Capitulo 32
- Por que está tão quieta Olívia? - Derek pergunta.
- Não é nada. - Forço um sorriso.
- Me diga o que está acontecendo. - Ele pede. - Talvez eu possa te ajudar.
Derek se senta na beirada da minha cama, e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
- Por que não me disse nada sobre a doença do meu pai? - Pergunto.
- Porque eu não tinha o direito de revelar seu segredo. - Ele responde. - Eu queria te contar, mas não podia.
Eu não sei se eu conseguiria esconder um segredo desse de uma pessoa. Se tratando da vida de alguém, acho que não conseguiria manter minha boca fechada mesmo que tivesse prometido segredo a pessoa.
- Me perdoe por não ter te contado antes. - Derek pede.
- Me sinto tão culpada por odiá-los tanto.
- Como poderia saber o por quê seu pai fez o que fez? Qualquer filho agiria da mesma forma que você.
Eu sei disso, mas só porque eu sei não quer dizer que alivia a culpa que estou sentindo.
Mative distância deles por estar brava, e nesse meio tempo meu pai poderia ter falecido, e aí eu iria me sentir ainda mais culpada quando soubesse o que tinha acontecido.
Agora que eu sei a verdade me sinto estranha e ao mesmo tempo agradecida, porque acabei tendo a chance de conhecer o Derek.
Se fosse eu no lugar do meu pai talvez faria tudo diferente, porque eu iria preferir contar a verdade ao invés de esconder coisas, mas como não estou em seu lugar não estou em posição de opinar.
Mas ainda assim acho que ele deveria ter me dito a verdade ao invés de me casar com um desconhecido, porque eu saberia me cuidar sozinha quando ele se fosse.
Agora é tarde demais para arrependimentos ou mudanças de planos, por isso o melhor a se fazer é aceitar o que está acontecendo mesmo que seja difícil.
Quero que os últimos dias de vida do meu pai seja alegre e divertido, e mesmo eu sabendo que não será uma tarefa nada fácil fingir que não estou destruída por dentro, ou agir como se nada estivesse acontecendo, ainda assim me manterei de cabeça erguida por ele até o fim.
- Já está tarde. - Derek fala olhando no relógio sobre o pulso. - Preciso ir embora.
Não quero que Derek me deixe essa noite, mas se eu pedir para ele ficar ele ficaria?
- Posso te pedir algo? - Pergunto.
- Sim. - Ele balança a cabeça em confirmação.
- Fica comigo essa noite. - Peço. - Não quero ficar sozinha.
- Tem certeza? - Ele indaga.
- Tenho sim.
Todos agiram como se nada tivesse acontecido durante o jantar, mas apesar de todos estarem brincando e rindo, eu podia ver no olhar de todos tristeza pelo meu pai.
Depois que todos foram embora apenas Derek ficou um pouco mais para me fazer compainha, mas eu realmente não quero que ele vá embora.
- Deite-se ao meu lado. - Peço.
Derek levanta o cobertor e faz o que eu peço o mais depressa possível, e após se deitar ele me abraça com força.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Claro que sim. - Responde.
- Está agindo assim comigo, por quê sente pena do meu pai? - Questiono.
- Que bobeira é essa Olívia?
- Por alguns segundos passou por minha mente que você disse que me ama e está tentando convencer todos disso, porque quer cumprir sua promessa ao meu pai. - Assumo.
Derek se vira de frente para mim, me olha bem de perto e fala:
- Eu te amo mais do que tudo nesse mundo, nunca duvide disso.
Derek parece estar sendo sincero, e por isso decido confiar em sua palavra mais uma vez, e por isso espero não me arrepender.
Não posso dizer que o conheço completamente, e Derek pode até mesmo estar jogando comigo por ser um cretino, mas eu decidi confiar nele de agora em diante.
Se tenho intenção de lhe dar mais uma chance, seria ruim para nós dois se eu ficasse desconfiando dele dia após dia.
Vou esquecer o que aconteceu porque eu o amo e acho que podemos nos dar bem juntos, e no momento que eu o perdoar o passado ficará no passado, e não irei mais tocar ou relembrar o que aconteceu.
Acho que essa é a melhor forma de seguir em frente, porque se eu o perdoasse e continuasse sempre jogando em sua cara os erros que cometeu, nunca teríamos a chance de sermos felizes.
Não posso dizer que confio plenamente em Derek, mas estou lhe dando uma chance para me mostrar que realmente está sendo sincero, porque eu o amo, e quero acreditar no que ele diz.
- No que está pensando? - Ele questiona. - Ainda acha que estou mentindo para você?
- Eu seria uma mentirosa se dissesse que confio plenamente em você, mas eu decidi lhe dar um chance porque quero acreditar em sua palavra. - Confesso.
- Se está disposta a acreditar em mim já é o suficiente, porque irei te convencer de que realmente te amo leve o tempo que precisar Olívia.
Me aconchego ainda mais em Derek e ele me abraça com ainda mais força, em seguida ele beija minha testa rapidamente.
- Eu te amo. - Ele diz baixinho.
- Eu também te amo.
Quando estou em seus braços me sinto segura e confortada, e é exatamente onde quero estar o resto da minha vida.
Deveria ser estranho estarmos tão próximos depois de ter terminado nosso relacionamento, mas para mim não é nem um pouco, e tenho que assumir que eu amo isso.
- Se seus pais souberem que passei a noite aqui, provavelmente vão ficar irritados.
- Minha mãe talvez, mas o papai vai ficar radiante. - Falo.
- Preciso reconquistar a confiança dela em mim. - Derek suspira alto.
- Você fará isso, só dê um pouco de tempo a ela.
Depois de tudo é aceitável que a mamãe esteja desconfiada, mas se Derek está sendo sincero irá provar isso a todos nós.
- Estou com medo de ser expulso. - Derek ri baixinho.
- Você é meu marido, é normal que passamos à noite juntos.
Derek se afasta um pouco e então o olho, e ao vê-lo sorri com malícia já sei que ele vai sugerir algo.
- Acho que seu marido merece um beijo. - Ele faz um biquinho ridículo.
- Vou pensar um pouco sobre isso.
- Pense com carinho. - Ele pisca para mim.
- Talvez você mereça um beijinho. - Digo sorrindo.
- Só um?
- Só um. - Confirmo com a cabeça.
Derek aproxima seu rosto do meu, e no mesmo instante sinto meu coração começar a se acelar como se fosse a primeira vez que ele me beija.
Envolvo meus braços em volta do seu pescoço e o puxo para mais perto de mim, porque amo a sensação de estarmos tão colados um no outro, a ponto de sermos apenas um.
Derek se afasta de repente, e automaticamente sinto um vazio que não gosto nem um pouco, mas que disfarço para que ele não perceba.
- Acho melhor pararmos por aqui. - Ele fala ainda meio ofegante.
- Eu não quero parar.
Derek começa a tossir freneticamente enquanto me encara de olhos arregalados, e parece não acreditar no que acabei de falar.
- Acho que estou ouvindo mal. - Ele bate levemente nas orelhas com as mãos.
- Você está ouvindo muito bem.
- Mas... Mas...
- Mas o quê Derek?
- Tem certeza disso? - Ele pergunta ainda incrédulo.
- Sim, eu tenho certeza do que eu quero.
Já está na hora de fazermos o nosso casamento ser real em todos os aspectos possíveis, e se realmente queremos que isso dê certo, não poderei continuar fugindo.
Estou prestes a ter um infarto de tanto que estou nervosa, mas estou fingindo não estar porque não quero parecer uma virgem bobona e medrosa, não que isso seja uma coisa ruim.
- Realmente está falando sério? - Derek ainda me olha desconfiado.
Me aproximo do seu rosto e lhe dou um beijo na testa, em seguida beijo ambos os lados da sua bochecha e seus lábios rapidamente, tentando assim de alguma forma criar um pouco mais de coragem.
- Sim, eu estou falando sério. - Respondo.
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