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NOVE

DAISY

Eu imaginei que, depois de vinte e quatro horas sendo humilhada pela vida, o universo se simpatizaria com minha situação e me daria uma forcinha. Mas não.

Depois de perder meu emprego e meu namorado, ainda fui obrigada a ver Cliff trazer Margot para nosso apartamento.

Ou dele. Tanto faz. Por mim, eles podiam transar que nem dois coelhos em todos os cantos daquele apartamento.

E o pior — Guy Carver assistiu tudo de primeira mão. Foi tão vergonhoso. Nós não conversamos durante o caminho até minha caminhonete. Eu estava envergonhada demais para falar qualquer coisa e ele provavelmente estava pensando qual era a merda do meu problema.

Guy se ofereceu para pagar um café em uma lanchonete gourmet ali perto. Eu perguntei se ele pagaria, porque eu já não tinha nenhuma dignidade restando, então que se dane.

Minutos depois, estávamos sentados, encarando o cardápio da lanchonete. Havia um lanche com salmão e ovo que custava vinte e cinco dólares e isso foi o suficiente para eu fechá-lo.

— Então, seu namorado... — perguntou ele, tentando parecer o mais discreto possível.

No caminho até aqui, Guy colocou seus óculos de sol espelhados de novo, de modo que eu podia ver a imagem dos meus cabelos bagunçados e rosto inchado no reflexo das suas lentes.

— Eu peguei ele e Margot juntos — expliquei.

— Ele é um idiota — disse, cruzando os braços atrás da cabeça.

Fiquei surpresa por essa declaração. Eu sempre achei Guy um grande mulherengo e idiota. Ele estava todos os dias nas manchetes com uma garota diferente nos seus braços, quem poderia dizer que ele não era um traidor como Cliff?

— É a regra número um se você está traindo alguém. Nunca faça as duas pessoas estarem no mesmo lugar ao mesmo tempo.

Ah, claro e eu aqui pensando que ele tinha qualidades.

— Você obviamente tem experiência no assunto.

Ele sorriu aquele sorriso sedutor e destruidor de úteros.

Tentei não desviar os olhos para seus lábios, porque, uau, aqueles lábios eram charmosos pra caramba. E nem fui eu quem disse isso e, sim, Miranda Kerr para o programa da Ellen Degeneres. Quem era Daisy Lynton para contrariá-la?

Depois do que Cliff fez comigo, eu até aceitaria ficar com Guy e deixaria que isso saísse em qualquer site de fofoca de Hollywood para que Cliff pudesse ver.

Droga.

Essa não era eu.

Não podia mentir para mim mesma. Eu estava magoada e machucada. Não seria uma noite com Guy Carver que mudaria o fato de que eu não tinha sido suficiente para manter Cliff ao meu lado.

— Nunca tive uma namorada — ele tirou os óculos para me fitar com seus olhos azuis —, porque eu conheço o babaca que eu sou e sei que não seria um bom namorado.

— Cliff não era assim antes — falei, passando o dedo pelo bordado do pano na mesa — Foi o primeiro deslize dele. Até onde eu sei.

— Como você ainda pode estar defendendo essa cara? Ele trouxe a amante dele para o apartamento de vocês! — Guy desmanchou sua pose de super hétero e ergueu o corpo para frente.

— O apartamento dele — corrigi.

— Não importa. Ele é uma merda. Você não deveria derramar uma lágrima por ele.

— Você nunca esteve em um relacionamento, então não pode entender a situação que estou passando agora, ok? Foram sete anos de relacionamento— disse, sustentando o seu olhar — Enfim, esqueça isso. Vamos voltar ao seu problema.

Não estava a fim de ouvir o papinho de Guy sobre como um casamento falso nos beneficiaria, mas precisava distrair minha mente de todo esse lance com Cliff e homens amavam falar sobre si mesmo.

Para provar que eu estava certa, Guy apoiou os cotovelos na mesa e fez exatamente isso:

— Nosso casamento — começou ele, pegando um guardanapo e abrindo-o — Vamos assinar os papéis amanhã e dar entrada ao matrimônio — Guy traçou seu dedo pelo papel fazendo uma trilha até metade do guardanapo — Depois de dois meses, vamos ir ao City Hall para a entrevista, que são basicamente perguntas sobre nossa relação, por isso precisamos nos conhecer um pouco — ele voltou o dedo alguns centímetros para trás — E então, um ano depois, damos entrada no divórcio. Ninguém precisa saber. Apenas as pessoas mais próximas, se você tiver uma amiga ou coisa parecida. Eles sempre procuram por testemunhas que possam comprovar que somos um casal.

— Parece o casamento dos sonhos! — disse com um sorriso animado.

— Ha-ha, não seja irônica. Minha vida inteira está em jogo.

Argh, atores eram tão dramáticos quando queriam. Não é como se fosse o fim do mundo. Não é como se ele estivesse sozinho em Los Angeles sem um lugar para morar.

— Fala sério, por que você não pode voltar para a Inglaterra por apenas dois meses e depois pedir outro visto? É a terra da rainha e do Harry Potter. Não pode ser tão ruim assim — falei, apesar de nunca ter ido a Inglaterra.

— Eu nunca vi Harry Potter — deu de ombros.

— Leu?

— Tem livros?

Arregalei os olhos.

— Isso é um absurdo. É como ser americano e, sei lá, nunca ver Crepúsculo — falei e ele abriu um pequeno sorriso — O que os Estados Unidos tem de tão especial?

— Não posso sair no meio das gravações de Corações em Chamas.

— Tenho certeza que Stacker entenderia.

— Desculpa, nós trabalhamos no mesmo lugar com a mesma pessoa? — ele franziu o cenho.

Ele tinha razão. Stacker nunca aceitaria a saída do seu personagem principal no meio das gravações, ele viajaria até a Europa apenas para esganar o pescoço de Guy.

— Ainda sim, o lançamento da segunda temporada só está previsto para o ano que vem. Eles podem dar um jeito.

Guy soltou o ar e passou a mão pelos cabelos, bagunçando ainda mais os seus cachos. Eu o encarei. Seus olhos pareciam muito mais azuis e brilhantes ao ar livre. Era quase como olhar para o mar num dia ensolarado.

— A Inglaterra não é a minha casa, ok? Eu vivo em Los Angeles desde os quinze anos e literalmente tudo que conheço está aqui. Não tenho ninguém lá.

Eu estava prestes a perguntar sobre sua família quando uma garçonete surgiu com um sorriso no rosto, pronta para anotar nossos pedidos.

— Apenas um café com bastante leite.

— Claro, querido — ela sorriu e ele retribuiu, mas não para o seu rosto, e sim, para os seus peitos que saltavam do decote apertado. Ela não pareceu se importar — E você?

— Hum... — Abri o cardápio novamente — Que tal esse mocha de menta?

Isso custa dez dólares.

— Ótima pedida.

— E esse sanduíche de ovo com salmão? — sorri simpática para a moça.

— Você é fã de salmão? — Percebi que os olhos de Guy estavam agora no preço do sanduíche no meu cardápio.

— Não, eu odeio — dei de ombros assim que a garçonete saiu para trazer o que diabos fosse aquele sanduíche e mocha —, mas você disse na minha casa que me daria o dinheiro que fosse necessário.

— Você é jovem demais para ser tão mercenária.

Eu o olhei, irritada.

— Mas como minha esposa você terá tudo o que quiser — ele voltou a abrir um sorriso — Inclusive posso pagar um hotel para você no centro, já que você está claramente de mudança. Assim podemos nos encontrar mais facilmente para discutir os próximos passos do nosso matrimônio.

— E a sua casa em Malibu? — perguntei. Não sabia se ele tinha uma casa em Malibu, mas todos os famosos tinham, então arrisquei.

— Você quer ficar na minha casa?

Dei de ombros.

— Está bem, mas não seria esquisito se morássemos juntos?

— Você pode ficar no hotel — sugeri, tentando não deixar uma risada escapar sem querer.

Guy semicerrou os olhos. Eu sentia que ele estava começando a se irritar com meus pedidos e esse era exatamente o meu objetivo, já que a tentativa de colocar um pouco de razão no seu cérebro não tinha dado certo.

— Claro. O que mais a senhorita Lynton deseja?

— Minha BMW.

— Óbvio.

— Um cartão de crédito.

— Eu lhe dou o meu.

— Nada de festas. Sou sensível a música alta.

A garçonete retornou com seu café e o meu mocha esquisito. Ele tomou um gole do líquido claro antes de pedir para que eu prosseguisse.

— Nada de garotas. Se estaremos casados, precisa ser fiel.

Guy quase engasgou.

— Agora, você está simplesmente passando dos limites. Eu posso te dar tudo isso, mas se não vou poder sair com ninguém, você terá que suprir minhas necessidades.

— Quando o inferno congelar! — rebati, balançando a cabeça.

Guy deu de ombros como se dissesse "Posso providenciar isso".

— Eu não concordei com nada, Carver. É loucura e não vou ser presa com você — tomei meu café, quase cuspindo aquela porcaria de volta.

Como alguém pagava dez dólares naquilo?

Meu sanduíche chegou logo em seguida e a perspectiva também não me animou muito.

— Então, eu estou simplesmente te pagando um café caro para nada?

— É o mínimo que você pode fazer. Você me fez ser demitida!

Guy respirou fundo.

— Daisy, por favor. Eu sei que foi tudo muito repentino, mas precisamos da ajuda um do outro.

Eu me levantei da cadeira prestes a ir embora e acabar com aquela história de uma vez por todas. O que ele estava pensando? Casar com uma desconhecida para conseguir um visto? Seu assessor estava certo sobre ele. Talvez ele devesse tomar essa lição para aprender um pouco sobre responsabilidade.

— Ok. Eu preciso da sua ajuda.

— Carver, eu não posso — falei, dando de ombros — Não posso fazer isso.

Ele suspirou, e remexeu no salmão que caía pelas bordas do meu sanduíche intocado.

— Para onde você vai agora?

— Casa dos meus pais em Oakland.

— Isso não é a seis horas daqui?

Assenti, me sentindo como aquele salmão triste sendo vendido por um valor muito mais alto do que realmente valia.

— Pelo menos, pense a respeito — Carver me encarou com os olhos enormes, parecendo uma criança a qual negaram doce.

Isso quase me fez sentir compaixão pela sua situação. Quase.

— Eu irei.

— Esse é meu endereço — ele passou um papel amassado para mim. Não sei quando ele escreveu aquilo, mas, com certeza, foi antes de me "visitar" — É só perguntar pelo meu nome.

— Certo — assenti, repetindo mentalmente aquele endereço na minha cabeça apenas por precaução — Foi um prazer, Carver. Te encontro na próxima vida.

Ele riu.

— Até lá, então.

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