three.
AURORA JONES
— point of view' 🍽
question: vocês são tímidos pra fazer amizade aqui no wattpad?
— DÁ O FORA DA MINHA CASA AGORA! — aviso assim que puxo ele pro jardim.
— Eu não vou embora, e tecnicamente essa casa não é mais sua desde que se mudou para Londres. — ele abre um sorriso sínico. Deus me dê paciência porque se me der força eu soco a cara dele. — Não seja essas garotas rancorosas Aurora, você é melhor que isso.
— Rancorosa? — forço uma risada cruzando os braços rente ao peito. — Eu tenho é nojo de você Ollie. Você tem noção do que fez? Tipo, nem um pingo de remorço?
— Aurora, eu não fiz nada. — ele levanta as duas mãos bancando outra vez o pobre coitado.
— Vai se ferrar Ollie, não tenho tempo pra isso.
O dou as costas ele continua a falar.
— Tá vendo? Você sempre faz isso! Sai da conversa feito a porra de uma garotinha imatura que não liga pra nada e nem pra ninguém! — ele cospe as palavras e sinto como se uma faca atravessasse meu peito ao ouvir isso.
Ollie é literalmente um babaca da pior espécie, mas quem olha de longe nem imagina. Como que eu me submeti a isso? Tipo, como?
— Eu sou imatura? — me viro em sua direção. — Você transava com a minha melhor amiga durante meses, vinha na minha casa, se alimentava da minha comida, me fazia sentir culpada por não me doar 100% em nosso relacionamento e ainda vem me dizer isso? Você não foi homem nem pra chegar e confessar que me traía Ollie! Eu tive que descobrir na frente de todo mundo no meu aniversário. Mas olha, fica tranquilo. Isso só me fez entender que eu mereço um homem de verdade na minha vida, não um moleque como você. — deixo dois tapinhas em seu ombro em seguida o deixo sozinho ali.
Pessoas como ele eu quero longe da minha vida. E perto de mim o amor próprio, amor esse que nunca tinha sentido antes quando namorávamos.
— Filha? Cadê o Ollie? — minha mãe vem até mim preocupada. — Ele não vai ficar pro jantar?
— Não mãe, o Ollie não vai ficar pro jantar e nunca mais vai pisar nessa casa, tá me ouvindo? — encaro ela seriamente. — Me prometa.
— Mas é claro filha, se você diz... — ela dá de ombros e fico aliviada em ouvir isso.
Volto pra cozinha e termino de ajudar a fazer um dos pratos do jantar. Em datas comemorativas meus pais gostam de encher a casa e fazer uma mesa farta.
Todos de alguma forma se divertiam quando o assunto não era política ou religião. A gente até gargalhava com as piadas de pavê do tio Denver.
Querendo ou não, são ótimos e raros momentos
em família.
— Bom, agora que todos já estão sentados à mesa gostaria de dizer umas palavras. — meu pai diz, já com os olhos marejados. Ele sempre foi emotivo. — Amanhã é o casamento da minha filha mais velha e como pai, não tem como não estar mais orgulho que todos aqui. Por isso Sandy, eu espero que seja feliz e que possa construir sua família aqui nesta casa.
Franzino venho assim que ele diz isso. Como assim "aqui nessa casa?" é o que todos devem estar se perguntando na mesa.
— Sua mãe e eu decidimos deixar a casa pra você e Billy morarem depois do casamento. — me engasgo no mesmo instante com o vinho e sinto a mão de Lizzie bater forte nas minhas costas. — Aurora? Minha filha você está bem? — faço um sinal de positivo com a mão e ele continua. — Sandy...
— Meu Deus, pai!! — Sandy se levanta da mesa e o abraça forte. — Obrigada, de todo coração. Eu nem sei o que dizer.
Ah mas eu sei. Que merda de ideia foi essa que ele teve em dar a casa pra você? E por que logo você?Só porquê vai se casar? Ah me poupe! - penso.
— Nós te amamos filha. — minha mãe a abraça também e bocejo com sono dessa cena de novela.
— Aurora, não vai dizer nada a sua irmã? — meu pai pergunta e em seguida todos na mesa me olham.
— Na verdade não. — noto o silêncio. — Por que dar a casa que vocês moraram durante todos esses anos pra ela? Só por que ela vai se casar? Tipo, e? — faço uma expressão sem entender.
— Aurora...
Meu pai ia se explicar mas Sandy resolveu se meter.
— Não adianta pai, esse era exatamente o tipo de reação que eu esperava da Aurora. — ela encara a todos como se fizesse um discurso. — Egoísta e a maior parte do tempo prepotente. Achando que o mundo gira em torno dela e que é a melhor.
— Desculpa Sandy, mas eu não preciso provar muito pra saber que sou sim, melhor que você. — rio e ouço meu pai bater a mão sobre a mesa.
— JÁ CHEGA! — todos se assustam. O que era pra ser um jantar comemorativo se tornou um enterro.
Levanto da mesa sem a menor vontade de comer e vou em direção a escada para subir até meu quarto quando Sandy me grita.
— Aurora!
— O que? — me viro sem paciência.
— Você não vai pro meu casamento.
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