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10# - Campeões


Travor: Foi aí que chutei o traseiro dele, pobre coitado, nem conseguia andar direito.

Rozaria: E ele conseguiu voltar a andar normalmente

Travor: Ninguém sabe até hoje, talvez sim ou não.

Rozaria: Que medo!

Indira: Pare de contar histórias mirabolantes e sem sentido, e quem fica sem andar por causa de um simples chute no traseiro?

Travor: Um simples chute?; O meu pontapé é o mais poderoso que há, vocês sabem muito bem.

Anastácia: Sabemos é nada, se fosse verdade, não seria eu a derrotar aquela bruxa.

Travor: Ela teve muita sorte, se atrasasse o feitiço um segundo, eu teria dado um belo pontapé no traseiro dela.

Indira: Devo discordar, seu aldrabão de uma...

Vlady: Lá está!

Logo após uma colina, a vasta e densa Íris revelou-se pra eles, que mesmo pela tarde exibia uma foto de luzes intensa e deslumbrante devido ao festival que ocorria.

Rozaria: Eu já ouvi falar, mas nunca pensei que seria tão lindo.

Vlady: Isso mesmo, e esse ano eles prometeram ser bem inesquecível esse ano, então vamos lá.

Entraram na cidade e como óbvio, fadas de vindas de todos os reinos estavam lá, festejando, mas haviam também outras espécies celebrando.

Travor: Já faz um tempão que não venho a este festival, uns 4 ou 5 anos.

Indira: Azar o teu, eu e o Vlady ficamos sempre aqui durante o festival uns 2 ou 3 dias todos os anos.

Rozaria observava tudo espantada: as cores, as pessoas dançando e ouvia atenciosamente as músicas tocadas.

Anastácia: Pelos vistos é a sua primeira vez, o que achou?

Rozaria: Magnífico, é tudo tão alegre, e vivo, e...

Do nada um soldado aparece ao lado dela espantando todo mundo, Travor aponta a sua espada.

Travor: Que diabos é você?

Soldado: Meu nome é Erasto, um dos campeões de Íris.

Anastácia: Não admira nós não detectarmos a sua presença, o que deseja de nós?

Erasto: O rei solicita a vossa presença imediatamente em seu castelo.

Vlady: Está bem então, seguem-se bem.

Rapidamente foi para o castelo principal, mas no caminho Anastácia resolveu fazer umas perguntas.

Anastácia: Onde estão os antigos cavaleiros, eu nunca vi você por aqui....

Erasto: Infelizmente foram mortos pelo basilisco, então o rei rapidamente juntou os 3 guerreiros mais poderosos de todo o reino e batizou-os de Campeões.

Indira: Interessante, e onde estão os outros dois.

Erasto: Provavelmente, na sala do trono á nossa espera, os conhecerão em breve.

Travor: Espero que consigamos derrota-lo.

Anastácia: Não te preocupes, se tivermos a famosa "voadora do Travor" ficaremos bem...

Vlady: Hahaha, essa foi boa...e chegamos ao nosso destino.

Parou na frente do enorme castelo que ficava bem no centro de Íris, desceram da carroça e juntamente com a guarda imperial foram rapidamente encaminhados para sala do trono, onde o rei aguardava ansioso com os seus outros dois campeões.

Rei Williams: Finalmente chegaram, meus queridos amigos, a quanto tempo...

Anastácia: Bom ver que não perdeu a alegria, sua majestade, apesar dos últimos acontecimentos.

Rei Williams: Ainda estou tocado com as mortes, mas devido ao festival das fadas, não posso deixar-me abater.

Travor: Meu senhor, não pude deixar de ver estes três novatos por aqui, pode dizer-nos quem são?

Rei Williams: São os famosos Campeões de Íris e substitutos dos antigos cavaleiros de elite, temos Dalibor, a perseguidora, Drakel, o indomável e já devem conhecer o Erasto, o pacificador.

Dalibor: Então, estes são os famosos Cavaleiros de Elite do reino de Palas, não me parecem lá grande coisa, acho que até posso derrotar todos eles sozinha.

Indira: Continua a falar assim e acabarás por quebrar uns ossos.

Dalibor: Eu irei querer ver essa incrível proeza.

Erasto: Vá lá, de um desconto para eles, vieram de terras distantes só para ajudarem a gente.

Dalibor: Ajudar, nós podemos tomar conta daquele maldito basilisco sozinhos.

Drakel: Depois do que aconteceu á uns dias, eu acho que estamos precisando.

Dalibor: Cale a boca, seu rafeiro desgraçado.

Rei Williams: Já chegar, Dalibor, eles vieram ajudar e é isso que farão, quer queiras, quer não, estamos entendidos.

Dalibor: Sim, meu senhor.

Anastácia: De volta ao importante, neste momento onde está o basilisco.

Rei Williams: Está escondido na grande lago da floresta, tentamos um ataque surpresa á alguns dias atrás, mas falhamos terrivelmente, perdemos muitos homens, é por isso que chamei vocês.

Anastácia: Então, Rozaria, pode começar o seu trabalho.

Rozaria: Um por favor não faria mal...onde fica a sala do ferreiro?

Erasto: Deixa que eu levo você até lá.

Travor: Quanto tempo levará para fazeres tudo?

Rozaria: Umas seis horas, mas se eu tivesse um ajudante faria em menos tempo, então o Vla...

Indira: Eu ajudo, tenho alguma experiência com ferro.

Rozaria: Fantástico, era mesmo o que eu queria, vamos lá então.

As duas foram juntamente com Erasto á oficina, Dalibor, que estava zangada, começou a sorrir.

Dalibor: Olha, desculpem o meu comportamento, é que eu estou um pouco nervosa com isto tudo.

Vlady: Não faz mal, é compreensível.

Dalibor: Deixem-me oferecer uma bebida da nossa taberna como um sincero pedido de desculpas.

Anastácia: Cerveja!...vamos lá...quer dizer, nós aceitamos de bom grado.

Travor: Meu Deus, porque é que eu previa isso?

Em poucos minutos estavam de volta a cidade, onde o festival estava ao rubro. A cerveja de Íris de conhecida pelo seu sabor incrível e pela enorme caneca que era servida, por um preço muito baixo.

Anastácia: Era mesmo disto que estava a precisar.

Vlady: Só não exagere como sempre.

Anastácia: Esqueceu que o álcool não tem efeito em mim?

Travor: Ao contrário de Palas, eles aqui transformam mana em líquido, e é pior que o próprio álcool, e pelo que eu sei nenhuma criatura é imune ao seu efeito.

Anastácia: Isso explica muita coisa.

Dalibor: Já que não estamos a fazer nada, que tal um duelo entre nós aqui e agora?

Travor: Tens a certeza disso, não que eu queira gabar-me, mas...

Drakel: Nós arriscamos, se são fortes como dizem, provem-no.

Dalibor: Uau, finalmente conseguiste falar algo de jeito hoje, estou surpresa.

Vlady: Mesmo que quiséssemos, falta um para serem três contra três.

Logo após ele dizer isso, Erasto entra pela porta e vai direito a mesa deles.

Dalibor: Problema resolvido, podemos começar então.

Erasto: Começar o que?

Dalibor: Anda lá, vamos dar uma lição a eles.

Os aldeões afastaram as mesas, deixando o centro da taberna livre. As duas equipes puseram-se frente a frente.

Anastácia: Então, como iremos fazer Isto?

Dalibor: Faremos duelos individuais, Erasto e Travor, Drakel pode ir com o Vlady, e tu vens comigo.

Anastácia: Será uma honra acabar com você e a sua arrogância desgraçada.

Elas foram as primeiras, cada uma pegou uma simples espada de metal.

Drakel: Como em todo duelo de cavaleiros, é permitido tudo menos magia e outra arma além daquela em mãos.

Anastácia: Isto vai ser divertido...

Dalibor: Podes crer que vai.

Executou um ataque directo extremamente rápido, surpreendendo a todos. Anastácia conseguiu defender, mas sentiu algo incomum.

Anastácia: Com essa força tremenda que tens, já percebo a tua arrogância e orgulho.

Dalibor: Fala menos e luta mais.

Aplicou outro golpe poderoso, mas é facilmente desviado deixando uma abertura pra um belo soco no seu rosto.

Dalibor: Nada mal, mas agora é a minha vez.

Dei-lhe um pontapé, fazendo-a embater num dos pilares feitos de pedra, girou a espada e cortou todo o pilar de um vez, Anastácia por pouco não tinha a cabeça decapitada.

Vlady: De certeza que ela irá ganhar essa luta sem usar magia?

Travor: Apesar de eu não confiar muito nessa probabilidade, temos de acreditar nela.

Após dizer isso, Anastácia é jogada para o outro lado do balcão do bar, fazendo várias canecas de cerveja entornarem por cima dela, abriu a boca aproveitando beber um pouco.

Dalibor: Que droga você está fazendo?!?

Tentou atingir ela deitada, mas Anastácia era ágil demais.

Anastácia: Anda lá, eu ainda estou aquecendo.

Dalibor tentou vários golpes seguidos, mas sem êxitos.

Dalibor: Sua desgraçada!

Enfiou a espada no chão e agarrou em Anastácia e juntas rebolaram pelo balcão para fora do bar, deixando ela estendida no chão e Dalibor sentada em cima dela com o punho erguido.

Dalibor: Isto acaba aqui.

Ouviu-se um forte estrondo lá fora.

Erasto: O que foi isto?

De repente, o telhado da taberna é arrancado e uma criatura semelhante a uma cobra gigante aparece, era o basilisco.

Travor: Todo mundo pra fora daqui, nós tratamos tudo.

Em poucos segundos já não tinha ninguém dentro ou perto da taberna, apenas eles.

Drakel: Já sabem como funciona, certo?

Vlady: Claro que sim, não devemos olhar directamente pra ele, senão morremos na hora.

Erasto: Isso mesmo, agora vamos lá derrotar este camarada!

Anastácia: Se Tivéssemos as armas apropriadas, poderíamos acabar com isto agora.

Dalibor: Então só nos resta afugenta-lo daqui o mais rápido possível, há muitos civis na cidade.

Anastácia: Eu irei imobiliza-lo, vocês tentam causar o máximo de dano que puderem, assim ele irá fugir.

Travor: Força, nós estamos preparados.

Anastácia fez um gesto com as mãos e uma energia rodeou ela. Proferiu palavras em latim e apontou para o basílisco, que parou de mexer-se. Ela havia tomado conta de seu corpo.

Todos foram e tentaram ferir ele, mas a sua pele era muito dura, então as armas que eles estavam usando não surtiram efeito nenhum.

Drakel: É inútil, temos de optar por outros meios.

Vlady: Tive uma ideia, Travor, prepara-te para me lançares até ele.

Retirou uma adaga com um formato estranho da bolsa e fez um ligeiro corte na mão, e do nada uma chama preta rodeou a lâmina.

Travor: Espero que saibas o que estás a fazer...

Agarrou em Vlady e com muito esforço tirou duas vezes e atirou-o até o basílisco. Vlady limitou-se a estender a mão e com a adaga fez um corte profundo no pescoço dele. E o basílisco de tanta dor, começou a atacar em todas as direções, saindo do controle de Anastácia.

Anastácia: Isto não pode ser bom.

Dalibor: Ve e aprende, SHUSS!

O corpo dela aumentou em um segundo juntamente com sua massa corporal e força. Deu um enorme pulo e socou a cara do basílisco, o atordoando. Só que a cauda dele bate nela , fazendo-a cair em uma das casas ali perto. Aproveitou a oportunidade e fugiu para a floresta.

Eles foram rapidamente ver Dalibor, que estava sentada nos escombros, cheia de sangue, mas rindo.

Dalibor: Eu disse que conseguia.

Vlady: Devo dizer que fiquei impressionado.

Drake: Vamos lá levar-te de volta ao palácio, para tratarmos desses ferimentos...

Fim de Capítulo.

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