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Carolina De Jesus

Carolina Maria de Jesus ou simplesmente Carolina de Jesus 

Jesus, o seu sobrenome 

Ele não escolhe o seu filho 

Pelo corpo físico 

Pela moradia nem pela ousadia 

Não vai pelas aparências 

Nem pelo status 

Mas, pela essência e merecimento

E assim o fez com a Carolina 

Nenhum sofrimento é eterno 

E nem precisa de terno 

Para carregar o fardo 

Logo após a abolição 

E da contida liberdade 

Sem qualquer vintém 

Bens, propriedades 

Com a única roupa 

Surrada no corpo

Aos escassos ex escravos 

Sobraram os morros, as favelas como moradia 

E apenas as migalhas da aristocracia 

Libertos ao relento 

Expostos como escória da sociedade 

Com o peito cheio de histórias 

Causos e contos 

Dos tantos pretos sábios 

Estava Carolina de Jesus 

Da senzala à favela 

A poetisa preta escrevia tudo 

Sem se abater em meio à miséria 

Ela tinha a certeza que o mundo 

Conheceria a sua voz, o seu coração 

Ser uma carroceira 

Era o que possibilitava 

A sua sobrevivência dignamente 

Um dia a pão, um dia a água 

Mas com sabedoria 

Botava no papel a sua vida 

A sua história 

Triste, mas é história 

Brigas, cachaças, samba 

Ordem, desordem e muito respeito 

Até na desordem é exigido respeito 

Se "escorregar" no morro (favela) 

"Já era", além de virar adubo 

É lucro para o coveiro 

Carolina de Jesus 

Inteligentemente, soube aproveitar 

O que Deus lhe deu 

A sabedoria de escrever 

E claro agregado à sorte 

Ou pelo certo, um enviado Supremo 

Chega simplesmente em nome de Jesus 

Audalio Dantas o homem que tirou 

A Carolina de Jesus do anonimato 

E assim provando que nada é impossível 

E grande escritora se fez 

Da senzala à favela 

Do Brasil para o mundo 

Até para Clarice Lispector autografou 

Essa foi a primeira escritora negra 

Carolina Maria de Jesus 

#poetaludblack.wordpress 

OPoet@LuízKon'Z
#Autoral

Um breve resumo de Carolina de Jesus 

“…. Há de existir alguém que lendo o que eu escrevo dirá… isto é mentira! Mas, as misérias são reais.”

Carolina de Jesus

Carolina Maria de Jesus foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil. Descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, em abril de 1958, enquanto cobria a abertura de um pequeno parque municipal, Carolina foi vista de pé na beira do local gritando “Saiam ou eu vou colocar vocês no meu livro!”. Os intrusos partiram. Dantas perguntou o que ela queria dizer com aquilo. Ela se mostrou tímida no início, mas levou-o até o seu barraco e mostrou-lhe tudo. Ele pediu uma amostra pequena e correu para o jornal. A história de Carolina “eletrizou a cidade” e, em 1960, Quarto de Despejo, foi publicado. A tiragem inicial de 10 mil exemplares se esgotou em uma semana.

Logo suas obras ganharam o mundo. Tratando sempre de temas como a miséria, a situação do negro no Brasil e dos problemas sociais do Brasil, as obras de Carolina de Jesus até hoje vem sendo tema de debates e polêmicas, vencendo o ranço academicista e conservador de só ver arte naquilo que segue as fórmulas eurocêntricas.

Suas obras publicadas são:

Quarto de Despejo (1960)

Casa de Alvenaria (1961)

Pedaços de Fome (1963)

Provérbios (1963)

Diário de Bitita (1982)

Meu Estranho Diário (1996)

Antologia Pessoal (1996)

Onde Está a Felicidade (2014)

Fonte: Nexo 

Poema: OPoet@LuízKon'Z

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