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°•EPÍLOGO•°

717/08/12, Reino de Alveberia, capital Mherga, palácio Dunkel.

"Não se pode consertar o quebrado, apenas criar algo novo."

Risos travessos se propagaram pelo corredor extenso, contudo, eles foram abafados quando o som de uma porta se fechando irrompeu o silêncio. O garoto encostou as costas na madeira fria, fechando mais os dedos nas axilas da pequena, impedindo dela fugir de seu domínio. Sentiu o corpo da menina tremendo com as risadas, e não se conteve, se juntando a ela.

Saiu de perto da porta terminando de girar a chave, guiando a sua irmã com pé ante pé, até chegar em um sofá com o estofado vermelho e a parte esculpida dourada, erguendo os braços, colocando a menina primeiro. Assim que acabou, pegou um livro conservado em uma das bancas, os raios solares a visitando, e sentou-se ao lado da princesa.

— A ascensão do império de Alveberia começou no ano 652 do calendário imperial com vitória dos Bellucci contra os Lahmann — Luigi começou abrindo o livro dourado, colocando o braço no ombro da irmã, a puxando para mais perto para visualizar melhor as letras —, com nossa família, Mayla.

Mayla ergueu a cabeça, ingênua, encontrando o irmão sorrindo. Ela devolveu o gesto, passando as pequenas mãos sobre o papel assim que Luigi mudou a página, contendo a árvore genealógica dos Bellucci. Continha registro até mesmo de antes do primeiro imperador da linhagem, tecendo as vinhas da árvore até onde estava Stephanie.

E esse foi o objetivo da garota quando foi dedilhando os rostos, movendo as páginas, descansando o dedo na foto da mãe. Na pintura, Stephanie tinha a expressão neutra enquanto sustentava o cedro e em sua cabeça a coroa, mas apesar da falta de emoção da mãe, a pequena sorriu.

Porém, desanimou quando passou o dedo ao lado da imperatriz, pois não tinha a imagem de seu pai, apenas de Luigi, ainda recém nascido.

— Por que o papai não está nesse livro? — perguntou, a voz suave soando baixa.

O irmão acariciou a cabeça de Mayla.

— Nosso pai está nos registros dos Barueri, assim como você. — A menina tombou a cabeça, demonstrando confusão diante da explicação do irmão. Não conseguia entender, já que seu pai nunca a explicou acerca daquilo.

— Mas casamentos não são uma forma de unir famílias? Por que as do nossos pais estão separadas? — questionou, se aproximando de Luigi, pressionando o irmão com os olhos vermelhos. Naquele instante, o menino só conseguiu pensar que com apenas dois anos, sua irmã tinha o olhar mais mortal que o da mãe.

— É complexo. Nossos pais pertencem às famílias pilares de nosso império, então há velhas escrituras que proíbem a junção por conta dos bens e o poder. Eles querem que a linguagem siga sozinha, sem entrelaçar esses fatores — juntou os dedos, ilustrando conforme explicava. — Entendeu?

Mayla admirou as mãos do irmão, franzindo o cenho, tentando ligar as palavras. Porém, sua linha de raciocínio foi impedida quando uma sombra se derramou sobre ela, bloqueando a luz solar da grande janela retangular atrás deles.

Luigi prestou atenção no detalhe, e subiu a cabeça devagar, engolindo a seco ao visualizar a mãe sorrindo enquanto tinha o dedo indicador na boca. Ele atendeu a ordem silenciosa de Stephanie, permanecendo quieto, na mesma posição.

A soberana se inclinou, os fios dourados cintilando na luz, observando a menina ainda pensativa.

— Ainda não entendo — exclamou a garota, e a figura atrás de si, riu.

— Eles apenas não queriam arriscar perder a força descomunal dos Casteyer.

Mayla sobressaltou, girando sutilmente o pescoço, arregalando os olhos ao ver Stephanie.

— Não fique tensa. Não irei castigar vocês por fugir da cuidadora — consertou a postura, abaixando os braços, agarrando a menina, e colocando-a nos braços. A imperatriz ajeitou alguns cachos loiros da filha, admirando como ela era parecida consigo na personalidade. Fisicamente era mais parecida com o pai, apenas herdou seus fios. — Eu fazia o mesmo quando mais jovem.

Deu uma volta no sofá, se acomodando ao lado de Luigi, que se aproximou ainda mais da mãe.

— Além de estar fugindo dos meus deveres agora mesmo — adicionou com diversão, trocando olhares entre Luigi e Mayla. — Mas não contem para ninguém que fiz isso.

Ambas as crianças assentiram, esboçando um grande sorriso.

Mayla, sentindo confortável nos braços da mãe, o medo de ter sido pega abaixando, ela deu uns leves tapinhas na clavícula da mulher, chamando sua atenção. Stephanie inclinou a cabeça, esperando atenta às perguntas que iriam aparecer. Curioso, Luigi também aguçou a adição.

— Por que eles tinham tanto medo disso acontecer? — tropeçou em algumas palavras, porém, conseguiu seguir até o fim.

— Porque os Casteyer sempre dominam os campos de guerra. São fortes e resistentes, mortais e bons estrategistas. No histórico de batalhas deles não houve sequer uma derrota. São opressores nesse quesito — Stephanie explicou, gostando do brilho dos olhos de sua filha. Tinha sede em perseguir aqueles adjetivos para si. — O pai de vocês é assim. Só um pouco mais violento.

Ela riu, e observou a filha unir os punhos, determinada.

— Quero ser assim!

A imperatriz gargalhou com a reação da filha.

— Violenta? — provocou mesmo entendo o sentido. A menina queria ser forte como o pai.

Mayla pensou um pouco, decidindo como responder aquela pergunta. Se afirmava ou não.

— Sim. Acho que sim — disse incerta, arrancando mais risos da soberana.

O irmão, que estava quieto, desceu do sofá e ficou na frente da irmã.

— Quando você se tornar forte, nós tornaremos uma dupla perfeita! — gritou, e a garota soltou um também, adorando a ideia. Abandonou o colo da mãe, Stephanie a ajudou assustada com a decisão repentina da garota, e buscou Luigi, o abraçando com entusiasmo.

A imperatriz fincou o cotovelo na coxa, apoiando a cabeça na mão, apreciando a visão da juventude. Seus filhos eram tão belos e imaculados de tudo o que acontecia ao redor e fora do castelo. As doses de crueldade que seus pais lhes descreviam eram apenas algo fantasioso comparado com o que de fato acontecia.

Daquela forma, ela sentiu a necessidade de os proteger até o momento esperado. Até que eles estivessem prontos para andar com as próprias pernas, desviando do caminho de carnificina que seus pais fizeram. Que ela havia feito ignorando as consequências.

— Mamãe — chamaram em uníssono, puxando Stephanie para a realidade. — Podemos brincar no jardim? — a mulher somente fez um som pensativo. — Por favor — imploraram.

— Podem — liberou, e as crianças pularam de felicidade. — Mas cuidado ao correr.

— Tomaremos cuidado — Luigi tomou a frente, agarrando a mão da irmã, destrancando a porta. Não estranhou o fato da porta ainda estar fechada e Stephanie dentro do recinto, simplesmente a abriram e balançaram as mãos, se despedindo.

Sozinha, a soberana suspirou, cruzando as pernas. Olhou para o canto escuro da sala, e esperou.

— Pensei que fosse aparecer quando eu disse que era violento — Stephanie sorriu cínica.

A silhueta camuflada no espaço vazio entre as estantes de livro começou a se movimentar, e quando ele estagnou os passos, na frente da esposa, ainda se mantinha com os braços cruzados acima do peito, sorrindo.

— Eu sabia que era uma provocação.

— Mas por que não apareceu? Eles ficariam muito contentes — A mulher mudou o curso da conversa, espalmando a coxa, convidando o homem a se aproximar. Leon atendeu o pedido dela, se sentando no tapete, apoiando a cabeça na perna de Stephanie, seus fios logo sendo visitados pela mão da imperatriz. — Principalmente Mayla. Ela te ama muito.

— Eu também a amo. Minha garota abençoada, Mayla — sussurrou, lembrando da presença calorosa da garota. — Ela será tão grande quanto Luigi. A grandeza é destinada a eles. Eu vejo eles crescendo, e imagino eles melhores que nós, assim como almejamos.

Stephanie continuou acariciando a cabeça de Leon concentrada, afirmando as palavras do marido. Ela amava aqueles momentos tranquilos com o imperador. Eram naturais, leves, e acalentavam sua alma inquieta com os tormentos do passado, apesar de ter se distanciado mais das memórias antigas.

Adorava a oportunidade de sempre tocar no cabelo de Leon sem qualquer protesto de sua parte, e uma parte pouco explorada dela dançava de alegria em vê-lo entregue. Era uma boa visão. Não cansaria tão rápido. Na realidade, nunca se esgotaria aquela vontade de o ter.

— Ambos colocaram o império sob seus pés — A mãe anunciou.

— Isso soou como tirania — virou um costume Leon sempre associar as palavras ou atitudes dela como algo ilegal. Ele riu quando Stephanie simplesmente deu de ombros, o ignorando. Porém, mesmo com o evidente gelo, ele continuou. — Vi como influência as crianças a ser como você.

— Eu não fiz isso, apenas descrevi o que eu fazia.

— Mas não impediu delas fazerem iguais.

— Não irei guiar cada passo deles. Algumas coisas serão da escolha deles — rebateu —, e viu como eles reagem a batalhas e vitórias? Está pulsando nas veias deles o desejo de serem fortes e agarrar tudo pela frente. Se doutrinados bem, serão bons guerreiros.

Leon fez um som protestante, depositando uma das mão na coxa da mulher.

— Não acho uma boa ideia mandar Mayla para alguma batalha.

— Medo dela se machucar? — Stephanie supôs, tom de zombaria se sobressaindo.

— Muito longe disso. Com aquela aparência angelical como a sua, se tornará uma espada muito afiada e cruel assim como você.

— Será perfeita — Stephanie despejou com fascínio.

— Entenda como quiser — Leon moveu os ombros sutilmente.

— Então entenderei como um elogio — concluiu, colocando o ponto final.

O imperador fechou os olhos, aproveitando aquele fim de tarde com a presença — agora tranquila — da esposa sem problemas. Deixou de lado os papéis para assinar com os últimos ajustes do novo comércio que a rainha Charlotte queria iniciar. Ele continuava não gostando da mulher, e fez aquilo em uma decisão prática de vingança. Ela queria fechar negócios com Leon, então que o esperasse.

Ele somente desejou outra tarde com a esposa.

Ainda restavam peças quebradas dispensadas entre eles, porém, eles deram as costas para o quebrado, construindo algo novo a partir dos melhores pedaços jogados. Os que ficaram, eles estavam catando lentamente, validando cada ação do passado que os fizeram tropeçarem.

Era entre cristais e espinhos que eles haviam se separado e se uniram, compartilhando as dores. 

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