Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Sob um Céu Desafortunado

Naquela noite cheia de emoções conturbadas, sonhou que afundava. Seu corpo imóvel caindo pesadamente na precipitação. Sentia que não existia fundo e continuaria a submergir profundamente, sem parar. O fluxo da água que a envolvia escorria junto para um caminho desconhecido, vagarosamente engolindo-a com a escuridão insondável que a cercava. Seus olhos estavam fechados, não tinha necessidade de tomar atenção em um ambiente já tomado pelas sombras, só conformara-se em ficar à deriva até chegar no destino final. Piscou ao perceber uma diferença na atmosfera, as turvas e engolfantes águas substituídas por uma fluente dirigente de luzes. 

Não. 

O que imaginou que fosse um lago, na verdade, não passava do estado mais puro de energia que a saudou com um cálido abraço sensorial. No centro, onde encontrava-se o núcleo, viu um vulto gigantesco de uma criatura aparentemente não hostil. Ele estava totalmente consciente da presença dela, entretanto, não manifestou-se ou esboçou irritação pela invasão em seu território.

Aquele ser possuía uma presença estranha, quase como se preenchesse o espaço ao redor, uma influência onipresente.

Acordou com um peso em seu peito. Olhou ligeiramente grogue para o local, vendo uma garotinha aconchegada em seus braços. A princípio surpreendeu-se com o contato, mas o aceitou emocionada e ligeiramente confusa. Viver praticamente isolada do mundo exterior atrás dos imponentes muros da mansão converteu-lhe em um indivíduo ignorante às relações humanas, inexperiente com o básico da socialização que não fosse para vínculos de negócio por conta das pessoas que rodeavam seu avô. Sua única peça de desenvolvimento social e afetiva – sua querida irmã mais velha – não convivia com ela, tudo que sabia era ministrado pelos professores de etiqueta e devido a leituras e estudos, poderia afirmar com convicção sua ingenuidade em certos níveis, embora não fosse facilmente ludibriada quanto a questões mais pertinentes ao campo econômico – e as demais áreas correlatas.

Acarinhou ternamente a cabeça da menina como recordava-se de como sua irmã fazia sempre que o medo ou a tristeza lhe abatesse. Teve um vislumbre de Crow saindo do barraco, não muito certa se confiaria em sua visão nebulosa do pós sono. Com extremo cuidado, arrastou-se para fora do colchão surrado que serviu como uma cama, indo direto para o rapaz que ajustava o capacete para sair com seu D-Wheel.

– Bom dia, Freya. – meneou a cabeça para cumprimentá-la.

– Bom dia, Crow. Onde vai? – havia urgência em sua voz, algo que o ruivo notou.

– Eu vou buscar comida e ver o que mais posso arranjar. – informou, checando o motor do D-Wheel.

– Eu posso ir junto?

Crow franziu a testa. Em sua percepção, Freya não parecia muito habituada a sair com frequência, pois sua ansiosa vontade em acompanhá-lo soava genuinamente infantil. Seu jeito imperito ainda lhe traria problemas no futuro, mas não negou – mantê-la perto assegurava que lidaria melhor com imprevistos semelhantes ao de ontem.

– Claro. Eu só acho... – engasgou surpreso assim que as mãos delicadas enlaçaram sua cintura subindo na garupa da moto, frisando o quão perto estavam.

Desconcertado, engoliu em seco, afugentando o rubor fumegante que ameaçava tingir suas bochechas.

– Segure firme. – alertou, retomando a compostura. Black Bird zuniu e com rapidez deslocou-se pelas ruas vazias e quietas.

– Aqui é sempre assim? – perguntou através dos ruídos projetados pelo D-Wheel.

– Sim, na maior parte do tempo. Essa é uma parte menos habitada. Tem lugares mais tumultuados, é claro. – explicou, diminuindo a velocidade. – As pessoas que moram aqui estão mais espalhadas, escondidas nas estações, em centros comerciais abandonados.

– Oh. – olhou curiosamente os arredores, comiserada. – É uma verdadeira discrepância. Alguns vivendo tão bem e outros sobrevivendo na miséria.

– Infelizmente. Mas fazemos o melhor possível para melhorar de vida.

Freya fitou o olhar desbravador do rapaz com um sorriso, contagiada com a esperança que enxergava neles. A diferença gritante que distinguia-o das pessoas fúteis e sem conteúdo do grupo elitistas que conhecera durante toda sua vida.

– Eu acredito. Vocês são o completo oposto de como os Tops os descrevem. Chega a ser irônico.

– As pessoas da Nova Domino não conhecem a verdadeira face da pobreza, então nunca entenderam o que é não ter o que comer. – Crow estacionou o D-Wheel estrategicamente escondido em um beco. Freya deu alguns passos experimentais para fora dali, seguida pelo ruivo. – Você é engraçada. Nunca andou por aí? – zombou, recebendo um olhar inocentemente perplexo e embaraçado.

– Não. Eu nunca fui muito longe do planejado pelos meus tutores. – respirou fundo, absorvendo a brisa leve lhe trazendo a real sensação de liberdade.

Freya era como um pássaro cujas asas foram cortadas para que não saísse de seu confinamento, admirando o céu de longe, impaciente para ter a oportunidade de alcançá-lo também.

– Além disso, tenho que cumprir um objetivo

– Bem, eu lamento a brincadeira. – esfregou a nuca, constrangido. – Eu não tinha ideia que vivia assim.

– Está tudo bem. Eu não sei nada fora da minha bolha. Esse mundo... Tudo é tão cheio de vida. É estranho e assustador. – o brilho nos olhos claros dela acendeu um sentimento doce no rapaz.

– Enquanto estiver por aqui, prometo apresentar a qualquer coisa que desejar conhecer.

– Muito obrigada – segurou a mão dele entre as suas em um gesto de agradecimento.

Crow corou, pigarreando.

– Não precisa. Vamos.

Freya assentiu.

O rapaz adentrou uma das lojas em ruínas como se tivesse estado ali antes, sem qualquer intimidação. Ele vasculhou as prateleiras, jogando tudo em bom estado em sua bolsa; coletando peças de roupas em bom estado, brinquedos e alguns utensílios úteis. Freya assistiu-o agir sem ter certeza de como auxiliá-lo em sua tarefa.

– E o que estava procurando por aqui? – a voz dele ecoou de um canto que não identificou. – Uma dama do seu porte não escolheria esse lugar como destino de férias.

– Eu queria um lugar longe de tanta gente me sufocando. – acomodou-se sobre caixas velhas. – Recebi uma carta informando sobre o falecimento da minha irmã mais velha...

O silêncio instalou-se ao proferir a última sentença.

– Eu lamento pela perda.

– Não. Minha irmã não morreu e vou provar. – alterou-se por um instante, voltando a razão logo em seguida. – Eva não cometeria o erro que eles disseram. Não confio nessas pessoas!

Crow reapareceu uma fina camada de poeira sobre si, limpando-se com leves batidas.

– Se tem tanta certeza disso, então é bom investigar mesmo. – balançou a cabeça para livrar-se do pó que o cobria.

Um som alto de sirene irrompeu a quietude. Crow agarrou com cuidado o pulso de Freya e correu para buscar Black Bird para evadirem sem levantar suspeitas. Às claras, a Security tornava-se mais persistente em suas perseguições e arriscar encontrá-los, naquele momento, não seria uma boa ideia.

– Droga. Vamos. Ficar aqui não é seguro.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro