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DEZESSETE

GUY

As festas de Thatcher eram cansativas, e não o tipo de festa que eu curtia — com bastante vodca, mulheres de top e espuma. Pelo contrário, aqui havia muita roupa, contadores de mais e modelos de menos. Era quase uma extensão das suas reuniões, mas acompanhada de gim.

Mas eu não tinha o privilégio de encher a cara, porque Thatcher me puxaria pelo braço até um canto da sala e começaria a falar sobre meu comportamento ou como eu tinha o senso de responsabilidade equivalente à de uma criança de seis anos. E eu juro que me jogaria da janela se tivesse que ouvir outro discurso dele.

— Ah, deuses, aquele é qual dos irmãos Hemsworth? — Daisy perguntou, puxando meu braço.

— Liam. É o mais entediante — respondi sem ânimo, pegando um copo de água da mesa de bebidas ao nosso lado e afastando Daisy dessa forma.

— Guy — Thatcher se aproximou de nós com um sorriso aberto no rosto — Como está indo?

Nick estava em seu melhor visual. Ele tirou os óculos enormes, vestiu um terno azul-escuro e uma gravata borboleta vermelha. Nem parecia o cara estressado que invadiu minha casa e expulsou todos meus convidados.

Era bom que ele estivesse em seu melhor humor, porque seria mais fácil convencê-lo sobre Daisy.

Brandi acompanhava Nick. Ela usava um vestido escuro que realçava seus peitos e suas curvas.

Eu tive um caso com Brandi há alguns anos, porém desde que começamos a gravar juntos, eu perdi todo meu desejo por ela — talvez fosse aquela falação sobre produtos orgânicos e os gritos histéricos quando alguma revista a chamava de histérica. Agora, eu a via como mais uma pequena parte irritante da minha vida que eu nunca pedi.

— Nick! Ótimo te ver. Queria te apresentar a uma pessoa.

— Mais uma da sua incontável lista de garotas? — disse Brandi com desprezo, sem encarar Daisy diretamente como se não fizesse parte da maldita lista — Ela não me é estranha. Está abrindo para repetições?

— Não sou de ninguém — começou Daisy, balançando a cabeça — E nós trabalhamos juntas, Brandi. Por quase dois anos.

Brandi finalmente a encarou e semicerrou os olhos.

— Você é uma das minhas faxineiras?

Por mais divertido que fosse a expressão de indignação no rosto de Daisy, eu precisava intervir antes que a situação saísse do controle:

— Daisy é estagiária no set de Corações em Chamas — expliquei —, mas ela é mais do que isso para mim. Daisy é minha esposa.

Passei o braço pela curva da cintura de Daisy, a colocando perto de mim, mas não muito perto, porque ainda não tinha tirado a ideia de dormir com ela da cabeça. Não queria arriscar mais sabendo que não faríamos nada no final da noite.

Era melhor assim, de qualquer jeito. Imagine se Daisy acabasse se apaixonado por mim? Seria um desastre.

— Daisy Lynton — ela ofereceu uma mão para Thatcher.

— Daisy Carver — corrigi.

— Daisy Carver-Lynton.

— Como Pitt-Jolie.

— Mas sem as crianças adotadas.

— E a Jennifer Aniston — dei de ombros.

Brandi e Thatcher encararam nós dois com um ar de desconfiança e choque.

— Eu me lembro de você no estacionamento — Thatcher apertou sua mão de volta.

— Que tipo de pegadinha é essa? — questionou Brandi apontando o dedo para nós dois — Têm câmeras aqui? Isso é alguma coisa do Netflix? Eu sou famosa demais para fazer algo para o Netflix!

— Não é uma pegadinha — falei — Estamos casados de verdade.

Brandi me fitou com os olhos escuros indecifráveis, então ela começou a rir. Tipo rir de verdade. Ela ficou assim por uns dois minutos seguidos até ficar sem fôlego e precisar tomar um gole no champanhe na sua mão para se recuperar.

— Vocês vivem me chamando de irresponsável... — eu comecei — Mas quando eu finalmente decido largar a vida de libertino e me afirmar com uma mulher, nenhum dos dois me leva a sério! O que vocês querem de mim, afinal? — disse, colocando a mão no peito de forma dramática.

— Digamos que seja verdade... Daisy não parece ser seu tipo de garota.

— Obrigada, Brandi — ela murmurou.

É verdade que eu gostava mais das californianas comuns de cabelos tingidos e pele bronzeada, mas se eu tivesse a chance, não desprezaria Daisy tão rapidamente.

— Não importa quem ela seja — Thatcher interrompeu — Eu acho ótimo que você esteja tomando juízo, Guy, e vivendo uma vida menos agitada. No entanto, isso é apropriado demais e você sabe.

Eu o encarei com as sobrancelhas erguidas, usando minha melhor expressão de confusão que me levou ao Oscar dois anos atrás.

— Justo quando você está prestes a ser deportado, uma mulher aparece como sua esposa? Você acha que eu não te conheço o suficiente, Carver? Quanto você está pagando para essa garota?

— Você acha que minha esposa seria uma pessoa tão baixa e repugnante a ponto de aceitar se casar com um estrangeiro desconhecido qualquer? — eu disse, aumentando o tom de voz. Daisy franziu o cenho ao meu lado — Sinto muito por isso, querida.

Estou vendo.

Guy. Por favor, não arrume uma nova confusão, porque você sabe que, no final, irá sobrar para minha pessoa e eu estou cansado de te livrar da merda toda vez — Thatcher esfregou a mão no rosto — Eu não tenho mais paz por sua causa! Eu não como direito pensando no que dizer aos tabloides sobre sua última empreitada! Eu não tomo banho regularmente, porque estou tentando apagar todas as postagens no site de fofocas sobre você! Tem um cara incrível da contabilidade do outro lado da sala que eu estou afim, mas não tenho tempo para chamá-lo para sair por sua causa!

As bochechas de Thatcher estavam vermelhas, o que era muito comum quando estava bravo ou comigo. Na verdade, as duas coisas andavam sempre juntas.

Nenhum de nós três ousou falar qualquer palavra com medo de irritá-lo ainda mais.

— Se você está falando do ruivo, ele está totalmente na sua — Daisy disse, apontando discretamente para um cara alto de cabelos vermelhos, que olhava com curiosidade na nossa direção.

A expressão de Thatcher mudou rapidamente.

Você acha?

— Com certeza. Você deveria ir lá — Daisy colocou a mão no seu braço.

— Mesmo? Será que ele não é muita areia para mim? — Thatcher coçou a cabeça, olhando  para o ruivo.

— Do que está falando, Thatcher? Você está arrasando nesse terno. Se ele não quiser sair com você, é ele quem irá perder — Daisy afirmou.

Thatcher a encarou, semicerrando os olhos como se estivesse procurando algum traço de falsidade no seu rosto doce e inocente. Ele não encontraria nenhum.

— Pode me chamar de Nicholas — disse e me olhou em seguida — Não gosto dessa situação — Thatcher mexeu a mão em nossa direção —, mas gosto dela — falou, apontando o queixo para Daisy — Agora, se me dão licença.

Uma complicação a menos.

Daisy sorriu para mim, provavelmente pensando o mesmo, seus lábios vermelhos destacaram o sorriso branco e a abertura entre os incisos.

— Vocês podem até ter passado por Thatcher, porém eu não acredito na sua mudança de postura — Brandi cruzou os braços — Você é Guy Carver.

— Acho que você só está com inveja, Brandi.

— De você? — ela disse com desprezo.

— Não, da minha relação com Daisy. Porque eu a pedi em casamento assim que a conheci e descobri que ela era o amor da minha vida. Enquanto James está namorando você há três anos e... Droga, eu não vejo um anel no seu dedo!

Brandi mudou de peso com os pés.

— James é um cara ocupado! Ele é diretor executivo de uma gravadora! — Brandi deu dois gritinhos finos enquanto eu sorria — Eu odeio vocês! — ela pisou duro na direção de um homem alguns anos mais velhos, que estava prestes a ouvir um longo discurso sobre a falta de um anel de noivado.

— Acho que estamos bem — Daisy comentou, se servindo de um copo de gim. Assenti, observando o líquido transparente tocar seus lábios, e descendo o olhar até seu pescoço... sua clavícula exposta... a abertura do vestido... — Então, você e Thatcher se conhecem há muito tempo?

— Ah, sim, nós somos amigos de infância — falei, tentando focar meus olhos em outro lugar que não fosse Daisy.

Não deveria tê-la incentivado a usar aquele vestido. Toda aquela pele exposta estava começando a afetar meu cérebro. Eu não conseguia tirar os olhos dela, o que provavelmente era uma boa coisa para convencer Thatcher e Brandi.

Se ela tinha percebido isso, estava fazendo um bom trabalho em me ignorar.

— Como ele se tornou seu assessor?

— Quando comecei a atuar, meu pai assumiu esse cargo e era estressante — disse sem querer me aprofundar naquele assunto — Então, pedi que Nick fizesse isso. Thatcher é um pé no saco, porém não confiaria minha carreira a nenhuma outra pessoa exceto ele.

— Nick parece se preocupar com você — reparou Daisy.

Ele estava do outro lado, conversando com o tal contador. Pelo sorriso no rosto dos dois, a conversa estava indo bem.

Dei de ombros.

— Ele é bom no que faz. Ele conseguiu desvincular minha imagem do filho de Jeremy Carver.

— Se eu fosse filha de Jeremy Carver, eu com certeza usaria toda a influência que vem disso — ela sorriu.

— Eu prefiro ser minha própria pessoa do que apenas o filho dos meus pais.

Daisy me fitou, apertando os lábios contra o copo.

— Uau, nunca imaginei que acharia uma frase proferida por Guy Carver impressionante.

— Então, você deveria me ver na cama — eu pisquei na sua direção, mas ela só revirou os olhos como sempre fazia.

Ficamos mais alguns minutos jogando conversa fora. Eu lhe apresentei a Lorelai, a diretora que Daisy admirava. Ela ficou extremamente feliz em conhecer uma recém formada em Cinema e, juntas, entraram em alguma conversa sobre a faculdade.

Dessa maneira, fiquei livre para perambular pelo apartamento de Thatcher.

Entrei em um corredor vazio com alguns quadros e jarros decorativos para respirar um pouco, longe de todas aquelas pessoas na sala.

Esses últimos dias estavam sendo uma dor de cabeça.

Desde o caso com o fotógrafo, eu não tive outro ataque daqueles. O que era bom. Nunca encontrei nenhuma solução que pudesse me acalmar, mas o que quer que tivesse mudado daquele tempo para esse estava funcionando.

Eu não lembro exatamente quando ocorreu meu primeiro ataque, talvez na infância. Houve períodos que aconteciam o tempo todo, outros em que eu pensava que eles haviam ido embora, apenas para voltar no dia seguinte.

Mas era isso que o classificava como um transtorno. Um médico na Inglaterra o tinha chamado de Transtorno Explosivo Intermitente. Não tinha hora para acontecer. Uma coisa simples como o fotógrafo invadindo meu espaço pessoal ou um carro ter me fechado na rua era tudo que eu precisava para começar a suar frio, querer gritar e jogar coisas no chão, tentando puxar para fora toda aquela raiva acumulada. Coisas horríveis aconteciam. Como o nariz quebrado do fotógrafo. 

Uma vez, eu ameacei meu pai com um jarro parecido com aquele na mesa. Foi uma bagunça, porque diferente do que Daisy pensava, Jeremy não era alguém de levar desaforo. Então, mamãe teve que intervir, meu irmão chorava alto num canto e meu pai gritava. Foi só quando ela me abraçou e afagou meus cabelos que eu senti que podia respirar novamente.

Nenhuma outra pessoa jamais foi capaz de se preocupar comigo da forma que mamãe sempre se preocupou.

— Guy? Eu estava te procurando.

Eu me virei e avistei Daisy parada com as mãos cruzadas em frente ao corpo. Olhei para o relógio no pulso. Não vi o tempo passar enquanto perambulava pelo corredor. Devia estar ali há muito tempo para ela sentir minha falta.

— Você está bem?

— Sim — cocei a nuca, me aproximando dela — Estava tomando um ar. Como está indo a sua primeira festa em Hollywood?

— Está indo bem. Lorelai é incrível e um dos gêmeos de Zack e Cody acabou de dar em cima de mim.

— Provavelmente Dylan. Ele é o pior.

— Acho que sim, mas esse é o Zack ou o Cody? — Daisy semicerrou os olhos.

Franzi o cenho. Também não sabia a resposta.

— Enfim, agora estava no meu caminho para perguntar a Thatcher sobre seu verdadeiro nome — disse, abrindo um daqueles sorrisos travessos.

— Esse era seu objetivo o tempo todo? — eu me encostei contra a parede gelada para ter uma visão melhor do seu rosto.

Ela estava maquiada, não de um jeito exagerado, apenas uma sombra escura e um batom avermelhado. Seus cabelos foram alisados de modo que agora passavam um pouco da altura do seus ombros.

Dylan era esperto.

— Não! — Daisy exclamou, mas seu olhar dizia algo completamente oposto — Ok. Por favor, Guy, eu estou morrendo por dentro. Ontem, passei cinco horas na internet entrando em todos seus fã clubes no Facebook para procurar informações.

Eu ri.

— O que encontrou?

— Nada de interessante, exceto um um artigo com suas preferências sexuais na cama.

— Você leu? — abri um sorrisinho.

— A primeira parte —disse, abaixando o tom de voz — Não me olhe assim. Foi pura curiosidade. E tenho certeza que a parte envolvendo algemas é mentira... Não quero mais falar sobre isso — Daisy observou meu sorriso — Apenas me dê outra dica.

— Não sei. Do que vai valer você saber meu segredo se daqui a dois meses não vamos mais nos ver?

— Porque você sente compaixão por mim?

— Eu sinto várias coisas nesse momento, compaixão é a última delas.

Daisy bufou, erguendo as mãos para o alto e dando as costas para mim.

— Foi uma homenagem — falei. Ela se virou novamente, os olhos chocolates arregalados — A um personagem literário, mas acho que ele é mais conhecido pelo filme.

— Fred? — franziu o cenho.

— Da onde é isso?

— É o irmão do Rony em Harry Potter.

— Pela última vez, Daisy, os ingleses não passam o dia inteiro vendo Harry Potter e bebendo chá — eu balancei a cabeça e comecei andar de volta para a sala — E Harry Potter nem existia quando eu nasci.

— Sabe de uma coisa? Os ingleses são bem mais legais nos livros da Jane Austen!

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