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CAPÍTULO 7 - Um passo a frente

||Valentina Martins ||

Ao entrar no espaço onde todos estavam reunidos, meu olhar imediatamente se fixou na mesa onde Valentina estava sentada. Senti uma onda de possessividade percorrer meu corpo ao ver meu primo, Caio, olhando para ela sem disfarçar o interesse. Um sentimento intenso brotou em meu coração, e percebi que não gostava nada da maneira como ele a observava.

Quando ele notou minha presença, seu olhar saiu de Valentina e se encontrou com o meu. Caminhei até ela, colocando-me atrás da sua cadeira. Com um gesto suave, acariciei seus ombros, tentando transmitir um ar de proteção, mas também de cumplicidade. Precisávamos que todos acreditassem em nossa história.

- Boa noite a todos - cumprimentei com firmeza, fixando os olhos nos membros da família que agora me encaravam com curiosidade. - Acredito que já conhecem a minha namorada, certo?

Alguns assentiram, e quando me virei para minha mãe, vi um sorriso largo em seu rosto, cheio de orgulho. Estendi minha mão para Valentina, e ao aceitar meu convite, ela se levantou. O ar parecia denso com a expectativa, e pude sentir sua leve ansiedade.

- Diante da nossa decisão, decidimos que seria uma boa oportunidade para anunciar o nosso noivado - declarei, retirando uma pequena caixinha branca de veludo do bolso. O coração acelerava em meu peito, mas eu precisava me manter firme.

- Ah, meu Deus! Que amor! - escutei minha tia Dália exclamando, enquanto o murmúrio de aprovação crescia ao nosso redor.

- Valentina Martins, meu amor. Você aceita casar-se comigo? - perguntei, tentando infundir emoção nas palavras, mesmo sabendo que tudo isso era apenas um jogo.

- Eu aceito! - Valentina respondeu, um sorriso radiante iluminando seu rosto e desnudando uma verdadeira alegria.

Deslizei o anel pelo seu dedo, e aplaudições e celebrações preencheram o ambiente. Nossas mãos se encontraram enquanto eu a puxava para mais perto, e, num impulso, beijei seus lábios. No início, ela hesitou, mas logo cedeu, correspondendo ao meu toque. A sensação foi inesperadamente doce, e por um instante, perdi-me no momento.

Quando o beijo se quebrou, sorri para ela e acariciei sua bochecha, sentindo a tensão que nos cercava começar a se dissipar.

- Parabéns, querido! Estou tão feliz em saber que decidiu amar novamente - Dália disse, levantando-se para brindar. - Quero brindar à felicidade de vocês e aos futuros netinhos da família Black!

- Um brinde aos noivos! - Soraia interveio, o tom provocativo em sua voz deixando claro que a curiosidade pairava no ar. - E a data do casamento já foi marcada?

- Será daqui a uma semana - respondi, tentando manter o tom casual.

- Uau, quanta rapidez! Não é nenhum bebê a caminho, né? - Soraia perguntou, forçando um riso, e senti a tensão aumentar novamente.

- Não, não há bebê a caminho, - respondi, tentando manter o tom leve. - Apenas a certeza de que o amor não pode esperar.

Dália levantou sua taça de vinho, e todos a seguiram, incluindo Valentina. Ela ergueu a taça com um sorriso, e por um momento, o mundo ao nosso redor desapareceu.

- A Valentina é uma mulher incrível - Dália continuou. - Eu sempre soube que, quando o Damon encontrasse alguém especial, seria uma mulher com força e garra.

Senti um peso em meu coração. Era verdade que Valentina tinha algo especial, algo que me atraía de uma forma que eu não conseguia ignorar, mesmo sabendo que tudo isso era apenas parte de um plano.

- Obrigado, Dália. - Valentina disse, sua voz suave e cheia de gratidão. - Estou honrada em fazer parte dessa família.

- Um brinde aos noivos. Que o amor de vocês cresça, e que a felicidade de um seja a felicidade do outro. A caminhada será longa mas onde o amor faz morada, nada os separa. - minha mãe levantou a taça em um brinde.

Sorrimos e levantamos a taça em um brinde.

Ao sentarmos na cadeira o jantar foi solicitado para sermos servidos e ao olhar para minha mãe, vi algo pincelar em seu olhar. Ela sorriu amorosamente para mim, e olhou para outra mesa onde meus tios estavam.

O mais difícil já foi.

Suspiro profundamente em alívio.

*

||Valentina Martins ||

O jantar havia acabado, e uma música lenta preenchia o ambiente, convidando alguns a dançarem. Outros permaneciam nas mesas, engajados em conversas que pareciam nunca chegar ao fim. Observei à distância enquanto Damon e sua mãe pediam licença e saíam juntos. Levantei-me da mesa e fui até o jardim que tanto havia me encantado antes do jantar. O ar noturno estava fresco, e o silêncio envolvia o ambiente de maneira quase hipnótica. Minhas mãos tocaram levemente as folhas vivas de um labirinto que chamava minha atenção.

Os caminhos iluminados por pequenas luminárias convidavam-me a seguir em frente, embora eu errasse as direções algumas vezes e encontrasse paredes verdes bloqueando meu avanço. Quando finalmente alcancei o coração do labirinto, fiquei maravilhada com o que vi.

No centro, um banco de mármore branco estava posicionado entre duas estátuas majestosas. Um anjo de asas abertas parecia proteger uma mulher em seus braços, e aos pés das figuras repousavam rosas roxas, delicadas e perfeitamente banhadas pelo brilho da lua. O local parecia uma cena saída de um sonho.

Sentei-me no banco, sentindo o frescor do mármore sob mim, e retirei o celular da bolsa.

Não queria machucar seus sentimentos, mas seria inevitável.

"Zayn, me desculpe por não o corresponder. Infelizmente, precisei fazer o que era certo. Eu desejo que você seja feliz."

Enquanto digitava senti as lágrimas brotarem e sem impedir deixei que elas escorressem. Senti meu coração se despedaçar de pedaço por pedaço. Os meus sonhos e planos haviam tomado um rumo diferente do que planejei, mudando todo o meu presente e futuro. Eu estava enganando uma mulher que mostrava ser um ser solar, o tipo de pessoa que transborda luz e energias positivas para a vida do seu próximo.

Fuguei baixo ao sentir a minha garganta se embolar com o choro que rasgava a minha alma, levei as mãos até a boca para tentar conter os soluços. Braços firmes me cercaram, e a única razão para eu não reagir ao toque foi o perfume que o denunciou. Damon. Ele me envolveu em um abraço apertado, oferecendo um apoio que eu nem sabia que precisava. Suas mãos deslizavam suavemente sobre meus ombros, transmitindo um calor que me trouxe uma inesperada sensação de conforto e segurança.

- Eu não sei se consigo continuar mentindo para sua mãe. - Confessei, minha voz abafada contra seu peito.

Ele permaneceu em silêncio por um momento, seus dedos entrelaçando-se em meus cabelos de forma quase instintiva. O cafuné gentil me fez fechar os olhos, como se por um segundo o peso da noite tivesse se dissipado.

Sua respiração era calma, e quando senti o calor de seu hálito tocar minha orelha, ouvi suas palavras em um sussurro grave:

- Val, eu sei que é difícil. Mas, por favor, faça isso por mim. - Sua voz carregava um pedido sincero. - Me perdoe por toda essa situação. Há uma razão fundamental para isso, algo importante para minha família.

Afastei meu rosto levemente de seu peito, apenas o suficiente para encará-lo. Seus olhos brilhavam com uma mistura de peso e sinceridade que quase me desarmou.

- Eu não sou boa com mentiras, senhor Black. - Sussurrei de volta, tentando esconder a vulnerabilidade que ameaçava escapar.

Um sorriso mínimo puxou os cantos de seus lábios, mas sua expressão permaneceu séria.

- Só Damon, por favor. - Ele corrigiu, sua voz baixa, quase como uma súplica.

Levantei meu rosto para encará-lo e, ao vê-lo passar sutilmente a língua nos lábios, o nosso beijo veio à minha mente, junto com a intensidade que ele carregava. Assenti devagar, tentando disfarçar o calor que subia pelo meu rosto, e deixei meu olhar encontrar o dele. Havia algo diferente nos seus olhos, um brilho que o deixava ainda mais deslumbrante sob os feixes de luz da lua.

Seu polegar deslizou delicadamente pela minha bochecha, um toque tão singelo e quente que fez meu coração pulsar de um jeito que não acontecia há muito tempo.

Suspirei fundo, lutando contra as sensações que ameaçavam me dominar.

- Vamos conseguir passar por essa etapa juntos. - ele sussurrou, sua voz baixa e firme, e eu balancei a cabeça em concordância, mesmo com todas as dúvidas que gritavam dentro de mim. - E me desculpe pelo beijo. Não quero que pense que estou me aproveitando da situação.

- Tudo bem. Eu entendi as razões. - murmurei, embora minha voz tenha soado mais suave do que eu pretendia.

Ele sorriu levemente, e o deslizar de seu polegar pela minha pele limpou os últimos vestígios das lágrimas que eu nem percebi que estavam lá. Então, com gestos cuidadosos, Damon retirou um lenço do bolso interno do seu terno e o usou para secar o canto dos meus olhos antes de guardá-lo novamente.

- Minha mãe pediu para lhe informar que deseja a sua presença amanhã no almoço. - disse ele, enrolando distraidamente uma mecha do meu cabelo em seu dedo. - Creio que ela vai querer discutir os detalhes do casamento. A partir desse momento, você não terá um minuto de paz.

Deixei escapar um gemido frustrado.

- Não me diga. - murmurei, quase rindo da ironia.

- Ela já a tem como uma segunda filha. - ele comentou, uma nota de ternura cruzando sua voz. - Mesmo a conhecendo há tão pouco tempo.

- Isso só torna as coisas mais difíceis... e não deveria ser.

- Eu sei. - ele admitiu, seus olhos capturando os meus com seriedade. - Também não gosto dessa ideia. Mas é necessário que seja assim.

- Tanto mistério. - disse, arqueando uma sobrancelha. - Espero que não seja porque você está envolvido em algo ilegal.

Ele soltou um riso baixo, e a covinha discreta em seu queixo apareceu, iluminando brevemente sua expressão.

- Não, não há nada ilegal. Pode ficar tranquila. - respondeu, e a leveza em sua voz foi suficiente para que eu acreditasse, mesmo que ainda houvesse tantas perguntas sem respostas.

Meu olhar voltou a fitar a lua. O brilho suave parecia acalmar a tempestade dentro de mim, e o sentimento de dor que antes me sufocava aos poucos adormecia.

- Você está devastadoramente belíssima. - a voz rouca de Damon deslizou para o meu ouvido, baixa e envolvente.

- Obrigada. - murmurei, sentindo minhas bochechas corarem. - Na realidade, toda essa produção era para ser uma personagem.

Seu sorriso de lado surgiu, e ele inclinou a cabeça levemente, como se já tivesse adivinhado.

- Eu imaginei.

Mordi o lábio inferior, envergonhada com minha confissão.

- Me desculpe. Fui hostil com você.

- Não precisa se desculpar. - ele respondeu, seu tom calmo como o céu noturno. - Eu também não procurei ser tão amigável.

- Bom, se não houvesse a questão do casamento, a dívida teria que ser paga de todo jeito. - pontuei, tentando manter um tom neutro.

- Nesse caso, haveria outro caminho.

- E qual seria?

- Eu estudaria a situação financeira do devedor e negociaria a dívida diretamente com ele. Depois de paga, ele nunca mais pisaria no meu cassino. - respondeu ele, com a confiança característica. - Claro, sempre buscando uma solução onde nenhum dos lados saísse prejudicado.

- E como faz para não sair no prejuízo?

- Seu pai não seria o primeiro devedor que lidaria. Quando a dívida é alta demais, eu compro a empresa ou os bens dele, faço um investimento e transformo o valor em algo muito maior. Mas... - ele pausou, o tom mais grave agora - seu pai trouxe a escritura da casa como pagamento e, na mesma noite, contraiu uma nova dívida de duzentos milhões.

A pausa de Damon fez meu coração acelerar. Seus olhos se voltaram para mim, esperando que eu absorvesse o que ele estava dizendo.

- Então, ele voltou ao meu escritório naquela mesma noite e... lhe ofereceu como pagamento.

Prendi a respiração. Mesmo sabendo dessa parte, ouvir a verdade dita por Damon fez meu peito apertar.

- Eu não sei se ele sabia que eu precisava me casar ou se o desespero o fez agir assim. Eu aceitei porque o tempo para mim está curto.

- Ele falou que ouviu um primo seu comentando sobre isso enquanto jogava.

A mudança em sua expressão foi instantânea. Seus olhos, antes serenos, escureceram com uma fúria latente, e sua mandíbula se contraiu. Ele se levantou do banco abruptamente, passando as mãos pelos cabelos em um gesto exasperado.

- Desgraçado! Ele armou tudo isso! - Damon exclamou, começando a andar de um lado para o outro como um leão enjaulado. - Tudo isso é um jogo para ele.

- Damon! Damon! - chamei-o, desesperada, levantando-me e segurando seu pulso para fazê-lo parar. - O que foi? Que jogo? - perguntei, confusa e alarmada.

Ele se virou para mim, e sua expressão se suavizou ao ver o medo em meus olhos.

- Meu Deus, Valentina! - ele começou, a voz ainda carregada de indignação. - Isso tudo foi uma manipulação doentia do meu primo! Seu pai só caiu no laço que ele armou!

- O quê? - perguntei, a confusão crescendo.

- Ele armou isso desde o início! - Damon disse, o tom carregado de raiva. - Cada passo, cada detalhe... calculado.

- Eu não estou conseguindo acompanhar o seu raciocínio, Damon! - minha voz soou mais alta do que pretendia, carregada de confusão e inquietação.

Ele parou de andar, seus olhos encontrando os meus com uma intensidade que fez meu coração bater descompassado.

- Caio González armou tudo para você entrar na minha vida. - disse ele, cada palavra como um golpe seco que ecoava em minha mente.

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2203 palavras...

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