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Prólogo

Embora com sono, a ruiva de olhos castanhos, já com suas olheiras mais do que notáveis, se põe de pé, toma um banho, coloca seu uniforme e sai apressada do apartamento.

Enquanto pegava um trem para o outro lado da cidade, mexeu em seu celular, a única olhada nas notícias do seu dia e para sua surpresa encontrou um rosto que viu antes estampado nas manchetes, a respeito de algo muito ruim.

— "Nicolas Queen é levado as pressas para o hospital após um mal súbito em uma reunião da Queen Corp" — a mulher lê em tom baixo, olhando para os lados em busca de alguém que pudesse conhecer do serviço.

Lendo em silêncio a matéria, que dizia sobre os responsáveis pela impressa dele já terem avisado que ele estava bem e em casa, Rebecca sente-se aliviada por um tempo, até que lembrou-se que não deveria sentir nada como alívio em saber que ele estava vivo.

Aquele desgraçado acabou com sua vida anos atrás. Tirou dela tudo que possuía, não a sobrando nada, além de dívidas e a solidão.

Antes de Nicolas Queen, ela era uma menina romântica, sonhadora, feliz e realizada. Tinha planos, projetos e toda uma vida brilhante pela frente. E bem, as coisas iam muito bem, obrigada. Tinha uma família, amigos e conhecidos perfeitos. Nada menos que isso.

De forma que ao entrar na vida dela, Rebecca se iludiu, achando que talvez o homem, na época quatro anos mais velho, sendo a mulher uma pré-adolescente, fosse ter nele o marido perfeito. Aquele que se lia em livros e via em capas de revistas. Um ledo engano.

— Espero que arda no mármore do inferno, Nicolas! — dizendo para a foto dele sorridente abraçado a duas modelos, fecha a aba da notícia e se põe a mexer no seu telefone em busca dos livros que lia para passar tempo num aplicativo.

Ele foi o maior erro que ela cometeu e deixá-lo entrar em seu coração foi uma destruição sem precedentes que a causou. Não conseguia parar de sentir falta dos bons momentos, assim como também não conseguia perdoá-lo pelo que a fez e tampouco se arriscar com outros possíveis romances.

— Não vou me importar. Ele não vale nada. Eu deveria estar dando uma festa! Isso sim... — disse a si mesma prendendo seu cabelo num coque desleixado, onde fios ficavam em pé, pela falta de cuidados com eles.

Já que nenhum homem seria como Nicolas Queen no quesito conquista e beleza não queria olhar para outros, principalmente ciente que ao mesmo tempo, haviam grandes chances de serem também tão desgraçados quanto o herdeiro dos Queen. O que Rebecca Weller não queria arriscar de jeito algum, uma vez que ainda juntava os cacos de seu coração após tantos anos.

Estava prestes a se preocupar com ele novamente, quando sua consciência a trouxe uma lembrança que Becca jamais poderia se esquecer, não se quisesse manter-se segura e longe de homens maus como ele.

— Anos Atrás —

Estava nas nuvens, após a primeira noite com Nick.

O rapaz havia sido cuidadoso, gentil e muito atencioso com  a ruiva que sorria toda boba enquanto ele a levava de volta para casa, após uma noite incrível na cobertura do Hotel Royal, onde se entregou de corpo e alma ao homem que Rebecca acreditava veemente ser seu para sempre, depois disso.

O que ela via como algo estúpido nos dias atuais, mas na época fazia todo sentido.

— Chegamos, princesa! Tenho que ir direto para empresa, mas qualquer coisa... — começa a avisar enquanto manobra o carro, alheio a adolescente que o encarava como uma louca.

Pensava que seu futuro marido tinha um futuro brilhante. Trabalhava na empresa da família, inclusive disse que estava em busca de um homem que estava desviando dinheiro, o que renderia a ele uma boa promoção, sendo ótimo para Nicolas, que acabara de completar seus vinte e um anos.

Mas no mínimo um inferno para toda a família de Rebecca, que inocentemente não tinha ideia de nada daquilo, uma vez que quando soube já era muito tarde.

— Obrigada pelo estacionamento rápido, amor! Se eu correr acho que consigo subir antes do papai acordar! — contando ao namorado o dá um selinho feliz.

Morar na área mais cara da cidade era bom justamente pelo condomínio ser fechado e não ter que precisar ficar procurando vagas para estacionar.

— Na pior das hipóteses posso pedir ao meu para conversar com ele... Marcar o jantar. Formalizar de uma vez por todas, que tal? — Nicolas anunciou a moça que o da um beijo animada, sendo puxada para mais perto pelo rapaz que levou a mão pela perna dela malicioso.

— Nick! Não, já pensou se o senhor Edwin vê nós dois assim? Vai nos expulsar do condomínio! — Rebecca o repreende encerrando o beijo divertida.

Descendo do carro animada, Becca ia contar a sua mãe sobre sua grande noite e sobre o pedido de noivado que Nick a faria, o telefone de seu namorado tocou e ele atendendo sério saiu agitado, a deixando sozinha na entrada de casa.

— Deve ser algo sério — pensava consigo ao entrar em casa.

Sua mãe como sempre já havia preparado o café, ficava em torno do seu pai, o senhor Weller que com toda certeza estava irritado pela noite que sua garotinha ficava fora de casa, faltando menos de uma semana para os dezoito anos dela.

Uma festa grande que seria o ápice da realização do sua perfeita realidade, onde fecharia o ensino médio, começaria sua faculdade e ganharia um carro de presente.

Isso se o roteiro de sua vida não tivesse sido rasgado ao meio e jogado num triturador de nome realidade.

— Dormindo fora de novo, Becca? — a voz irritada de seu pai a saúda enquanto toma o café de costas para a filha.

Recebendo um olhar irritado da mãe, Rebecca respondeu com um olhar que dizia: por favor, me dá uma força. O que levou a senhora a respirar fundo.

— Pedi a ela que ficasse com a mamãe. Ela disse que está sendo seguida novamente...

— Sua mãe sempre está sendo seguida por alguém. Ela precisa de um psiquiatra, querida. Sabe bem disso. — acusando a esposa a faz se encolher um pouco.

Com sutileza, a adolescente foi até seu pai, deu um beijo na bochecha e subiu correndo, indo se arrumar para o colégio que estava no último ano.

Estava prestes a ir tomar banho, quando escutou gritos de sua mãe e com isso desceu as escadas, parando próxima a entrada que a deu uma visão boa do que havia se sucedido enquanto estava no seu quarto.

Com sua mãe nervosa logo atrás, de cabelos bagunçados pelo andar apressado, segurando o seu roupão branco no lugar com força, o pai de Rebecca era guiado por dois policiais algemado, caminhando em direção à saída da casa cabisbaixo.

— Pai! O que está acontecendo? — perguntou ao homem que parecia tão perdido quanto ela.

Sendo contida por sua mãe, que não a deixou sair atrás de seu pai quando ele era posto na viatura, Rebecca assistiu abraçada a ela enquanto o veículo saia da entrada da casa.

Chamando a atenção dos vizinhos que pareciam chocados com a prisão do pai de Becca, mais até do que mãe e filha, que por alguns bons dias não haviam compreendido a situação da família daquele dia em diante. Que ruiu e se desfez como um castelo de areia.

— Atualmente —

Saindo de suas lembranças traumáticas, Rebecca Weller meneeou a cabeça negativamente, passou a mão repetidas vezes pelos seus fios rebeldes, numa tentativa estúpida de tirá-los de lá. Até que chegou a sua estação a  fazendo sair do metrô e voltar a sua atual realidade. Onde o frio estava chegando e a menos que quisesse morrer congelada sem ter um teto para morar, ela precisava correr para não se atrasar para seu primeiro turno no serviço.

— Lembranças tristes não pagam boletos, Becca. Caia na real de uma vez! — repreendeu a si mesma, olhando seu rosto abatido no reflexo da tela do celular, onde consulta novamente seu horário.

Precisava correr atrás do seu sustento diariamente. O que ela fez de maneira literal naquele dia, segurando com força o sobretudo marrom velho, comprado anos atrás num brechó, enquanto corria pela quinta avenida, tentando chegar o mais rápido possível ao seu destino.

Que não era a vida que planejou e sonho desde que começou a sua vida perfeita. Ainda sim, estava bem, viva e seguindo em frente. Mais do que bem sem ninguém, tampouco o amor que achava ser impossível viver sem.

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