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Minha Sentença

Abril de 2013

Do lado de um bar, Jake e os amigos saíam como mais um fim de semana qualquer. William e Jake estavam do lado de fora, enquanto o resto deles estavam dentro do bar, bebendo, conversando e rindo sobre assuntos banais e fúteis. 

— Jake, olhe só — dizia William, apontando para um beco escuro perto do bar que estavam. Encostada lá, havia uma garota de mais ou menos uns 18, 19 anos, com roupas sociais e um celular na mão, afastada do resto. — Eu estou com tesão, preciso de algo assim pra me aliviar.

— Chame-a para passar a noite com você — sugere Jake. William o olha como se ele o tivesse contado a piada mais engraçada que já ouvira.

— Que nada! Não preciso disso, vou levá-la até mais pra lá do beco e faço ali mesmo. — Jake o olha com evidente sentimento de nojo. Seu corpo todo estremeceu e sua raiva se manifestou mesmo que William não houvesse notado.

— Vai... estuprar ela? — Seus olhos arregalados não foram bem recebidos pelo seu... "amigo", que logo voltou a questioná-lo.

— Ah, para. Vai dizer que eu não posso? — indaga William e Jake percebe estar ficando mais bravo do que o previsto. Ele vira de frente para William e o encara como se quisesse cortar a cabeça do seu pau. Seu olhos azuis semicerrados refletem a fúria que emanava de dentro dele.

— Isso é crime, William. Se fizer isso, te denuncio para a polícia. — William o encara com aversão, como se esperasse que Jake concordasse ou até mesmo, também o fizesse. — Eu fui fruto de um estupro e minha mãe morreu no parto aos 12 anos. Você sabe qual a gravidade de um ato assim? Sabe qual foi a sentença do filho da puta? Apenas 1 ano de cadeia, mas... se fizer isso, vou garantir que sua pena seja estendida — continua, com grande sentimento de desolação. Aperta os punhos fortemente e respira com intensidade.

— Ela deve ter uns vinte anos, por aí. Não se preocupe. — Jake estava se segurando para não espancá-lo ali mesmo, mas suas convicções gritavam sem parar dizendo que esse filho da puta deveria morrer. 

Qual seria o jeito mais justo de acabar com o tesão de um filha da puta desse? (Vamos lá gente, quero opções kkkkk)

Jake se alterou e iria encetar uma série de socos em William, mas antes que a discussão se transformasse em uma briga e ocasionasse algo sério de verdade, um homem de cabelos louros e voz grave entra na conversa, os assustando e tocando o ombro de ambos.

— Olá! Jake, pode vir aqui um pouquinho? — murmura, puxando-o para um canto. Olhou atento para os lados e após certificarem de que não havia ninguém escutando, ele continua. Aproximou suas cabeças e cochichou em seu ouvido. — Você está ficando maluco? A polícia está encostada no acostamento e você planejando chamar atenção!? Deixe que ele faça o que quiser, e quando a poeira baixar, faça o que quiser com ele. — O homem aponta para uma viatura estacionada do outro lado da rua, as sirenes apagadas e olhares atentos de dois policiais analisavam o local, esperando por brigas ou atividades suspeitas.

O homem de cabelos louros olha profundamente nos olhos de Jake que retribuía o olhar sério dele com uma raiva crescente que nunca havia sentido. Sua expressão revelava isso. O homem de cabelos louros sinalizou para William com a cabeça antes de sair e deixar Jake pensativo, cogitando se iria embora ou alimentaria aquele ato doentio. A polícia havia se retirado para verificar outras áreas e Jake sabia que essa seria a deixa. Após decidir, voltou para perto de William e respirou fundo.

— Vamos lá — diz, por fim. William o olha surpreso.

— Ué, você não iria me denunciar? E agora quer fazer a mesma coisa? — profere, debochado e com os braços cruzados. Jake o olha com olhos bem abertos.

— Não vou fazer a mesma coisa, vou apenas para assistir — esclarece Jake. William o olha receoso, mas mesmo assim, vai em direção à garota seguido de Jake e a puxa até o fim do beco.

— Ei! O que é isso!? — indaga a garota, nitidamente furiosa. Tenta se soltar dos braços do careca (casado), mas sem sucesso.

— Shh, calma, não farei nada de mais com você, gracinha — dizia William, já a agarrando de forma desenxabida.

Enquanto ela tentava gritar por socorro (sua boca estava firmemente tampada), Jake observava a cena com repulsa intensa, mesmo que não demonstrasse, estava extremamente desconfortável com o que estava presenciando. De certo modo, ele pensou em uma coisa... ele pode acompanhar William nesses pequenos crimes e depois, pode tentar achar um jeito de fazer isso favorecer apenas a si mesmo.

Observava como o careca batia nela, como a enforcava, como lhe acariciava e depois deixava seu corpo lesionado para morrer... cada ato distinto, gerava em Jake, um nível de repulsa e nojo diferente. "Isso ainda pode virar, William. Onde você não será mais o agressor, e sim... a indefesa vítima.". E assim, seguiram nas próximas semanas, Jake, uma testemunha dos atos violentos e abusivos de William. Os dois não podiam deixar os corpos jogados por aí, então, os levavam até a casa de Jake e ele decidia o que fazer com os corpos. Ele costumava mentir, dizendo que todos eram incinerados, foi nesse momento que começou seu mais amado trabalho. Ele não as considerava obras primas, para ele, deveriam ser consideradas obras primas, a carne das pessoas que ele amou, para que esse amor se estenda pela alma, fortifique seus ossos e deem origem às suas esculturas confusas. Conforme o tempo passava, Jake havia se acostumado, não que havia passado a gostar daquilo, não. Apenas não era mais tão repulsivo para ele.

Ele podia incinerar os restos mortais dos corpos, mas a pilha de decomposição ao canto do porão, parecia deixar o ambiente mais aconchegante. Adorava olhar para os cadáveres e ver rostos sem olhos, braços e pernas sem movimento. Era uma sensação... indescritível, era... reconfortante.

Jake, você decide o que fazer.

...

Junho de 2014

— Vá em frente — profere Jake, e antes que pudesse terminar a frase, William se aproxima de Gray que está com olhar desesperado. Antes que William possa fazer algo contra sua presa, Jake aumenta o tom de voz. —, mas! Não mate-o.

William assentiu com a cabeça e foi em direção a Gray que não pensou duas vezes e pegou o objeto cortante em cima da mesa com as duas mãos e o posicionou na frente de corpo para se proteger.

— Não chegue perto de mim! Não se atreva! — esbraveja, com firmeza em suas palavras. Olhou para Jake, e o viu fechar a mão e a levar de um lado do pescoço para o outro, estava de fato querendo assistir Gray matar seu "amigo".

— Ou! O que pretende fazer com isso, bixinha? Cortar minha garganta? — William riu, sarcástico e Jake riu junto a ele.

Sem saber o que fazer, Gray permaneceu imóvel enquanto William se aproximou ainda mais e desferiu um soco em seu rosto, fazendo-o ir de encontro ao chão. A dor foi intensa, mas Gray então, deduziu que aguentava facilmente, Jake era muito mais forte que William. Gray, assim que levantou, começou a brigar com William, eles trocavam golpes e a faca agora, estava no chão. Sua única vantagem era sua velocidade, que o favorecia quando precisava esquivar de seus ataques. 

— Você quer que eu o mate, Jake? Uma pena lhe informar, não farei o que quer! — brada Gray, subindo em cima do sofá. William tentou chegar perto, mas foi acertado por um chute e foi de encontro ao chão.

— Ótimo, vamos ver o que vai fazer de fato — responde Jake em voz alta, retirando o pequeno semáforo do bolso e o deixando a vista de todos ali. William se vira rapidamente para ele enquanto levanta do chão.

— Como assim!? Sobre o que exatamente vocês estão falando? — profere William, furioso. Achou que ele fosse o único agressor dali, mas as conversas não estavam fazendo sentido algum. Jake quer ele morto? Jake vai matar aquele rapaz se ele não matar William? As perguntas sem resposta estavam martelando em sua cabeça, não sabia ao certo o que fazer e o pensamento irracional de raiva tomaram seu corpo e sua mente.

— É isso mesmo! Ele quer que eu mate você! Esse doente trás pessoas aqui e... arhg!!! — grita Gray, seu corpo parece ter sido atropelado por um caminhão, a corrente que sentiu desse vez foi completamente avassaladora e opressiva, não conseguiu respirar e sua garganta se fechou. Jake sabia que ele não aguentaria mais de cinco segundos com essa pressão tão intensa e, então, soltou o botão vermelho depois de poucos segundos.

Gray desabou no sofá e William o olhou assustado, que tremia intensamente. Conseguia ver queimaduras pelo pescoço dele e por outras partes do seu corpo. Assim que William olhou para Jake, se assustou com o sorriso estampado em seu rosto. Quase de orelha a orelha e os olhos estavam arregalados. Nunca o havia visto daquele jeito... se divertindo.

— Seu psicopata... — murmura William. 

— Olha só quem fala! O maldito estuprador quer denominar o que eu sou? Você sabe o que eu sou? — Jake pega a faca de cozinha grande que estava cravada no frango e vai em direção a William com esse mesmo sorriso. William, se assusta e tenta sair pela porta, mas sem sucesso. "Quando ele havia trancado essa maldita porta!?" Pensa William, Ele corre escadas acima, para um dos quartos do corredor e entra num quarto qualquer, trancando a porta. — Sou seu maior medo, querido amigo. Seu pior pesadelo, quem te transformará em algo digno de admiração e te libertará das correntes que dizem que você só serve pra abusar de mulheres por aí.

Ele levanta Gray do sofá e entrega a faca de cozinha em suas mãos. "Ou você, ou ele. Sabe o que tem que fazer." ciciou Jake. Gray, com pernas trêmulas seguiu em direção ao quarto de Jake, ao quarto de onde gritou anteriormente, que guardava a cabeça de alguém, que lhe proporcionava intensos arrepios. O quarto ao qual ele jamais ousaria entrar outra vez... uma pena ser obrigado a voltar para dentro dele.

William, observa as janelas do quarto, trancadas. Tentou quebrá-las, mas sem sucesso. A casa parecia uma fortaleza, sem escapatória, sem fuga, sem chances. Observou as esculturas espalhadas pelo quarto. Tocou em uma delas e logo sentiu um desejo desmedido de escapar daquele inferno. Conhecia o corpo humano, e trabalhar no necrotério da cidade com certeza fez com que ele identificasse o material das esculturas. Eram ossos humanos. "Como eu nunca havia percebido isso antes!?". William perguntava a si mesmo. "Era isso que ele fazia com os corpos supostamente incinerados? Porque ele não deve ter matado essas pessoas... ou será...?"

— Me deixa entrar! — suplica Gray, supostamente chorando. William pula em seu lugar e seu coração acelera com o barulho do corpo de Gray se chocando contra a porta. — Me deixe entrar William! Ele vai me matar! — Foi surpreendido com batidas desesperadas na porta, e instâncias atormentadas de terror. Estava exasperado e consequentemente depois de uma última súplica, ele cede a tentação de se manter seguro. — William!!! 

William abre a porta e puxa Gray para dentro do quarto, em seguida, a tranca e tudo fica em silêncio. Um silêncio desconfortavelmente opressor e mortal.

— Não gritei por causa das aranhas... — murmureja Gray, os cabelos arrepiados e a voz trêmula destacava que ainda não havia se recuperado do grande choque. William se vira para ele, sabendo que o motivo claramente não eram aranhas.

— Gritou porque descobriu que essas esculturas são feitas com ossos humanos? — Gray arregalou os olhos. Não imaginou, em momento algum que aquilo eram ossos, ele havia visto apenas a pilha de corpos no porão e as cabeças penduradas no teto. Mas... esculturas com ossos humanos!? Ele sempre achou tudo aquilo problemático demais, mas o fato, agora o fazia sentir que tudo sempre pode piorar.

— N-não. — Apontou para cima. William levantou a cabeça para olhar em direção ao teto, mas sua visão se fixou na cabeça sem olhos pendurada e iluminada.

— Anh... Kael...? — William arregalou os olhos e antes que pudesse abaixar a cabeça, seu pescoço foi cortado pela faca de cozinha que Gray havia escondido em suas vestimentas. 

Observou William agonizar e expressar sua dor através de expressões de horror, grasnava sem conseguir formar uma frase concreta e finalmente seu corpo relaxou e caiu no chão. Gray apenas acreditou no que fez quando viu o líquido carmesim quente e vívido chegar aos seus pés descalços. Jake arrombou a porta, fazendo Gray soltar a faca ensanguentada no chão e quando observou a cena, um sorriso sincero e amigável foi exposto.

— Bom garoto. — Olha para a cabeça reluzente pendurada no teto. — Quase substituiu meu favorito. — Vai em direção a Gray e o abraça. Os pés, também descalços pisando no sangue fresco. O mais novo observa a cabeceira da cama de seu agressor, se destacava, um pote de vidro cheio de olhos de todas as cores, aquela cena o gerou um sentimento intenso de estorvo.

— Essas esculturas... são mesmo feitas de ossos? — sussurra, com receio da resposta ser positiva.

— São — responde o mais velho, com tom de voz singelo e empático. — Vem, preciso da sua ajuda. 

Gray não gostou nem um pouco dessa frase. O jeito ao qual foi direcionada não o agradou nem um pouco, e Jake percebeu sua inquietação. Mesmo sabendo de como Gray estava se sentindo, Jake não tentou confortá-lo ou algo do tipo, pegou nas pernas de William, e sinalizou com a cabeça para que Gray pegasse nos braços.

Juntos, os dois levaram o corpo sem vida para o porão. Jake não se importou com os respingos e pegadas ensanguentadas pela casa, pelos tapetes e o sangue incessante que escorria do pescoço do homem careca. Gray, ao passarem pela garagem, pensou em simplesmente sair correndo, mas soube que estaria morto se fizesse tal ato. Ou de choque ou torturado. Porém ele não pode escapar agora, ele se tornou um mero cúmplice de Jake, se sentia à beira do abismo e se jogar era uma opção efetivamente perigosa e dolorosa, como se afiadas estacas pontiagudas de metal esperassem por ele lá em baixo.

Está fora de questão.

Eles fecham a porta e colocam o corpo em cima da mesa de pedra, agora na horizontal. Gray não guardou coragem suficiente para questionar Jake, suas convicções, seus motivos, a razão de atos tão desumanos como aquele. Gray pensava sobre como foi forçado a matar a sangue frio. "Eu matei uma pessoa!". Se culpava incessante, crendo que talvez merecesse a prisão, mas... de certo modo ele já estava aprisionado, mas estava muito desesperado para perceber naquele momento.

Seu rosto tem respingos de sangue fresco e sua mente está confusa. "Eu matei uma pessoa! Droga! Eu matei uma pessoa!". Gray começou a entrar em desespero, sua respiração se intensificou rapidamente e ele começou a tremer. Se culpando sem parar e dizendo a si mesmo que tudo aquilo não passava de um pesadelo.

Jake não se dá ao trabalho de prender o corpo na mesa de pedra, afinal, William estava morto. Seu corpo frio e branquelo por conta da circulação sanguínea ter parado, estava relaxado e pesado, de jeito nenhum, tentaria fugir ou ceder. Jake olha para Gray e sente pena dele. Vai em sua direção e o encara. Gray está vermelho e Jake não sabe dizer se ele está assim por conta do recente homicídio cometido ou por causa de seu físico hipnotizante.

— Para com essa merda — ordena Jake bravamente e com sua voz grave mais ameaçadora que o normal, sentindo a necessidade de ser obedecido. Após Gray não o responder ou mudar sua feição, Jake explode de repente, gritando e socando o balcão cheio de pregos e outras coisas enferrujadas. — Eu disse para parar com essa porra!

Sua raiva refletia sua preocupação para com o que vai dizer para seus amigos, afinal, ali foi o último lugar onde ele possivelmente apareceu. Isso faria de Jake um dos maiores suspeitos, caso os outros quisessem começar uma investigação. Ou até mesmo sua esposa chifruda, após ele passar mais de quatro dias fora. O que acontecia com frequência eram três dias no máximo, dormindo na casa das putas ou estuprando mulheres pelas ruas, acompanhado de Jake. Sempre a dizia que havia ficado bêbado e dormira na casa de amigos. E a filha da puta, idiota sempre acreditava nele.

Gray não consegue se controlar. Suas mãos não tremem por que ele quer. Seus olhos inchados... isso não é culpa dele. Seu pescoço ainda queimava com o último choque.

— Isso é tudo culpa sua! — acusa Gray. — Nada disso teria acontecido se você não fosse um doente, maluco por derramamento de sangue! — soluçava enquanto suas palavras falhadas saíam em consequência do crescente choro. — Isso é tudo culpa sua, seu desgraçado do caralho!

Tudo parou. Gray foi de encontro ao chão com a boca sangrando. O soco recebido agora, fora, primeiramente para colocá-lo no lugar dele, derrubado em frente ao seu dono. Ainda deixava suas lágrimas teimosas escorrerem por seu rosto uma seguida da outra. 

— Culpa minha? Quem matou este homem, hein, Gray? — Jake agacha-se na frente dele que está com a cabeça baixa. — Você é hipócrita, sabia? Você é o único culpado pela morte desse homem. Pelo que eu saiba, você foi quem cortou a garganta dele.

Gray sentiu-se angustiado. Naquele momento, se arrependeu amargamente de não tê-lo matado quando surgiu um momento oportuno. Sentia-se idiota. "Como pude agir com empatia com ele? Ele não sente nada por ninguém, tudo isso é uma grande fachada, é para manipular os outros!". Sentia-se enganado, manipulado e aquilo não era nada bom. "Eu devia ter cortado a sua garganta, não a de William. Devia ter te matado quando tive a chance, desgraçado!".

Em resposta, cuspiu sangue no rosto de Jake, bem a abaixo dos olhos. Sabia que de certo modo, ele estava certo. Estava estupidamente certo e isso o fez sentir ainda mais culpado e furioso consigo mesmo. Ponderava opções de ferramentas espalhadas pela parede para atacar Jake e aproveitar a porta do porão aberta para fugir.

Ele então, decidido (aproveitando a distração de seu "dono"), levanta-se rapidamente e pega um martelo pesado e enferrujado firmemente com as duas mãos. Sente que nunca precisou tanto de uma dose urgente de coragem, não precisou para transar com outra mulher e deixar a sua em casa preocupada e sozinha... ou pelo menos era o que ela dizia.

Foi pra cima de Jake com o martelo levantado e antes do objeto pesado se chocar contra qualquer parte do corpo dele, Gray hesitou após sentir uma leve e desconfortável corrente elétrica. Após essa, uma mais potente e mexilhona, e a última que sentiu, o fez sentir estar queimando num incinerador, soltou o martelo pesado no chão, antes de sua visão ficar turva e observar o botão vermelho sendo pressionado sem qualquer indulgência. Após isso, sua visão escureceu totalmente e seu corpo foi brutalmente deixado para atingir o chão sujo e manchado de sangue.

...

Jake estava de pé. Via as queimaduras se estenderem pelo corpo de Gray, agora muito mais graves. O corpo morto do careca ainda estava sem vida em cima da mesa de pedra, as correntes, perto da pilha de corpos, ainda brilhavam, implorando para serem úteis outra vez.

Prenderam apenas duas pessoas. Estavam implorando para prender mais alguém. Jake encarou o brilho reluzente da prata e decidiu que não havia outro jeito. Sua vítima estava ficando vencida, seu prazo de validade estava chegando ao fim, isso significava que, seus ossos, logo estariam espalhados pela casa. Sua cabeça e seus olhos, guardados com carinho e lembranças que Jake considerava muito bonitas. Seus órgãos seriam vendidos, as partes que ele gosta de guardar, como braços com dedos suturados, permaneciam no porão e seus restos eram levados para um abatedouro, ajudavam a engordar os porcos.

Contudo, arrastou Gray até perto das correntes, tudo que alcançará é a pilha de cadáveres. Prendeu os tornozelos do mais novo às correntes e colocou as chaves penduradas num prego logo no final da decida das escadas.

Jake queria assistir a uma coisa nova. Que tal um novo espetáculo? Aproveitando que Gray se mostrou mais ativo para alcançar seu objetivo, por que não fazê-lo contradizer seus próprios pensamentos? Por que Jake deveria ficar com o trabalho sujo, quando pode assistir a ele, sendo concretizado por mãos alheias? Era um sonho se tornando realidade, mas só seria realidade depois de sua pequena presa despertasse. Se bem que fazer ele matar William no seu lugar foi muito gratificante, ele se sentiu tão feliz!

Mas isso iria demorar um pouco, o "maluco por derramamento de sangue", não se preocupou nem um pouco com a segurança de sua vítima, sua saúde e seu estado mental. Ao contrário dele, que se mostrou atencioso e preocupado mesmo quando podia tê-lo machucado e, se quisesse, matado. Jake resolveu se convencer de que isso fora fingimento para matá-lo após adquirir sua confiança. O que, por ventura, fazia sentido. "Finalmente se mostrando, Gray... eu sabia que você não era diferente. É nojento e repugnante.".

Jake abandonou o cômodo, pensando em como chegaria desesperado na delegacia, alegando a ocorrência de um sequestro em frente a sua casa. O veículo era uma Van preta, sem placa, o mal feitor estava todo coberto e, como não havia câmeras por aquela região, ele seria a única testemunha. E como contrapor algo que apenas uma pessoa pode alegar que viu?

...

Tamanha mentira foi contada com sucesso, todos acreditaram na cara de desolação e confusão de Jake quando ele chegou aparentemente desesperado na delegacia. Ninguém desconfiou de uma única palavra. Ele reuniu todos os amigos para contar da triste notícia. Alegou acreditar que ele estava morto, pois "ouviu disparos depois que o carro seguiu em frente". Claro, como ele foi a única testemunha, não havia como alguém desconfiar dele, a não ser alguém que já sabia da verdade desde o início.

Depois que todos se despediram e foram usufruir de um dia de atestado devido ao luto, o amigo de cabelos louros tomou seu corpo pesado pela dúvida e se dirigiu até Jake. 

— Onde você escondeu o corpo dele? Onde esconde o corpo de todos eles!? — Jake não gosta de seu tom de voz, ele está falando muito alto pra quem está na frente da delegacia. Ele, por algum acaso está tentando ferrar seu próprio amigo?

— O que você pensa que está fazendo? — Oferece um sorriso largo com olhos bem abertos.

— Me responde, desgraçado. Você precisa admitir que está doente, nada disso é normal, então porque você age como se fosse!?

A conversa não podia continuar naquele local, ou Jake acabaria com sérios problemas, ainda mais com um refém dentro do porão espaçoso. Arrastou o homem para dentro do seu corsa e colocou a chave na ignição.

— Não pense que pode fazer o mesmo comigo, antes disso, eu te ferro. — Jake não hesitou em soltar uma gargalhada debochada com as palavras do amigo. Ele saiu do acostamento em alta velocidade e seguiu para a saída da cidade.

A cada curva, os pneus riscavam o asfalto, seus corpos eram chacoalhados de um lado para o outro sem cessar. Jake ria alto e o outro homem, estava em desespero, temendo perder sua vida dentro daquele carro. Após algumas curvas, eles estavam chegando perto da casa de Jake e o homem não aguentou e riu junto ao maluco do seu lado.

— É incrível como até a sua localização foi planejada, seu merdinha.

— Você não sabe de nada. Acha que eu escolhi viver assim? Que droga, seu merda! Acha que a culpa é minha!?

O carro para num giro, no meio da estrada deserta. O homem louro estava se preparando para abrir a porta e consequentemente, a mesma se abre, jogando seu corpo forte para fora do carro. Ele rola no chão e Jake se aproxima.

— Acha que só por ser parente dele, pode mandar em mim!? — Desfere um soco em seu rosto.

O homem louro volta ao chão.

— Você não manda, imbecil!!! — Aproxima-se do homem. — Quer saber como está seu irmãozinho? Eu o mostrarei.

...

Agosto de 2014

Gray está respirando. Isso possivelmente é um milagre. Ele não consegue abrir os olhos, sua dor de cabeça é insuportável. Ele se remexe, está sobre uma superfície dura e gelada, ouve barulho de correntes, sente seus pés presos. Não sabe onde está, porque está. Sequer lembra seu próprio nome.

— Acorda, estávamos sem te drogar há uma semana. — Gray, arrepia-se com a voz que ouve.

William? Não, não pode ser. Ele está morto e a culpa era do prisioneiro.

Gray, apesar da dor de cabeça, abre os olhos e observa ao redor. As paredes escuras e rachadas eram familiar, na parede atrás de si, bem no alto, estavam ferramentas com sangue seco de todos os tipos, à sua frente, uma pilha de pedaços da carcaça de outras pessoas que exalavam um cheiro que causava náuseas, a lâmpada estava rodeada por uma cabeça sem olhos. Do lado direito da sala, estava uma bancada e uma cadeira, provavelmente decorada com ossos, ao lado esquerdo, onde estava a porta, ainda na prateleira, havia um vasinho de vidro com dentes e num pote com tampa de rolha, vários olhos dentro de um líquido, pareciam pepino em conserva.

Ainda em cima dessa bancada, ele pôde ver um amontoado de papéis, carimbos e seringas. Ao piscar mais algumas vezes, viu as duas figuras que mais o atormentavam. Jake e William.

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