procuro.

Empregada: Eles ainda não retornaram desde que saíram ontem a noite.

Vlady: Pelos vistos, eles continuam na adega..., velhos hábitos que nunca mudam...

Então ele foi em busca de seus companheiros, e quando chegou lá, Indira e Travor deitados no chão dormido, bastou uma cutucada na testa para conseguir despertar a sua irmã.

Vlady: é... Pelo visto vocês aproveitam bem a noite!

Indira: Vlady, o que você está fazendo...ai ai ai, a minha cabeça está doendo muito.

Vlady: Isso passa, querida irmã, mas agora você pode me dizer onde está a Anastácia

Indira: Você está me dizendo que ela me deixou aqui sozinha bêbada e com o travor, ela vai pagar caro por isso.

Vlady: Pelo menos ela não está aqui dormindo no chão que nem uma mendiga, vocês não têm um pingo de decência?

Travor: Podem falar mais baixo, não consigo dormir com vocês gritando desse jeito!

Vlady: Vão logo se arrumar, o rei está a nossa espera.

Ajudou os dois a desgrudar do chão e caminhou até o balcão onde a dona estava limpando.

Vlady: Me desculpe, mas sabe onde a minha amiga foi?

Dona da adega: A vampira? Antes de sair, ela estava falando sobre ir até a floresta caçar um animal!

Vlady: E mais uma vez a história se repete, muito obrigada.

Após passar um pouco de água no rosto, os 3 saíram da adega e foram em direção à sala do trono

                          (Na sala do trono)

Rei hilaryon: Parece que a noite foi turbulenta pelas vossas caras, e só vejo 3 cavaleiros, onde está Anastácia?

Travor: Não se preocupe, meu rei, foi apenas uma pequena celebração, e a nossa querida bebedora de sangue foi caçar, em breve ela estará de volta.

Indira: O que deseja de nós, majestade?

Rei hilaryon: o meu irmão chegará hoje ao reino, e como consequência disso, a santa inquisição fará uma vistoria na capital, e eu quero que você junto com a Anastácia escoltem ele, Travor acompanhará a vistoria para não haver empolgação desnecessária da parte dos inquisidores, e Vlady virá comigo até as plantações por trás do castelo, quero ver o resultado do meu trabalho duro na época passada.

Todos concordaram e não demorou muito para que Vlady estivesse caminhando com o rei a caminho das plantações.

                                   (Nas plantações)

Rei hilaryon: Veja vlady, como as plantas estão lindas, parece que apesar de ter passado muito tempo ainda consigo honrar a tradição de família

Vlady: Não é à toa que somos os principais exportadores de produtos agrícolas de todos os reinos, tudo graças as técnicas especiais de cultivo de seus antepassados

Rei hilaryon: E eu desejo manter desse jeito que todos antes de mim fizeram, que dure por milênios.

Vlady: Que assim seja, meu rei...

Do nada um grupo de 10 pessoas de aparência estranha, roupas rasgadas, olhos fundos e sem pupila e armados, era visível que eles não estavam vindo ter uma interação amigável com o Hilaryon.

Grupo de pessoas: MORTE AO REI, MORTE AO REI, MORTE AO REI...

Eles sussurravam a mesma frase como se estivessem possuídos

Vlady: Senhor, sugiro que fique atrás de mim

Rei hilaryon: Mas eles não parecem estar bem.

Vlady: Sei, mas tenho a certeza que eles não querem conversar.

E então um deles se movimentou com uma velocidade inumana aparecendo na frente do rei tentou atacá-lo, mas Vlady entrou na frente e a espada atravessou o seu ombro, e isso não impediu dele retribuir com um pontapé em seu peito fazendo ele se afastar.

A pessoa: MORTE AO REI!

Vlady: Maldito..., como ousa atacar sua majestade?

Rei hilaryon: Você está bem, porque eles estão fazendo isso...

Vlady: Não foi coincidência eles aparecerem nesse momento, alguém está tentando matá-lo

Enquanto Vlady falava, um deles tentou atacar de novo, mas o cavaleiro saca uma adaga banhada em uma aura preta e perfura o peito do homem e sobe até sua cabeça, rasgando ele no meio, e a seguir, jogou a mesma adaga e a mesma viajou decapitando o resto deles.

Vlady: Melhor sairmos daqui antes que...

Do nada uma cortina de fogo surge e começa a queimar os cadáveres junto de uma parte da plantação.

Rei hilaryon: Mas quem ousa me afrontar desse jeito, metendo minha vida em risco, e destruindo metade da plantação...

Toda a confusão chamou a atenção da guarda real, que apareceu cercando toda a plantação para proteger o rei.

Vlady: Essas pessoas já estavam mortas, os seus corpos estavam sob efeito de um feitiço de possessão.

Rei hilaryon: Magia proibida, isso não é nada bom

Vlady: O fogo foi só para apagar as provas, mas a Anastácia de certeza consegue rastrear o usuário.

Rei hilaryon: Fico mais descansado por ouvir isso, agora melhor voltarmos ao castelo, sinto-me exposto de pé aqui

Vlady: como desejar, meu rei...

Do outro lado da cidade, Indira caminhava pela floresta, onde não demorou para encontrar Anastácia cozinhando um Javali na fogueira.

                    (Dentro da floresta)

Anastácia: Indira, chegaste no melhor momento, não sei se iria conseguir comer isso tudo sozinha.

Indira: Não me venha com essa de amiguinha sua cretina, você me deixou sozinha dentro da adega junto com o Travor!

Anastácia: Ah, Não é para tanto, você estava tão confortavelmente dormindo nos braços dele, que eu não quis te acordar e arruinar o momento.

Indira: Nos braços dele você disse, agora vejo que você está implorando para morrer, só pode.

Anastácia: Feito uma criança, se babando e tudo...hahaha

Indira: ANASTÁCIA, isso não tem graça nenhuma,...será que fiz alguma coisa que não devia,...responde, por favor, e não adianta falar que não viu nada, porque eu sei muito bem que o álcool não tem efeito em você!

Anastácia: Se calma garota, você não fez nada estranho com o travor, admito que fiquei bem decepcionada, vocês apenas tropeçavam nas músicas aos berros

Indira: Nunca mais eu bebo com você novamente

Enquanto elas debatiam na floresta, Travor caminhava com a tropa da santa inquisição pela capital

                       (Nas ruas da capital)

Travor: Este relatório aqui não faz sentido, você tem certeza de que essas pessoas estavam conjurando magia negra?

Grã-mestre: Escute bem, Travor de Mounty, as nossas investigações são precisas e infalíveis, então a sua dúvida é uma afronta a nossa missão divina

Travor: Nada disso, só quero ter a certeza que pessoas inocentes não sejam torturadas injustamente.

Grã-mestre: Recebemos várias denúncias de nossos colaboradores aqui, só peço que não nos subestime

E do nada, gritos das pessoas ecoavam pela rua, despertando a atenção da tropa que correu até a origem da confusão, e chegando lá se deparam com um grande espantalho segurando duas mulheres com o tronco decapitado nas mãos, e com as pernas de um homem dentro de sua boca.

Travor: Puta merda, um devorador bem no meio da cidade, só faltava essa...

Grã-mestre: Impossível, essa criatura só deveria ser capaz de andar a noite em terras amaldiçoadas.

Travor: Nunca é tarde para ver coisas novas, protejam as pessoas, eu serei rápido...

Grã-mestre: Ei, espere pouco, essa coisa é muito perigosa!

Travor: Peço que não me subestimem também...hahaha!

Travor correu em direção ao devorador, que jogou várias raízes contra ele, mas desviou facilmente com um pulo giratório e sacou a sua espada abençoada, cortando a criatura em vários pedaços.

Grã-mestre: Que Deus nos proteja, porque o nosso trabalho aqui será mais demorado do que o esperado.

Voltando para as senhoras que após caminhas por uns minutos na floresta chegaram até a fronteira com Iris, e esperaram, não muito tempo depois uma carruagem calmamente até elas, e então o irmão do rei desceu.

                  (Na floresta)

Indira: Seja bem-vindo de volta sua majestade, Lorde Aramis.

Aramis: Fico decepcionado em saber que o meu irmão mandou apenas dois cavaleiros para agraciar a minha chegada.

Indira: Dois dos cavaleiros mais poderosas do reino, acho mais do que o suficiente, eu estaria lisonjeado no seu lugar.

Aramis: Poderosa e desbocada pelos vistos, e cadê a carruagem que vocês trouxeram?

Anastácia: Daria muito trabalho, e o clima está bem legal para uma caminhada

Aramis: Isso é algum tipo de brincadeira, porque não estou vendo a graça...

Anastácia: Pior que não é, meu lorde, melhor nos apressarmos, já que são duas horas de caminhada até o castelo.

Aramis: Duas horas..., vocês só podem ter enlouquecido, sorte vossa que sou paciente, então vou esperar aqui até uma de vocês voltarem com uma carruagem.

O príncipe Aramis era um homem meio arrogante e narcisista, mas ele mal sabia que as senhoras não tinham paciência para o tipo de pessoa em questão, então Anastácia chegou bem perto e focou nos olhos deles, e quando Aramis se apercebeu, suas pernas ganharam vontade própria começaram a andar por si

Aramis: Espere, você é uma vampira..., o que pensam que estão fazendo comigo?

Indira: Relaxa meu lorde, e deixa o seu corpo fazer o trabalho

Anastácia: Felizmente trouxemos uma carruagem, sim, mas devido a uma ponte instável deixamos a uns minutos daqui.

Indira: Mas se quiseres ficar, só posso dizer que a noite rodeiam várias criaturas sugadoras de almas por aqui e...

Aramis: Ok, eu entendi a mensagem, agora vamos logo embora daqui!

Eles seguiram em direção a uma grande ponte que era feita de madeira velha e fraca devido ao tempo, e por baixo dela passava um rio de correnteza muito forte, e logo que eles pisaram nela, começou a chover repentinamente juntamente com uma ventania anormal.

Anastácia: Indira, você está sentindo isso?

Indira: Não tem nenhuma alma viva ou morta nessa área, tá alucinando?

Aramis: Posso saber a razão de nós parar...

Indira: Cala a Boca!

Anastácia: Pulem agora...

Aramis: O quê?

Anastácia: Nós vamos pular!

E elas se agarram a Aramis, e pularam da ponte em direção à água, logo em seguida, um raio atingiu a ponte destruindo tudo.

Indira: Que merda, mais um pouco e a gente virava churrasquinho, e cadê o príncipe?

Anastácia: Ué, não era você que estava segurando ele?

Indira: Não é hora de achar culpados, ele ainda está lá em baixo.

Anastácia: Não me diga que aquele idiota não sabe nadar...

Indira: vai você, a correnteza tá muito forte pra mim...

Anastácia: Está bem, eu irei buscar aquele prepotente.

Com um breve impulso, ela mergulhou até o fundo do rio, e trouxe Aramis até a superfície para fora da água.

Indira: ele está com um machucado feio na cabeça, deixa tentar dar um jeito.

Pousou as suas mãos sobre ele e uma aura cinzenta envolveu ele.

Anastácia: Pelo menos ele não está morto, que é o mais importante.

Indira: Isso deve chegar, vamos levá-lo rapidamente para o castelo.

Anastácia: O rei não vai ficar feliz com isso, disso eu tenho a certeza.

Fim de Capítulo.

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