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EPÍLOGO

DAISY

— Então...? — me virei para os três rostos cheios de expectativas, acomodados no meu quarto.

— Ah, meu Deus, Daisy, você está gostosa! Eu te daria uns amassos se você não insistisse nessa coisa de heterossexualidade — Minha melhor amiga Blair foi a primeira a se pronunciar, erguendo-se de onde se deitava na minha cama para apreciar melhor o look escolhido.

Era uma blusa de alça meio larga e brilhosa, que contrastava bem com a saia de couro que Blair me emprestou — porque obviamente eu não era a garota que saía vestindo couro por aí, mas Blair era. Também havia as botas enormes, as pulseiras de prata no braço esquerdo (junto com uma brilhante de Neon já enfraquecida, que não fazia exatamente parte do conjunto) e a maquiagem que me deteve por duas horas no banheiro, vendo tutoriais na internet de blogueiras famosas.

Sinceramente, por que parece tão fácil para elas?

Estava tudo certo. Eu me sentia gostosa e esperava que ele também achasse isso. Ou não. Não preciso da aprovação dele para vestir nada, sou uma mulher independente, mas se ele apreciasse um pouquinho o esforço não seria mal, certo?

— Não vou fazer as palavras delas as minhas porque é nojento, mas você está bonita, Day — meu irmão Cole sorriu, tirando os olhos do celular para me encarar.

— É, sim, você está e blá-blá-blá... só que Guy saiu com a Kendall Jenner... Acha que pode ser melhor que ela? — Elliot, infelizmente, também estava ali, sentado no chão entre minha cama e a de Cole enquanto mexia no seu notebook.

— Obrigada pelo suporte, Elliot — disse com um sorriso falso.

— Ei, não dê ouvidos ao pirralho de quinze anos. Você está incrível e, se Guy Carver não cair de quatro e implorar pelo seu amor, então ele é um idiota — Blair disse, puxando as pernas para frente e se levantando em um pulo.

Assenti, empurrando a cadeira da escrivaninha para me sentar, porque, na verdade, eu estava incrivelmente nervosa para aquele encontro.

— Não é nada de mais. É só um encontro de amigos — lembrei a eles, mas especialmente a mim mesma.

Desde o mês passado, quando Will apareceu aqui em casa para me entregar meu notebook e conversar, nós vínhamos nos falado bastante por mensagem e principalmente pelo telefone. Nada muito sério. Apenas sobre meu futuro trabalho, suas férias prolongadas do cinema, e, sim, eventualmente um flerte aqui e ali, porém tirando a quinta à noite quando Cole dormiu fora e as coisas desviaram do seu curso normal, não era nada de mais.

Então, ele me chamou para almoçar. O problema é que eu não fazia ideia o que Fitzwilliam quis dizer com isso, era tipo "almoçar como amigos almoçam" ou almoçar como "estou tentando te deixar nua"?

— Não fique nervosa, margarida — Blair sorriu, apoiando-se na janela do meu quarto — Até onde posso dizer, Guy está tão nervoso quanto você.

— Como você sabe disso? — franzi o cenho.

— Porque faz cinco minutos que ele saiu do carro e está parado sem saber o que fazer na porta da sua casa — ela apontou para o lado de fora.

Pulei da cadeira e corri em direção a janela. Meus irmãos fizeram o mesmo.

Will estava perto da sua Ranger Rover vermelha com um buquê nas mãos, encarando o relógio no pulso. Ele deu dois passos em direção a varanda da frente, parou, fechou os olhos, respirou fundo e seguiu em frente.

A campainha soou pela casa e no momento seguinte ouvi papai gritar:

— Daisy, é pra você!

Peguei minha bolsa na cômoda e me olhei mais uma vez no espelho.

— Eu posso fazer isso.

— É isso aí! — Blair exclamou ao meu lado.

— Mas você não pode ser a Scarlett Johansson e ele saiu com ela — Elliot disse, cruzando os braços.

Enviei um olhar feio para ele e fiz uma nota mental para avisar meus pais que Elliot escondeu a nota vermelha na prova de Química debaixo do travesseiro dele.

— Vá logo, Daisy. Papai e mamãe estão sozinhos com ele — Cole me avisou.

Desci com pressa as escadas.

Meus pais provavelmente tentariam vender a churrasqueira velha que ninguém queria comprar para Will ou na pior das hipóteses — falariam sobre a última diarreia que Dahlia teve.

— É um bom aparelho, usamos poucas vezes — ouvi papai dizer assim que pisei meus pés na sala.

Will estava parado perto de mamãe com toda a atenção voltada para meu pai como se ele estivesse revelando os grandes segredos do churrasco.

Parei por alguns segundos para admirar sua imagem.

Ele estava ainda mais lindo do que a última vez que o vi, seus cabelos estavam enormes — quase batendo nos ombros — e provocou pensamentos selvagens na minha cabeça. Estava com uma barba mal feita também e os olhos azuis pareciam mais brilhantes.

Will vestia uma camiseta com os três primeiros botões abertos e um blazer cinza por cima, meio desajeitado, apertado contra seus músculos. Podia dizer que ele havia engordado e parecia mais gostoso do que antes, se é que isso podia ser possível.

Meu Deus, como eu deveria encarar tudo na amizade com aquele homem na minha frente?

Nossos olhares se encontraram e Will abriu aquele sorriso enorme com todos os dentes.

— Aí está você, querida, está tão linda! — Mamãe me puxou para junto dela — Vamos, Peter, largue o garoto — ela disse para papai.

— É um investimento, pense a respeito, G — meu pai disse, dando dois tapinhas no ombro de Will.

— Eu irei, Pete — respondeu Will, piscando para meu pai com toda a intimidade do mundo. Se eu não os conhecessem, diria que eram velhos amigos.

— Eles estão usando apelidos! Quando a senhora deixou isso acontecer? — murmurei para mamãe, que apenas suspirou.

— Juro que fiquei aqui o tempo todo, mas homens... — minha mãe sussurrou de volta.

— Bom, podemos ir ou você pretende levar Pete para esse almoço? — falei, olhando para os dois.

— Da próxima vez, quem sabe.

— Ficarei encantado — papai respondeu.

Revirei os olhos e puxei o braço de Will em direção a porta.

— Ei, crianças, oito em ponto.

— Sim, senhora — Will disse ao meu lado com toda seriedade.

— Com certeza, vamos ignorar isso, já que eu tenho vinte e cinco anos e pago meus impostos — falei ao mesmo tempo, empurrando Will para fora dali.

— Se protejam — avisou meu pai.

Eu arregalei os olhos e bati a porta na cara dos dois antes que considerasse enterrar minha cabeça na terra do jardim. Então, acompanhei Will até o seu carro.

— Hã... Como estão as coisas? — Will perguntou, sem olhar nos meus olhos e enfiando as mãos nos bolsos da calça.

Ele nem mesmo parecia o astro de cinema que conheci há oito meses, mas eu gostava mais dele assim sem todo sex appeal.

— Ótimas — respondi.

— E seus irmãos? Estão bem?

— Tenho certeza que se você olhar para cima poderá concluir isso sozinho.

Will franziu o cenho e virou o rosto de volta para casa. E como tinha previsto — Blair, Elliot e Cole se amontoavam na pequena janela do meu quarto.

— Oi, Guy! — Elliot gritou — É verdade que você já ficou com a Rihanna?

— Por favor, não responda — disse, tocando no braço dele. Will sorriu e abriu a porta do passageiro para mim.

— Aliás, você está muito gostosa nessa roupa — ele me analisou com os olhos quando estamos nós dois no carro, longe da vista dos meus irmãos bisbilhoteiros e os ouvidos dos meus pais através da porta.

Sorri, desviando o rosto para que ele não pudesse ver minhas bochechas queimando.

— Não queria dizer isso na frente dos seus pais.

— Acredite, eles não se importariam. Mamãe provavelmente concordaria. Eles são os piores.

Will riu aquela risada alta e melodiosa.

— Para onde vamos, afinal?

— Você verá.

— Eu odeio mistério e você sabe disso.

— Não se preocupe, apenas confie em mim — ele disse. Estávamos indo em direção a praia de Oakland.

— Não me diga que é um motel.

— Não, claro que não! — Will exclamou — Você mesmo disse que deveríamos começar sendo apenas amigos... Certo? Você não mudou de ideia sobre isso...? — Ele desviou os olhos rapidamente da estrada para me encarar com uma certa esperança no rosto.

Por mais que eu quisesse dizer "Sim", eu não mudei ideia. Ainda achava que deveríamos levar as coisas pouco a pouco e com cuidado.

— Não — disse com um pequeno sorriso.

— Era meu medo — sussurrou.

— Idiota — revirei os olhos, mas eu estava sorrindo.

O lugar que Will escolheu era um restaurante à beira-mar com um cheiro forte de peixe assado. Tinha uma mobília de madeira simples e um cardápio sem os preços exorbitantes do último lugar que a gente almoçou juntos. Era bem aconchegante.

Nós nos sentamos perto de uma das janelas com vista para o mar.

— Então, você não pretende mais voltar para as telas de Hollywood? — perguntei, colocando os braços na mesa.

Will se apoiou contra a cadeira, relaxando o corpo. Eu tive a sensação de estar de volta na cafeteria perto do meu antigo apartamento, com aquele ator extremamente egocêntrico pedindo para que eu me casasse com ele.

Como as coisas mudaram desde então... Eu nunca teria imaginado, naquele dia, que algumas semanas depois eu estaria apaixonada por Will... que eu continuo apaixonada mesmo depois de seis meses afastados um do outro.

— Eu não sei. Quero aproveitar um pouco a sensação de ter uma vida — Will deu de ombros, encarando as ondas quebrando do outro lado da janela — e fazer coisas que eu gostaria de ter feito antes. Como cuidar de mim mesmo, adotar uma iguana e chamá-la de Marty Mcfly...

— Porque você não pode ter um pet normal — completei ironicamente. Will me olhou e sorriu.

— Talvez faça algum curso de culinária também — continuou, brincando com o guardanapo na mesa — E nos dias livres, farei amor com minha namorada.

Revirei os olhos.

— Você precisa de uma para isso.

— Lembro que era mais fácil convencer mulheres a dormir comigo antes.

— Você pode tentar com outras, aqui está cheio de garotas — provoquei.

— O problema é que só tem uma garota com quem eu quero estar aqui — Will me fitou com seus olhos azuis intensos e tocou no meu braço na mesa. Meu corpo virou ameba na cadeira.

E estávamos apenas começando.

— Pare com isso — tirei meu braço do seu alcance — Nós estamos tentando ir devagar.

— Eu apenas toquei no seu braço — disse Will, franzindo o cenho. Aquilo me deu uma sensação estranha de déjà-vu.

— É assim que as coisas começam com você.

— Sabe, não sou uma ninfomaníaca — ele falou com ironia — E, de qualquer forma, não entendo porque está tentando controlar essa situação.

— Porque da última vez que tentamos ter uma relação, fomos rápido demais e você viu como isso terminou — relembrei, amassando o guardanapo da mesa com minha mão.

— É impossível que aconteça exatamente as mesmas coisas dessa vez.

— Não é esse o ponto — larguei o guardanapo na mesa — Eu só quero, uma vez na vida, agir como uma pessoa normal e ter o relacionamento que pessoas normais têm. É um pedido muito complicado?

— Daisy — Will suspirou, passando a mão pelos cabelos. Acompanhei o movimento com a mão. Infelizmente, ainda não era imune aos seus charmes — Estamos longe de ser pessoas normais.

— Podemos apenas tentar? — suspirei.

Will abriu os lábios para responder, mas algo desviou sua atenção de mim para o fundo do restaurante. Eu me virei e era uma garota alta e loira, usando um vestido inteiro de couro, que deixaria Blair com o queixo no chão.

— Sério? — franzi o cenho para Will. Ele estava realmente olhando outra garota na minha frente?

— Eu não... — ele começou, no entanto não teve a chance de terminar, porque a garota em questão apareceu na nossa frente.

— Uau, Guy Carver, há quanto tempo.

Era ainda mais alta e mais loira de perto. Ela olhou para Will, depois para mim, franzindo sua boca vermelha.

— Lauren... certo? Desculpe, nós nos conhecemos numa festa, não é?

— Lori — A garota bonita corrigiu, resignada — Sim, a gente saiu no ano passado. Você me trouxe aqui para almoçar, pediu um vinho tinto, depois saímos e, de alguma forma, fomos parar em um motel, que você me convenceu a entrar para "descansar os pés" — ela fez aspas com os dedos. Arregalei os olhos, surpresa com a vivacidade dos detalhes — Depois você voltou para Hollywood e dormiu com minha melhor amiga.

Will abriu e fechou a boca várias vezes até conseguir emitir um som esganado e dar de ombros.

— Se eu fosse você, iria embora agora mesmo. Ele pode ser gato, mas é o maior canalha da América — Lori falou diretamente para mim.

— Isso é um exagero, talvez da Califórnia, não do continente inteiro — Will disse com um pequeno sorriso. Tanto eu quanto Lori o encaramos com o cenho franzido.

— Não diga que eu não avisei — E com isso, Lori foi embora.

— Não acredito que você me trouxe aqui — olhei cética para Will, colocando a mão na testa. Ele me encarou com aquele ar de falsa inocência.

— Em minha defesa, só trouxe cinco ou seis garotas aqui.

Fiz minha melhor expressão de: "Por que você ainda está falando?"

— Não estava planejando nada, Daisy, juro! Apenas achei que você gostaria da comida e da vista daqui... — Will tentou se defender — Claro que não vou me opor se você quiser ir para o motel depois...

— Ir devagar não significa transar no primeiro encontro!

— Achei que isso não contasse, porque, bem, teve a vez que Cole dormiu fora de casa.

— Estávamos no telefone e sem penetração não conta! — exclamei mais alto do que deveria, pois a senhora ao nosso lado me encarou feio.

— Olá, posso anotar a bebida de vocês? — Um garçom surgiu com um sorriso no rosto, totalmente alheio a toda discussão na mesa.

— Apenas uma água.

— Um vinho tinto — Will disse ao mesmo tempo que eu. O garçom ergueu as sobrancelhas, confuso — Apenas a água está ótimo — ele corrigiu após perceber minha irritação — Então...

— Cale a boca — balancei a cabeça.

O resto do almoço seguiu de maneira normal, sem nenhuma ex-namorada mandando eu fugir o mais rápido que pudesse ou Will agindo como o mulherengo que ele era.

Estávamos, então, andando pela orla da praia. Separados por alguns centímetros de distância, mas, a cada passo, nossos braços roçavam levemente um contra o outro. Esse foi literalmente o maior contato físico que tivemos no dia de hoje.

— Onde você ficará em Los Angeles quando seu trabalho começar?

— Não na sua casa — brinquei, tirando uma mecha de cabelo que batia contra meu rosto por conta do vento. Ele riu — Eu e Cole alugamos um apartamento perto do centro — comentei — Aliás, como estão todos por lá? Thatcher ainda está com aquele contador?

— Sim, eles adotaram um cachorro, o que para ele está quase no mesmo nível de adotar uma criança — Will disse — O único problema é que Nick desabafa comigo sobre sua vida a dois. É irritante — ele abriu um sorriso, que contrariava essa afirmação.

— Não acredito que estou fazendo essa pergunta, mas como está Brandi?

Will riu. Seu cabelo estava enorme, os cachos esvoaçavam com o vento da tarde. Por causa da luz do sol, eles pareciam mais claros que o normal, quase dourados.

— Ainda não está noiva — ele respondeu, enfiando as mãos nos bolsos da calça — E eu passei uma manhã inteira conversando com James sobre os benefícios do casamento. Até o Joey de Friends pega uma indireta mais rápido.

— Você estava dando conselhos de casamento para alguém?

— Eu já fui casado, sou totalmente apto para isso.

— Por dois meses, William — relembrei, revirando os olhos.

Tínhamos chegado na ponte da praia. Era uma estrutura enorme de madeira que começava no píer e ia até o mar, terminando na torre do farol. Ficava quase no final da praia onde caminhávamos.

Não percebi que tínhamos andando tanto, até mesmo o sol já estava mais baixo, mas ficar com Will sempre teve esse efeito esquisito sobre o tempo que me fazia desejar mais alguns segundos.

— Você quer parar um pouco? Talvez descansar os pés? — Ele perguntou. Estávamos debaixo da estrutura da ponte, que formava uma sombra enorme na areia.

Não havia mais ninguém naquela parte da praia conosco e, mesmo se houvesse, não era possível perceber nossa presença debaixo da ponte.

Na época em que eu estava na escola, ali costumava ser um lugar disputado para dar uns amassos escondidos dos pais. Nunca fiz isso, porque, bem, eu era civilizada. Blair, por outro lado...

— Ok, eu estou mesmo cansa- — eu me interrompi no mesmo instante, girando os calcanhares para ficar de frente com Will — Ah, meu Deus! Você está fazendo aquilo.

— Me preocupando com a garota que eu gosto? — ele disse, cético.

— Não, me levando para o restaurante, depois caminhando pela praia e, agora, quer que eu descanse os pés? Você faz esse jogo com todas!

— Fala sério, Daisy — Will começou, franzindo o cenho, mas eu conhecia aquele idiota.

— Não! — apontei o dedo na sua direção — Você não está levando nada a sério! Eu disse para irmos devagar e você simplesmente ignorou isso desde o primeiro momento! — aumentei o tom de voz.

— Daisy, pelo amor de Deus! — Will me interrompeu — Entendo que queira ir devagar porque da primeira vez fomos descuidados e as coisas deram errado, mas isso é estupidez.

Perdão?!

— Não posso ir devagar com você! — continuou Will, praticamente gritando — Não consigo ficar perto de você por mais um minuto sem tê-la por completo! Eu te amo e quero ir com tudo nessa relação, não importa se o mundo vai cair ou explodir a nossa volta, eu enfrentarei o que vier pela frente para ficar com você — ele despejou as palavras rapidamente, respirando fundo quando terminou.

Abri os lábios, mas minha voz se recusou a sair. Meus pés ficaram imóveis na areia. Não sabia o que dizer ou o que fazer.

Will acabou de dizer que me amava. Claro, eu sempre soube dos seus sentimentos, porém ouvi-lo dizer em voz alta era completamente diferente.

E eu amava de volta, acho que amei desde o primeiro momento quando conheci o Fitzwilliam Carver que se escondia naquela personalidade que ele montou para si mesmo. Mesmo quando me senti incapaz de amar qualquer outro homem, eu o amei.

— Daisie... — ele deu um passo frente quando permaneci em silêncio — Tenho lutado em vão e não resistirei. Meus sentimentos não serão-

— Espere, você está citando Orgulho e Preconceito? — franzi o cenho.

— O filme sim, não o livro. Nunca li, mas ainda lembro do roteiro — Will deu de ombros.

— Você não tem o direito de usar uma frase da Jane Austen sem ter lido Jane Austen.

— Precisamos discutir isso agora?

— Não, esqueça... Will... Ah! — berrei e chutei um punhado de areia. A expressão de Will escureceu — Droga, você não pode falar que me ama e esperar que eu não transe com você depois disso!

Will abriu um sorriso. Seu cabelo cacheado caia levemente sob os olhos tão azuis quanto o mar ao nosso lado. Olhei para ele. Seus lábios. Seus ombros largos. Suas mãos. Tudo nele reluzia.

Eu me aproximei e passei a mão pelo seu pescoço, puxando-o para beijá-lo e mais uma vez e outra até conseguir compensar todo o tempo que fiquei longe da sua boca. Nem sabia como havia aguentando todas essas horas sem ter isso.

— Também amo você, Will— disse contra seus lábios. Will sorriu, ele ergueu a mão e passou o dedo pela minha boca — E que se exploda o resto.

Ele riu e fechou minha boca com a sua. Dessa vez, nós beijamos mais acelerados e desajeitados. As suas mãos passearam por toda a extensão do meu corpo, tocando minha pele e enviando arrepios por onde passava.

Will alcançou a barra da minha blusa e a puxou para cima, rompendo o beijo. Sua boca voltou para a minha, então desceu pelo meu maxilar, meu pescoço até base do tecido do sutiã. Reprimi um grunhido quando ele arrancou o mesmo e encaixou seus lábios naquela região.

Em poucos segundos, nós tropeçamos um no outro e deitamos na areia, o peso suave do seu corpo estava sobre o meu, a saia de couro de Blair longe demais para ser vista. As roupas de Will caíram ao meu lado. Nós entrelaçamos nossos corpos na areia, sem se importar com o que acontecia no mundo lá fora ou que aconteceria no futuro.

Will ergueu meus braços acima da minha cabeça, e segurou meus pulsos juntos enquanto seu quadril se movia em sintonia com o meu. Ele murmurou coisas inteligíveis e eu deixei escapar um gemido alto quando chegamos lá.

Ele me beijou, um beijo estalado de boca fechada. E nós ficamos deitados, ouvindo o barulho do mar até conseguimos nos recuperar totalmente.


— Eu deveria entrar — Will disse com um "quê" de certeza, assim que parou o carro em frente a casa dos meus pais — Sou oficialmente seu namorado de novo, deveria te acompanhar e cumprimentar seus pais de novo.

— Nada do que eu disser vai te impedir de fazer isso de qualquer jeito.

— Não. E, aliás, você deveria se mudar para minha casa. Já fizemos isso antes e não tínhamos nada naquela época.

— Will, nós estamos namorando há menos de três horas! — eu me virei no banco para encará-lo — Vou morar com meu irmão em Los Angeles. Já paguei três meses do aluguel, não pense que vou deixar isso tudo para Cole.

— Você realmente está culpando um cara por pensar no futuro com o amor da sua vida? — Will reclamou com tanto drama que poderia ganhar o Oscar — E nem cheguei aos planos do nosso casamento.

Carver.

— No píer de Santa Monica. De acordo com Thatcher, eu tenho dinheiro suficiente pra alugar ele por um dia inteiro e... — continuou, me ignorando completamente.

— Will, eu não vou me casar com você! — aumentei o tom de voz. Ele se interrompeu e me encarou.

— Engraçado você dizer isso, porque lembro de ouvir essas exatas palavras há um tempo atrás e sabemos o que aconteceu no final — Will deu um sorrisinho de lado.

— Esqueça, dessa vez é pra valer — abri a porta do carro e saí antes que Fitzwilliam revelasse os detalhes do meu vestido de casamento.

— Não adianta, Daisy Lynton — Will disse caminhando logo atrás de mim — Você ainda vai se casar comigo.

Comecei outra discussão com Will até que mamãe abriu a porta para entrarmos e continuamos a discutir, agora envolvendo meus pais e meus irmãos intrometidos.

Mas quem eu queria enganar? Ele tinha razão.

Eu acabaria me casando com aquele cara.

De novo.

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