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QUARENTA

GUY

— Desculpe, Guy, eu já retirei a matéria do ar dos principais sites de fofoca e ameacei o programa com um processo por difamação e calúnia. Não há mais nada que eu possa fazer nessa situação, a mídia já sabe basicamente tudo sobre ela — Thatcher dizia para mim enquanto andávamos pelos corredores brancos da sua agência de gerenciamento de talentos — Eu adoro Daisy, queria muito poder fazer mais para ajudá-la.

— Eu sei — suspirei, enfiando as mãos nos bolsos da calça.

A entrevista de Cliff havia sido veiculada há dois dias, mas ainda rodava nas principais manchetes de revistas, principalmente depois que alguém encontrou fotos minha e de Daisy se beijando no estacionamento do supermercado. Isso só ajudou a confirmar a história do desgraçado do White.

A situação havia saído do controle e, mesmo Thatcher, que era especialista em tirar polêmicas do ar — afinal ele trabalhava pra mim —, não havia conseguido frear as fofocas.

Se as críticas fossem direcionadas apenas a mim, não teria problemas. Eu fui criado por Jeremy Carver, receber críticas fez parte do meu processo de crescimento. Mas Daisy? Daisy não merecia nada disso, ela era a pessoa mais incrível que já conheci e estava sofrendo porque amou o cara errado.

— Me diga que você não vai fazer nada imprudente, Guy — Thatcher pousou a mão no meu ombro.

— Não, eu prometi à Daisy que deixaria isso para lá.

— Parece que finalmente encontrei alguém capaz de te controlar.

— Considere-se livre da sua função de cuidar de mim — eu sorri.

— Sabe, achei que ficaria feliz quando esse dia chegasse, mas vou sentir falta de tentar te manter nas rédeas — Thatcher retribuiu o sorriso.

— Não se preocupe, em algum momento eu farei algo estúpido e você terá que vir correndo me socorrer — falei, enquanto entrávamos no saguão de recepção do prédio.

Mais a frente um cara alto e ruivo estava parado, esperando por alguém. Ele imediatamente virou o rosto na nossa direção e sorriu. Não para mim. Para Thatcher.

— Oi, Phillip. Esse é meu cliente mais antigo: Guy. E esse é Phillip — Thatcher nos apresentou com um sorriso tão grande que eu achei que suas bochechas iriam se partir ao meio.

— Ótimo te conhecer pessoalmente. Nick fala muito de você — Phillip disse, enquanto apertava minha mão.

— Eu sou o favorito dele — dei de ombros.

— Nem nos seus sonhos — Thatcher murmurou ao meu lado.

— Bom, eu preciso ir — pisquei para Thatcher —, mas divirta-se... Não se esqueça do pacote de camisinhas comestíveis que eu deixei no seu carro. Vocês amarão — sorri, dando dois tapinhas no ombro de Thatcher, que ficou tão vermelho quanto o cabelo de Phillip.

— Ele não está falando sério — ouvi Thatcher falar para Phillip quando eu estava me afastando.

Peguei a Ranger Rover no estacionamento e usei a rodovia para ir à Malibu. Enquanto dirigia, coloquei Daisy no viva voz. Ela saiu cedo para a entrevista com Lorelai... E pelos pulinhos de animação e os dois copos quebrados, podia dizer que ela estava feliz e ansiosa ao mesmo tempo.

— Will, é você! — a sua voz invadiu meu carro, roubando um sorriso do meu rosto no mesmo instante.

— Quem mais poderia ser?

— A equipe de Lorelai cancelando a entrevista — disse com aquele "quê" de obviedade na voz.

— Não seria mais fácil eles cancelarem pessoalmente já que você está aí e tudo mais? — franzi o cenho, cruzando o farol até uma rua vazia, o que era raro em Hollywood.

— Oh, não. Eles podem fazer isso?

Eu ri.

— Daisy, vai dar tudo certo.

Ouvi ela suspirar do outro lado da linha.

— Eu só tenho medo de estragar tudo, sabe? Essa é uma oportunidade incrível, poderei ser assistente de produção, isso significa um crachá de verdade e sem Brandi Mann — Daisy disse — Não sei o que faria se perdesse essa chance.

— Não se preocupe, linda, qualquer um pode ver que você nasceu para isso.

— Obrigada, Will — Não podia vê-la, mas pelo tom da sua voz sabia que estava sorrindo — Te vejo em casa?

— Claro — afirmei — E, Daisie?

— Hum?

Deveria dizer para ela o que descobri naquela manhã quando vi a entrevista de Cliff, mas por algum motivo as palavras não saíram dos meus lábios.

Aquilo era grande demais para se dizer assim pelo telefone enquanto ela estava numa fila de espera para ser entrevistada e, eu dirigindo por Hollywood. Não. Eu só disse essas palavras para uma pessoa na minha vida há quase vinte e dois anos atrás.

Daisy precisava saber, mas de uma maneira especial. Se ela não retribuísse o sentimento... Na verdade, eu realmente não me importava se ela não dissesse que me amava de volta contanto que estivesse comigo, nada importava.

— Você é incrível — disse ao invés disso.

— Eu sei — Daisy riu — Preciso ir, ok? Tchau, Will.

Eu me despedi e estiquei o corpo para desligar o celular preso no apoio do painel. Esse único movimento foi o suficiente para o que aconteceu em seguida.

Um carro preto surgiu do lado direito do cruzamento e simplesmente parou no meio dele com o sinal ainda verde para mim. Não tive tempo de frear, o para-choque dianteiro do meu carro acertou em cheio a porta do motorista do outro veículo.

O impacto me lançou para frente e eu acertaria a testa no volante se não fosse pelo airbag abrindo no mesmo instante do impacto. Nossos carros andaram juntos por alguns centímetros até pararem completamente.

Piscando, eu ergui a cabeça e puxei o retrovisor na minha direção. Fora a dor de cabeça e uma leve tontura, havia saído ileso, sem nenhuma marca ou sangramento graças ao airbag.

O outro carro teve um amassado na lateral, mas fora isso parecia tudo bem, nada muito grave ou sério. Apenas um susto.

O idiota que estava nele parecia bem, pois saiu pela porta do passageiro normalmente como se tivesse parado seu carro no estacionamento do Shopping, e não em um cruzamento na caótica Los Angeles.

Às vezes, eu me esquecia como o trânsito dessa cidade conseguia ser uma merda.

Abri a porta do carro e andei em direção ao outro motorista, que parecia resignado enquanto avaliava os estragos.

— O que diabos estava pensando, seu imbecil? — eu falei, meu tom dois tons acima do normal. O cara virou o rosto e uma sensação estranha de que já havia visto aquela pessoa passou por mim.

— Ei, foi você quem bateu — ele disse com tamanha tranquilidade que eu queria terminar de quebrar o para-choques do meu carro na sua cara.

Ah, merda, eu estava começando a ficar irritado tudo de novo. Precisava dar meia volta dali e voltar para casa, onde eu estava confortável.

— O que você vai fazer? — O cara perguntou percebendo meu silêncio. Franzi o cenho — Guy Carver vai ficar simplesmente parado? Isso seria uma novidade — ele riu.

Então, eu me lembrei. O fotógrafo na boate. O mesmo que eu havia partido o nariz ao meio.

— O quê?

— Vamos, Guy, faça alguma coisa! Deixe que o mundo veja quem você realmente é — ele começou a dizer, apontando para o outro lado onde um outro paparazzi segurava uma câmera na nossa direção.

É claro, o babaca tinha armado tudo. Deus, aquele cara havia quase se matado apenas para conseguir me difamar? Esse era um nível totalmente novo de obsessão pela minha pessoa.

— Apenas me deixe em paz, cara — eu virei as costas, puxando o ar de volta para meus pulmões.

— Ah, fala sério. Você já fez pior por muito pouco. Você ameaçou Faith Wilson por algumas palavras. Socou o seu pai também por algumas palavras. Quebrou meu nariz, porque eu tentei tirar uma foto. E agora está me dizendo que não vai fazer nada? Onde está o cara das manchetes, Carver?

O sangue ferveu até a minha cabeça. Tentei respirar fundo como mamãe havia me ensinado há anos atrás.

Não adiantou.

— Você não merece metade da vida que tem, Carver. Tudo sempre veio fácil pra você.

Eu parei no mesmo segundo.

Por algum motivo, eu me lembrei de algo muito semelhante que Daisy havia me dito assim que nos conhecemos. Claro, naquele momento, ela estava brava, porque eu praticamente a fiz ser demitida, mas mesmo assim isso só provou que todos pensam que fui privilegiado apenas por ter o sobrenome que tenho e ter nascido em um berço de ouro.

Mas não é desse jeito. As coisas não foram fáceis pra mim, nem de longe. A morte de mamãe, depois as surras do meu pai, Hollywood, as bebidas, a minha doença, a mídia... Nada foi fácil. E eu podia fazer um longo discurso sobre isso para aquele idiota, podia lamentar o quão fodido foi viver debaixo do mesmo teto que meu pai, podia chorar sobre a morte da minha mãe, mas eu fiz outra coisa. A única coisa que ele e todo o resto sabia que eu fazia de melhor.

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